Kakashi... Minha Tentação

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    Capítulo 16

    Discussão

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Acordei com umas sensações estranhas. Reparei que suava frio, e meu corpo tremia por inteiro. Talvez o motivo disso tudo, foi o sonho que eu tive... ou melhor, pesadelo. Em que via o Kakashi morto. Eu realmente tinha ficado abalada com tudo que ouvi. Minha cabeça girava a mil por hora, pensando em algo... uma solução... um meio de tirar o Kakashi do meio de tudo aquilo. Não importava o risco que eu iria correr, eu tinha que fazer alguma coisa pra salvá-lo.

    Levantei, olhei no visor do celular, eram 06:30 da manhã. A Sakura e a Hinata, ainda dormiam. Fui tomar um banho, de preferência bem quente. Apoiei as duas mãos na parede, e deixei a água ficar caindo, por alguns longos minutos, só nas minhas costas. Senti todos os músculos do meu corpo se contraírem e depois relaxarem. Eu acho que já estava pronta para começar o dia. Depois de um banho desses, eu estava mais que relaxada. Estava com a alma lavada. Me sentia até mais leve. Pronta, para qualquer outra bomba, que quisesse aparecer. Pelo menos eu achava que sim.

    Saí do chuveiro, peguei minha toalha, me enrolei, peguei uma outra e coloquei no cabelo. Saí de dentro do banheiro, abri as portas do meu guarda-roupa e fiquei parada em frente dele. O que eu iria vestir? Sem pensar muito, peguei um short jeans preto, uma bata branca, que deixava amostra meu ombro, com o símbolo "ROCK" estampado e calcei meu allstar vermelho. Penteie meu cabelo... passei um perfume... um gloss sabor cereja nos lábios e um lápis preto nos olhos, mas bem de leve. Peguei minha bolsa e coloquei pendurada no ombro. Consegui fazer tudo isso em uns quarenta minutos, um recorde pra mim.

    Antes de descer, acordei as meninas, que dormiam feito duas pedras. Queria eu conseguir dormir assim. Levantaram com as caras amassadas, falei pra elas irem tomar um banho. As duas ficaram lá, brigando pra ver que ia entrar no banheiro primeiro, fiquei fora da briga e saí mais que depressa daquele quarto.

    Desci bem devagar a escada, contando os degraus, que ao todo eram dezoito. Eu já podia perceber que estava no mundo da lua. Nem fui pra cozinha, estava sem fome. Então fiquei na sala mesmo. Peguei o controle, liguei a Tv e me joguei no sofá. Deixei num canal qualquer, nem prestei muita atenção no que estava passando.

    Fiquei olhando pro teto, aos poucos fui fechando meus olhos. Meus pensamentos foram tomados, por ele, o qual não saía da minha cabeça em nenhum momento. O desejo de te-lo novamente era tão grande, que eu podia jurar, que estava sentindo o cheiro dele, bem perto de mim. Eu podia até sentir a respiração dele, roçando a minha pele. Instintivamente abri os olhos e pra minha surpresa, ele estava lá, ajoelhado ao lado do sofá, com o rosto grudado ao meu. Não existe nada melhor que estar com quem a gente ama. E eu o amava mais que a minha própria vida. Eu não viveria num mundo sem ele.

    Eu o puxei, fazendo ele deitar em cima de mim. Ele me encarou, com um sorriso malicioso naqueles lindos lábios, que sempre que eu via dava vontade de morder. E foi o que eu fiz. Levei minha boca até a dele, o beijando ferozmente. Senti a mão dele, descer até o me bumbum, apertando-o com força. Deixei minha mão vacilar por dentro da camisa dele, alisava as costas dele com as minhas unhas, deixando-o marcado. Já podia sentir o membro dele tomando forma, ele roçava com força na minha intimidade, por cima da roupa. A boca dele fez um caminho sem volta para os meus seios. Ele puxou o sutiã e começou a chupar o bico do meu seio. Eu gemia baixinho.

    As coisas estavam começando a esquentar, eu perdia o controle completamente perto dele. Foi aí que eu lembrei que os meus pais estavam em casa. Empurrei ele, tirando-o de cima de mim e sentei no sofá, me arrumando. Querendo ou não sentia minha intimidade molhada de tanto tesão. Minha boca queimava, por causa do beijo feroz que demos. Respirei fundo, tentando manter o controle. Senti que ele passeou com os olhos em mim de cima em baixo, atitude essa, que me deixou envergonhada. Eu sabia que ele queria, tanto quanto eu.

    O encarei, me perguntando o que ele estava fazendo na minha casa tão cedo. Então resolvi perguntar pra ele.

    - O que você tá fazendo aqui tão cedo? - Perguntei, levantando do sofá e ficando na frente dele.

    - Vim pegar a minha namorada pra ir pra escola comigo! - Disse, segurando nas minhas mãos.

    - Eu não sei se meus pais vão deixar. - Eu disse, meio na duvida. - Esqueceu que eu ainda estou de castigo?!

    - Não esqueci. Mas eu já falei com eles e você tá liberada pra ir pra escola comigo.

    - O que que você não consegue, heim?! - Eu disse, puxando-o do sofá. - Então vamos ficar lá fora. - Não podíamos ficar sozinhos, parecíamos o metal e imã, que quando se atraem, não solta mais.

    Passei na cozinha pra avisar os meus, tomei um copo de suco, belisquei um pedaço de bolo, forçada por ele, porque eu estava sem fome nenhuma, e fomos pra fora. Atravessamos a porta e quando estávamos chegando perto da calçada, eu a avistei. A moto dele já estava estacionada em frente da minha casa. De novo não. Eu tinha pego trauma daquele meio de transporte. Eu acho mesmo que ele estava afim de me matar.

    - Ah, não! - Eu disse, com a voz chorosa. - Eu não vou sentar nessa coisa de novo.

    - Não precisa ficar com medo, pequena. Dessa vez eu prometo que vou devagar.

    - Eu não sei não! Eu acho que é melhor irmos andando. - Eu voltei alguns passos pra trás. Me mantendo o mais longe possível daquele veículo. Queria voltar correndo pra dentro de casa ,e ir de carro mesmo pra escola.

    Mas ele me impediu, me segurou pelo braço e me levou até a moto. Tinha dois capacetes em cima dela, ele os tirou de lá, colocando-os no chão. Pousou as mãos na minha cintura, erguendo-me e sentando-me na moto de frente pra ele. Afastou minhas pernas, se colocando no meio delas. Entrelacei meus braços no pescoço dele e beijei a ponta do nariz dele. Imaginei a reação dos meus pais, se vissem aquela cena.

    - Eu te amo, sabia?! - Ele disse, dando um sorriso de canto lindo e sedutor, me deixou até corada.

    - Eu também te amo.

    Ele acariciou meu rosto, levando a mão em direção a minha nuca e entrelaçou os dedos no meu cabelo, me tomando num beijo delicioso. As nossas línguas dançavam ritmicamente. As sensações que o meu corpo tinha quando ele me beija, eram indescritíveis. Eu sentia como se me perdesse em outro mundo. Num mundo onde só existe eu e ele.

    Aos poucos o beijo foi se tornando mais calmo. Até que paramos. Nisso, senti meu corpo amolecer, se ele não tivesse me segurando, eu tinha despencado da moto. Essa era uma das reações que eu tinha toda vez que era beijada por ele. Como aconteceu no primeiro dia de aula, se não fosse aquele pilar pra mim se apoiar, eu teria pago o maior mico da minha vida, desmaiar depois de ser beijada, só eu mesmo.

    Ele me encarou. E eu estranhei. Por que eu estranhei?! Por que a cara que ele fez, foi de muito séria, muito mesmo. Poderia até dizer que ele devia estar com raiva de alguém. Ele soltou o meu braço e eu me ajeitei melhor na moto. Me perguntei o que tinha acontecido, pra ele agir daquela maneira, se afastou de mim, cruzou os braços e me fitou com um olhar que me deu até medo. Não tinha como eu ficar calado diante de uma atitude daquelas.

    - Que foi?! - Perguntei, estava preocupada, mil coisas me passaram pela cabeça.

    Será que ele tinha decidido me contar o que estava acontecendo?! Sobre o que o tio dele estava falando ontem. Ou pior, será que ele iria terminar comigo, tendo ainda em mente que era muito perigoso pra mim estar com ele?! Eu torcia pra que fosse a primeira opção. Em hipótese alguma eu deixaria ele terminar comigo. Esperei que ele soltasse a bomba. Agora seria o teste pra saber se eu estava ou não preparada pra qualquer coisa.

    - Eu tô muito bravo com a senhorita! - Ele balançava o dedo indicador, apontando pra mim. Pensei por alguns segundos, analisando a frase dele. Foi aí que eu entendi a atitude dele.

    Pronto. Fudeu tudo. Ele descobriu que eu mexi na carteira dele, nas gavetas, no guarda roupa. Respira Mari, respira. Tentei não transparecer o nervosismo que eu estava sentindo. Eu sabia que ia dar merda, se eu fizesse isso. Eu fui muito dobe, em pensar que ia passar despercebida. Então com a maior cara de pau, eu perguntei.

    - Mas por que tentação?! - Usei a voz mais sexy que conseguia.

    - Não se faça de desentendida Uzumaki.

    - Kakashi eu não sei do que você está falando. - Eu continuava dando uma de desentendida, não ia me entregar tão facilmente.

    - Ah, não sabe? - Foi tudo o que ele disse. Tirou a mochila das costas, se agachou colocando-a no chão, abriu e tirou de lá de dentro uma bolinha feita de papel amassado. Eu só o observava sem falar nada. - Tá vendo isso daqui?! - Ele me perguntou, levantando-se do chão e deixou a mochila lá.

    - Sim. - Eu respondi, ainda não estava entendo o que aquele papel tinha haver com ele estar bravo comigo. - Uma bolinha de papel amassado. - Eu disse, ainda estava calma.

    - Não. Não é só isso.

    - Tá. - Eu disse, erguendo uma sobrancelha. - Então me explique, o que é isso? E o que eu tenho haver com esse papel?! - Dessa vez era eu que estava de braços cruzados. Eu já estava perdendo a paciência por causa de tanto drama.

    - Ué, você deveria saber. Foi você que fez isso. - Ele me acusou.

    - Como?! - Eu estava indignada. Que filho da mãe, pra não dizer outra coisa.

    - Você matou a Carla. - Foi aí que caiu a minha ficha. Infantil.

    Eu não posso acreditar no que eu estava ouvindo da boca dele. Então ele estava se referindo ao poster da peladona? Eu senti meu sangue ferver. Então ele ia brigar comigo por causa de um papel? Nessas horas aulas de Yoga faz bem. Infelizmente, eu nunca fiz. Respirei fundo e contei até três, me segurando pra não voar em cima dele. Desci da moto, parei na frente dele e o encarei incrédula.

    - Então você vai brigar comigo por causa de um papel?! - Questionei. Se ele fosse fazer isso, seria muita infantilidade da parte dele.

    - Esse poster era uma das lembranças que eu guardei do meu pai! - Ele disse gritando. Eu ri, só podia ser uma piada. O pai dele morre e deixa a foto de uma mulher pelada. Ele tinha a quem puxar então. Tarado igual ao pai.

    - Olha, eu não me arrependo do que fiz. - Eu disse, séria. E não me arrependia mesmo.

    - Mas eu me arrependo de ter te levado ao meu quarto!

    - Como é?! Repete?! - Eu tinha que ter certeza, que eu ouvi bem.

    Ele não repetiu. E o silêncio reinou. Minhas mãos coçavam pra dar um soco na cara dele. Aquelas palavras não desceram, ficaram entaladas na minha garganta. Como ele pode dizer aquilo, depois de tudo que aconteceu?! Insensível. Pela primeira vez eu fui forte, não chorei. Mas toda a minha raiva foi transferida pra o meu corpo, que tremia. Mas eu tinha que manter o controle. Não queria brigar com ele, ainda mais por uma coisa tão estupida. Pelo visto a tal de "Carla" era mais importante do que. Pra ele dizer o que dizer o que disse, só podia ser.

    - Nossa, valeu pela consideração, Kakashi! - Eu disse. Engoli o choro, que agora queria vir.

    - Mari desculpa. É que quando eu entrei...

    - Cala a boca!! - Eu gritei, interrompendo-o. - Eu não quero saber. Admito, que foi errado da minha parte, mexer nas suas coisas. - Eu odiava estar errada. - Mas eu vou te recompensar. - Abri minha bolsa, peguei minha carteira, tirei 50 dólares e joguei a nota no chão. Não fui educada mesmo.

    - Meu amor não precisa. - Agora eu sou o amor dele.

    - Eu acho que isso dá pra comprar outra pra você. - Eu disse, ríspida.

    - Ela é uma edição limitada. - Ele disse, com uma tristeza que nem sequer se esforçava pra esconder. Novamente eu respirei fundo. A vadia era ilimitada agora.

    - Acho melhor você ir pra escola sozinho.

    - Não Mari. Por favor, me perdoa.

    - Tudo bem. Agora eu sei o quanto você me ama. - Foi tudo o que eu disse, nem olhei na cara dele. Ia para a escola à pé mesmo, e sozinha.

    Dei as costas pra ele e saí andando. Só que devagar demais, ele segurou no meu braço, me puxou colando-me no peito dele. Agora elas vieram, incessantemente. Afundei meu rosto no peito dele, molhando a blusa dele. Estávamos brigando por uma coisa tão inútil. Não valia a pena. Seriamos dois idiotas se deixássemos um papel nos separar. - Eu te amo, nunca duvide dos meus sentimentos por você. Eu só quero você, pequena. É só você que eu amo. - Que idiotice a minha, pensar que ele ama mais o papel que a mim. Mas eu não ia deixar deixar de provocá-lo.

    - Você quer se vingar de mim? - Perguntei, ainda com o rosto no peito dele.

    - Mas que pergunta é essa? - Disse, responde minha pergunta com outra pergunta, ao mesmo tempo que me afastava do corpo dele.

    - Ué, eu compro um poster de um cara bem gostoso pelado, colo na porta do meu quarto, você vai lá e rasga. - Fiquei imaginando como ele iria reagir a minha brincadeira.

    - Ah, sua danada. - Ele me pegou no colo tão rápido, que eu nem vi. Só deu tempo de entrelaçar as pernas na cintura dele. - Não! Não quero me vingar de você. - Aproveitou a situação... ou melhor a posição, e segurava bem firme no meu bumbum. Eu não reclamei, afinal tudo era dele.

    - Que pena. - Fiz bico e ele mordeu o meu lábio inferior. - Eu queria tanto um desses pra mim.

    - Mas você pode ter.

    - Sério?! Você deixa?! - Eu o olhei com os olhos brilhando.

    - Uhum. - Ele balançava a cabeça. - Eu tiro uma foto minha pelado, você manda ampliar e cola na porta do seu quarto. - Eu fiquei sem reação e de boca aberta.

    - Olha que pensando bem, não é uma má ideia.

    Aquilo era tentador demais. Ri demais com a ideia. Desci do colo dele e o puxei em direção a moto. Aquele assunto poderia ir longe. Colocamos o capacete. Ele sentou e em seguida eu. Comecei ter calafrios. Eu o abracei o mais forte que pude e novamente ele pediu que eu o apertasse menos. Mas isso era impossível.

    Ele ligou a moto e partimos. No caminho não conversamos, era quase impossível conseguir ouvir alguma coisa. Alguns minutos depois chegamos na escola. Ele entrou no estacionamento, e estacionou a moto. Desci e depois ele. Tiramos os capacetes.

    Fomos pra dentro da escola. Subimos para o nosso andar. Nos separamos por alguns minutos, mas depois nos encontraríamos na sala. Nosso armários ficavam longe um do outro. Guardei o meu capacete no meu armário, peguei alguns livros e fui pra sala. Ele estava sozinho, sentado e ouvindo musica no celular. Sentei em cima da mesa de pernas cruzadas (tipo indiozinho), ele deitou a cabeça no meu colo, entrelaçou os braços na minha cintura. Comecei a brincar com algumas mechas do cabelo dele, que cheirava ao meu xampu. Naquele dia eu tive que dar um pra ele, e pro Sasuke. Realmente o cabelo dele tinha melhorado. Tava mais baixo. Alguns fios caiam sobre os olhos, o que deixava ele muito mais sexy.

    Pelo que eu reparei, alguns dos alunos não paravam de nos olhar. A gente estava chamando bastante atenção, pelo visto. Ainda por cima não eram nada discretos com os cochichos. Eu tirei um dos fones do ouvido dele, abaixei a cabeça e encostei a boca no ouvido dele.

    - Amor...

    - Oi? - Ele tava quase dormindo.

    - Tá todo mundo olhando pra gente.

    - Eles devem estar espantados. - Ele disse, com uma vozinha baixa e calma.

    - Que?! Como?! - Aquilo não tinha lógica.

    - Porque eu nunca fiquei com nenhuma garota dessa escola. - Ele me abraçou ainda mais forte.

    Agora eu que estava espantada. Eu até lembrei de quando a Sakura disse que ele nunca tinha transado com ninguém da escola. Até aí tudo bem. Mas nunca ter ficado com alguém? Nenhum beijo?! Era a primeira vez que eu via isso. Foi por isso que a Sakura se assustou no primeiro dia de aula, quando eu fui falar com ele. Ela disse que nenhuma garota tinha coragem de falar com ele. Mas pra falar a verdade, eu estava gostando daquilo. Sabia que ia matar todas as garotas de inveja, por estar namorando o cara mais gato da escola. E bota gato nisso.

    Continua...


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