The Murder House.

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 8

    Obrigada.

    Mutilação, Violência

    Desculpem a demora...

    Aqui está um novo cap ^^

    Capítulo 8-Obrigada.

    Virei-me para trás já com o terror a apoderar-se de mim.

    A Emma estava presa à cadeira com umas amarras pretas. Ela mexia-se e lutava pela sua liberdade, porém a cadeira continuava a prende-la fortemente. Os seus gritos de terror e desespero eram ouvidos por todo o compartimento e eu simplesmente ficava quieta a ouvir aquela bela melodia.

    A cadeira começou a fazer barulhos estranhos com intervalos silenciosos e, nesses intervalos, Emma soltava belos gritos de dor que aumentavam a cada “recarga” da cadeira. Emma estava a ser torturada com pequenos choques que tornavam-se cada vez mais dolorosos e, por este caminho, Emma era bem capaz de...

    – Mac! - gritou Tavis acordando-me daquele transe.

    Ao pé de Emma estava a Malya e a Susan a tentar ajuda a pobre noiva, porém todas as suas tentativas fracassavam.

    – O que se passa contigo? - perguntou-me o Tavis olhando-me nos olhos e agarrando-me forte nos ombros.

    Eu não lhe respondi. Soltei-me dele e fui a correr para ajudar a Emma.

    Olhava atentamente para a cadeira à procura da origem dos choques, tentava perceber como fazer com que ela saísse de lá viva e foi aí que reparei... As amarras são sempre a solução.

    Olhei rapidamente para o Matt e apontei-lhe para aquele carrinho com os instrumentos de cirurgia e ele percebeu logo o que eu queria.

    Deixei o resto para ele e concentrei-me na Emma. Os seus belos olhos azuis estavam cheios de lágrimas e eles conseguiam transmitir a sua dor. Ela não parava de se mexer, ela estava sempre a abanar-se de um lado para o outro e assim não dava. Tinha que a acalmar.

    – Calma. - pedi agarrando-lhe na cara. - Ouve-me e prometo que vais sair daqui.

    – Dois tanto. - confessou ela já com várias lágrimas a percorrer a sua cara branca e suja.

    – Eu sei, mas preciso que me ajudes, está bem? - ela acenou com a cabeça. - De onde estão a vir os choques?

    – Do... - ela dei outro grito e depois respirou fundo. - Do peito e das coxas.

    – Muito bem, agora olha para mim. - ela assim o fez e eu sorri. - Parabéns pelo teu noivado.

    O Matt já tinha agarrado num bisturi e, quando acabei de falar, as amarras que prendiam a Emma foram cortadas e ela já estava livre. Assim que sentiu as suas pernas e peito soltos das amarras, a jovem loira levantou-se rapidamente e abraçou-me forte.

    O abraço foi repentino e, como tal, não estava pronta para ela. Demorei um bocado a responder-lhe ao abraço. Acariciei gentilmente os seus longos cabelos enquanto a deixava chorar no meu ombro.

    – Obrigada por salvar a minha vida. - disse ela entre soluços.

    Afastei o seu corpo do meu e encarei-a nos olhos.

    – Isto ainda não acabou, Emma. Muita coisa está para vir. - falava séria e confiante.

    – Eu sei, mas eu confio em ti. - sussurrou ela com um sorriso na cara.

    – Mac? - chamou-me novamente a Emily.

    – Diz. - sorri e fui ter com ela.

    Ela cruzou as pernas e começou a fazer uma dança estranha o que me fez lembrar que ela, antes deste incidente, estava aflita para ir à casa-de-banho.

    – Oh, pois! Isso. - disse atrapalhada. - Vamos.

    Agarrei-lhe na mão e saímos daquela sala.

    -Que sítio era aquele? - perguntou Elizabeth com a sua voz a tremer.

    Olhei para trás e vi-a agarrada ao braço forte de Mikey e tremia por todos os lados. Mikey tentava acalmá-la mas nada do que ele dizia ou fazia resultava.

    -Era uma sala de operações. - respondeu confiante o Matt.

    -Como sabes? - indagou rudemente a Susana.

    -Porque eu sou um médico, um cirurgião e já entrei em várias salas de operações. - respondeu ele travando o passo e encarando a mulher que estava à sua frente. - Além disso, não é preciso ser-se nenhum Einstein para saber o que era aquilo.

    -O que estás a insinuar? - gritou a Susan. - Que a Elizabeth é burra?

    -Eu nunca disse nem pensei nisso! Apenas achei parva a sua pergunta!

    -Como é que é? - as rugas de Susan começaram a aparecer deixando a sua cara gorda ainda mais estranha do que realmente era.

    -Tenham lá calma. - pediu Frank colocando-se no meio dele. - Não percebem que é exatamente isso que o maníaco quer?

    -O Frank tem razão. - falei cruzando os braços e apoiando toda a força do meu corpo numa só perna. - Se querem discutir estão à vontade mas têm que pensar no resto de nós. A separação deste grupo significa a morte certa para todos nós.

    Todos eles olharam-me chocados como que não soubessem que poderiam morrer ali dentro. Juro que não percebo este grupo...

    A Emily apertava fortemente a mão da Malya enquanto esta sussurrava-lhe algumas palavras.

    -Se já acabaram com essa discussão infantil sugiro que recomecemos a nossa investigação. Esta casa parece ser enorme e, a cada minuto que passamos a discutir, é um minuto mais próximo da morte. Por isso pergunto-vos. Podemos prosseguir?

    O Matt abaixou a cabeça em sinal de vergonha e a Susan apenas virou a cara. Eu sabia que ela estava chateada comigo por a ter chamado à atenção mas pouco me importei, entre ela, eu e o senhor advogado só quero distância, por favor.

    Recomeçamos a andar.

    Os corredores continuavam enormes e a fraca iluminação deixava-nos meios desnorteados ali dentro mas estávamos sempre a fazer um esforço para continuarmos.

    -Entramos? - perguntei apontando para uma porta castanha clara que estava fechada.

    -Não, vamos ficar aqui fora sem investigar nada. - ironizou o Rick. Juro que odeio este advogado! - Não foste tu que disseste que querias investigar isto tudo?

    -Mas sabes, podes ter medo de mais para entrares aqui. Eu queria saber se vocês queriam entrar pois eu vou entrar na mesma!

    Sorri para ele e abri a porta a medo.

    Não se sabe o que se espera nesta casa, verdade?

    Continua...


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