Alma Gêmea: Destinados

Tempo estimado de leitura: 2 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 7

    Flashback

    Mais um cap. pra vcs! Ihh, parece que os problemas começarão.... Divirtam-se!

    PS: Quero saber se gostaram!

    - E é muito correta para se dar ao luxo de trair seu futuro marido ou até admitir que gosta de mim. Você está bem? - ele me endireitou em pé e pôs as mãos em meu rosto.

    - Sim... acho que... - meu corpo inteiro tremia, mas não de frio – acho que foi apenas uma queda de pressão.

    - Não, Rebecca, não foi uma queda de pressão. E ambos sabemos disso.

    Dito isso, ele puxou meu rosto de encontro ao dele. Nossos lábios se tocaram, e a última coisa de que me lembro foi do seu gosto doce, até ser completamente engolida por uma forte luz.

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    Cap. 7

    Eu me lembro de tudo. Tudo mesmo. Minha outra vida com meus outros pais. Meus outros 17 anos. O rock alto me impedindo de estudar. Eu conhecendo Alex. O show do The White Sky . Nosso primeiro beijo. Nosso casamento. Nossos gêmeos. O 26º aniversário deles, junto com o acidente e o nosso fim. Eu perdi Alex de vista naquele dia, e fiquei desesperada.

    Quando ele me soltou do beijo, eu estava chorando. Todas as lembranças da minha antiga vida vieram à tona como uma represa jorrando água à toda velocidade. Procurei em seus olhos algum sinal de que ele também havia lembrado, mas seus olhos eram confusos enquanto suas mãos tentavam limpar as lágrimas que caiam incessantemente em meu rosto.

    - Alex, eu te encontrei! - disse, sorrindo – Eu te encontrei, meu amor!

    - O quê? O que você está dizendo? Quem é Alex, Rebecca? E porque está chorando?

    - Alex, você não lembra? Sou eu, Anne! Tente se lembrar, meu amor!

    - Rebecca, você não está dizendo coisa com coisa! O que está acontecendo?

    Quando percebi que ele realmente não iria se lembrar e que provavelmente aquilo só teria acontecido comigo, resolvi não perder mais tempo lhe fazendo perguntas. Eu estava com tanta saudade que meu peito doía, então me joguei em seus braços para um abraço longo e apertado. Alex (que nessa vida se chamava David), retribuiu o abraço, me puxando para ainda mais próximo de si, porém ainda visivelmente preocupado com as minhas atuais revelações.

    Porém, de uma hora para a outra, a dor no peito cresceu de forma assustadora. Afastei-me de David, levando a mão direita ao coração, me encurvando por causa da dor. Ele pulou da cama e agarrou meus braços, desesperado, me perguntando o que eu estava sentindo.

    - Não, por favor! - foi a única coisa que consegui dizer, referindo-me ao fato de ele ainda não poder fazer movimentos bruscos depois de sua complicada cirurgia.

    Mas ele não me obedeceu. Pelo contrário, ele me sentou na cama e correu até a porta gritando:

    - Socorro! Por favor, alguém! A Dr. Rebecca está passando mal! - e, logo depois, voltou e me segurou em seus braços, desesperado. - Vai ficar tudo bem, ok? Os médicos já estão chegando.

    Mas não consegui responder. Além da dor absurda eu já não conseguia mais respirar, e o rosto de David ficava cada vez mais embaçado aos meus olhos.

    - Rebecca! Mas o que foi que aconteceu?! - escutei a voz de Guilherme, e logo depois suas mãos urgentes faziam massagem cardíaca em mim. - Você está me ouvindo? Rebecca!

    Tentei dizer algo naquele instante. Mas se conseguisse, não seria para Guilherme. Eu queria dizer a David o quanto eu o amava e o quanto desejaria ter dito isso antes de nós dois morrermos no acidente de carro. Mas provavelmente eu não teria a chance nessa vida.

    Os gritos não ecoavam tão fortes como antes, e a cada segundo pareciam ficar cada vez mais fracos. Minha visão titubeou uma vez, até ser completamente engolida pela luz junto com o flashback que me fez lembrar de uma vida da qual jamais poderia ter esquecido.

                                                                  ¨ * ¨

    - Rebecca, você consegue me ouvir? Rebecca?

    Quando abri meus olhos, logo pude lembrar daquela figura à minha frente. Um homem alto, moreno, de cabelos e olhos castanhos; o mesmo que havia me levado de encontro à luz forte no dia do acidente. Ele sorriu ao perceber que o reconheci, mas logo depois voltou a sua feição preocupada.

    - Nós não temos muito tempo, então serei direto: sou Mateo, seu anjo da guarda. E você está numa encrenca.

    - O quê? Anjo da guarda? Encrenca? E, em primeiro lugar, onde é que eu estou? - disse, olhando para os lados e percebendo que eu estava sentada na única cadeira presente em uma grande sala branca vazia.

    - Você está na sala de intermédio. Os arcanjos já decidiram por te mandar de volta, mas por favor, não se lembre de mais nada. Isso é absolutamente proibido, então fique longe de lembranças. - ele falava baixo e rápido, tanto que as vezes se atropelava nas palavras.

    - Mas o que é que você está falando? É sobre a minha outra vida? - disse, mas antes mesmo de ele poder abrir a boca, um homem muito branco, forte, de olhos azuis e cabelos dourados entrou na sala de rompante.

    - Desculpe, Rebecca, desejaria não ter de fazer isso. Mas não posso ir contra as leis de Deus.

    - Arcanjo Kaleb, por favor, espere... - Mateo disse, porém, antes de terminar, o arcanjo envolveu meus olhos com as mãos, e, apesar de pensar em lutar, minhas pálpebras fecharam como se pesassem uma tonelada, caindo em um sono profundo.


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