A flor que exala canela - Parte 3

Tochii estava no banheiro, lançando um olhar de indiferença para um corpo feminino no chão, era sempre ela que acabava resolvendo esses tipos de assuntos, a garota que jazia ali havia tomado uma dose muito forte de LCD estava com o corpo gelado e duro, era claro que a garota havia morrido de overdose, Tochii discara números conhecidos no celular e falava enquanto Tenten e Ino suas ajudantes, retiravam curiosos dali.

- Que merda, esses inúteis só me dão trabalho...

Ela falava friamente ao telefone, estava pedindo um perito um de seus trabalhos era manter as ?aparências? do colégio, apesar de ser um centro de drogas e prostituição regido pela máfia, as cidades aos arredores não podiam ficar sabendo dos crimes ocorridos ali. Logo ali no meio da multidão ela não conseguia sentir o olhar penetrante e sem sentimentos que o jovem Sabako lançava sobre ela, ele sorria de canto de boca vendo a eficiência daquela rosa quando se tratava dos trabalhos.

Tochii se vira pra Ino e a ordena que cuide de todo o resto, desde a recepção do ?medico? ate mesmo a cessar os boatos que obviamente correriam por algum tempo. Ao terminar suas ríspidas palavras Tochii sai do local bufando, estava querendo conversar com a morena cor de canela, ela queria por que queria aquela jovem audaciosa trabalhando para si. Passa sem ser despercebida pelo aglomerado de pessoas, todos os olhares se voltavam para ela, alguns com repugnância, pois muitas meninas a achavam metida e mesquinha, e muitos a olhavam corados por amor ou simplesmente mergulhados em pensamentos de luxuria pelo corpo bem torneado, o jovem de cabelos cor de sangue notou isso rapidamente lançando um olhar frio a aqueles que pareciam devorá-la com os olhos. A mesma se dirigiu a sala de aula na esperança de encontrar a garota na detenção... ?hum... sei bem que detenção é essa...? pensava ela consigo mesma se lembrando de que o professor Kakashi não passava de um tarado qualquer.

Ao chegar na porta da sala tira sua chave mestra do sutiã e abre lentamente a porta, se deparando com o professor aos beijos com a flor de canela... ela sabia o que tinha acontecido ali, o próprio local cheirava a sexo, ela sorri ironicamente e fecha a porta fazendo um barulho ?BLAM?, barulho alto o suficiente para fazer ambos cessarem o beijo e olharem pra ela corados e boquiabertos.

- Ora ora ora... Achei que chegaria atrasada... Mais a festa acabou de começar...

Ela falava passando as finas unhas nos lábios rosados, seu olhar era tão irônico quanto seu sorriso, ela andava lentamente ate os dois e se aproximava da Mayu.

- Kakashi... saia! Quero falar com ela a sós.

Ela lançara um olhar severo ao professor, que nem ao menos piscou, saiu apressado dali, era outro mero brinquedo nas mãos da pequena flor da máfia. Ainda sorrindo ela volta a olhar para a Mayu e agora com uma atitude marota ela se senta em uma das mesas e retira um maço de cigarros do bolso da curta saia.

- Quer?...

Ela falava ainda procurando o isqueiro, Mayu aceitava um e ficava olhando curiosa querendo saber o que aquela garota intrigante queria com ela... ?provavelmente ela ira me entregar para a diretoria... serei expulsa mais uma vez? ao pensar essas palavras ela suspirou prevendo o que aconteceria. Tochii acha o isqueiro e acende o cigarro para Mayu, volta a falar freneticamente, era raro encontrar Tochii conversando daquela forma, geralmente era seca e curta com todas as palavras.

- Então Mayu... o quanto se interessa pelo perigo?

Mayu a encarava pasma, não estava mais entendendo nada, deu uma tragada no cigarro mentolado, e a encarou como se a desafia-se ?será isto um jogo??

- Depende de que perigo está falando...

Ela sorria com desdém e analisava a presidente do grêmio dos pés a cabeça, aquela figura sentada ali como tinha tanto controle sobre todos do colégio?

- Ahhh bem eu te quero trabalhando pra mim, li sua ficha, já matou, é sedutora, e com certeza sabe analisar alguém... é o que esta fazendo comigo esse tempo todo não é mesmo?... mas então, aceita fazer parte desse ?grêmio??

Mayu observava à fumaça subir fantasmagoricamente pelo recinto e sorria ao pensar que poderia ter um pouco mais de emoção na vida, por mais que fossem para aqueles objetivos. Ela não era boba, já havia sacado as constantes brigas, cochichos, saídas a meia noite de alunos... Aquela agitação toda só podia ter a máfia no meio... Depois do fato ocorrido a mesma, seu rumo mudou completamente, já não era mais inocente, e uma vida normal não a excitava mais, era justamente de alguém assim que Tochii precisava para substituir a flor rósea falecida.

-eu aceito.

Ela falou friamente notando o sorriso maligno brotando nos lábios róseos da garota a sua frente.