Viagens de uma Semideusa

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    A Força, a Náiade e a Semideusa

    Álcool, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Spoiler, Suicídio, Violência

    E se os Deuses do Olimpo estivessem vivos em pleno século XXI? E se eles ainda se apaixonassem e tivessem filhos que pudessem se tornar heróis? Segundo a lenda da antiguidade, a maior parte deles, marcados pelo destino, dificilmente passam pela adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.

    Karen Gray é uma menina considerada problemática. Não importa qual escola ela vá, sempre é expulsa. Apesar de ter somente 12 anos é muito rebelde para a idade, não se identifica com ninguém. Prefere ficar sozinha em jardins a socializar com os ?tolos? como ela chamava aqueles que não a entendiam. Amanha ela será transferida para uma nova escola no interior do estado do Colorado, coisa que se tornou rotina na vida dela. Como morava em um trailer, se tornava fácil mudar-se de cidade. Sua mãe, uma vendedora ambulante, já se acostumara com o fato que a filha era diferente dos outros.

    Karen dormia, enquanto sua mãe dirigia até a cidade onde sua filha estudaria. Passaram a noite inteira na estrada, até chegarem a uma cidade pequena e simples. Estacionou em um beco sem saída enquanto Karen tomava banho e se arrumava. Seu jeito de se vestir era um pouco diferentes, gostava das cores mais simples, então sempre usava uma blusa de cor verde ou azul e um jeans velho, seu preferido. Seus tênis eram o mais simples o possível, e seus cabelos, eram negros e cacheados, contrastando com seus olhos, verde esmeralda. Usava sempre bastante protetor solar, por ter a pele bem clara e se queimar fácil.

    Ao acabar de se arrumar, pegou sua mochila, colocou no ombro e foi até sua mãe, chegou dizendo.

    - Acha que dará certo desta vez? Quer dizer, ficar rodeada de tolos não é a minha praia.

    - Karen! ?retrucou- Você não deve julgas as pessoas antes de conhecê-las!

    - Mãe, você sabe muito bem que eu sou diferente, então por que eu iria ficar com quem não me entende? É só mais chateação. Acho que vou é achar um jardim e tirar um longo cochilo...

    - Cochilo?! Você já me arrumou muitos problemas invadindo jardins alheios. Desta vez apenas vá para a escola, certo?

    - Tudo bem, mas não garanto que vou prestar atenção nas aulas.

    - Se esforce desta vez! Karen Gray, você tem que achar alguma coisa que goste!

    - Gosto de sossego ou ação, o que não tem em uma escola. Bom, eu vou indo, esta conversa não dará em nada. Bye! ?saindo do trailer-

    - Bye...

    Karen caminhou pouco até a escola, era a apenas a 1 quarteirão de sua ?casa?. Chegou ao portão e encarou os outros alunos. Todos pareciam tolos pra ela. Eles a olhavam como se ela fosse uma exibição especial em algum zoológico. Odiava tudo isso! Entrou na escola e se alegrou um pouco, já na entrada havia um pequeno jardim, mas estava um pouco descuidado, mas não importava, já era o bastante pra ela. Ficou vagando pela escola até o sinal de entrada tocar. Olhou para seu horário e viu que a primeira aula era de Educação Física na quadra da escola. Se alegrou, pois era uma aula bem agitada. Chegando à quadra viu somente uns 15 alunos amontoados em uma roda e outra pessoa sentada em um canto com uma Flauta de Bambu. A pessoa, não sabia se era menino ou menina pois estava totalmente coberta, tocava uma bela e doce melodia naquela flauta, uma melodia que a lembrava algo, só não sabia o que era.

    Foi ao vestiário se trocar. Sentia-se ridícula com aquela roupa minúscula que usava para praticar esportes, apenas um top e um shortinho colado. Queria cobrir o corpo. A aula corria bem, ela era praticamente a melhor nos esportes, fazia de tudo, mas isso causava um ciúme terrivelmente grande nos outros alunos. Como uma novata poderia se dar tão bem em todos os esportes? Pra dizer a verdade, nem mesmo ela sabia disso. Ao final da aula, caminhou até o vestiário feminino, onde 6 meninas a esperavam, todas atrás de uma grandalhona. As meninas pareciam com medo, então ficaram caladas, enquanto a maior chegou até Karen e a confrontou.

    - Ei, você, tampinha! Quem você pensa que é pra chegar assim do nada e tirar minha posição de melhor jogadora?!

    - Interessa? Não, agora me deixe passar... ?tentando passar pelo lado-

    - Deixar você passar? Nem pensar, novinha, você vai se ver comigo! ?agarra Karen pelo braço-

    - O que você quer garota?! Me deixa em paz!

    - Deixa ela em paz Bia! ? entrando no vestiário, guarda a flauta no bolso* Se quer se meter com alguém, se meta comigo!

    - Então a estranha resolveu se meter! Vai ser ótimo esmagar vocês duas, espere sua vez, primeiro vou acabar com essa baixinha exibida! ?ameaça socar Karen-

    - Só por cima do meu cadáver! ?segura o soco, vira de costas e puxa dando um mortal e arremessando Bia pra fora do vestiário, pega a mão de Karen e a puxa pra fora correndo- Rápido, aqui não é seguro!

    - Espera! Como você, por que e como assim não é seguro?! ?sendo puxada-

    - Bia igual à Força! Corra garota, corra!

    - Força? O que? ?olha pra trás e vê Bia se levantando, ficando maior e mais musculosa, como uma fisiculturista- Ai meu Deus... Corre! ?corre rapidamente na frente da garota-

    - Vocês duas não vão escapar! ?pega bolas de basquete e arremessa como meteoros-

    - Abaixa! ?se joga por cima de Karen e as duas caem no chão, as bolas de basquete destroem a parede à frente- Corre! ?levanta puxando Karen-

    - Não precisa falar duas vezes! ?sai correndo pelo buraco da parede- O que é ela?!

    - Ela é Bia, irmã de Nike, Cratos e Zelo! Não pensei que ela viria pessoalmente acabar com você...

    - Nike, Cratos e Zelo? Espera... Vitória, Poder e Rivalidade?! Então ela é...

    - Força! ?vira a esquina bruscamente e corre entrando no trailer* Naia?! Cadê você?!

    - Banheiro!

    - Então eu dirijo! ?pula no banco do motorista, liga o trailer e acelera, manobrando habilmente e acelerando com tudo, Bia segue o trailer arremessando bolas e pedras como cometas-

    - O que?! ?se agarra ao banco- O que ta acontecendo aqui?!

    - Bia foi mandada para te eliminar! Naia, saia logo do banheiro e ajude! ?pisa o pé no acelerador-

    - Por quê?! Como sabe o nome da minha mãe?! Quem é você?!

    - Quíron geralmente manda Sátiros, más os Sátiros estão ocupados e não puderam vir se certificar! Eu sou uma Náiade Limneida, vivo no acampamento meio sangue! Um dos sátiros de Quíron disse que havia sentido uma forte energia natural muito forte, ele me mandou seguir e eu cheguei até você! Meu nome é Ravena, agora se segura!

    - Náiade??? Espera, agora estou confusa...

    - Depois te explico direito, segure-se! ?faz curvas fechadas com facilidade, tentando despistar da Bia- Ela não é rápida, só mais um pouco! ?faz uma ultima curva e acelera, deixando Bia pra trás- Naia, sai logo do banheiro! Assume o volante!

    - Tudo bem, já acabei... ?senta em cima de Ravena que se desfaz em água e se remonta do lado de Karen, cobrindo o corpo totalmente azul-claro, cabelos azuis escuros e olhos azuis escuros também- Bem melhor... Naia, pensei que tinha contado pra ela!

    - Não deu, como eu iria falar isso?! ?acelerando-

    - Falar o que?! O que as duas estão falando?

    - Você é uma semideusa Karen! Por isso é tão rápida e ágil! Só não sabemos que deus é seu pai, mas isso ainda vamos descobrir, nunca vi nenhum semideus que sequer parecia com você... É estranho, mas ainda temos tempo. Vamos rumo ao aeroporto Naia, temos que ir até o Acampamento Meio-Sangue, lá a Karen estará segura.

    - Sim, vamos pra capital e lá vocês duas pegam o avião... ?olhando pra frente, disfarça o choro-

    - Semideusa...? Mãe, você não vem?

    - Deixo você nas mãos da Ravena. Sabia que um dia teríamos que nos separar... Desculpe por tudo, filha... Tentei te criar como uma humana normal, mesmo sabendo que você não era. Agora é sua chance de agir sozinha, confio em você... Se cuida...

    - Mãe...

    Karen e Naia sabiam que se elas se tocassem, jamais se separariam. Então ela e Ravena se afastaram para as camas e lá se sentaram, uma olhando nos olhos da outra, como se conversassem em silencio. Partiram rumo a capital e lá elas pegaram o avião que voou para Long Island. Ali começava uma nova aventura.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!