Porra,O sexo virou amor

  • Finalizada
  • Lucifer
  • Capitulos 3
  • Gêneros Ecchi

Tempo estimado de leitura: 21 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Carinhos

    Álcool, Hentai, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Ele tomou a minha mão e me levou a caminho de uma noite inesquecível. Seu carro cheirava a carro novo, é algo que invade o nariz e percorre diversos circuitos mentais de prazer, como um veículo zero percorre uma pista oval. Não há como falar que cheiro de carro novo é parecido com algum outro cheiro. Como o cheiro dele. Não, não é algum perfume dele, aquele líquido em um frasco, mero coquetel cítrico ou adocicado demais e sem alma. É o cheiro dele que é incomparável. E olha só, até o carro dele me encantou. O silêncio predominou o momento. Sua mão direita livre, tão fria, pousou em minha coxa e em seguida entrou em minha blusa, me causando uma sensação eletrizante. Meu corpo estava quente e o dele também, eu chequei. Suas mãos pareciam que foram mergulhadas em um balde cheio de gelo, eu tive certeza assim que elas acariciaram meu rosto. Mesmo com certa dificuldade, um sorriso involuntário surgiu em meu rosto, eu já estava me deixando levar pelos seus encantos. Ouvi a voz da razão em meu subconsciente, dizendo que era apenas uma transa e carinhos. Bem, carinhos não fazem parte, mas nem todo homem é igual. Era pra ser selvagem, era pra ser fora da lei, era pra ser perigoso, e não meloso e delicado. Automaticamente o sorriso sumiu de meus lábios, o silêncio tomou conta do momento de novo, até que chegamos à recepção.

    - Qual é o quarto que o casal vai querer?

    ? a recepcionista perguntou. Permaneci imóvel, sem optar em nada; eu o queria logo, e a essa altura eu era capaz de tê-lo ali mesmo. Poderia ser em um quarto qualquer, mas ele preferiu o melhor. Ambos queríamos uma noite inesquecível

    ? e muito cara, por sinal.

    - Desejamos uma suíte e, por favor, a mais luxuosa que tiver.

    - disse com firmeza nas palavras, e aquilo fez com que meu fogo se acendesse, ele estava disposto mesmo a pagar um absurdo por uma transa com uma desconhecida.

    Ela entregou as chaves enquanto eu a fuzilava com o olhar. Casal? Estava na cara que era apenas uma noite e depois nem telefone trocaríamos. Era notável que não éramos um casal e que no outro dia não iria nem lembrar seu nome; para falar a verdade, nem o nome dele eu sabia. Notando minha alteração de humor, ele segurou meus cabelos e me beijou com o mesmo fogo de minutos atrás. Subindo as escadas, eu o ataquei, arrancando seus primeiros gemidos com sexo oral. Deixei que ele sentisse seu próprio gosto e lhe dei um beijo ardente, recebendo elogios de que minha boca era quente. O livrei de suas calças e tênis. Sem julgamentos, qual o mal de ir para cama com um desconhecido? Isso não faz de mim uma piranha, assim como não fará dele "o cara".

    Chegamos na suíte, ele me abraçou e carinhosamente me beijou.

    Seu beijo desta vez era doce, adocicado de prazer. O sentimento parecia invadir nossas salivas e isso me instigou, estávamos nos esquecendo do nosso objetivo e, para me manter no foco, fui tirando sua camisa. Ele captou minhas intenções de imediato e fez o mesmo com minhas roupas. Seu cheiro inundava meu corpo, adentrava minhas narinas, desciam por minha traqueia e perfumavam até meus pulmões. Seu cheiro vai muito além. Entra pelos meus poros, impregna-me, chega a cada centímetro de minha pele, eriçando pelo por pelo e despertando em mim instintos primordiais.

    Instintos selvagens, rudes, grotescos e ao mesmo tempo delicados e carinhosos.

    O cheiro que ele exalava percorria o meu corpo, músculo por músculo. O sangue fervia, preenchendo cada canto vago, e se não fosse pela solidão, estariam desocupados. Mas permaneciam vazios, até o cheiro adentrar e expulsar toda aquela energia negativa de mim. Um rio de desejos me inundava como um vulcão prestes a entrar em erupção.

    Seu caminhar, tão suave, sexy e decidido, me desconsertava, fazia com que todas as regras fossem quebradas, até mesmo a principal: uma noite e nada mais. Sua pele tocava a minha. De repente é como se dois hemisférios de um único ser se tocassem pela primeira vez em longos anos. De repente é como se o simples fato de eu existir fora dele fosse absurdo e infeliz.

    Seu toque era macio e ao mesmo tempo indelicado, era desesperado e ao mesmo tempo calmo.

    Sua mão se moveu até a minha nuca, agarrando as raízes do meu cabelo com o seu punho. A outra mão facilmente encontrou meu pulso, colocando meu braço ao redor de seu pescoço. O mundo ao redor já não existia mais. Enquanto as carícias aconteciam, sem perceber, eu ia dizendo poesias ou fragmentos que lembrava, mas ele mal sabia que eram textos meus.

    " Você passa a vida pensando que ninguém nunca será capaz de te dominar, até olhar para os lados com desinteresse e algo lhe prender o olhar. Ao piscar os olhos, o cheiro de bobagem te invade e seu autocontrole vai para os ares. Aí, quando você percebe, já é tarde demais, você está lá com os braços envolvidos em outra vítima do cupido e sequer sabe como chegou até ali." Sussurrei, sussurrei e nada.

    Ele apenas observou as palavras saírem da minha boca, formando uma canção de fundo para o nosso prazer ser mais proibido, a coisa toda estava fora do contexto.

    Eu estava inteiramente domada por aquelas mãos tão frias e delicadas a cada toque, aquele sorriso pra lá de branco e aquela voz suavemente rouca. E eu que jurei nunca me apaixonar novamente. Meus olhos estavam pesados, minha boca estava seca e uma sensação de estar nas nuvens predominava em mim.

    Foi como se meu corpo não me obedecesse mais, não resistisse àquele encontro de desejos.

    O calor irradiado pelo seu toque moveu-se como uma onda, um tsunami de sentimentos não descobertos por mim, uma explosão de desejos, desejos que antes era apenas sexual e que estavam tomando um rumo totalmente diferente.


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