Sorrisos, Segredos e Enganos

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    II

    Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

    SORRISOS, SEGREDOS E ENGANOS

    Side story da fanfiction "O Casamento"

    por Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    Capítulo II

    Na casa de Marin...

    (Marin) Bom, Aiolia, você, Lithos e Garan podem ficar à vontade aqui em casa. Eu vou para o Japão mesmo. Preciso levar Seika para ver o Seiya. Ela ainda não está acostumada e...

    (Aiolia, interrompendo-a)Quando é que você vai parar de fingir que somos apenas amigos?

    (Marin, hesitante)Que é isso, Aiolia? Nós somos amigos.

    (Aiolia) Não, nós não somos. Eu amo você e você sabe.

    (Marin)Aiolia, não é hora para romance.

    (Aiolia) E quando vai ser? A guerra acabou. Que desculpa vamos criar para deixarmos de lado o que sentimos?

    (Marin) Aiolia...

    (Aiolia)Não tem mais desculpa. Se você disser que não me ama, tudo bem, eu a deixo ir. Do contrário, quero ficar com você pra sempre. Vamos, diga, você me ama?

    E ela simplesmente retira a máscara, respira fundo, olha nos olhos dele e...

    (Marin) Eu amo você, Aiolia.

    Ele, então, toma-a nos braços e a beija intensamente. Lithos, que espiava a cena pela brecha da fechadura, vibra em silêncio.

    (Garan)Muito bonito! Espiando atrás da porta!

    (Lithos, sussurrando) Shhhhhhh! Mestre Aiolia está beijando a Marin!

    (Garan) Ótimo. Agora deixe os dois em paz.

    (Lithos)Deixa eu ver só mais um pouquinhooooo?

    (Garan)Sempre curiosa. Ainda parece criança.

    (Lithos)Epa! Agora a coisa está esquentando! Uiuiui!

    (Garan)Já chega, mocinha! Para o quarto!

    (Lithos)Ah. Na melhor hora? Eu não quero ir!

    (Garan, puxando-a pelo braço) Mas vai!

    (Lithos) Você é muito chato, Garan! Desse jeito nunca vai arrumar uma namorada.

    (Garan)Cuide da sua vida, mocinha!

    (Lithos)Saco...

    Enquanto isso, dentro do quarto...

    (Aiolia, beijando a nuca dela) Eu amo você. Sempre amei. E há muito tempo espero por esse momento.

    (Marin) Eu também amo você, Aiolia. Não faz assim... desse jeito eu não resisto.

    (Aiolia, continuando a beijá-la) E quem disse que eu quero que você resista?

    (Marin) Ok, Leão. Você venceu. (deitando-se na cama) Vem.

    (Aiolia, despindo-se) Quero que esse momento seja inesquecível.

    (Marin) É exatamente assim que vai ser.

    -S-A-I-N-T-S-

    Dia seguinte.

    Dohko e Mu estão no topo das escadarias do Santuário, diante dos trabalhadores que iniciarão a reconstrução das casas do Zodíaco Dourado.

    (Dohko) Estamos aqui para começarmos a reconstruir o futuro do Santuário de Athena. Decidimos que o melhor é começar de cima para baixo, então o 13º templo é o nosso ponto de partida. A restauração da estátua de Athena fica a cargo do grupo de escultores, supervisionados por Mu. Sem mais demora, bom trabalho a todos e mãos à obra! (para Mu) Você pode mesmo supervisionar a reconstrução da estátua enquanto não começa seu trabalho com as armaduras?

    (Mu) Claro! Não precisa se preocupar.

    (Dohko) Você não é e nunca foi motivo de preocupação, mas onde estão Kanon e Aiolia?

    (Mu) Dormindo, provavelmente.

    (Dohko, rindo) Hoje passa. Mas amanhã vou mandar acordarem todo mundo bem cedinho. Não quero saber de moleza nesse Santuário!

    -S-A-I-N-T-S-

    Na casa de Marin, Aiolia desperta ainda abraçado a sua amada. Ele acaricia os cabelos vermelhos dela. Lembra-se brevemente do tempo em que também costumava tingir suas madeixas da mesma cor. Sente-se tão feliz que parece ter o sorriso colado à face. Com um beijo, ele a desperta. Amam-se mais uma vez.

    Garan sabe que Aiolia já está atrasado, mas não ousa interromper a felicidade de seu mestre.

    Enfim o casal sai do quarto e encontra o café-da-manhã pronto.

    (Aiolia) Bom dia, Garan!

    (Garan) Bom dia, mestre Aiolia.

    (Marin) Bom dia, Garan! Olha, não estou acostumada a acordar e encontrar o café pronto.

    (Aiolia) Agora vai ter que se acostumar!

    (Marin)Hum... não é difícil se acostumar com o conforto. Onde estão Lithos e Seika?

    (Garan) Foram até a vila comprar alguns víveres. Não devem demorar.

    (Marin) Eu não apostaria nisso. Seika é meio espevitada e Lithos também não fica atrás. Vão acabar demorando-se nas compras.

    (Garan) Mestre Aiolia, não deveria estar ajudando nas reformas?

    (Aiolia)Ah, meu Deus! Esqueci completamente! Vou subir antes que o mestre mande me buscar!

    (Marin) Agora que já se atrasou, é melhor tomar o café antes. Dez minutos a mais ou a menos não farão diferença nesse caso.

    (Aiolia)Você tem razão.

    Depois de tomar café apressadamente, Aiolia sobe até o 13º templo.

    (Aiolia) Mestre Dohko, perdoe-me. Esqueci completamente de vir!

    (Dohko, sorrindo) Está perdoado, pois aposto que teve um excelente motivo para isso.

    (Aiolia, um tanto envergonhado) Bom, sim... tive...

    (Dohko, sorrindo)Sem problemas. Agora tenho uma missão pra você. Você sabe dirigir, não sabe?

    (Aiolia) Claro.

    (Dohko) Ótimo. Quero que faça o seguinte...

    -S-A-I-N-T-S-

    Hora do almoço.

    Todos se reúnem em grandes mesas abrigadas sob frondosas árvores. Mulheres da vila servem enormes travessas de comida. Numa das mesas, estão Dohko, Mu e Kanon.

    Aiolia chega acompanhado de Aldebaran, Milo, Shaka, Camus, Saga, Shura, Afrodite e Máscara da Morte.

    (Dohko) Fiquem de pé para receber nossos nobres cavaleiros dourados.

    Mu, Kanon e Dohko aproximam-se e abraçam os recém-chegados.

    (Mu) Pensei que ficariam mais tempo no hospital.

    (Camus) O médico achou por bem nos liberar.

    (Máscara da Morte)Não esqueci o pau que você deu na gente, seu carneiro de uma figa.

    (Mu, rindo) Que é isso, Máscara? Ninguém mais lembra desse fato.

    (Máscara da Morte) Eu me lembro muito bem.

    (Afrodite)É, nós sabemos o que passamos.

    (Mu) Ora, Afrodite! Você está ótimo!

    (Afrodite) Ótimo? Ótimo? Eu estou péssimo! Ok, minha beleza continua intacta, apesar de a raiz do meu cabelo já estar aparecendo. Mas minha casa e meu jardim estão destruídos!

    (Dohko) Não faz drama, tá? Logo, logo tudo vai estar de pé. Começamos a reforma de cima para baixo, então assim que concluirmos o 13º templo, reconstruiremos a sua casa.

    (Afrodite) Acho bom.

    (Dohko) E vocês todos vão ajudar.

    (Afrodite) Eu me ofereço para ajustar a questão paisagística do Santuário, começando pelo meu jardim, obviamente.

    (Dohko) Ajuda aceita, Afrodite. Quero que você comece a planejar tudo de imediato. Assim que formos terminando as casas você cuidará dos jardins.

    (Afrodite) Só espero que haja verba para fazer tudo isso.

    (Dohko) Claro! A Fundação GRAAD liberou uma verba generosa para a reconstrução do Santuário. A deusa quer todas as casas com uma infraestrutura ainda mais confortável e também jardins em todas elas.

    (Máscara da Morte) Ah, não. Na minha casa, não! Como é que eu vou viver lá com um monte de flores? Vou morrer intoxicado. Eu odeio flores!

    (Dohko) Na sua casa, sim. Pode ser mais singelo que o das outras casas, mas a deusa quer jardins em todas. Ela deseja ver esse lugar alegre e colorido.

    (Máscara da Morte, resmungando) Boate gay é também alegre e colorida.

    (Dohko) Você é bem engraçadinho, hein, seu Máscara?

    (Máscara da Morte)Faz parte do meu charme.

    (Dohko) É, mas não temos vagas para palhaço. Estamos precisando de pedreiros, arquitetos, engenheiros, escultores, cozinheiros, faxineiros. A que você se candidata?

    (Máscara da Morte) Posso ser uma espécie de supervisor, sabe? Verificar quem está enrolando mais que trabalhando, dar uma prensa na pessoa, essas coisas.

    (Dohko) Isso quem faz sou eu. Você vai ajudar a fazer cimento.

    (Máscara da Morte)Como é que é? Era só o que me faltava! Ser ajudante de pedreiro!

    (Milo)Cala essa boca, Máscara. Você já falou besteira demais por hoje.

    (Camus) Concordo plenamente.

    (Máscara da Morte) E você, Camus, vai ajudar com o quê? Tijolos de gelo? Não acho uma boa idéia nesse calor grego.

    (Camus) Podemos usar tijolos de gelo na sua casa. Vai ser ótimo pra conservar as cabeças que você gosta de ter por lá, seu maluco.

    (Dohko) Estou vendo que todo mundo já está ótimo. Até as brigas já recomeçaram. Agora almocem. Daqui a duas horas recomeçamos o trabalho. Bom, os que acabaram de sair do hospital estão liberados. Por hoje. Amanhã, às seis em ponto, quero todos lá.

    (Máscara da Morte) Hum... Mestre, acho que estou sentindo uma dorzinha aqui de lado. E amanhã vai estar muito pior.

    (Dohko) Ah, é? Então você pode inaugurar nossa enfermaria! Lá embaixo! O doutor Alkistis vai ter enorme prazer em atendê-lo e dizer que você não tem nada.

    (Máscara da Morte) Doutor, é? Agora tem médico aqui?

    (Dohko) Claro. Foi montada uma enfermaria lá embaixo para o caso de alguém se machucar. Ou de fingir estar machucado.

    (Máscara da Morte) Saco.

    (Afrodite) Mestre, só me diga uma coisa. Se todas as casas do Zodíaco Dourado estão em ruínas, onde é que nós vamos ficar enquanto elas não são reconstruídas?

    (Dohko) No alojamento dos cavaleiros de prata, claro. Você sabe que muitas casas estão vazias.

    (Afrodite, pasmado) Lá embaixo? Eu não estou acostumado àquela pobreza.

    (Dohko) É isso ou nada.

    (Afrodite) Se não tem jeito...

    -S-A-I-N-T-S-

    Duas horas depois, todos estão prontos para ajudar nas obras.

    (Dohko) Eu não tinha liberado vocês?

    (Milo) Não tinha nada pra fazer lá embaixo e já estamos cansados de descansar.

    (Saga) Shura foi a Rodorio com Camus para abastecer as casas onde vamos ser alojados. Máscara da Morte foi à enfermaria e Afrodite não vem porque está lá embaixo, todo empolgado, fazendo os projetos dos jardins.

    (Dohko) Ele tem bom gosto. Os jardins vão ficar muito bonitos.

    (Milo) Tomara que ele não encha a minha casa de florzinhas coloridas. Mas o que tem pra fazer?

    (Dohko) Você pode começar trazendo aquela areia pra cá. Vamos lá, mãos à obra! Não quero moleza! Vou lá do outro lado. Volto já.

    (Kanon, murmurando) Claro, general.

    (Milo) Eu nunca tinha segurado uma pá em toda a minha vida.

    (Kanon) Sempre há uma primeira vez.

    (Milo) A parte boa é que o Deba vale por dois.

    (Aldebaran, ao longe, carregando um bloco de mármore exageradamente grande) O que vocês estão falando de mim?

    (Kanon) Estamos admirando sua força.

    (Milo)Ele sempre teve muito músculo e pouco cérebro.

    (Aldebaran) O que disse, Milo?

    (Milo) Nada, Touro, nada.

    (Kanon) Ei. Onde está Aiolia? Nós aqui dando duro e ele passeando? De manhã chegou atrasado e acabou ficando com a tarefa mole de buscar vocês no hospital. E agora à tarde, ele sequer se deu ao trabalho de vir.

    (Mu) O Mestre liberou o Leão hoje. Não sei o que ele foi fazer.

    (Aldebaran) Será que foi alguma surpresa para a hora do jantar?

    (Milo) De jantar você entende, né, Deba?

    (Aldebaran) Eu nem como tanto assim, cara!

    (Kanon) Ah, não, só repetiu o prato três vezes na hora do almoço!

    (Aldebaran) Você não tem nada que ficar contando quantas vezes eu encho o prato!

    (Dohko, que ia passando novamente por ali) Conversem menos e trabalhem mais, por favor.

    E assim, os dourados trabalham em silêncio, até que Shaka começa a entoar um mantra.

    (Kanon) Eu nem me importo de trabalhar duro, de pegar na pá com vontade, não reclamo do sol, nada, mas trabalhar com o Shaka cantando esses mantras chatos é uma merda!

    (Shaka) Se não gosta, vá trabalhar do outro lado, bem longe de mim.

    (Aldebaran)Não leve a mal, mas é chatinho mesmo. Ainda se você estivesse cantarolando um samba... samba... me faz lembrar minha terra... tum dum esquidumdumdum... Olha a Beija-Flor aí, gente!

    (Kanon) Surtou.

    (Aldebaran, com os olhinhos brilhando) Quando a minha casa estiver pronta, vou fazer uma noitada brasileira lá! Samba, caipirinha, feijoada, acarajé!

    (Milo) Não sei do que se trata, mas se tiver mulher, tô dentro.

    (Mu)Já estão conversando de novo! Desse jeito só vamos concluir os trabalhos depois de vários anos.

    (Milo) Não exagera, carneiro.

    (Mu) Eu não vou reclamar mais. Façam como quiserem.

    (Milo) Ótimo! Já basta o Mestre mandando a gente calar a boca.

    E Shaka recomeça com seus mantras...

    (Saga) Amanhã farei uma solicitação formal para que o Shaka seja deslocado pra outro lugar!

    (Mu) Deixa o coitado! Os mantras até que são bonitos.

    (Kanon) Fale por você.

    (Shaka)Não precisa solicitar. Eu mesmo me deslocarei. Vocês são todos uns chatos.

    (Kanon)Olha só quem fala de chatice...

    Continua...


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