Real história de Samara Morgan

  • Finalizada
  • Maaychan
  • Capitulos 8
  • Gêneros Mistério

Tempo estimado de leitura: 30 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Beatrice Gilbert

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

     

    - O que você quer dessa vez?

    - O que você quer? - ela disse dando ênfase à palavra "você".

    - Respostas...

    - Realmente, é hora de você saber a verdade... - confesso que fiquei um pouco nervosa quando ela disse isso. Eu não sei se estava pronta para ouvir a verdade, principalmente, sem o Josh. Eu tinha medo dela me machucar, ela deixou bem claro que ela podia fazer isso quando machucou Jamie. - O que você descobriu sobre mim?

    - Samara Morgan, houve um incêndio em sua casa à trinta e quatro anos atrás, mas você escapou, pulou pela janela e conseguiu sobreviver. Porém, bateu a cabeça quando chegou no chão e entrou em coma, como você não acordou, os médicos desligaram os aparelhos e você morreu aos oito anos de idade.

    - Hum... nada mal... E você sabe o que causou o incêndio?

    - Achei que tivesse sido um acidente...

    - Pois, não foi! Alguém entrou lá e pôs fogo no quarto dos meus pais, os mataram sem dó e piedade, mas eu fugi. Porém morri, tudo por causa de um coma imbecil...

    - Eu sinto muito... Mas não tinha outro jeito, os médicos tinham que desligar os aparelhos.

    - E quem disse que foram os médicos?

    - N-não foram?

    - Não, a mesma pessoa que pôs fogo em minha casa desativou os aparelhos...

    - Como sabe que é a mesma pessoa?

    - Depois de morta, você descobre sobre o seu passado e vê as coisas que não pode ver, mas não consegui identificar a pessoa...

    - Mas quem faria uma coisa dessas com você?

    - Uma pessoa sem alma, condenada a viver sozinha para sempre...

    - Não entendo...

    - Algumas coisas na nossa vida são complicadas demais e vão além da nossa compreensão.

    - Samara, por que eu? Por que logo eu você tinha que assombrar? Não poderia ter ido atrás da pessoa que te fez sofrer? Eu tenho uma vida miserável e ainda tive que ir para um psicólogo e... - ela me olhou rapidamente, como se a palavra "psicólogo" a chamasse extrema atenção e isso me assustou.

    - Por que foi à um psicólogo?

    - Meus pais diziam que eu saía a noite. Às vezes, eles não percebiam e eu ia para lugares aleatórios pelo bairro. E quando voltava, desenhava símbolos metafóricos e voltava a dormir, sendo que no dia seguinte eu não me lembrava de nada.

    - O que você desenhava?

    - Lembro de ter desenhado... - não consegui terminar a frase, porque me lembrei exatamente do que desenhei. No primeiro dia, uma casa, com faíscas por todo redor. No segundo dia, uma menina, deitada em uma cama. Tudo se encaixava, finalmente fez sentido.

    - O que você desenhava? - ela repetiu com mais intensidade, mas eu não conseguia lhe responder, estava em choque. - Uma casa com faíscas? Uma menina em sua cama? - tinha me esquecido que Samara podia ler minha mente.

    - Foi... mas não é o que está pensando...

    - Ah, não?! - ela estava ficando com raiva. - Você desenha estas coisas nos exatos dias do incêndio e da minha morte e fala que não é o que estou pensando?!

    Eu estava com medo, tudo o que eu queria naquele momento era acordar, mas ela não deixaria. Ela, assim como eu, queria suas respostas.

    - É impossível! - me defendi.

    - Não, não é...

    - Você morreu em mil novecentos e setenta e oito, como posso ter te matado se eu ainda nem era viva?!

    - Você é Beatrice Gilbert...

    - Quem?

    - É claro, como não percebi isso antes? Você é a reencarnação de Beatrice Gilbert...

    - Quem era Beatrice?

    - Uma garota de vinte e dois anos que resolveu pôr fogo em minha casa, tudo por causa de uma dívida...

    - Que dívida foi essa?

    - Meus pais costumavam apostar para ganhar dinheiro, pois éramos uma família, digamos que humilde. Mas apostaram uma quantia muito grande, algo que não podiam parar. Então, nos mudamos para cá, para fugirmos dela, mas não adiantou. Até hoje, eu não sei como ela nos achou, mas para se vingar, incendiou minha casa com a intenção de matar todos nós. Mas eu sobrevivi, se não fosse pelo coma, todos saberiam sobre ela. Ela deligou meus aparelhos para certificar-se de que eu nunca mais voltaria, mas eu retornei. Apareci em seus sonhos e a matei. Ela jurou que voltaria, e voltou. Ela reencarnou em você. É por isso que estou presa a você, tudo faz sentido...

    - Não é verdade!

    - Realmente, ainda tenta negar? Você fez os desenhos, foi até minha casa e ao hospital e me diz que não é você? Beatrice Gilbert passou a maldição que eu pus nela, a você.

    - E o que você vai fazer comigo?

    - Nada de mais... vou só... te matar.


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