Real história de Samara Morgan

  • Finalizada
  • Maaychan
  • Capitulos 8
  • Gêneros Mistério

Tempo estimado de leitura: 30 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Temos que conversar...

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    - Alessa, você chegou! - Josh disse me abraçando e logo senti os olhares invejosos novamente.

    - Josh, eu tive outro sonho...

    - Mais um?! O que ela fez dessa vez?

    - Cantou, subiu na minha cama, quase me matou de susto e disse: "Não adianta fugir, Alessa... Eu te esperarei aqui... nos seus sonhos!"

    - Isso está cada vez mais esquisito...

    De repente, o sinal tocou e todos nos sentamos à espera da professora. Sentei na última carteira, como sempre, e Josh se sentou mais à frente.

    - Hey! - ouvi alguém me chamar, olhei para o lado e vi Jamie, a loira de olhos verdes que me deixava nos nervos e me faz querer matar aula todos os dias. Ela era louca pelo Josh, disso eu tenho certeza. Quando tínhamos doze anos, fizemos uma festa do pijama e ela confessou ser apaixonada por ele. Quatro anos se passaram, mas isso não mudou... - Como vão os seus pesadelos de menininha, hein? Aqueles da sua amiguinha de branco.

    Ignorei. Jamie ouviu minha conversa com o Josh uma vez, foi o suficiente para ela estragar a minha vida. Ela ria de sua própria piada sem graça, junto com suas várias gatas siamesas. "Não vai se defender?" O que eu vou dizer, Samara? Que você me assombra em meus sonhos e se comunica comigo através da mente, que você é perigosa e que ela não tem que brincar com isso? Elas só vão rir mais ainda.

    - "Socorro, Josh! Eu sonhei com ela de novo!"

    - "É a mesma garotinha, Josh!"

    - "Estou com medo, Josh!"

    Elas me imitavam e davam risadinhas nojentas. Tentava ser forte, mas minhas lágrimas já estavam rolando pelo meu rosto.

    - Vai chorar? É só isso que consegue fazer, não é? Chorar para todos terem pena de você, inclusive o Josh. Você realmente acha que ele gosta de você? Realmente acha que tem um amigo?

    "Agora, já chega!" Assim que ela disse isso, vi algo se formando no fundo da sala, alguém, para ser mais exata, Samara. Ela encarava Jamie com desprezo enquanto a mesma ria de mim. Ninguém a encarava, ninguém se assustava, isso só podia significar uma coisa: eu era a única que podia vê-la. Mas por que? Por que logo eu tinha que vê-la?

    Em passos firmes e lentos, ela caminhou até a mesa de Jamie. Meus olhos estavam vidrados nela, eu parecia estar em transe. Ela parou ao lado de Jamie, ainda com raiva de suas palavras. A mesma parou de rir e me olhou com cara de reprovação.

    - O que está olhando?!

    Samara aproximou uma de suas mãos até o ombro da garota que não estava entendendo nada. Quis impedi-la, mas só tive tempo de falar:

    - Cuidado...

    Na mesma hora, ela puxou Jamie pelo ombro com força o suficiente para jogá-la no chão. A sala toda virou a atenção para ela e Samara sumiu. Jamie chorava de dor no chão, enquanto suas amigas a ajudavam. Vi três arranhões profundos em seu ombro, não acredito que ela fez isso...

    Jamie me olhou com raiva, se levantou e andou até mim, pôs o dedo indicador próximo do meu rosto, como uma ameaça.

    - Não sei o que você fez, mas vai pagar por isso...

    Ela voltou para a sua carteira e todos fizeram o mesmo. Apenas pus as mãos na cabeça e comecei a chorar... "Ela mereceu..."

    ***

    - Devia me agradecer... - Samara dizia sentada na minha cama, enquanto eu arrumava o meu armário.

    - Não! O que você fez foi errado!

    - Ah, vai me dizer que não estava com vontade?

    - Eu não, as pessoas não devem ser machucadas...

    - Você quem sabe...

    - E por que está falando comigo em espírito? Achei que nossa comunicação se limitava pela mente.

    - Eu posso falar com você sempre que eu quiser.

    - E por que você apareceu para mim? Por que justo eu?

    Samara abriu a boca para me responder, mas foi impedida pela minha mãe que entrou no quarto.

    - Filha, está tudo bem?

    - Está sim... - olhei para Samara, mas ela já havia ido embora.

    - Estava falando sozinha?

    - Não, não... é que... - puxei meu celular do bolso. - Celular! Eu estava falando no celular, acabei de desligar.

    - Está bem, está com fome?

    - Não, obrigada.

    - Qualquer coisa me avise.

    - Ok.

    Minha mãe saiu do quarto e suspirei aliviada.

    - Samara? - comecei a procurar pelo quarto: debaixo da cama, atrás da cortina, atrás da porta... - Onde essa filha da mãe se meteu?! - não a achei, estava óbvio que ela tinha ido embora. - Droga!

    ***

    - Cadê você, Samara? - eu estava andando pelo corredor de minha casa, estava sonhando. Me dirigi até a sala e a achei sentada na cadeira, olhando pela janela como se fosse a última vez que a veria. - Samara?

    - Estava esperando por você... Temos que conversar...


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