Ciúmes e Rivalidade

  • Fedesa
  • Capitulos 24
  • Gêneros Colegial

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    Capítulo 24

    Uma Estranha Aparece.

    Linguagem Imprópria

    Ino Pov. On:

    À tarde com Sai havia sido bastante prazerosa. Embora eu não seja muito fã de artes, ouvi-lo me elogiar tanto, dizendo que eu era uma obra-prima tal qual as que víamos só fez crescer o meu ego.

    No entanto houve um momento em que ele parou no meio da rua, deixando de falar comigo, e começou a olhar para um ponto específico parecendo um pouco surpreso, coisa que estranhei, mas no demais a tarde foi bastante prazerosa.

    Então, nesse exato momento, eu me encontrava saindo do banho pronta para me arrumar para o meu encontro com o Gaara. Eu admito, não gosto dessa minha atitude. Porém foi o melhor método que achei para decidir, definitivamente, com qual dos dois eu me sentia mais a vontade, com qual eu realmente gostaria de ficar.

    Estava quase pronta, embora estivesse um pouco atrasada. Gaara havia chegado há um tempo, mas ainda assim preferiu ficar ao lado de seu carro e acho que foi melhor assim. Era muito cedo para apresenta-lo aos meus pais.

    Desci as escadas e dei uma rápida olhada em direção à sala. Encontrei meus pais cochichando abraçados. Os dois me olharam com um olhar cúmplice e disseram:

    - Juízo, hein. ? Revirei os olhos e então disse:

    - Digo o mesmo para vocês dois. ? Os ouvi rindo. ? Volto mais tarde. Ja ne. ? Fechei a porta e pude, em fim, apreciar a bela imagem do ruivinho que me esperava.

    Gaara estava encostado ao lado de seu carro, um Lamborghini preto, alheio ao que acontecia, como por exemplo, os risos dentro de casa. De repente bateu um vento forte que fez as folhas das árvores voarem e olhei maravilhada a nova imagem que se formava.

    As folhas pareciam contorna-lo, passavam por ele em uma velocidade lenta, como se também estivessem lhe olhando. Seu cabelo levemente bagunçado, junto de sua tatuagem na testa e seus olhos incrivelmente verdes, me encantava. Ele estava usando um jeans preto, um pouco rasgado, e uma camisa social branca. Estava lindo.

    Quando finalmente pareceu notar minha presença, seus lábios se repuxaram em um lindo sorriso de canto o qual correspondi prontamente. Caminhei para mais perto dele e Gaara abriu-me a porta, como um completo cavalheiro.

    Fomos a um desses restaurantes modernos o qual eu nunca vira antes. Seu nome era Shiro. Era um lugar muito bonito, e logo me senti muito confortável em estar ali. Sentamos em uma das mesas e não demorou muito para pedirmos alguma coisa.

    Enquanto nosso pedido não vinha, tivemos tempo para conversar sobre banalidades, coisas sobre a escola, o que faríamos este fim de semana, coisas assim. Conversa vai, conversa vem, pedi licença para ir ao banheiro para retocar a maquiagem.

    Posso dizer que demorei um pouquinho mais do que esperava, pois havia uma senhora que resolveu puxar papo comigo enquanto eu me arrumava. Não quis ser mal educada, então esperei pacientemente. Então, quando a senhora finalmente encerrou a conversa e pude voltar para junto do meu ruivinho, devo dizer que tive uma surpresa um tanto quanto inesperada.

    - Meu Kami-sama, o que ele está fazendo aqui? ? Falei um tanto desesperada.

    Sai havia acabado de entrar no restaurante acompanhado de uma garota. Na hora nem me importei muito com esse tal garota. O que me preocupava mais era ele descobrir que eu estava em um encontro com o garoto que ele mais detesta no mundo. Andei rapidamente para a minha mesa, me sentei e tentei me esconder em algum lugar.

    No entanto não achei nenhum lugar em que eu pudesse me esconder. Para piorar ainda mais a minha situação Sai havia se se sentado à mesa em frente a nossa. Meu Kami, eu estava perdida! Gaara estava falando alguma coisa do tipo:

    - Você está bem loira? Está agindo de modo estranho. ? Porém eu não conseguia prestar atenção no que ele falava de fato, então apenas acenei a cabeça negativamente, ainda tentando me esconder em algum lugar.

    De repente um garçom passa com uma jarra d?água. Sem pensar a peguei da mão do pobre garçom que não entendeu nada. Agora, com a jarra em mãos, eu tentava me esconder, entretanto só consegui arrancar mais perguntas de Gaara.

    - Sério Ino, você está se sentindo bem? Quer ir para outro lugar? ? Para ele me chamar pelo meu nome ele devia estar começando a ficar preocupado, mas sua menção de irmos para outro lugar logo me deu certo alívio. Então não pensei muito quando respondi:

    - É tudo o que eu mais quero!

    Pagamos a conta, mesmo quase não tendo tocado na comida, e saímos do restaurante. Quando percebi que estávamos do lado de fora, pude em fim respirar novamente. No entanto percebi também a expressão confusa e um pouco triste de Gaara. Me senti uma pessoa horrível por estar fazendo-o passar por isso.

    Esse seria o nosso primeiro encontro de verdade, era para ser mais especial e eu o estraguei completamente. Estava muito triste com isso e não sabia o que poderia fazer para reparar essa situação.

    - Me desculpe Gaara, não foi a minha intensão. Eu farei qualquer coisa para reparar essa situação.

    - Qualquer coisa? ? Falou com uma sobrancelha erguida. Acenei positivamente com a cabeça e então disse:

    - Qualquer coisa. ? Logo após não tive muito tempo para pensar, pois Gaara já estava muito próximo a mim e antes que eu pudesse proferir qualquer palavra ele me beijou.

    Entretanto esse beijo não foi como o primeiro beijo que trocamos. Aquele era calmo, carinhoso. Esse, esse era... eu não conseguia explicar. Era carinhoso, porém um pouco mais feroz, era mais intenso. Isso! Intenso era a palavra perfeita para esse beijo.

    - Está perdoada loira. ? Ouvi-o dizer. Ainda estava atordoada por causa do beijo então simplesmente me deixei ser levada por ele. ? Vamos, temos que procurar outro lugar para ir já que você não quis ficar no restaurante.

    Terminamos por ir a uma sorveteria, a única que estava aberta naquele horário e éramos um dos poucos clientes que ela possuía, mas foi ali que mais nos divertimos. Cada um, de vez em quando, sujando o nariz do outro com o sorvete e logo após nos beijávamos. Riamos por qualquer besteira, mas não dávamos à mínima. Tudo o que eu queria era ver o lindo sorriso do meu ruivinho.

    Ino Pov. Of.

    Sai Pov. On:

    O encontro com Ino tinha sido maravilhoso ao que tudo indicava, pois sempre que eu a olhava a encontrava sorrindo. Para mim esse era um bom sinal que indicava que ela estava se divertindo e que, talvez, eu pudesse ter alguma chance com ela.

    Eu estava radiante ante essa possibilidade, mas parece que sempre tem de ter alguma coisa para atrapalhar. Nesse caso foi o aparecimento de uma pessoa que eu pensei estar a quilômetros de distância.

    Bem no meio do encontro pensei ter visto Anna pela rua e embora seu cabelo ruivo encaracolado fosse único, eu poderia muito bem ter me enganado. Deixei esse fato de lado e percebi que Ino e eu estávamos parados no meio da rua sendo praticamente atropelados por vários pedestres apressados.

    Demos então continuidade ao encontro, entretanto aquela dúvida não me deixava me concentrar no que estava fazendo. Sendo assim, não demorou muito para que eu levasse Ino para casa.

    Quando cheguei ao meu apartamento tudo o que eu queria, e precisava, era de um bom banho. Um que faria com que eu me esquecesse da possível bobagem que se passava por minha cabeça e me faria pensar em um bom jeito de eu falar com a Ino na manhã seguinte.

    Afinal Anna não poderia estar no Japão. Ou poderia?

    Estava pronto para entrar no banho, no entanto o som da campainha fez-me enrolar uma toalha em volta de minha cintura e ao invés de ir tomar um bom banho, ir atender a porta.

    Para a minha surpresa quem se encontrava em frente à porta do meu apartamento era quem eu menos esperava.

    Anna me encarava com aqueles grandes olhos azuis, que hipnotizavam muitos, e um tanto quanto corada, que percebi ser por causa do jeito com o qual eu fora atender a porta.

    Convidei-a a entrar e pedi gentilmente que esperasse enquanto eu tomava um banho rápido. Quando voltei à sala, uns quinze minutos depois, encontrei Anna dando uma volta pela sala, dando uma olhada em meus livros e em minha agenda para ser exato.

    No entanto ao sentir a minha presença na sala ela logo se recompôs e fingiu não estar fazendo nada de mais. Foi impossível evitar um sorriso de canto. Esse sempre foi seu comportamento e acho que essa era uma mania sua que nunca iria mudar.

    - O que está fazendo aqui no Japão Anna? ? Decidi perguntar enfim.

    - Eu estava com saudades Sai-kun! ? Disse fingindo estar emburrada por conta de meu tom de voz com ela. ? Não está feliz por eu ter vindo? ? Agora sua expressão era um tanto quanto preocupada.

    - Não é isso Anna. ? Falei suavizando minha expressão. ? Só estou preocupado, afinal você nunca veio para cá. Por falar nisso, seus pais sabem que você está aqui? ? Perguntei desconfiado.

    - Claro que sabem Sai-kun! Seus pais também sabem, como acha que consegui seu endereço?

    - Hum... Quanto tempo você vai ficar aqui mais ou menos. Você não pode parar seus estudos assim, do nada.

    - Não se preocupe meus pais já resolveram tudo. Estarei estudando na mesma escola que você temporariamente. Como já disse, estava com muiiitas saudades de você. ? Falou me abraçando como sempre fazia quando ficávamos muito tempo sem nos ver.

    - Você já tem algum lugar para morar enquanto está aqui, no Japão?

    - Bem... até agora não procurei por nenhum até porque queria muito te ver. Então pensei se não poderia ficar aqui. Com você. Seria muito mais prático, pois já te conheço a um tempão, sem falar que me pouparia tempo e dinheiro. O que você acha? Posso? ? Perguntou com os olhos brilhando.

    Ter Anna morando comigo seria praticamente como estar em Nova York novamente e eu gostava dessa sensação, pois embora ame o Japão também adoro Nova York. No entanto minha privacidade iria pelo ralo, já que eu não poderia ficar mais ficar tão a vontade com uma garota morando junto comigo. Mas também existia o fato de que Anna era muito boa na cozinha e isso era um ponto muito importante até porque eu só tenho comido rámen desde que cheguei.

    Eram mais pontos positivos do que negativos e eu á tinha a minha resposta. Olhei para ela e seus rosto estava de um jeito extremamente fofo, um jeito que Anna vivia fazendo quando queria muito alguma coisa. Suspirei e então disse:

    - Tudo bem, tudo bem você pode ficar, mas tenho uma condição. ? Disse antei de ela começar a pular para cima de mim.

    - Qual? Qual? Eu aceito, não importa o que seja. ? Falou toda animada.

    - Pois bem, você terá que cozinhar todos os dias.

    - Ahh, isso é fácil Sai-kun!

    - Então bem-vinda a sua nova casa. ? Disse abrindo meus braços e Anna finalmente pulou pra cima de mim, por pouco não me derrubando no chão. ? Agora chega de ser melosa e pode começando a fazer o jantar. ? Falei fingindo autoridade.

    - É pra já chefe. ? Disse ela sorridente batendo continência. Isso definitivamente seria divertido.


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