Ciúmes e Rivalidade

  • Fedesa
  • Capitulos 24
  • Gêneros Colegial

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    10
    Capítulos:

    Capítulo 23

    Encontros.

    Linguagem Imprópria

    Ino Pov. On:

    Tudo já estava planejado há algum tempo, então não tinha como nada dar errado. Não havia motivos para eu me preocupar. Hoje eu sairia em um encontro com duas pessoas. Claro elas não sabiam disso.

    O primeiro encontro seria com o Sai. Já tínhamos conversado antes e resolvemos deixar, em fim, o passado para trás. Sendo assim só pensaríamos no presente e, quem sabe, no futuro de agora em diante.

    O segundo encontro seria com Gaara. Ele me convidou no mesmo dia que o Sai e claro eu aceitei. Afinal quem não aceitaria o pedido de um dos caras mais gatos do colégio, ainda mais se ele dissesse que gostaria de repetir a dose da última vez? Só o fato de imaginar Gaara me beijando novamente me causava arrepios.

    Entretanto só fui o que havia feito algum tempo atrás e fiquei meio sem jeito de cancelar um dos dois encontros. Primeiro porque Sai e eu não tínhamos uma conversa decente a um tempo e também tinha o fato de ele estar querendo me reconquistar e não faria mal eu dar uma chance para o cara.

    Segundo porque Gaara seria o cara por quem eu estaria interessada atualmente, então não tinha como eu, de forma alguma, lhe negar um encontro e muito menos algum possível beijo após o encontro.

    Eu já estava pronta para o meu encontro com Sai, só estava dando alguns detalhes finais à maquiagem. Iriámos em uma galeria de arte, o que fazia muito sentido porque ele amava essas coisas. Eu não gostava tanto quanto ele, mas ainda assim gostava de vê-lo tentando me explicar as pinturas.

    Ouvi uma buzina do lado de fora e sorri instantaneamente, era ele. Peguei minha bolsa, dei uma última olhada no espelho e me dirigi em direção à porta de casa.

    Ino Pov Of.

    Shion Pov. On:

    Por mais incrível que possa parecer Kiba havia me pagado um sorvete depois do filme. Ainda não acredito no que aconteceu. Eu tinha chorado durante o filme! Isso mesmo. Um filme de terror havia me feito chorar como a muito eu não fazia!

    Flashback On:

    As luzes se apagaram, então tentei não prestar atenção no ser ao meu lado e sim no filme em questão. Estava tudo ocorrendo como normalmente, alguns trailers passaram (fiquei interessada por alguns devo admitir), e então o filme finalmente começou.

    Sem perceber, aos poucos, fui parando de prestar atenção no filme e comecei a prestar mais atenção à pessoa ao meu lado. Ele estava totalmente concentrado na tela, assistindo ao filme, coisa que por algum motivo eu não conseguia fazer.

    Percebi então o quão lindo Kiba estava. Os cabelos castanhos se encontravam rebeldes, como de costume. A pele bronzeada fazia um contraste perfeito com as marquinhas vermelhas em seu rosto. Sua camiseta, também vermelha, não escondia os ombros largos e o peitoral definido e seu jeans escuro e rasgado demarcava suas pernas torneadas.

    Vê- lo daquele jeito, tão perto de mim, sem que eu pudesse fazer qualquer coisa estava me deixando completa e totalmente louca. Mas o encanto logo se quebrou quando um estalo em minha cabeça fez-me lembrar de que aquele maravilhoso garoto ao meu lado não dava a mínima importância para mim. Em outras palavras, ele me detestava.

    Parei de fita-lo e comecei a olhar para as minhas próprias mãos. Me sentia ridícula por pensar daquele jeito, afinal eu também não gostava dele, não é? Senti uma leve queimação em minhas bochechas e meus olhos começar a ficar úmidos.

    Não, isso não iria acontecer! Eu não choraria na frente dele. Nunca deixei ninguém me ver chorar e ele não seria o primeiro. Além disso, porque eu estava assim? Só porque eu SABIA que ele me detestava? Isso não era nenhuma surpresa, mas então porque eu queria que não fosse assim, que ao invés disso Kiba gostasse, ao menos um pouco, de mim?

    A contestação do óbvio só fez com que meus olhos ficassem ainda mais úmidos. Então era isso, eu havia mesmo me apaixonado por aquele idiota. Um sorriso triste adornou meus lábios. Eu sabia que aquele sentimento não era recíproco e eu seria a única a sofrer com a situação, mas ainda assim não me admiti chorar, não depois dessa descoberta. Seria constrangedor demais.

    Sendo assim tratei de me concentrar em alguma outra coisa e foi então que me lembrei de que estava ?assistindo? a um filme. Levantei a cabeça a tempo de ver a garota do filme matando um pobre gatinho. Foi à gota d?água. Minha tristeza, por não ter meus sentimentos correspondidos, se juntou ao sentimento de pena pelo pobre gatinho.

    Desabei a chorar. Chorei como uma garotinha assustada. Pude sentir olhares, incrédulos, sobre mim, mas pouco me importei. Queria sair dali, queria fugir para qualquer outra lugar.

    Flashback Of.

    Shion Pov. Of.

    Kiba Pov. On:

    Flashback On:

    Ela estava quieta demais. Não que eu estivesse reclamando, era só que... era estranho. A Shion que eu conhecia era mandona e faladeira, mas nesse momento ela não estava agindo assim. Ela parecia estar... sei lá, distraída, pensando em alguma outra coisa, pois, pelo o que eu notei, a mesma não prestava a mínima atenção no filme.

    Foi por isso que fiquei totalmente surpreso e, principalmente, assustado quando Shion começou a chorar. Eu não fazia a mínima ideia de como reagir. Tentei então acalma-la.

    - Ei, o que aconteceu? Porque você está chorando? ? Perguntei tentando ser o mais paciente e amável possível, porém o que tive como resposta foi mais uma enxurrada de choro.

    - Garota, o que está acontecendo? ? Perguntei novamente e dessa vez ouvi alguns resmungos.

    - O... o gato. Eu... eu... ? E mais uma vez o choro. As pessoas já estavam começando a reclamar, então a peguei pelo braço e comecei a guia-la em direção a saída da sala.

    Ainda assim Shion não se acalmou. Não gostava de ver garotas chorando, eu não sabia o que fazer em situações como essas, simplesmente ficava sem ação. Tentei então fazer palhaçadas e falar bobagens para ver se conseguia arrancar pelo menos um mínimo sorriso. Nada adiantou. De repente uma lembrança me veio à cabeça. Se aquilo não surtisse efeito ela era um caso perdido.

    - Vem comigo. ? Segurei-a pelo pulso e comecei a puxa-la.

    Flashback Of.

    Eu não conseguia acreditar que aquilo realmente tinha surtido efeito.

    Sempre que eu ficava muito triste ou então começava a chorar, minha irmã me comprava um grande copo de sorvete e isso sempre me acalmava. Entretanto nunca cheguei, realmente, a acreditar que isso, um dia, funcionaria com Shion.

    Agora que eu a via, ela estava muito parecida com uma criança. Sua boca estava toda lambuzada com o sorvete de baunilha e em seus olhos havia um brilho especial que eu nunca vira antes.

    Foi impossível não reparar em como sua boca carnuda ficava ainda mais atrativa com o sorvete lhe adornando os lábios. Seus lindos, e exóticos, olhos lilases ficavam simplesmente deslumbrantes com aquele brilho. Seus cabelos louros levemente cacheados nas pontas a deixavam com o ar de um anjo.

    Porém vendo-a tomar sorvete daquele jeito, feito uma criança, fez um sorriso surgir em meus lábios, coisa que não passou despercebida por ela que logo corou e perguntou:

    - O que foi? ? Falou tentando achar alguma coisa errada consigo, entretanto não achou nada. Peguei um guardanapo e levantei-me o suficiente para poder limpar a sua boca. Shion ficou ainda mais corada e embora estivesse muito contente com essa sua ação, contive um sorriso maior.

    - Porque está toda vermelha garota? ? Perguntei tentando provoca-la. ? A culpa é sua por comer como uma criança. ? Sua face irritadiça só me fez achar a situação ainda mais engraçada.

    Kiba Pov. Of.

    Sai Pov. On:

    Era hoje o grande dia em que eu finalmente conseguiria sair com a minha querida Ino. Havia demorado um pouco mais do que eu tinha previsto sim, mas antes tarde do que nunca, não é?

    Quando voltei nunca pensei que teria um rival e muito menos que Ino passaria mais tempo com o outro do que comigo. Por esse motivo é que nossas poucas conversas sempre acabavam em brigas. Brigas passageiras, mas ainda assim brigas.

    Eu não gostava nada dessa situação. Ino era, e sempre será, o meu primeiro amor e eu gostaria sinceramente que os sentimentos dela ainda fossem recíprocos. No entanto eu sabia que não era assim.

    Os anos em que eu estive fora, só haviam feito ela se distanciar de mim, haviam feito ela, aos poucos, me esquecer e assim dar espaço para um novo amor em seu coração. Eu sabia que ela estava confusa agora e mesmo não sendo muito justo eu me aproveitaria disso, usaria todas as chances que aparecessem para fazer ela se apaixonar novamente por mim.

    Já estava pronto, tanto mental quanto fisicamente, para o encontro. Esse tinha de ser o melhor encontro de todos e nada poderia dar errado. Peguei as chaves do meu carro e me fui em direção à casa da minha amada. Quando cheguei lá dei uma buzinada e logo Ino já estava à porta.

    Sua visão fez-me perder o fôlego e logo depois dar um sorriso ao pensar que ela poderia ser minha, somente minha. Ino tinha o cabelo solto e sua franja estava presa, deixando assim seus lindos olhos azuis amostra. Suas curvas eram delineadas por um vestido roxo levemente solto abaixo da cintura. Quando Ino finalmente entrou no carro pude observar e me deliciar de perto com o seu rosto. Seus olhos estavam realçados por um delineador preto e era como se sua boca rosada chamasse pela minha. Tive de me segurar para não agarra-la ali mesmo.

    - Está simplesmente perfeita. ? Disse a ela com certa dificuldade.

    - Obrigada. ? Respondeu-me com um lindo sorriso em seu rosto levemente corado.

    - Vamos indo então. Tenho certeza de que você irá adorar.

    Sai Pov. Of.

    Shion Pov. On:

    Estávamos caminhando pela praça antes de irmos cada um para o seu lado. Tínhamos decidido dar uma trégua depois de terminarmos o sorvete e até agora estava tudo certo. Sem nenhuma briga, nenhuma reclamação, nem um piu. Somente o som de crianças correndo pela e os pássaros cantando.

    Andávamos lado a lado, olhando cada um em uma direção contrária. Eu queria muito começar uma conversa, porém não tinha ideia do que falar. Não sabia nem um assunto no qual poderia tocar. Kiba, no entanto, parecia estar muito mais a vontade do que eu.

    Ele vivia olhando ao redor, parecia estar procurado por alguma coisa, ou alguém. Parecia aflito ao mesmo tempo em que mostrava um pouco de alegria. Será que ele já tinha namorada?

    Não tive tempo de pensar em mais nada, pois alguma coisa havia se chocado contra mim. Poderia ser uma das crianças que estavam correndo ainda a pouco, porém parecia pesado demais para ser uma criancinha e também tinha o fato dessa coisa ter me derrubado no chão com um só empurrão o que significava que era muito mais forte do que uma criança.

    Senti então uma língua áspera começar a lamber a minha bochecha e instintivamente comecei a acariciar a cabeça da criatura que agora eu sabia ser um cachorro. Sua língua áspera em contanto com minha pele me provocava cócegas de modo que era impossível conter uma risada.

    - Akamaru! ? Ouvi Kiba repreendendo o cachorro. Foi então que me dei conta que aquele só poderia ser o cachorro dele. Com o chamado de seu dono o cachorro saiu de cima de mim e eu finalmente pude me levantar.

    - Esse é seu cachorro? ? Perguntei tentando tirar minhas dúvidas.

    - Sim, esse é Akamaru. ? Falou segurando o grande cachorro branco pela coleira. Akamaru simplesmente latiu para mim como se estivesse se apresentando.

    - Muito prazer Akamaru. ? Acariciei levemente o topo de sua cabeça.

    - Mas ele não devia estar aqui sozinho. ? Falou Kiba olhando para os lados. De repente a figura de uma mulher foi se mostrando cada vez mais nítida. Ela se aproximava de nós e percebi então que devia ser ela quem Kiba tanto procurava.

    - Desculpe Kiba, mas Akamaru correu tão de repente que eu não pude segurá-lo. ? Disse a mulher quando em fim chegou até nós. Ela tinha os longos cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo alto e para a minha surpresa também tinha duas marcas vermelhas na bochecha, assim como Kiba.

    - Hana essa é Shion. Shion essa é Hana, minha irmã. ? Fiquei surpresa com tal revelação, afinal em minha cabeça ela era a namorada de Kiba. Porém fiquei feliz ao saber que eram só irmãos, sendo assim tratei de apertar sua mão.

    - Muito Prazer. ? Disse a ela.

    - Bom, pirralho tenho que ir, já está tarde e mamãe está me esperando. Você fica com Akamaru? ? Kiba assentiu positivamente com a cabeça. ? Ótimo. Foi um prazer conhece-la Shion. ? E simplesmente foi embora.

    - Bem... parece que Akamaru gostou de você. ? Disse Kiba um pouco sem jeito pelo modo como o cachorro pulava tentando vir em minha direção. Eu ri.

    - Akamaru é mesmo uma gracinha. ? Falei abaixando-me próxima ao cachorro que latiu e me deu uma nova lambida na bochecha.

    - Minha irmã está certa, já está tarde. Acho melhor ir para casa.

    - Oh, concordo. ? Digo prestando atenção no céu pela primeira vez. Estava realmente ficando tarde, o sol já estava começando a s por.

    - Acho que eu e Akamaru poderíamos acompanha-la até a sua casa. ? Kiba falou e confesso fiquei um pouco surpresa.

    - Não será preciso, mesmo assim muito obrigada.

    - Eu faço questão e creio que Akamaru tenha a mesma opinião que eu. ? Falou apontando para Akamaru que estava todo feliz balançando o rabo e com a língua de fora. Foi impossível resistir.

    - Tudo bem, mas só porque Akamaru é muito kawaii.

    - Então vamos indo. ? Enquanto saíamos da praça Kiba falou uma coisa que aqueceu meu coração e me fez acreditar que talvez eu ainda tivesse esperanças.

    - Akamaru gostou muito de você e por mais que eu deteste admitir hoje foi um dia legal. Acho que podemos ser amigos. ? Falou olhando em meus olhos.

    - É, acho que podemos sim. ? Disse desviando o olhar e sorrindo minimamente para que Kiba não percebesse o quão feliz eu estava.


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