Fotografias

  • Finalizada
  • Caah F
  • Capitulos 2
  • Gêneros Comédia

Tempo estimado de leitura: 40 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Acerca de vinho e fotografias

    Álcool, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Olhou para o grande hall do hotel cinco estrelas que havia entrado. Olhou, de novo, para o endereço entregue pelo modelo. Um papel com uma caligrafia torta constatava estar no lugar certo. Entrou a passos contidos pelo lugar luxuoso, observando desde a mobília marrom com adornos dourados, aos lustres caindo em cascatas pelo teto.

    Em uma das paredes, encontrou um grande espelho. Parou observando sua figura a qual passava a mão pelo cabelo distraidamente. Era certo que tinha uma boa aparência, no entanto não era convidado - com frequência - para jantar com modelos. Seu traje consistia em jaqueta preta, com uma camiseta branca por baixo, aberta mostrando seu crucifixo negro. A calça mais apertada que já comprara, junto com os coturnos pretos. Tinha passado delineador nos olhos da mesma cor que sua roupa, fazendo um esfumaçado.

    Ainda olhando no espelho, via a figura do modelo se aproximar. Ele também havia se arrumado. Vestia-se com um pouco mais de casualidade do que as roupas extravagantes da sessão. Uma camiseta branca com um colete negro, junto com jeans pretos e a maquiagem parecida com o delineador dos olhos de Ruki.

    - Você está lindo. ? Murmurou Uruha para Ruki, praticamente ao lado do último. O fotógrafo loiro não pode conter o arrepio, embora soubesse que o modelo estava ali, pois ainda encarava o espelho.

    - Você que é o modelo aqui. ? Disse virando-se para o loiro.

    - Como se isso significasse algo. ? Segurou nas mãos do menor, o puxando suavemente. ? Vem, vamos jantar.

    Ruki sentiu um rubor instantâneo com a situação inusitada, Uruha andava de mãos dadas com ele e, cada vez que alguém passava direcionando a eles algum olhar estranho, respondia á mesma altura dando um olhar superior. O mesmo aconteceu com quem sorria, e era muito melhor, ver o sorrido infantil nos lábios do modelo.

    Fizeram o trajeto ao tal restaurante com conversas amenas sobre assuntos diversos, deixaram-se rir com bobagens. Atravessaram a área externa, onde havia uma piscina, e chegaram ao local do jantar.

    Como todo o hotel, era decorado com elegância. As grandes mesas eram distribuídas por todo o local, iluminado por vários lustres de luz amena. O modelo levou o fotógrafo até uma pequena mesa para dois, que dizia ter reservado antes. Sentaram-se um de frente ao outro, e logo um garçom veio prontamente servi-los. Fizeram os pedidos e Kouyou pediu vinho, que Takanori reconheceu como sendo delicioso e, além disso, caro. O logo vinho chegou e foi servido nas taças grandes.

    - Um brinde. ? O modelo disse colocando sua taça no alto. ? Ao nosso encontro.

    - Um brinde. ? Sorriu embaraçado, repetindo o gesto de colocar a taça no alto. Tocou com a do outro de leve.

    Enquanto bebia o primeiro gole de seu vinho, que descia macio, subitamente o menor lembrou-se que o outro estava com as fotos.

    - Você ficou com o cartão de memória... Porque fez isso? ? Perguntou olhando para a sua taça com o líquido carmesim.

    - Se você não aceitasse meu convite, eu tinha que ter algo para lembrar-me de você. ? Sorriu dando um gole no líquido.

    - Mas eu aceitei o convite... Mesmo assim você ficou com as fotos! ? Disse fazendo contato com os olhos do outro.

    - Eu fico tão feliz por ter vindo... Vale à pena ter vindo só para conhecê-lo, Ruki.

    - E o trabalho? Não ficou feliz com ele? ?Perguntou tentando desviar o foco da conversa de si.

    - Sim, mas não é nada de mais. ? Passou a mão pelos cabelos, tirando uma mecha dos olhos.

    - Não fale assim! Nós trabalhamos duro pelas fotos.

    - Está bem. ? Sorriu e colocou as mãos para o alto, maneando a cabeça em sinal de rendimento. Deu mais uns goles em seu líquido. Logo depois os pratos foram servidos, e começaram a degustar a refeição. ? Você disse que era de Kanagawa... Veio para cá faz tempo? ? Perguntou enquanto comia lentamente.

    - Sim. Eu vim fazer faculdade aqui em Tóquio, passei em uma boa universidade para fazer medicina, mas sabia que não era isso que queria ser.

    - Não tem cara de médico mesmo.

    - Eu sei. ? Sorriu para o outro. ? E você? Como acabou se tornando modelo?

    - Faz algum tempo. Devia ter entrado na adolescência. É melhor, pois você tem uma carreira longa. Agora, já estou ficando velho para isso. ? Sorriu irônico.

    - Não, não está. Você ainda tem muito tempo para tirar fotos!

    - Mesmo sim, esse trabalho nunca me realizou. Parece que estou fazendo uma coisa fútil. ? Encarou a comida.

    - Por quê? ? Deixou os talheres na mesa e encarou o semblante triste do outro.

    - Estou vendendo a minha imagem. ? Encarou o outro. ? Você diz ?faça tal pose? e eu faço. Simples e robótico.

    - Não acho que seja isso. ? Fez bico. ? Assim você me menospreza também.

    - Desculpe-me, não era a intenção. ? Voltou a observar a comida.

    - Não é um trabalho fútil. Muitas pessoas agora podem ver a sua beleza. ? Sorriu divertido. ? Nem tantas pessoas poderiam vê-la.

    - Parece algo muito narcisista. ? Bebeu um gole do vinho.

    -Não é!

    - Mesmo assim... Em poses automáticas? Nem eu mesmo consigo ver as fotos quando saem nos anúncios. ? Os olhos castanhos se voltaram para os negros.

    - Então eu vou fazer algo. ? Abaixou uma das suas mãos e puxou algo do bolso. Um IPhone, apertou um botão. ? Sorria.

    - O que está fazendo? ? Perguntou estranhando a atitude.

    - Vamos. ? Sorriu achando engraçado. ? Faça caretas.

    - Ham? Como? ? Sentiu um pequeno flash.

    - Agora eu tenho uma foto sua com cara confusa! Uma pose bem diferente, certo? ? Riu olhando o aparelho.

    - Mas...! ? Viu o outro apontando a câmera para si e entrou no jogo. Fez uma careta.

    - Assim! ? Flash.

    - Ruki! ? Deixou-se fazer feições bobas e engraçadas. Ouvindo a sua risada junto a do outro.

    - Está vendo? ? Mostrou uma foto em que Uruha mostrava a língua. ? Você é uma criança grande. ? Sorriu.

    - Nee, obrigado Ruki. ? Seus olhos pareciam alegres agora.

    - Pelo que? ? Tirou seus olhos do Iphone para olhar Kouyou.

    - Por fazer isso por mim. ? Sorriu largo.

    - De nada. ? Sentiu um calor subindo ao rosto. - Mas a sua vinda a Tóquio? Não está gostando? ? Desviou do assunto, não querendo mostrar o quanto estava corado.

    - Só trabalho e trabalho. Mal consegui me divertir...

    - Uma semana trabalhando direto?

    - Sim. Mal pude aproveitar Tóquio, quero vir mais vezes aqui. Com calma e a passeio.

    - Não ficou chateado por estar só nesse hotel?

    - Sim. ? Sorriu.

    - Foi por isso que me convidou? ? Sorriu malicioso, era mais confortável para ele do que corar.

    - Sim. ? O mesmo tipo de sorriso bailava em seus lábios.

    Depois daquela primeira troca de sorrisos, vieram outras. Misturadas a risos e vinho, a noite passou rapidamente, junto com os goles que tomavam juntos e as histórias das profissões que se entrelaçavam. Logo o jantar terminava e Ruki não queria mais ficar ali dentro, Uruha convidou-o para um passeio noturno.

    - Como assim? ? Perguntou levantando-se e andando junto com o maior.

    - Vamos lá fora, nós podemos beber perto da piscina.

    - Há essa hora? Não tem problema?

    - Não se preocupe Ruki... Só curta a noite. ? Sorriu voltando a andar com o menor de mãos dadas.

    Antes de saírem o maior pegou a garrafa de vinho de antes, levando-a junto. Saíram do lugar bem iluminado para a noite escura, iluminada somente por alguns pontos de luz longe da piscina vazia. Sentaram-se na beira da mesma.

    - Nee, Ruki-kun... Vamos entrar? ? Perguntou sorridente daquele modo infantil.

    - Entrar? Essa água deve estar muito gelada! ? Disse olhando para piscina refletindo uma lua pálida brilhando no céu.

    - Ah, vamos curtir! ? O maior tirou os sapatos que calçava os colocando de lado. Tirou o colete e a camiseta branca. O menor ficou olhando o modelo ali, sem camisa, entretanto não foi apenas isso, porque logo ele estava tirando a calça justa, revelando só uma boxer azul escura.

    - Er... ? admirou o corpo do loiro, o peito alvo e as coxas grossas, o corpo todo iluminado somente pelo brilho ralo da lua. ? Uruha... Acho que não podemos fazer isso... ? mal terminou a frase quando foi interrompido.

    - Porque não...? - Viu o outro entrar na água, primeiro o direcionando um sorriso convidativo, e em seguida mergulhar por inteiro. Ruki olhou para o corpo ainda debaixo da água e deu de ombros pensando no que poderia perder com aquilo.

    Despiu-se rapidamente ficando apenas com a boxer vermelha, quando ia entrar viu Uruha saindo. Sorriu ao ver o loiro lançando o mesmo olhar de desejo, que tinha olhado para ele minutos antes. Entrou devagar na piscina sentindo cada pelo do seu corpo arrepiar. A água estava mais gelada do que pensava, e seu corpo em oposição, estava quente. Mergulhou sua cabeça por inteiro depois voltou à superfície encarando o modelo loiro.

    - A água está muito gelada. ? Verbalizou os pensamentos de antes. As suas palavras, mesmo baixas, pareciam estar altas demais, pelo silêncio do local.

    - Quer que eu te esquente? ? O mais alto sussurrou se aproximando de Takanori, este por sua vez, deu passos para trás, até sentir a parede de azulejos em suas costas. Logo, o menor sentiu as mãos do modelo em sua cintura fazendo uma leve pressão, o lugar onde os dedos longilíneos passavam pareciam ficar quentes automaticamente. A interrogação sobre ficar quente girou na cabeça dele.

    Os olhos fizeram conexão, o rosto do maior se aproximou vagarosamente da face de Takanori, enquanto a pressão em sua cintura aumentava, o frio se esvaía deixando só o calor provindo de onde os corpos se tocavam mutuamente.

    - Qual sua resposta? ? Murmurou rouco.

    - É claro. ? E assim colocou as mãos em volta da nuca de Uruha, trazendo-o para um primeiro beijo sôfrego. As bocas se encontrando em um contato íntimo desejado pelos dois. O modelo não demorou a pedir passagem com a língua, logo descobrindo uma cavidade úmida e outra língua atrevida.

    O frio cessou por completo, dando lugar a um fogo ardente. Ruki sentiu ser corpo ser pressionado mais contra a parede fria, e uma perna ser colocada entre as suas. As mãos que estavam em sua cintura, desceram pelas laterais de seu corpo, achando espaço entre a parede para passar as mãos em suas nádegas. O menor suspirou entre o beijo puxando os fios descoloridos da nuca do outro.

    As bocas se encontravam enquanto as línguas se moviam em uma dança sensual, buscando a cada segundo, mais da outra, enquanto lutavam dentro da cavidade pequena. Ruki finalizou o beijo mordendo o lábio inferior do outro, abrindo os olhos que mal se lembrava de ter fechado, encontrando um par de olhos castanhos observando-o.

    Quando soltou o lábio inferior do maior, sentiu o outro começar a beijar de leve seu pescoço. Pendeu a cabeça para o lado inverso, deixando espaço para o outro fazer o que pretendia com maior avidez. Suspirou fechando os olhos.

    - Você é tão lindo Ruki. ? Murmurou por entre os beijos.

    - Não fique falando isso... ? inverteu as posições, com uma pouco de lentidão, por causa do impedimento da água, deixando as costas de Uruha contra a parede. Voltou a devorar os lábios cheios, sentindo resquícios do vinho ali. ? Eu já disse que você é o modelo aqui.

    - Isso não importa. ? Mudou as posições novamente. ? Você é lindo. ? Uruha passou a mão pelo peito alvo do pequeno, descendo até encontrar os mamilos rosadas, tocando-os com os dedos. Ruki mordeu o lábio inferior.

    O mais velho abaixou-se em pouco e deixou sua língua percorrer os mamilos, que ficavam tesos à medida que os toques aumentavam. Ouviu mais um suspiro baixo de Ruki, este por sua vez, alcançou o vinho e tomou um gole direto da garrafa, passando a língua pelos lábios com o sabor da bebida, puxando o mais alto para mais um beijo.

    Compartilhou o gosto da bebida, para logo ficar sem fôlego e acabar com o beijo. Passou as mãos pelas costas do outro, arranhando de leve, até chegar por cima do pano azul escuro. Apertou as nádegas do maior, vendo-o sorrir com aquilo.

    Uruha encaixou uma de suas pernas nas de Ruki de novo, os dois sentiram o começo de ereções crescentes, e se observaram com sorrisos que transbordavam puro desejo.

    - Nee Ruki... ? aproximou-se da orelha do menor, mordendo o lugar cheio de piercings. ? Você não quer conhecer meu quarto...?

    - Eu adoraria... Uruha.

    A porta se abriu lentamente, revelando um quarto enorme. Kouyou segurava permitindo a entrada de Ruki, o que fez imediatamente observando tudo ao seu redor.

    As paredes eram revestidas por um delicado papel de parede em tons de dourado, como em todo o lugar do hotel e pastel. Encostado em uma dessas paredes havia uma cama de mogno, com lençóis cor de vinho, repleto com almofadas em tons escuros. No chão um tapete com motivos geométricos se estendia desde o começo do quarto, até uma sacada fechada por duas portas de vidro fumê. Oposto a cama e perto de uma porta, uma mesa no mesmo tom da cama, encontrava-se cheia de papéis e utensílios diversos. Acima dela um quadro com pássaros voando em meio a um bosque amarelado.

    O loiro mais velho fechou a porta, acendendo uma luz suave que iluminou todo o quarto. Encarou suas roupa, e a do outro, meio molhadas devido a terem se vestido apressadamente com a água da piscina ainda escorrendo por seus corpos.

    - Nee Ruki... Vem cá. ? Puxou o outro pela cintura, juntando os corpos. ? Vamos tomar um banho quente.

    - Certo... ? puxou o maior para um beijo, enquanto suas pernas se enroscavam no caminho para o banheiro.

    O modelo finalizou o contato com os lábios do outro, para retirar a jaqueta e jogá-la em algum local por ali, tirando em seguida, com um pouco de pressa, a camiseta fina. Ruki fez o mesmo processo com o colete e a camiseta branca do outro, assim os dois estavam seminus antes de chegarem ao banheiro.

    Voltaram a se beijar, tirando os sapatos de forma desajeitada, sem olhar para eles. Uruha, com uma das mãos livre, empurrou a porta de madeira branca e lisa, entrando no banheiro de azulejos do mesmo tom da porta. Sem cessar o beijo, os dois andaram um pouco até Ruki sentir suas costas encostarem-se a algo. Kouyou puxou o corpo do menor, fazendo-o se sentar na extensa pia de mármore, passando a beijar com facilidade o peito alvo exposto aos seus olhos e toques.

    Com as mãos livres puxou a calça do menor devagar, jogando a peça de lado e dando atenção as coxas, fazendo uma trilha de mordidas leves, pulando a boxer vermelha que estava molhada e chegando ao abdômen, deixando mordidas suaves por ali.

    Os toques fizeram com o que o mais novo gemesse baixinho. Não se contentando em ser o único apenas de roupa de baixo e louco para apreciar a visão daquelas coxas sem jeans, desceu da pia, ficando de pé deslizando as mãos pelo cós do jeans preto e abrindo o botão, logo em seguida abaixando o zíper e com a ajuda de Uruha, tirando a calça e deixando junto com a sua em algum canto.

    Recomeçaram a beijarem-se com volúpia, as línguas se entrelaçavam em um beijo afoito e necessitado, enquanto as mãos do maior apertavam a cintura delgada do outro. Encurralou-o na parede próxima, friccionando os corpos ao máximo que podia, quase ao ponto de se fundirem em um só. Os dois pararam com o beijo, arfando por ar. O mais velho aproveitou para ajudar a retirar a última peça restante do menor, retirando logo, a sua também.

    Kouyou puxou a cintura do mais novo, levando-o a área onde tinha um chuveiro, ao qual não tinha um boxer. Com uma das mãos livres, ligou o registro lentamente. Abraçaram-se deixando á água morna cair pelos dois corpos.

    As excitações se roçavam pelo abraço em que estavam e mais uma vez começaram a deixar as línguas se acariciarem, o gosto do beijo se misturava com a água morna que caía fluidamente, molhando ambos os corpos. O modelo apartou o beijo e em um gesto rápido encurralou o menor na parede, se ajoelhando e passando as mãos pelas coxas alvas.

    O que estava ajoelhado começou a deixar chupões e mordidas mais fortes pelas coxas de Ruki, subiu as carícias até chegar à virilha, deixando sua língua passar muito perto pelo local aonde sabia que o outro queria ser tocado. Takanori gemeu em antecipação, observando a visão extremamente sensual que estava presenciando. Passou a mão pelas paredes procurando algo em que pudesse se apoiar, desistindo quando não encontrou nada. Levou as mãos até os cabelos descoloridos do modelo.

    - Kouyou... ? gemeu o nome do loiro que ainda fazia trilhas por sua virilha.

    - Sim...? ? Perguntou parando as carícias e encarando o outro.

    - Você quer que eu te implore?

    - Eu só quero que você peça. ? Lambeu toda a extensão do membro, indo da base até a ponta da glande. Ouviu um gemido baixo.

    - Então, me chupa com vontade. ? Passou a língua pelos lábios.

    - Como quiser. ? Abocanhou o membro deixando-o entrar fundo em sua cavidade, ouvindo um gemido libidinoso. Começou logo com movimentos rápidos, deixando sua língua percorrer o membro, e seus dentes roçaram de leve. Ruki gemeu mais alto, atiçando o outro.

    Com uma das mãos alcançou os testículos, fazendo uma massagem no mesmo ritmo da felação. Sentiu o outro gemer altivamente e previu o que aconteceria com aqueles poucos movimentos. Sorriu internamente com a tortura pensada. Diminuiu os movimentos. Deixou sua boca deslizar pela ereção do outro devagar, o que fez o mais novo gemer pedinte.

    - Ah... Kouyou... Mais...! ? Puxou com força a cabeça do outro, tentando forçar a voltar com os movimentos rápidos. ? Aaah...

    Empenhou-se em continuar só com os movimentos lentos, todavia a mão impunha um ritmo forte e logo Uruha cedeu, voltando a deslizar rapidamente. O menor sentiu uma forte fisgada em seu baixo ventre e com um gemido lânguido chegou ao ápice, se desmanchando na boca do outro, o qual sugou todo o líquido e continuou os movimentos prolongando as sensações percorrendo o corpo do outro.

    O menor se afastou um pouco da parede, sentindo suas pernas fraquejarem. Tinha chegado ao clímax com muita facilidade. Recompôs-se voltando a deixar a água cair em seu rosto. Fechou os olhos. Sentiu uma boca roçando na sua, entreabriu os lábios imediatamente e sentiu uma língua compartilhando de seu próprio gosto.

    O mais baixo sentiu a ereção latente do outro em contato com o seu corpo, ainda o beijando deixou suas mãos chegarem ao membro negligenciado, colocando as duas mãos em volta e fazendo um lento vai e vem. Uruha apartou o beijo gemendo rouco e encarando os olhos do homem à sua frente. Juntou suas mãos com a do outro e parou-as.

    - Vamos parar de tomar banho, tenho coisa melhor para fazer com você. ? Sussurrou malicioso no ouvido do outro deixando uma leve mordida na orelha em seguida.

    Desligou a torneira do chuveiro às pressas, abraçou o corpo pequeno puxando-o para si, Ruki sentiu seu corpo levantar e enlaçou as pernas da cintura do maior, colocando as mãos em torno do pescoço do mesmo. Sentiu-se uma criança, enquanto era levado para dentro do quarto, tirou essa ideia da cabeça e aproveitando que estava muito perto do pescoço do modelo, deixou seus lábios passarem por ali, deixando beijos leves.

    Foi surpresa quando invés de sentir uma cama abaixo de si, ouvir coisas sendo jogadas com força no chão, como estava entretido com as carícias no pescoço do loiro-mel, não viu que estavam indo para a mesa de mogno. Sorriu atrevido. Sentou-se sobre a mesa, porém não desgrudou seu corpo do outro. Somente subiu as carícias para as orelhas - que como as suas haviam piercings - deixou mordidas por ali, sussurrando rouco.

    - Hm... ? gemeu. ? Espero que não tenha trabalho esses dias...

    - Por quê? ? Perguntou de modo inocente.

    - Porque eu pretendo marcar toda... ? gemeu. ? a sua pele. ? Falou isso e deixou um chupão na curva do pescoço do outro, ouvindo-o gemer baixo.

    Continuou a deixar mordidas pelo pescoço do modelo, vendo a pele branca tornar-se vermelha com satisfação. Trocou o lado do pescoço, fazendo o mesmo processo e sentindo as mãos grandes passarem por seus mamilos, dando leves puxões, gemeu entre as carícias.

    Takanori sentiu que estava ficando excitado novamente, deixou seu membro semiereto friccionar com o do outro, consequentemente ambos gemeram. Puxou o outro para um beijo desesperado, as línguas mal paravam nas cavidades, e o ar se esgotou mais rápido do que o normal. O menor retirou os braços do pescoço do maior para poder continuar com as carícias só que agora, no abdômen do outro. Mordeu de leve um dos mamilos rosadas, ouvindo o modelo gemer contido, fez o mesmo ato com outro mamilo, depois deixou sua língua esquadrinhá-lo, fazendo uma trilha de saliva por ali, em seguida deu leves mordidas. Subiu em direção aos lábios, tomando-os mais uma vez.

    Enquanto se beijavam, Ruki sentiu uma mão serpenteando entre suas pernas, e um dedo ser passado ao redor de seu canal. Apartou o beijo para sorrir atrevido para o modelo de cabelos loiro mel.

    - Não precisa disso. ? Disse. ? Vem logo.

    - Tem certeza? ? Perguntou indeciso. Passou as mãos pela bochecha do outro, que sorriu.

    - Claro. Eu quero sentir você dentro de mim, logo. ? Sorriu com o que havia dito.

    - Se eu te machucar... ? seu olhar continha preocupação. Ruki sorriu com o gesto estranho. Não era comum preocupação naquelas horas. ? Me fala.

    - Vem logo. ? Gemeu.

    Com as mãos Uruha direcionou o membro, há muito necessitado à entrada do menor, o penetrando devagar. Ruki gemia a cada milímetro que era invadido, sentindo as defesas do seu corpo rejeitarem aquilo, a dor vindo presente com o volume anormal adentrando em si.

    Apertou suas pernas com mais força na cintura do modelo a sua frente, puxando os cabelos da nuca do mesmo. Sentiu a dor vir com mais intensidade junto com o prazer do ato, enquanto o outro ainda entrava em si. Mordeu a pele exposta, abafando seus gemidos doloridos e ouvindo com clareza os de prazer do modelo. Quando sentiu seu interior ser preenchido por inteiro, ouviu um arfar rouco vindo de Kouyou. Este por sua vez, apertou a cintura do pequeno com força, fazendo um esforço para não investir contra ele. Sentiu as paredes do canal, pequeno e quente, de Ruki apertando seu membro com força.

    O mais velho ouvia apenas seu arfar baixo no quarto. Se contendo enquanto o outro mordia seu ombro com vontade, sorriu pensando nas marcas que ficariam depois, mas não dando muito atenção a isso. Deixou suas unhas roçarem de leve a cintura, depois passando as costas arranhando em movimento que ia da base até quase a nuca, sentindo o outro se arrepiar com o pequeno gesto e aliviar a pressão com que mordia seu pescoço.

    Decidiu por voltar a segurar na cintura e puxar o outro de seu pescoço, sentiu as pernas se afrouxarem em torno de si. Tomou os lábios cheinhos, em um beijo cheio de desejo, a língua invadiu a cavidade do outro sem ao menos pedir permissão e Uruha sentiu um pequeno movimento contra seu membro.

    Continuou a beijá-lo até sentir Ruki totalmente relaxado, vendo com satisfação, quando o contato entre os lábios acabou, um sorriso malicioso vindo dele. Deslizou seu membro devagar, saindo por inteiro e entrando no mesmo ritmo. Ambos gemeram roucamente com a pequena ação. O mais novo rebolou contra a ereção do outro, sentindo ondas de prazer reverberar entre os dois. Puxou os fios loiros com gosto, estava gostando da sensação, pois a dor sumira por completo.

    O mais alto investiu mais uma vez devagar contra o corpo que estava em cima da mesa. Arranhou as costas do pequeno, o qual arfou com as ações simultâneas. Aumentou a velocidade dos movimentos, ouvindo tanto seus gemidos como o do outro aumentar de intensidade.

    Antes que as estocadas aumentassem demais, beijou-o novamente. Havia começado a beijá-lo há tão pouco tempo, porém o gesto já lhe parecia natural e pensava estar viciado nos lábios extremamente doces do menor.

    Os movimentos aumentaram automaticamente e o oxigênio acabou rápido demais. Takanori, se lembrando da promessa que havia feito de marcar o outro, recomeçou a torná-la real. Como gostava da sensação das unhas curtas em suas peles, proporcionou o mesmo estímulo ao modelo. Arranhou todas as partes que conseguia alcançar, o peito, o pescoço, os braços fortes, tentando fazer isso com os olhos fechados devido aos gemidos incontroláveis.

    Uruha estocou com mais força o menor, sentindo além dos arranhões e de seu membro penetrando o corpo sem dó, os lábios aos quais havia se viciado, beijar sua pele. Aumentou os movimentos ao máximo, deixando as estocadas longas, se tornaram rápidas, mal saía do menor para voltar a penetrá-lo.

    Em um súbito momento de lucidez em meio ao prazer intenso, parou de estocar o menor, saindo dele e puxando-o para ficar de pé. O corpo do fotógrafo quase caiu, todavia depois se recuperou sentindo as mãos grandes o conduzirem a se apoiar na mesa do mogno.

    - Hmmm... ? gemeu, arrebitando o quadril, no entanto sentindo falta de agarrar o corpo alheio.

    - Você é tão lindo, Ruki... ? Disse passando os dedos pelas marcas vermelhas que havia feito nas costas do menor.

    - Me fode logo Uruha... ? Gemeu.

    Dessa vez, o modelo se enterrou de uma só vez no corpo pequeno. Mesmo acostumado, sentiu a dor se misturar ao fluxo de sensações deliciosas arrebatando o seu ser. A dor era como se tivessem partido ao meio, todavia o fogo intenso que lhe queimava suprimia toda a dor existente.

    As estocadas começaram logo fortes, pois o modelo via que já estava chegando ao seu máximo. Puxou o corpo do menor, virando seu rosto. Compartilharam um beijo difícil por causa dos movimentos frenéticos. Os dois tentando chegar aos seus respectivos clímax. Apartaram o beijo, entretanto o loiro mais velho não desistiu de tomar os lábios do outro. Deixou pequenos selos, enquanto se movia, conseguindo pelo menos um pouco do gosto doce e da boca macia.

    Ao sentir o seu baixo ventre formigando, o modelo passou a mão pelo corpo pequeno achando a excitação que não havia dado atenção, colocando em suas mãos. Ruki gemeu em antecipação, esperando por uma masturbação que não veio, ao invés disso, Uruha apertou a excitação do mais baixo, impedindo o menor de gozar.

    Com mais uma estocada certeira, gritou de prazer e deixou sua essência em Ruki, o qual olhou para ele com um gemido preso em sua garganta. O homem cujo membro fora apertado já ia reclamar quando sentiu pela segunda vez na noite seu corpo ser levantado e ser carregado com uma criança. Agarrou-se ao corpo maior de forma automática, em um grito mudo, pois não queria cair. Enroscou suas mãos no pescoço e suas pernas no abdômen, ato que fez sua ereção ser pressionada contra o corpo do modelo, o fazendo gemer necessitado.

    - Kou... ? Suas costas, que ardiam de leve, sentiram os lençóis macios e antes que pudesse perguntar ou dizer mais uma palavra, o mais surpreendente aconteceu. Seu membro era forçado contra uma entrada sem preparação. Sua única reação foi gemer languidamente enquanto sentia Uruha sentando em cima de si.

    Levou a mão à cintura do mais velho, o qual havia se encaixado todo em si, a cabeça dele pendia para trás, os lábios estavam abertos e ele arfava. Os olhos estavam cerrados e na pele dele, se via pequenos rastros de suor por causa dos movimentos feitos. Era fato que o mais velho não estava acostumado a aquela posição, porém não queria que a noite acabasse tão rapidamente, por isso havia impedido o outro de gozar instantes antes, queria continuar com o ato, e levar o menor á loucura.

    Só não esperava pelo ardor excruciante que estava sentindo. Seu corpo estava em brasas, sentia tudo queimar. Esperou se acostumar. Passou a mão pelo abdômen do fotógrafo deitado, que estava muito surpreso com o seu feito para dizer algo. Sorriu malicioso.

    - O que... ? Takanori parou de falar novamente, pois sentiu Kouyou se mexer. Mudando de um rosto de quem estava com dor e mostrando um sorriso. Ruki só conseguia pensar em fazer com que ele subisse e descesse logo, pois estava enlouquecendo com a ação. Não pensava que o outro iria se penetrar sem nenhuma objeção e ainda por cima por iniciativa própria.

    A sensação embriagante de ter o corpo maior em cima de si fez seu corpo arder de desejo, o que só aumentou quando Uruha subiu pelo seu membro, saindo por inteiro para depois descer, ainda com um pouco de dificuldade. Ruki sentiu sua excitação chegar fundo no loiro maior, e depois da primeira vez os movimentos continuarem com rapidez.

    O menor ainda com a cabeça em um dos travesseiros, segurou firme na cintura alheia, ajudando nos movimentos. Gemia constantemente ao estocar o canal do outro, e ouviu o loiro deixar gritos roucos saindo do fundo de garganta, á medida que o processo, de entrar e sair, já não era mais tão dolorido.

    O mais alto passou a mão pelo peito do mais baixo e parou de se mexer para poder alcançar os lábios cheinhos. Já tinha chegado ao clímax, todavia estava amando a sensação de ser invadido pelo dono daqueles lábios e sentia sua excitação dar novos sinais de vida. A brincadeira não parou, os lábios se desconectaram para continuar a executarem os movimentos.

    Ruki, ainda ajudando Uruha, começou a arranhar as coxas que havia ?secado? pela manhã, deixou suas unhas passarem pela pele branca, deixando-a rubra. Os movimentos ficando mais rápidos a cada momento, seu membro mal saía do outro, para voltar a entrar fundo. Em uma das estocadas sentiu o maior gemer alto demais, tomou conhecimento de encontrar um ponto especial. Começou a masturbá-lo no mesmo ritmo das estocadas, fazendo com que ele deixasse gritos altivos percorrer o quarto.

    Sorriu internamente, ver o outro tão submisso a si e tão descontrolado fez inflar seu ego e uma onda, de espasmos, percorrer o seu corpo. Aumentou a velocidade da masturbação para gozarem ao mesmo tempo. Mais um beijo foi trocado enquanto sentiam o ápice muito perto, se separaram. Ruki com uma última estocada gemeu rouco, deixando sua essência escorrer para dentro do outro. Quase ao mesmo tempo Uruha chegou ao segundo orgasmo, seus orbes viraram e ele pendeu a cabeça para gritar de prazer.

    A respiração de Kouyou ainda não havia voltado ao normal quando saiu de cima do outro. Jogou-se ao lado de Takanori e olhou o teto creme, fechou os olhos e puxou ar. O fotógrafo encontrava-se na mesma situação, os seus batimentos cardíacos estavam acelerados e a respiração difícil.

    O modelo olhou para o fotógrafo, com um sorriso pequeno nos lábios. Encararam-se. Os olhos fixaram uma conexão. As mãos do mais velho passaram pelas bochechas coradas do mais novo, subindo para a testa, e afastando os cabelos que haviam grudado ali devido ao suor.

    - Acho que vamos ter que tomar outro banho. ? O menor disse, com a respiração ainda não normalizada.

    - Nee... Quando eu voltar a Tóquio eu quero te ver de novo.

    - Hm?

    - Ou talvez... ? Ainda arfava. ? Você queira dar um passeio na sua cidade.

    - Vai ser um prazer. ? Sorriu.

    Kouyou puxou Takanori para seus braços, e o aninhou ali. Regularizaram suas respirações para depois trocarem um beijo calmo. Tudo o que acontecera naquela noite tivera princípio em apenas algumas Fotografias.


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