~ Capítulo único ? Morinaga Versión ~
+ Te quiero +
§ Lady Abel Oblivion Araghon §
Eu o amava tanto que meus sentimentos mal cabiam no meu peito. Por causa disso eu acabava investindo contra o Senpai, irritando-o e muito.
Eu não conseguia resistir. Eu o amo muito e acho muito fofo o temperamento impulsivo e irritado dele. Seu corar de vergonha, que o deixa com um ar de extrema fragilidade, seu cabelo longo e macio, seus olhos afiados e desafiadores, tudo, tudo nele é perfeito aos meus olhos, eu nunca negaria meu amor por ele.
Tudo começou há muito tempo, quando eu entrei na faculdade. Foi amor à primeira vista, e é desde essa época que eu nutro sentimentos profundos e verdadeiros por ele.
Parece que foi ontem que eu o conheci, estressado como ainda é, me pareceu extremamente... fofo. Ele era o oposto do Masaki-kun: agitado, rude, violento, mas, apesar de tudo, do seu temperamento, de seus atos, eu o amava, eu o amo.
Nosso relacionamento era muito distante. Eu confesso que isso me desanimava. Tudo o que eu mais queria era abraçá-lo, beijá-lo, amá-lo, requerê-lo para mim. Cada segundo sem poder tocá-lo era uma tormenta, uma visita à inquietação do inferno. Mas eu sou obstinado, sempre fui.
Por querê-lo veemente que eu ataquei-o, me arrependendo fortemente na semana seguinte. E eu fui embora... Eu sabia que havia passado dos limites, extrapolado. O que eu havia feito não tinha perdão, e o senpai não aceitaria nunca aquilo. Eu estava com medo, mais de quatro anos jogados no lixo? Todos os meus esforços e sacrifícios seriam por nada?
Naquele dia eu chorei de amargura e arrependimento, ah!, se eu pudesse voltar atrás...
Quando ele apareceu no meu apartamento eu não nego a minha surpresa, para mim eu nunca mais o veria. Pensar assim doía, mas eu tinha que ser realista. Era óbvio que ele não me aceitaria, que nos encontrarmos havia sido uma melancólica coincidência.
A vontade de gargalhar de escárnio me tomou, mas me contive, tentando ser são. Sentia o nó na minha garganta, ele me fazia sentir-me ainda mais depressivo.
Mas confesso que me senti a pessoa mais feliz do mundo ao descobrir que ele havia me procurado e, melhor: me perdoava.
Depois disso voltamos ao relacionamento senpai/kouhai que temos há muito tempo. Eu quase desisti novamente, mas, usando de "chantagem" eu o consegui de volta na minha cama, nos meus braços. Acabamos fazendo novamente. De novo e de novo e de novo. É certo que, às vezes, ficávamos vários meses sem fazer, mas quando acontecia valia a pena.
E como não lembrar do Canadá? Havia sido tão bom e diferente, ele verdadeiramente se entregara a mim, por completo, sem receios. Toda vez que eu lembrava daqueles doces momentos eu me pegava sorrindo abobalhado. Depois fomos morar juntos, Masaki-kun repentinamente apareceu e... bem... as coisas extrapolaram. Discutimos mais, paramos de nos falar, nos afastamos?
Suspirei, abraçando ainda mais o corpo em meus braços, lembrando de tudo o que havíamos passado enquanto cheirava seu pescoço, deslizando a ponta do nariz no local, sabendo que ali era sensível.
Eu me lembrava da reconciliação. Havia demorado, ele tomou a iniciativa. Foi a primeira vez que ele ficou por cima e foi realmente delicioso, como sempre, porque, na realidade, o que fazia o sexo ser perfeito era porque eu fazia com ele, meu amado senpai.
Seu ressonar era tão suave e delicado que, quando eu notei, já estava na beirada da entrada do mundo dos sonhos, de mãos dadas com a pessoa que eu tanto amo...