Academia de Konoha Para Jovens Especiais

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Capítulo II - The Lucky Girl

    Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    - Hime-sama, está na hora de acordar. ? uma voz doce e melodiosa falava com Lucy.

    - Virgo?me de só mais cinco minutinhos? - a garota com uma voz embargada pelo sono tentava discutir com a sua empregada.

    - Mas hime-sama, eu lhe dei 15. A senhorita já está atrasada. - De repente a ficha caiu e Lucy levantou num pulo.

    - Então porque não disse antes mulher?! ? a loira descabelada e de cara amassada corria para o banheiro.

    - Mas era isso o que eu estava tentando-lhe informar. ? a maid suspirou e foi ao guarda roupa da sua senhorita e retirou o seu novo uniforme escolar: uma blusa de mangas e botões brancas, uma saia preta com menos um palmo do que o normal, meias brancas, sapatos pretos (estilo Lolita) e um casaco preto com o emblema da escola bordado a prateado.

    Mal Virgo tinha arrumado as roupas em cima da cama e Lucy já saía do banheiro e começava a vesti-las. Apesar de se conhecerem a anos raramente Lucy deixava ser vista em roupas íntimas, mas aquela era uma situação crítica. Vestiu a roupa e foi em direção ao espelho. Passou uma maquiagem básica (demorou cerca de 15 minutos) que realçava seus olhos castanhos contra a sua pele alva e com uma fita prendeu uma parte do seu loiro cabelo num rabo-de-cavalo lateral ? seu costumeiro penteado. Quando se virou para pegar sua mochila viu que Virgo, sua maid pessoal de olhos azuis e cabelos estranhamente rosados, tinha em mãos seu café da manhã: suco de laranja, uma maçã e duas torradas com manteiga. Bebeu o suco, devorou as torradas e correu escadas abaixo enquanto comia a maçã.

    - Está atrasada. ? conseguiu ouvir a voz fria e cortante do pai que vinha da sala de jantar assim que passou em frente a mesma.

    - Bom dia para o senhor também. ? sua mãe, Layla, tinha morrido misteriosamente quando ela era pequena e desde então o pai que já era frio com ela passou a odiá-la por ser uma cópia da mulher que amava.

    Assim que saiu da imponente mansão viu sua limousine. Loki, seu chofer, estava do lado de fora um pouco impaciente.

    - Lucy, minha musa, desse jeito vamos chegar atrasados. ? o rapaz de cabelos cobreados sempre dava em cima dela enquanto estavam a sós e, se não fosse pelo fato dele já ter quatro namoradas, era capaz de corresponder as suas investidas.

    - Eu sei. ? a loira entrou no carro, fechou os olhos e suspirou. Sentiu o carro a mover-se e abriu os olhos. Loki a olhava pelo retrovisor.

    -Bom dia Lucky. ? ele deu um singelo sorriso para a garota. Eram essas atitudes que a faziam duvidar e pensar se algum dia eles poderiam ficar juntos. O fato de que ele era o único naquela casa que ainda a chamava de sortuda era uma prova de que ele tinha um lugar especial no seu coração.

    -Bom dia Leo. ? em compensação ela era a única que a chamava de leão. Não por ter várias namoradas ou pelo seu cabelo parecer uma juba, mas por ser o homem valente e forte que a protegia e apoiava nos momentos de crise. Mas não foi apenas o sorriso e o olhar intenso que Loki a dava que Lucy conseguia ver: Virgo corria na direção deles enquanto tinha algo nas suas mãos. Alguma coisa azul escura e que parecia meio pesada?

    - Para o carro! ? Loki automaticamente parou o carro de uma forma brusca que fez Lucy ?voar? e bater com a cabeça.

    - O que foi? ? ele perguntou preocupado.

    - Hime?a sua?mochila. ? uma Virgo suada e ofegante encontrava-se com a cabeça na janela do carro e lhe estendia a mochila.

    - Isto. Obrigado Virgo. ? Lucy sentou-se, pôs a sua mochila no chão e se certificou e desta vez colocava o cinto. ? Vou pedir pro meu pai aumentar o salário da Virgo.

    - É mais fácil você ligar para o Vaticano e pedir pessoalmente pro Papa canonizar ela. Aposto que depois de um tempo haveria legiões de seguidoras da Santa Virgo-sama.

    A loira riu mas sabia que era verdade. Seu pai não havia se tornado um multimilionário por aumentar o salário dos seus empregados.

    - É para buscar os outros? ? o ruivo perguntou.

    - É mesmo necessário você me perguntar isso? ? a loira rebateu.

    Após alguns minutos pararam na frente da casa de um dos seus amigos. O mesmo já se encontrava do lado de fora e parecia impaciente.

    - Demorou Lucy! Aposto que gastou mais de meia hora se arrumando. ? o moreno de cabelos azuis (?) e olhos escuros reclamou com a amiga. Vestia uma roupa (miraculosamente já que tinha o péssimo hábito de tirar a mesma) no mesmo estilo que a dela: casaco preto com emblema em prateado, blusa de botões branca, calça preta, meias brancas, sapatos escuros e uma gravata listrada branca e prateada.

    - Não reclama Gray senão da próxima vez te deixo a pé! Quer mesmo andar os 10 km todos os dias? ? um sorriso cínico formou-se em seus lábios.

    - Ok, ok. Não tá mais aqui quem falou. ? o moreno entrou no carro e se sentou de frente para a amiga. ? Bom dia Loki.

    - Bom dia Gray.

    O caminho que eles fizeram até o apartamento de Erza e Levy foi silencioso. Ainda não conseguiam falar muito depois do que tinha acontecido naquele dia. Muitas pessoas queridas foram perdidas. Suas almas foram dilaceradas e apesar de já ter passado um tempo considerável ainda havia muitas feridas por sarar.

    Assim que se aproximavam da morada da amiga e mãe nas horas vagas, apenas avistaram a ruiva e o namorado num beijo que, na opinião de Lucy, deveria ser proibido a luz do dia. Erza encontrava-se prensada contra a parede enquanto Jellal a beijava. Ela também conseguiu ver que a mão do rapaz lentamente descia do rosto da namorada para o busto.

    Assim que a limousine parou na frente do prédio Gray reparou que Jellal havia dito algo no ouvido da namorada que esta tinha se separado bruscamente dele quando viu que eles não eram os únicos na rua. Uma Erza mais do que corada entrou no carro enquanto alinhava as roupas.

    - Nossa, nunca conheci alunos tão excitados com o primeiro dia de aulas. ? Erza e Jellal mandaram um olhar mortal para o ruivo da frente que se calou perante a cara assustadora que eles fizeram enquanto que Gray e Lucy tentavam controlar o riso.

    No momento em que o veículo ia começar a andar todos eles escutaram um grito abafado vindo do lado de fora. Puseram as suas cabeças nas janelas do lado esquerdo e puderam ver uma cena que facilmente não esqueceriam: um belo caro preto, provavelmente importado, estava sendo conduzido por menores. Como eles sabiam que eram menores? Simples ? eles usavam o mesmo uniforme que eles, mas isso não foi o que chamou-lhes a atenção. No banco de trás um loiro gritava com um moreno que tentava fazer alguma coisa com a sua face e que estava praticamente deitado sobre outro moreno enquanto que os dois que estavam na frente não faziam nada para ajudar os amigos, na verdade eles pareciam gostar da situação já que estavam rindo.

    - Que porra foi aquela? ? foi tudo o que Gray consegui verbalizar enquanto via o carro se afastar.

    - Gays? ? Loki se pronunciou.

    - Palhaços? ? foi a vez de Erza.

    - Vai saber? - uma gota se formou na cabeça dos presentes após a fala de Lucy. Eles voltaram a se sentarem assim que sentiram o carro a se movimentar.

    - Repararam nas roupas? ? Erza questionou.

    Os outros apenas deram um leve aceno com a cabeça.

    - Tsc! Já era para a gente ter que aturar o cabeça de fósforo, agora tem malucos como esses na escola também. ? um certo stripper se queixava.

    - Eles pareciam bem fortes? ? Lucy murmurou. Sua mãe possuíra um chi incrível, capaz de controlar as almas dos objetos e ver atrás das pessoas, que ela herdara mais que ainda não estava completamente desenvolvido. Seu pai sempre fora contra ela se tornar uma domina como a sua mãe pois para ele todas as pessoas que conseguiam fazer coisas paranormais eram aberrações. Mas o breve olhar que direcionou a eles foi o suficiente para perceber que o chi deles era comparável e talvez até maior que o de Erza e Jellal.

    - Mas fortes que o Natsu? ? Jellal perguntou já prevendo a resposta.

    - É claro que não! ? a loira protestou. Conhecia muito bem o poder do amigo e sabia que era de longe um dos mais fortes que existia.

    - Então não há o que se preocupar. Afinal a Erza é mais forte do que ele. ? ele disse com a sua voz neutra que usava sempre que existia alguém além de Erza na sua companhia.

    - Falando no Natsu?

    Lucy olhou pela janela e viu que eles já estavam na rua onde morava o amigo. Ele, Gajeel e Levy (iria perguntar depois o que ela fazia ali tão cedo) já estavam do lado de fora. Sua pequena amiga azulada tinha o uniforme impecável, o que causava um grande contraste com o de Gajeel, que parecia ter sido devorado por uma matilha de lobos selvagens.

    - Luigui! Você demorou muito! Mas um pouco e a gente ia a pé. ? o rosado reclamou.

    - É Lucy! Lucy! ? a loira reclamou irritada. Ele sabia que ela odiava quando erravam o nome dela. - E se você quer ir a pé tudo bem, - mas a loura também sabia como irritá-lo - sobra mais espaço no carro para o Gray. ? e deu um sorriso cínico.

    O rosado olhou para o azulado e lhe lançou um olhar mortal antes de entrar no carro e sentar ao seu lado. Imediatamente começaram uma guerra de olhar fixo. Gajeel sentou ao lado de Natsu enquanto que Levy foi na frente com Loki.

    - A Juvia não vai? ? ele perguntou.

    - Ela falou que ia mais cedo pra adiantar as coisas para a gente. ? a azulada respondeu.

    - Adiantar as coisas para o Gray-sama. ? uma gota se formou na cabeça da pequena domina.

    Pouco tempo depois eles chegaram a sua nova escola e ficaram muito espantados com o que viram.


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