O que realmente aconteceu

Quando eu acordei estava agitado, a probabilidade da Lucy gostar de mim podia ser pequena, mas tinha chance, então estava meio alegre. Eu acordei, tomei banho e fui direto pra guilda esperar a Lucy, claro que como eu tinha acordado cedo fiquei esperando ela no balcão por um tempão, enquanto ela não vinha a Juvia se aproximou de mim

?Ohayo Gray-sama! ? ela disse sentando no banquinho do meu lado

?Oi Juvia, o que você quer? ? perguntei, ela fez uma cara de choro, eu odiava quando ela fazia aquilo!

?Gray-sama, porque você tá assim comigo? Eu fiz alguma coisa de errado? ? resolvi abrir o jogo, porque eu tava cansado dela ficar me infernizando.

?Olha Juvia, eu não gosto de você, claro que gosto de você como amiga, mais não como algo mais, então dá pra parar de ser assim comigo? Para de me seguir, para de ficar me chamado de Gray-sama, ok? Eu já me cansei disso pô!

?Você não gosta de mim?

?Não! ? eu respondi logo depois dela perguntar

?Porque Gray-sama? Por acaso você é gay?

?CLARO QUE NÃO JUVIA!

?ENTÃO PORQUE VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM?

?PORQUE EU GOSTO DA LUCY! ? falar aquilo fez a expressão de raiva dela sumir e entrar uma de decepção, ela ficou um bom tempo calada até que disse

?Tem uma coisa que eu sei fazer melhor que a Lucy.

?É mesmo? Que bom! É o que?

?Isso! ? depois de ela falar me beijou

Nossa não sabia que seria assim beijar? é tão? eu não sei? mais?

Eu não conseguia pensar direito e a língua dela começou a pedir passagem, não me controlar, segurei a cintura dela e ela passou os braços envolta do meu pescoço e, por um momento, aquele beijo rolou, mais um pouco depois eu ouvi a Lucy me chamar

?G? Gray! ? quando ouço a voz dela me separo da Juvia, os olhos da Lucy já estavam se enchendo de agua

?Lucy? na? não é o que parece! ? eu vou em direção a Lucy que já estava chorando

?COMO ASSIM NÃO É O QUE PARECE!? EU NÃO SOU IDIOTA GRAY! PELO MENOS ASSUMA O QUE ESTAVA FAZENDO! ? ela berrou chorando mais ainda, eu já estava parado na frente dela

?Lucy não é o que parece! Eu posso explicar! É serio! ? eu sabia que minha voz devia estar soando triste, mais aquilo não convenceu a Lucy, porque ela bateu no meu rosto, eu fiquei totalmente surpreso e triste com aquilo, porque? Porque ela tinha me batido?

?Explicar o que Gray? Não tem nada pra explicar! Eu VI vocês dois se beijando! Então espero que vocês dois sejam felizes juntos! ? ela se vira pra ir embora, mais eu não ira deixar, não sem antes saber o porque de ela estar daquele jeito, ela não gostava de mim, não mais do que um amigo, então eu seguro o braço dela

?Pra que você tá fazendo isso se você não gosta de mim? ? ela consegue soltar o braço dela e grita

?Gray seu idiota! Eu te amava! ? os olhos dela estavam inundados de lagrimas, quando ela acaba de falar isso eu ganho mais um tapão na cara então ela sai correndo. Ela não sabia, mais aqueles tapas doíam muito, não fisicamente porque ela não era tão forte, mais emocionalmente, eu me senti a pior pessoa do mundo quando recebi aqueles tapas

?Lucy? você? ? eu só consegui olhar pro nada e levar a minha mão pro lugar do tapa, eu não acreditei, ela tinha dito que me amava, mais eu não fiquei feliz, pelo contrario eu fiquei muito triste, quando eu assimilei tudo aquilo eu comecei a chorar ? O que? que foi que eu fiz! Droga! Eu sou um estupido!

?Gray-sama, esquece a Lucy, você tem a mim. ? disse a Juvia colocando a mão no meu ombro, eu tirei a mão dela rápido do meu ombro e virei gritando pra ela

?CALA A BOCA! POR SUA CULPA? POR SUA CULPA EU PERDI A LUCY!

?Minha culpa? E quem foi que correspondeu ao beijo? Fala serio Gray, você me quer! ? ela disse sarcástica. Eu estava descontrolado na hora, até agora não sei como não dei um tabefe na cara daquela vadia egocêntrica!

?Vai se fuder Juvia! Sim sua culpa! Eu sou homem, e pra piorar esse foi meu primeiro beijo porra! ?eu falo isso e saio da guilda atrás da Lucy, onde ela poderia estar? Já sei! Na casa dela! Eu vou à casa da Lucy e vejo que ela não esta lá, então começo a procurar pela cidade inteira e não acho ela, procuro por uma parte da floresta e nada, nenhum sinal dela, eu me sento em um tronco que havia na floresta e começo a chorar em desespero:

?Lucy? o que eu fiz! Que droga? eu, Lucy me desculpa? eu não queria? não queria te magoar? porque? porque eu fiz aquilo? ? eu chorava e soluçava muito, era involuntário, eu queria parar de chorar, mais eu não conseguia ? Droga? droga, droga! ? tinha feito a maior burrice da minha vida, e por causa disso, havia perdido a Lucy, não sabia o que eu faria sem ela. Sabia que não havia sobrado nada, e que nem a minha amizade com ela seria salva, estava tudo acabado, tudo, não sobrou nada. Isso só me fez chorar ainda mais, sem a Lucy comigo eu não conseguiria mais seguir em frente, sem a amizade dela, ver ela todos os dias na guilda e ter que fingir que eu nem conheço, não fazer mais missões com ela, ou pior fazer missões com ela, mais ela nem me dirigir a palavra. O meu coração doía, doía demais, não conseguiria seguir assim, vendo ela e sem poder falar com ela, tomei a decisão, ira sair da guilda, mais antes eu falaria uma ultima vez com a Lucy, se ela continuasse a ser minha amiga, mesmo que eu quisesse mais do que isso, eu continuaria ali na guilda, se não, então iria mesmo partir.

Voltei pra casa já pensando na possibilidade dela nunca me perdoar Lucy? sei que não vai acreditar mais eu te amo também? e eu não queria partir, mais é necessário. Fiquei pensando e olhando pro teto, não tinha outra alternativa mesmo, tinha que sair da guilda, depois que ela me contou que me amava? Não tinha como vela sem querer ela só pra mim, se era pra eu ter um relacionamento com a Lucy tinha que ser mais que amigos, então eu iria me despedir dela amanhã, falar com o mestre e sair da guilda, não poderia, e nem iria olhar pra trás, era isso que eu pretendia, mais não foi bem assim que aconteceu.

Lucy

? Não sou o Gray. ? disse uma voz conhecida, que eu reconheci de cara

?O que tá fazendo aqui? Vá embora!

?Não antes de conversar com você, Lucy. ? disse Natsu saindo das sombras

?Fala logo Natsu. ? falei levantando do chão pra encarar ele

?Porque tem estado tão agressiva comigo ultimamente? ? disse usando o tom serio dele, que quase nunca usava, eu suspiro

?Porque eu queria ficar mais tempo com o Gray, sabe sem você fazendo suas gracinhas habituas.

?E porque continua assim agora, que ele e a Juvia se beijaram?

?Agora eu daria patada em qualquer um Natsu! Eu quero ficar sozinha e pensar? ? eu me viro pra andar mais sou segurada pelo Natsu

?Lucy, não dá! Você tem que esquecer ele!

?Como Natsu? Eu amava muito ele, não sei se posso ver ele todo santo dia com a Juvia, não vou conseguir ficar perto dele.

?Olha, pelo que ouvi falar o coração partido só se cura quando você arranja outro amor.

?É como eu vou arranjar outra pessoa pra ocupar meu coração Natsu? Mais ninguém da guilda gosta de mim. ? o Natsu se aproxima de mim e diz

?Você tem a mim Lucy, ? ele me dá um selinho e diz ? eu te amo, e não quero você sofrendo por quem não te merece, ele provou isso

?Natsu, desde quando você gosta de mim? ? ele abre um sorriso grande e bobo

?Desde sempre Lucy! Você é minha nakamada preciosa. ? quer dizer que ele não gostava da Lisanna.

?Natsu?

?Shh? não diz nada, deixa o beijo disser por você. ? disse me puxando para um beijo com paixão e ternura. Quando o beijo acabou eu encostei minha cabeça no peito dele e disse

?Natsu, eu acho que te amo.

?Acho? Como assim? ? pergunta Natsu.

?Natsu eu ainda estou muito confusa, não dá pra eu esquecer o Gray assim, em um passe de magica, e você? você tá aqui comigo e eu um pouco de você.

?Então tá, eu não vou te apresar Lucy. Se você ainda não sabe se me ama ou não eu não vou pedir isso a você. Mais tem uma coisa que eu quero.

?O que?

?Que você responda uma pergunta minha.

?Qual a pergunta?

?Quer namorar comigo?

?Natsu, eu não tenho como disser sim ou não.

?Então só um encontro, sem compromisso nem nada?

?Tá Natsu, só um encontro. E eu não prometo nada.

?Tá Lucy.

Ele me beijou de novo, eu realmente achei que ele poderia me ajudar a esquecer o Gray, mais no mês seguinte eu vi que não era assim.