Do Seu Lado

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

    10
    Capítulos:

    Capítulo 1

    I

    Álcool

    AVISO: É imprescindível ter lido "O Casamento".

    Os personagens de Saint Seiya não me pertencem. Se pertencessem, a Minu não seria boba e Saori não seria Athena... Mas a fic é minha e eu faço o que eu quiser com ela.

    DO SEU LADO

    Side Story da fanfiction "O Casamento"

    Chiisana Hana

    "Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino.

    Viver é uma arte, é um ofício, só que é preciso cuidado

    Pra perceber que olhar só pra dentro é o maior desperdício.

    O seu amor pode estar do seu lado."

    (Nando Reis)

    Capítulo I

    Orfanato Filhos das Estrelas.

    (Minu) Esse era o quarto da Eiri. Você pode ficar aqui por um tempo.

    (Jabu) Minu, posso mesmo?

    (Minu) Sim. Eiri não deve voltar e você não vai querer continuar morando na mansão Kido depois da confusão que armou, não é?

    (Jabu) Não volto pra lá nunca mais. Não depois de tudo que a Saori me fez passar.

    (Minu) E o que ela fez? Não é culpa dela nem do Seiya. Aconteceu. Ponto. Agora vá tomar um banho que seu cheiro está horrível. Eu vou preparar um café bem forte pra curar essa ressaca.

    (Jabu) Ela me magoou, Minu. É culpa dela, sim.

    (Minu, irritada) Escuta aqui, você vai ficar procurando culpados ou vai levantar a cabeça e seguir em frente? Porque se for pra ficar aqui resmungando, eu não vou ajudar.

    (Jabu) Minu, estou surpreso com a sua atitude.

    (Minu) Já chorei tudo que tinha para chorar. Agora é hora de enxugar as lágrimas e recomeçar. E acho que você devia fazer o mesmo.

    (Jabu) Você tem razão, mas é que essa dor é tão grande que eu sinto como se meu peito fosse explodir.

    (Minu) Eu senti o mesmo e não explodi coisa nenhuma. Bom, a decisão é sua. Morrer de tristeza ou se levantar. Eu escolhi a segunda opção. Chega de conversa. Vá tomar seu banho. Depois me encontre no refeitório. Já está quase na hora de acordar as crianças e servir o café.

    Mais tarde, no refeitório, as crianças já estão sentadas à mesa. Minu ajuda os menores a se alimentarem. Jabu chega, de banho tomado e com um bom aspecto, apesar de as olheiras denunciarem que a noite tinha sido bem longa.

    (Minu) Crianças, digam "oi" pro tio Jabu!

    (Crianças) Oiiiiiiiiiiiiii, tiooooooooooo!

    Jabu acena para as crianças e senta-se à mesa.

    (Minu) O tio Jabu vai ficar aqui conosco por um tempo.

    (Mimiko) Não quero ele no lugar da tia Eiri. Ele é menino.

    (Minu) Não, querida. Ele não vai ficar no lugar da tia Eiri.

    (Akira) Pelo menos ele deve jogar futebol melhor que a tia.

    (Makoto) É mesmo! A tia nem sabia o que era gol de bicicleta!

    (Jabu) Ah, então vamos jogar muito!

    (Meninos) Obaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

    (Mimiko) Gostei não. Quero mais uma tia pra brincar de bonecaaaa!

    (Minu) Querida, você não tem a mim?

    (Mimiko) Mas você num tem tempo de brincar muito.

    (Minu) Prometo que vou brincar mais, certo?

    (Mimiko) Quero só ver.

    Depois do café...

    (Minu) Todo mundo para a sala. Peguem as mochilas e vejam se têm tarefas para o fim de semana. Vocês sabem que não gosto que deixem as tarefas da escola pra fazer no domingo à noite. Se tiverem alguma dúvida, estou lá na cozinha.

    (Mimiko) Tia Minu, pede pra fazerem doces!

    (Minu) Vou pedir! Agora já pra sala.

    (Jabu) Você até que controla bem a garotada.

    (Minu) Eles são uns amores. Às vezes fazem travessuras, mas é o que se espera, afinal, são crianças.

    (Jabu) É. Minu, eu vou à mansão. Preciso buscar as minhas coisas.

    (Minu) Quanto mais cedo melhor.

    (Jabu) Até a hora do almoço.

    (Minu) Até.

    Ao adentrar no jardim da mansão Kido, Jabu relembra a cena que vivera há menos de 24 horas. Balança a cabeça para que as imagens sumam, tenta se concentrar em outras coisas, mas a cena é forte demais. Sabe que quanto mais tentar não pensar nela, mais pensará, então pára de lutar contra sua mente e deixa as imagens fluírem. Aos poucos, elas vão sumindo, e quando finalmente entra na mansão, ele já pensa somente nos objetos que viera buscar. Tira sua mala velha de cima do guarda-roupa e coloca-a sobre a cama. Continua com tão pouca coisa que tudo caberá ali. Joga as roupas lá dentro sem maiores cuidados. Senta-se na cama e tenta relembrar os momentos que vivera naquela casa. Não há nada de realmente bom. Em sua vida inteira, não há nada que ele possa relembrar com saudades, além do sorriso dela... Lembra-se vagamente de que, quando criança, gostava de motos. Então decide comprar uma.

    Ao pensar na herança que recebera, também percebe que não pode e nem quer ficar morando no orfanato eternamente. Até porque teria que encontrar Saori ali vez ou outra. Então, decidiu que compraria uma casa. Seria melhor manter-se à parte, longe da deusa e do mundo dela. Continuará sendo um cavaleiro de Athena, afinal, foi para isso que treinou por seis anos de sua vida. Serviria à deusa, caso fosse necessário, mas deseja o mínimo contato possível com ela. Sabe bem de sua condição de cavaleiro de bronze "menor" e, embora não se conforme com isso, é forçado a reconhecer que os outros cinco considerados "maiores" possuem qualidades que eles e seus quatro companheiros ainda não possuíam.

    (Jabu, consigo, ao sair da mansão Kido) Acabou. É hora de fechar esse ciclo e recomeçar. Hora de renascer mais forte, mais digno, de deixar de ser o brinquedinho da Saori. No fundo, aquele imbecil daquele Seiya tinha razão, eu nunca passei de um 'cavalinho' pra ela.

    Continua...


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