O Casamento

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    Capítulos:

    Capítulo 30

    Capítulo XXIX

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

    O CASAMENTO

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    Capítulo XXIX

    Enquanto a festa chega ao fim, Shiryu e Shunrei dirigem-se à gruta ao lado da cachoeira. Todo o caminho está iluminado por tochas. Ao final da caverna, há uma piscina natural de água muito límpida. É um lugar conhecido por muito poucos, o lugar que Dohko escolhera para que os noivos tivessem tranqüilidade na primeira noite.

    No centro da gruta, também iluminado por tochas, Mu havia disposto grossas mantas brancas sobre o chão e, ao lado desse leito improvisado, uma mesinha. Na sacola que deu a Shiryu tinha roupões, roupas confortáveis, cobertores, comida e bebida. Shunrei começa a arrumar os alimentos na mesinha.

    (Shiryu, beijando-a) Não é hora de arrumar a mesa...

    (Shunrei, tímida) Tem razão...

    Shiryu e Shunrei beijam-se outra vez e começam a acariciar-se como nunca haviam feito antes.

    Lentamente, Shiryu abre o vestido de Shunrei que desliza suave pelo corpo dela. Com o indicador, acaricia seu nome escrito nas costas da esposa. Ainda não é possível ver o que está escrito logo abaixo dele, mas agora ele estava a poucos minutos de descobrir. Despiu-a por completo e deixou que ela lhe despisse. Ela já o havia visto despido nas diversas ocasiões em que precisara cuidar dele, mas era uma situação diferente, tensa, sofrida. Agora o vê em outras circunstâncias, bem mais agradáveis. Para ele, no entanto, vê-la despida é um fato absolutamente novo. Por isso e por saber que em breve pode retornar à escuridão, demora-se olhando-a.

    Recomeçam a acariciar-se, agora com mais avidez, até que, tomando-a nos braços, ele a deita sobre a manta. Detém-se em carícias um tanto mais ousadas que fazem Shunrei ruborizar violentamente. Então, beija-a com ardor e, com as mãos, explora delicadamente cada parte do corpo da mulher que ama. Ela, por sua vez, começa a perder sua costumeira timidez e acaricia o corpo do amado, ora suavemente, ora friccionando os dedos sobre a pele dele com firmeza. Só então percebe o quanto é aprazível ter aqueles músculos fortes entre as mãos. Longos minutos se passam nessa descoberta mútua. Não precisam e não querem ter pressa. Saboreiam esse momento com calma, enquanto seus corpos desfrutam de sensações indescritíveis. Já são duas almas vibrando em sintonia há muito tempo, mas agora seus corpos também se unirão num só.

    Com delicadeza, ele afasta as pernas da esposa, posiciona-se e, lenta mas firmemente, deixa-se mergulhar nela. Embora a dor que ela sente seja aguda, a sensação de tê-lo por completo supera qualquer coisa. Começam a mover-se juntos, buscando um ritmo harmônico, até que ela, sentindo-se em êxtase, aperta com força as costas do amado. Sempre quis ser parte dele, fundir-se a ele. Agora é como se começasse a ter sua vontade realizada.

    Sussurrando que a ama, Shiryu continua a mover-se sobre Shunrei. O ritmo dos movimentos aumenta continuamente, até que, com um longo gemido, ele derrama sua semente dentro dela. Ainda sobre a esposa, demora-se olhando as lágrimas que banham-lhe a face.

    (Shiryu) O que foi? Por que está chorando?

    (Shunrei, ainda chorando) É o momento mais feliz da minha vida, Shiryu. Por isso estou chorando, porque agora sou completamente sua...

    (Shiryu) Que alívio. Achei que tinha machucado você.

    (Shunrei) Não, não. Estou ótima. Acho que nunca estive tão bem.

    (Shiryu, deitando-se ao lado dela e abraçando-a) Eu amo você.

    (Shunrei) Eu também amo você. Não quer ver a tatuagem?

    (Shiryu) Claro.

    Shunrei vira-se de costas e mostra ao marido o que está escrito em sua pele muito alva.

    (Shiryu, sorrindo, contornando a frase com um dos dedos) Lindo!

    (Shunrei) Eu sabia que você ia gostar.

    Então, eles descansam um pouco e depois banham-se na piscina natural. A água está um tanto fria, mas eles parecem não se importar com esse detalhe. Beijam-se, abraçam-se, brincam na água, até sentirem vontade de recomeçar a fazer amor. E fazem-no. Depois, cansados, retornam ao aconchego das mantas brancas e se abraçam.

    (Shunrei) A nossa festa foi maravilhosa, não foi?

    (Shiryu) Sim. E todos pareciam tão felizes. Foi como se a nossa felicidade irradiasse por todos os lados e atingisse todo mundo.

    (Shunrei) Acho isso tão emocionante!

    (Shiryu) Eu também.

    (Shunrei, acariciando os cabelos dele que agora estão soltos) Você ficou ainda mais bonito de cabelo preso.

    (Shiryu) Você gostou? Foi um sacrifício pra me fazerem amarrar as madeixas.

    (Shunrei) Eu gostei. Adoraria que você fizesse isso mais vezes.

    (Shiryu) Então, eu farei!

    (Shunrei) Agora vamos comer? Meu estômago já está querendo reclamar!

    (Shiryu) O meu também. Vamos ver o que há pra comer!

    (Shunrei, retirando potinhos da sacola) Hum, Mu pensou em tudo. Só colocou coisas que podem ser comidas sem esquentar.

    (Shiryu) O Mu é genial, Shunrei.

    (Shunrei) Eu sei. E gosto dele. Queria muito vê-lo feliz.

    (Shiryu) Eu também. Mu é muito solitário.

    (Shunrei) Vou rezar pra que ele encontre um amor e seja feliz como nós dois. Se bem que eu acho que ele já encontrou, mas não sei se foi uma boa hora.

    (Shiryu) Você fala da Eiri?

    (Shunrei) Sim... não é porque eles estavam dançando, não vejo problema nisso. Eu não faria, mas não vejo problema. É que os olhares dos dois estavam tão... tão...

    (Shiryu) Apaixonados?

    (Shunrei) É, eu acho que eles se apaixonaram.

    (Shiryu) Talvez seja o melhor para os três. Hyoga não ama a Eiri.

    (Shunrei) E eu acho que a Eiri não ama o Hyoga. Não de verdade. Sei lá... não entendo muito dessas coisas, mas pra mim aquilo não é amor. Não é como o que eu sinto por você.

    (Shiryu) Shunrei, o que nós sentimos é único.

    Depois de se alimentarem, Shiryu e Shunrei adormecem abraçados sobre a manta. Aos poucos, a luz das tochas diminui e quando se apaga por completo, os dois ficam iluminados apenas pelo brilho suave do cosmo que emana de seus corpos. Nas costas de Shunrei, pode-se ler:

    "Shiryu e Shunrei

    Como um só, para sempre. "

    --FIM--


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