Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.
O CASAMENTO
Chiisana Hana
Capítulo XIII
Mansão Kido. Shiryu vai ao escritório despedir-se de Saori.
(Saori, muito séria) Shiryu, quero saber se você aceitaria me ajudar a dirigir a Fundação. Você é inteligente, sério. Não quero dizer que os outros não sejam. O que eu quero dizer é que apesar de ter praticamente a mesma idade deles você é mais maduro, mais responsável. Até já vai casar. Os outros ainda estão levando as coisas na brincadeira.
(Shiryu) Bom, justamente por ser sério e responsável é que não posso aceitar essa proposta assim de supetão. Seria uma insanidade. Dê-me algum tempo para pensar. Não sei se quero assumir também essa responsabilidade pois, como você bem disse, vou me casar e essa é minha prioridade no momento. Então, depois do casamento eu lhe darei uma resposta...
(Saori) Muito sensato. Eu devia ter pensado que essa seria a sua resposta. Então, boa sorte em sua nova vida.
(Shiryu) Obrigado. Boa sorte para você também.
(Saori, surpresa) Para mim?
(Shiryu) Você também vai começar uma nova vida.
(Saori) Parece uma profecia.
(Shiryu, saindo do escritório) É só uma constatação.
--C--H--I--I--
Antes de partir para a Sibéria, Hyoga vai ao orfanato despedir-se de Eiri.
(Hyoga) Eiri, estou voltando hoje para a minha terra.
(Eiri, triste) Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. Sei que não adianta, mas eu lhe peço, por favor, não vá. O Japão também é sua terra! Seu pai era japonês!
(Hyoga) Eu não quero ficar.
(Eiri) E se eu for com você?
(Hyoga, surpreso) Hã? Assim de repente? Você conseguiu me surpreender de verdade... eu... eu não sei o que dizer.
(Eiri) Me leva! Por favor!
(Hyoga) E se você não se acostumar com a vida na Sibéria?
(Eiri) Aí você me põe num avião e me manda de volta pra cá.
(Hyoga, depois de longa pausa) Está bem. Arrume suas coisas e vamos embora.
(Eiri, eufórica, beijando Hyoga) Obrigada! Espere aqui! Eu já volto!
(Hyoga) Ok. Vou esperar. (pensando) Será que fiquei maluco? Será que isso tem alguma chance de dar certo?
Alguns minutos depois, Eiri retorna com duas malas.
(Eiri) Espere só mais um pouco! Vou me despedir de Mino e das crianças!
(Hyoga) Tudo bem. O avião que vai nos levar é da Fundação. Podemos ir quando quisermos.
Eiri despede-se de Mino...
(Mino, desesperada) Eiri! Você vai fazer essa loucura? É melhor ir devagar, amiga.
(Eiri) Não posso! Deixá-lo partir é perder a chance de ser feliz! Se eu for com ele, não perco nada! Mino, eu não tenho ninguém aqui, nem família, nem casa, nada. Tudo que possuo são as coisas que estão naquelas duas malas e o amor pelo homem que agora as segura. Eu tenho que ir, Mino. Adeus!
(Mino) Adeus, Eiri. Boa sorte! Vou rezar para que tudo dê certo!
(Eiri) Obrigada!
--C--H--I--I--
Shiryu e Shunrei retornam à China. Somente lá sentem de verdade a falta de Dohko, que agora ocupa o cargo de Mestre do Santuário. Continuam morando juntos na mesma casa onde cresceram. Vivem com simplicidade, mesmo sabendo que Shiryu é um dos herdeiros de Mitsumasa Kido e são felizes desse jeito.
Todos os dias, Shiryu sai cedo para cuidar da lavoura. Sente um verdadeiro prazer nisso, gosta de trabalhar com a terra, de plantar, de ver brotar o fruto de seu esforço. Dedica parte do dia ao canteiro onde plantou diversas flores brancas e vermelhas, pois Shunrei as quer para a decoração do casamento. Perto do meio-dia, leva o almoço. Os dois comem juntos e passam as tardes à beira da cachoeira, conversando e planejando o casamento. Quando o sol começa a se pôr, retornam para casa, jantam e sentam-se do lado de fora para namorar e ver as estrelas.
--C--H--I--I--
Tóquio. Shun e Ikki mudam-se para o apartamento que acabaram de alugar.
(Ikki, passando a mão na cabeça) Eu não sei por que aceitei morar com você, Shun.
(Shun) E eu não sei por que eu quis que você viesse. Olha, se for para reclamar o tempo todo, é melhor ir embora.
(Ikki) Você está mudando. (pensando) Finalmente!
(Shun) Pois é, as coisas mudam... um pouco... às vezes...
(Ikki) Certo. Certo. Você é um chato, vai ser duro morar aqui, mas eu vou ficar. Quando der na telha, pego a minha grana e caio no mundo!
(Shun) Por mim tudo bem, só acho que você devia pelo menos estudar. Quem sabe um dia você até consiga entrar na universidade? Eu pretendo fazer isso.
(Ikki) Eu? E eu lá tenho cara de quem precisa estudar?!
(Shun) Nós, os japoneses, somos muito esforçados, inteligentes e educados. Coisa da raça! Que tipo de japonês você é se não tem estudo?
(Ikki) Um japonês vagabundo, ora!
(Shun) Que horror!
(Ikki) Ah, vê se me esquece! Depois, se eu quiser, arrumo um emprego pra não ficar sem fazer nada, mas estudar eu não vou!
(Shun) Emprego sem estudo? Faz-me rir!!
(Ikki) Vai se catar, Shun!
--C--H--I--I--
Seiya e Saori estão se arrumando para ir à fazenda, junto com Seika e uma equipe de médicos que cuidará do cavaleiro enfermo. Todos estão prontos para a partida. Saori se prepara para entrar no carro quando...
(Jabu, chegando de repente) Tatsumi, o que está acontecendo?
(Tatsumi) A Srta. Saori vai para a fazenda com o Seiya e a irmã dele.
(Jabu) Com o Seiya? Não pode ser!! (gritando) Srta. Saoriiiiiiiiiii!!
(Saori) Hã? Jabu? Olá... Eu já estou de partida. O que deseja?
(Jabu) Você. Eu amo você, Saori. Amo você desde a infância.
(Saori) Jabu, eu sinto muito, mas não posso corresponder a esse amor... eu...
(Jabu, interrompendo) Você ama o Seiya!
(Saori, sussurrando) Sim, eu o amo e quero tentar ser feliz ao lado dele. Eu sempre soube dos seus sentimentos, mas não seria correto enganá-lo a respeito dos meus. Prefiro dizer a verdade mesmo que ela seja dolorosa para você. Eu sinto muito. Sinto mesmo.
(Jabu, gritando) Sente nada! Você não se importa comigo! Você só pensa nele!
(Saori) Jabu, não precisa fazer escândalo. Eu gosto muito de você, mas só como amigo. Tente entender o meu lado também.
(Jabu, gritando) Eu não quero entender nada! Eu quero ficar com você!
(Saori) Não me obrigue a mandar os seguranças retirarem você daqui.
Seika traz Seiya.
(Jabu, gritando, irônico) Aí vem o todo-poderoso, Seiya de Pégasus!! Ajoelhem-se todos! Ele é o maravilhoso namorado da deusa!
(Saori, gritando) Cale sua boca!
(Seiya) Ora, ora, se não é o Unicórnio?! O que deu em você? Está mais maluco do que de costume?
(Jabu, irônico) Um semideus de cadeira de rodas! Reverenciem-no ou os deuses deixarão cair sua fúria sobre nós, pobres mortais!!
(Saori, gritando) Já chega!
(Seiya) Eu sempre soube que você tinha um parafuso a menos, mas não pensei que isso deixasse você tão pirado!
(Saori, irritada, entrando no carro) Vamos embora. Ponham logo o Seiya no carro. Seika, entre logo você também.
(Jabu, deitando-se na frente do carro) Passem por cima de mim! Passem! Eu não valho nada! Sou mais insignificante que a poeira grudada nos sapatos dela!
(Seika) Quem é ele?
(Seiya) É só um maluco.
(Seika) Eu tenho a impressão de que conheço ele...
(Seiya) Conhece mesmo. Ele é um dos cem órfãos, portanto, também é meu irmão. Outra hora eu falo mais sobre ele.
(Saori, pela janela do carro) O que você pensa que está fazendo, Jabu? Saia já da frente do carro!
(Jabu) Não! A morte é o melhor consolo para a dor que estou sentindo!
(Saori, gritando) Não exagera! Seguranças! Tirem-no daí!
(Jabu, sendo retirado à força) Não! Deixem-me morrer na frente dela!
(Seiya, comentando com Seika) Ele é tão burro que esquece que é cavaleiro... tudo bem que ele é um cavaleiro de bronze menor, mas um só golpe e ele acabaria com os seguranças da Saori...
(Saori, irritada) Agora podemos ir. (pensando) Mas que droga! Por que o Jabu tinha de fazer esse escândalo? Eu ia falar com ele quando voltasse da fazenda.
(Seika) Coitado do rapaz.
(Seiya) Ele nunca bateu bem da bola.
(Saori) Coitado coisa nenhuma! Coitada de mim! Ele vem fazer escândalo na minha porta e vocês acham que ele é coitado!
(Seiya, pensando) Será que dói tanto assim ser rejeitado? Meu Deus, Shina e Mino devem estar péssimas. Será que elas ficaram malucas como o Jabu?
Continua...