|
Tempo estimado de leitura: 20 minutos
l |
??Espaços vazios??. É assim que começa, em inglês, a musica ??The show must go on?? de Queen. A musica que foi cantada em memória do gênio da musica, Fred Mercury, depois de sua morte por pneumonia, em consequência da AIDS. Não consigo deixar de ficar triste, ao pensar o que ele deve ter sentido ao saber que a qualquer momento, sua vida podia se extinguir. Uma gripe podia fazer seu coração parar de bater, e sua voz maravilhosa se calar para sempre. Só a idéia de imaginar o que a minha partida deixaria para trás, já me entristeceu... Então imagine se isso realmente acontecer com você: Pimba! Você está com uma doença incurável que pode te levar a morte. Não consigo me imaginar nessa situação sem afundar pelo menos um pouco em um buraco de dor.
Mas, para Fred, nem tudo estava perdido. Ele compôs, em meio a aquele buraco, uma musica: Bohemian Rapdsody. Por trás daquelas palavras, estavam todos os seus sentimentos, toda a sua dor, e toda a sua esperança: ?? Mama, oh
I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all??
Aquilo era o que ele sentia, mas, mesmo assim, Fred Mercury nunca desistiu. E nunca se deve desistir, alias. Mesmo que as vezes machuque - como em Marley e eu -, mesmo que as vezes doa ? como em Ano Hana -, mesmo que precise de sacrifícios ? como em Harry Potter ? não dá para parar com a luta. Eu posso não ser um herói de quadrinhos, um bruxo famoso ou o que for, mas, eu tenho minhas lutas, mesmo que pequenas. Todos têm.
Afinal, mesmo que depois de muito choro ou o que for, se não parar no meio do caminho, sempre vai ter um sorriso no final, certo?
É tudo uma questão de resistir.
Eu sou feliz,sei disso. E sou porque sou, oras. Mas, já que falei de musica no começo, quero voltar a este assunto. Não sei bem o que dizer, afinal, já reparei que sou melhor com histórias originais, Fics e poemas do que com crônicas,mas, não consigo parar de tentar fazer uma. ♥
Ou talvez eu não fale de musica! Talvez eu me expresse sobre aqueles personagens, que dá vontade de abraçar. Eu nunca consegui ver a Samara Morgan/ Sadako Yamamura como a grande vilã. Aos meus olhos, ela só queria atenção. Naquele poço escuro, naquela água gélida, com os dedos em carne viva, ela só pensava na mãe, imagino. Naquela que a espancara, na versão original, em Ring, e que a sufocara com um saco plástico, jogando-a para o vazio; condenando-a a vagar, naquele sofrimento, por uma fita amaldiçoada. Mesmo sabendo que ela me mataria, não consigo deixar de sentir pela personagem Samara.
Assim como sinto por Chrona, do talvez não tão conhecido Soul Eater. Sinceramente, para pessoas assim, você simplesmente só quer passar o seu calor. Fazê-las sentir...Que não é tão frio assim. Realmente... É difícil fazer esse tipo de coisas sem uma professora de olhar rígido me empurrando um tema para escrever, hehe. Acho que a culpa acaba sendo minha, por ser influenciada pelo que acontece ao meu redor, e as sensações que sinto no momento. Só de colocar para tocar, o encerramento de Ano Hana, sinto vontade de escrever outro poema daqueles, onde posso colocar tudo que sinto ouvindo essa musica, mesmo que estrangeira. Acho que o que mais acaba me influenciando a continuar tentando escrever esse gênero textual,é o fato de eu ter conseguido falar de Roma, falar do que eu sentia em relação ao que as meninas de lugares como África e Índia sofrem. De eu ter conseguido dizer o que realmente sentia. É por isso que eu escrevo! Porque eu quero simplesmente não esquecer o que eu estou sentindo, o que já senti, como pensei, em vez de deixar tudo sumir com o tempo. Acredito que seja pela musica estar em sua parte mais animada, mas, nem estou parando de digitar agora. Eu sinto que consegui dizer o que queria. Que eu queria poder passar o meu amor para algumas personagens que nem mesmo existem. Que me senti tocada pela situação de Fred Mercury.
Acho que é por uma dessas de eu as vezes acabar sendo tão sentimental assim, que quero ser mãe. Ter um bebê para carregar, sentir o cheirinho... E coisas assim. Eu quero viver.
Quero uma casa com cobertores pelo chão, e uma árvore de natal no fundo da sala. Paredes coloridas, ou amarelas. Quero uma escrivaninha para desenhar, ter um cachorro e um gato. Uma pintura de estrelas no teto, e um sofá cama em algum lugar. Um gorro de lan, mesmo que esteja quente demais para usá-los.Quero meu Nescau frio pela manhã, e meu sanduíche de pão integral com queijo branco e geléia de frutas. Aqueles quadros de mares e florestas, que eu sempre vejo perto dos mercados. Quero meu cantinho, para escrever até tarde, e uma máquina de escrever daquelas que eu vi na Super interessante.
Não importa o título.
♥