1. CAPÍTULO: DE VOLTA EM CASA.
Os cinco dias se passaram, Nike queria que não acabasse. Assim não teria faculdade, não teria que bancar a babá (embora, foi o que ela fez durante os cinco dias, já que todos, com exceção de Jo, eram menores) e ainda teria a companhia de Matt na hora de dormir. Em um desses dias, ela estava com insônia e quando Matt levantou para ir ao banheiro, ela fingiu que estava dormindo. Quando Matt voltou do banheiro, deu um beijo no rosto dela achando que ela estava dormindo depois se virou e dormiu também. No dia seguinte, foi difícil para Nike, fingir que não sabia de nada. Ela não sabia dizer se o gesto fora algo a mais ou simplesmente fora um gesto fraternal. O pior é que toda vez que olhava para Matt, ela corava. ?Que coisa infantil, não é? Fica envergonhada quando vê um menino, você não é disso Nike.? Dizia ela para si mesma. Ela estava sentindo-se uma garotinha naquela situação.
Matt também não ajudava muito. Ele fingia que não havia acontecido nada naquela noite, mais quando olhava para Nike, mostrava o sorriso mais charmoso e sedutor que ele tinha, deixando-a de pernas bambas. Matt parecia perceber e até gostar do jeito que ela ficava quando ele fazia isso. Prometeu para si próprio que ao voltar para o ?Mundo Real? ela a conquistaria.
Mais agora, eles tinham que encarar a realidade: voltariam para casa.
Gennai já os aguardava no quintal de sua casa. A televisão estava ao seu lado, no chão. Quando os digiescolhidos se aproximaram, ele sorriu.
-Digiescolhidos, é hora de irem para suas casas e suas vidas. Eu deixarei esta televisão aqui para que vocês não tenham mais desculpas e não venham me visitar. Mais não se preocupem, tenho digimons amigos que me tiraram as televisões quebradas para que eu possa arrumá-las. Agora vão em duplas para não congestionarem as passagens.
Antes que alguém pudesse dizer algo TK pegou a mão de Kari e entro na TV.
-Espere! ?gritou Tai tarde demais. ?Ela é minha irmã! Eu que devia ir com ela.
-Calma Tai. Eles não são mais tão frágeis como nós achávamos. ?disse Matt referindo-se a TK.
-Eu vou com você, Tai. ?disse Sora pegando seu braço e puxando-o para a TV. Tai corou mais aceitou correndo.
Code foi com o furioso Davis, Izzy com Yolei, Jo com Matt, Mimi foi sozinha, pois teve que abrir um portal para os Estados Unidos, e por última Nike que foi sozinha.
Quando voltaram para o Mundo Real, eles perceberam que era sábado, pois a escola estava vazia e pouco escura. Matt ligou para seu pai, pedindo que ele fossa busca-los, agora que estavam cinco dias sumidos, os novos digiescolhidos teriam que contar a verdade a seus pais e os veteranos iam ajuda-los.
-Eu vou fazer o mesmo! ?disse Sora ligando para sua mãe. ?Vou pedir para que ela converse com os pais dos novos digiescolhidos.
Eles aguardaram um pouco, então chegaram os Izume, pais de Izzy, a senhora Takenouche, a senhora Takaishi, e o senhor Ishida.
Os digiescolhidos, após pular o muro, contaram o que aconteceu e pediu que seus pais conversassem com os pais das novas crianças.
-Filho, você disse que ia demorar apenas um dia. ?disse a Sra. Takaishi abraçando TK.
Por fim, os Izume levaram Izzy e Jo, a Sra. Takaishi levou TK, Code e Yolei, o Sr. Ishida levou Matt, Davis e Nike e a Sra. Takenouche levou Sora, Tai e Kari.
Alguns dias se passaram. Agora todos os pais dos digiescolhidos sabiam do Digimundo e dos digimons, excerto os Nakamura que estavam nos Estados Unidos. Nike disse que havia feito uma viajem com Jo e os professores engoliram tudo. Os outros fizeram a mesma coisa e parecia dar resultado.
Um dia desses, Nike foi surpreendida por uma mensagem em seu terminal. Olhou e viu que Ra uma mensagem de Matt: ?preciso falar com você agora?, achando que fosse urgente começou a responder. Antes que terminasse a ultima palavra o celular tocou.
-Alô? ?perguntou ela.
-Por que demorou pra responder? ?berrou ele exaltado.
-Mas é que...
A campainha da porta tocou e ela correu pra atender.
-Matt? ?disse ela com o celular ainda no ouvido. ?Meu Deus, o que houve? Você está bem? ?ela deu espaço para ele entrar.
Ele caminhou de lá pra cá e de cá pra lá.
-A Jun! Ela quer que eu saia com ela! Acredita? Vou ter um ENCONTRO!!!
Nike deu risada. Ele estava nervoso com isso?
-Por que você tá rindo? Acha engraçado?
-Me desculpa, mais é que é engraçado. ?ela sentou-se no sofá e chamou Matt que se sentou ao seu lado. ?Matt, milhares de garotas te chamam para sair e você está com medo de um encontro?
-Eu não estou com medo, é que... bem... eu nunca tive... é um ... Encontro. ?disse ele corado e cobrindo o rosto com as mãos.
-Matt, não é o fim do mundo. Em primeiro lugar, você que sair com ela?
-Não. ?disse ele olhando para ela agora.
-Então por que a chamou para sair?
Matt indignou-se. ?Eu não a convidei! Foi chantagem! E a culpa é de vocês.
-Mas...
-Mais nada! Quem esqueceu a Kari no Digimundo foram vocês e quando voltaram para busca-la tivemos que inventar o monte de mentiras para os pais do Code, Yolei e Davis. Ai a irmã do Davis não acreditou em mim e disse que não falaria nada se eu saísse com ela.
-Hum... Entendi. ?disse Nike ainda contendo o riso. ? Não tivemos culpa de a Kari ficar presa lá. Mais tudo bem, eu te ajudo. O que quer que eu faça?
-Bom, eu quero deixa-la bem chateada pra que nunca mais queira me ver o falar comigo de novo.
-Ok. Diga-me quando será o encontro que eu te ajudo. Tem minha palavra de que ela nunca mais te importunará. Porem...
Ela sorriu com esperança. ?Ele nunca teve um encontro!?
-Porém o que, Nike?
-Eu ajudo você sim, mas... você sabe que moro sozinha e não sou de sair muito então, gostaria que você me levasse a algum lugar diferente que você conheça, um cinema ou outra coisa.
Matt levantou-se vermelho. ?Ela tá me chamando pra sair??
-Você também está me chantageando?
-Não Matt. Você disse que nunca teve um encontro e agora, vai ter um com a Jun e eu não quero que você tire conclusões ruins sobre isso. Eu vou ajuda-lo a enfrentar esse seu... Receio. Mais só vamos como amigos, nada de mais.
Matt parecia indeciso. Travava uma briga interior.
-Matt, você prefere a minha companhia ou a da Jun? Você escolhe...
-Claro que a sua, né?
-Ótimo, combinado, então.
-Mai eu não disse que aceitava. Você está me manipulando!
Nike riu da cara de Matt.
-Não to não, eu só faço isso com meus professores.
Nike acompanhou Matt até a porta.
-Até mais. ?disse ele beijando-lhe o rosto.