Vendo Meus Filhos...

Capitulo 15 ? Vendo Meus Filhos...

Sakura POV?s ON:

Meus passos eram lentos, mas de certo modo tinha vontade de correr em direção aos meus filhos. Tudo o que passei vai valer a pena, assim que eu os ver. Eu não conseguia mais demonstrar meus sentimentos tão facilmente, mas ainda existia a Sakura antiga aqui dentro de mim. E essa Sakura esta com muita saudade dos filhos e eu confesso que eu também estou.

Sinto meu corpo ficar um pouco tenso. Minha cabeça começou a doer. Sempre tenho essas dores, elas sempre aparecem quando penso demais no meu passado.

Eu acho muito bom que o Sasuke não tenha desistido de mim. Eu preciso manter a esperança de que eu ainda vou voltar a ser o que eu era antes. Preciso manter essa esperança por mim mesma, por Sasuke e pelos meus filhos.

Sasuke parou em frente a uma porta branca. Eu sentia meus filhos. Eles estavam depois daquela porta.

Sasuke abriu a porta do quarto e entrei primeiro, não esperaria ser convidada. O quartinho estava do jeito que eu deixei antes de morrer. Os mesmos moveis e a pintura clara. Estava perfeito. Fui até o berço rosa e lá estava minha princesinha, dormindo como um anjinho.

Iria colocar a mão no rostinho dela se não fosse pelo Sasuke. Ele segurou o meu punho com certa força. Não iria deixar eu tocar neles, de certo modo eu o entendo. Ele quer proteger os filhos.

Senti uma sensação estranha tomar conta de meu corpo. Era alguma coisa muito quente que crescia dentro do meu corpo. O que seria isso? Sasuke ainda estava me segurando. Olhei em seus olhos e me perdi neles por muito tempo, parecia uma verdadeira eternidade. Eu pude recordar dos bons momentos que tivemos juntos um ao lado do outro. Eu admito que sinto muita falta dele. Dos beijos doces que ele me dava. Do abraço protetor e que transmitia segurança. Queria tanto poder abraçá-lo novamente. Mais eu simplesmente não iria conseguir. Uma coisa maligna me impedia de ser feliz. Talvez fosse o meu orgulho ou a teimosia.

- Você não vai encostar nos meus filhos. ? disse Sasuke com a voz extremamente fria e indiferente.

- Hum. Eles também são meus filhos. ? eu disse no mesmo tom de voz.

- Deixaram de ser quando se deixou mudar. ? voltou a falar.

Tentei não deixar transparecer, mas fiquei magoada com aquelas palavras. Eu tinha que concordar com ele. Estava muito diferente, meus filhos já nem eram tão importantes assim para mim. Às vezes me pergunto. Então porque enfrentei tudo isso?

Quando Sasuke queria ele conseguia ferir as pessoas. E era exatamente assim que eu me sentia agora: ferida. Se ele não vai desistir de mim, porque me disse aquilo?

Ótimo! Minha dor de cabeça piorou. Virei-me e sai do quarto. Surpreendi-me quando sentia algo molhar meu rosto. Passei a mão discretamente e vi sangue. Estava chorando. Aquela maldita frase me magôo mesmo.

Sakura POV?s OFF.

Sasuke POV?s ON:

Eu simplesmente não podia deixar Sakura encostar em meus filhos. Sim agora eles eram apenas meus. Até que Sakura volte a ser quem era antes eles não serão os filhos dela. Ela será um verdadeiro nada para eles.

Sakura podia muito bem fazer algum mau a eles. No fundo no fundo eu sei que ela jamais faria isso mesmo estando tão diferente, mas eu não posso arriscar.

Eu sei que a magoei com aquelas palavras, mas era necessário. Às vezes palavras ferem mais do que uma agressão e nessas horas eu concordo plenamente com tal frase. Sakura tem que voltar a ser o que era antes e eu terei que agir assim a partir de agora.

Fui à cama de Saya e ela acordava aos poucos. Abriu os olhos e eu me deparei com lindos olhos ônix. Dou graças aos Céus até hoje por ela ter puxado a mim em todos os aspectos.

Saya aprendera a falar algumas palavras, eram poucas mais a maioria dava pra entender, era uma menina muito esperta. Já tinha seu primeiro ano de vida.

- Otou-san.

- Calma minha pequena. Estava apenas vendo você e suas irmãs. ? disse sentando-me na caminha dela.

Saya fechou novamente os olhos e adormeceu. Deu um beijo na testa dela e sai do quarto. Sakura estava na sala. Desci as escadas e fui até a sala. Ela estava sentada no sofá, estava completamente estática. Parecia uma estatua.

Aproximei-me dela e sentei no outro sofá de frente pra ela. Pude notar que havia uma pequena quantidade de sangue no canto dos olhos dela. Ela havia chorado, provavelmente foi por causa das minhas palavras.

- Onde você esteve todo esse tempo? ? perguntei a ela.

Eu realmente estava muito curioso para saber por onde ela havia ido. E como se tornou essa pessoa.

- É uma longa historia. ? disse ela.

- Disso eu já sei. Que eu saiba temos todo o tempo do mundo. Então vamos lá. Conte-me tudo. ? disse friamente.

Sakura suspirou e fechou os olhos brevemente. Assim que os abriu disse.

- Estava no inferno. Fui treinada pelos demônios do anjo rebelado. Fiquei assim por causa deste treinamento, ele não apenas mudou minha força e habilidade como também meu comportamento. ? explicou ela.

- E porque foi treinada por esses demônios?

- Tenho uma missão. Na verdade fiz um pacto com Lúcifer.

- Um pacto?

- Sim. Eu mataria Orochimaru para ele e ele me devolvia a Terra.

Eu parei para pensar. O que o demônio ganharia com a morte de Orochimaru? Como se Sakura tivesse lido minha mente ela respondeu-me.

- Isso eu não sei. Mais vou descobrir o que ele tem contra Orochimaru. Parece que os dois tem contas a acertarem.

- Hum.

Algo de muito serio aconteceu com esses dois. Estava muito curioso a esse acontecimento. Eu também quero descobrir o que houve entre Lúcifer e Orochimaru, talvez seja algo mais serio do que podemos imaginar.

Sasuke POV?s OFF.

Algumas horas depois todos já sabiam da volta da rosada. Ficaram surpresos com a volta dela. Sasuke explicou o que Sakura disse, sobre estar no inferno, do treinamento, do comportamento diferente e as outras coisas.

- O que estávamos esperando? Vamos atrás de Orochimaru! ? disse Itachi.

Sakura levantou-se do sofá e disse.

- Vamos.

Começava ali uma busca pela morte de Orochimaru. Será que Sakura conseguiria matar o vampiro? Será que Sasuke conseguiria transformá-la na Sakura antiga? Muitas perguntas se formam a partir de agora.

Logo uma verdadeira matança estava para começar.

Continua...