Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Quarto ato ? O teste

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Quarto ato ? O teste

    ? Sephiroth ? chamou Cloud baixinho, incomodado ?, todos estão olhando para mim ? choramingou.

    ? Terá que enfrentar isso se quiser ficar aqui ? a voz potente não demonstrava compaixão, mas o loiro não se incomodou, estava acostumado com coisas piores.

    ? Mas eles vão me aceitar depois que eu provar que posso me manter no grupo? ? questionou desanimado.

    Não é que Cloud temesse que eles não lhe aceitassem, porque, para si, só importava que Sephiroth permitisse que ele ficasse ali, mas é que temia não ter para onde ir, o Grupo FF era sua última alternativa se quisesse ficar em Avalanche, e queria.

    ? Se-phi-ro-th ? a voz exasperada cortou os pensamentos do Strife, e tudo o que Cloud viu foram mãos possessas segurarem os ombros do General, balançando-o freneticamente ?, como assim o Kadaj está se arrumando para lutar? Para onde você vai mandar ele?

    Todos que estavam no corredor pararam o que faziam para observar a cena de um Vincent descabelado e afoito, um Cloud perdido e surpreso e um Sephiroth indiferente e altivo como sempre. Era costumeiro ver o General e o Coronel com tamanha intimidade, eles estavam mais curiosos sobre a resposta da pergunta do Valentine.

    ? Quer fazer o favor de me soltar? ? perguntou o albino friamente, sendo solto no mesmo momento. Suspirou massageando o cenho, pedindo aos deuses ? que nem acreditava existirem ? paciência.

    ? Kadaj está se preparando para avaliar um candidato a entrar no grupo FF ? respondeu sentindo as mãos de Cloud lhe puxarem, e ao virar o corpo para ele, sorriu quando o menor se pôs a arrumar sua roupa, que o Coronel teimara em retirar do lugar.

    ? É? ? perguntou Vincent surpreso. ? Ele não vai ir à fronteira nem nada do tipo?

    ? Não ? respondeu casual, ouvindo o suspiro aliviado do amigo ?, ele não te contou nada?

    ? Ele disse que não tinha permissão para responder minha pergunta ? respondeu franzindo o cenho em desagrado.

    ? Vou avisá-lo que você é uma exceção ? murmurou Sephiroth orgulhoso por saber que o rapaz havia lhe obedecido firmemente.

    Quando Cloud terminou de ajustar a farda negra, o General sorriu agradecido e os três caminharam na direção da arena de treinamento, que estava sendo preparada para o imprevisto. O lugar, quando não estava sendo usado para avaliações, era usado para treinamento de lutas corpo a corpo.

    ? General Sephiroth, a arena já está quase pronta. Kadaj está se preparando e o pessoal está questionando se será aberto ? comentou Cid ao aparecer repentinamente na frente dos três.

    ? Ótimo, chame o Reno e o Zack e diga para irem ao observatório da arena. Nós cinco iremos avaliar o desempenho do desafiador e ver se ele está apto a entrar em nosso grupo ? ordenou o General, recebendo como resposta uma continência e logo Cid sumira, do mesmo modo estranho como aparecera.

    ? Faz tempo que você não reúne os cinco ? comentou Vincent intrigado.

    ? Os cinco? ? questionou Cloud confuso, fitando o Coronel interrogativo.

    ? Os cinco grandes do grupo FF: General Sephiroth, Coronel Vincent, Tenente-Coronel Reno, Major Zack e Capitão Cid ? explicou o Valentine, sorrindo suavemente para o outro.

    ? Oh, entendo. ? comentou o Strife pensativo. ? Mas é necessário reunir os cinco apenas para isso? ? questionou confuso.

    ? É a opinião dos cinco mais a avaliação de Kadaj que decide se o candidato será recrutado. E eu pretendo conversar com os cinco sobre você e deixar alguns pontos claros, por isso será útil essa reunião. ? explicou Sephiroth, virando na direção do loiro e encarando-o sério. ? Você já pode se preparar, as regras serão ditadas quando ambos estiverem na arena e eu estarei te observando da arquibancada. Dê o seu melhor.

    E, erguendo a mão, o General pousou-a sobre os fios cor de ouro, bagunçando-os levemente antes de rumar na direção de uma porta lateral. Desejando um "boa sorte", Vincent correu para acompanhar o líder, dizendo algo a ele com uma expressão de repreensão, mas recebendo como resposta um levantar de ombros.

    Sozinho, Cloud observou tudo ao seu redor, pensativo. Estava a um passo de fazer algo que poderia mudar o destino de sua vida e garantir seu futuro, precisava ser cuidadoso.

    Dando um passo cauteloso, entrou na arena, encostando na parede que a cercava. O lugar era grande e oval, o chão era de barro e alguns soldados retiravam barracas, ferramentas, armaduras e equipamentos do local, deixando-o livre para que o teste fosse feito sem qualquer empecilho. Em um canto havia uma pequena porta que jazia fechada, mas havia um pequeno movimento de pessoas do lado de dentro.

    Nas pontas maiores da arena havia duas katanas, uma de cada lado, provavelmente era para que houvesse chances da avaliação ser mais demorada e animada, e, na arquibancada inferior ? eram duas arquibancadas ?, vários membros do Grupo já estavam sentados, conversando, esperando o evento que aconteceria ali.

    Engolindo em seco, Cloud preparava seu psicológico para o que viria a acontecer ali.

    ? Com licença ? chamou uma voz, retirando o jovem de seus pensamentos ?, você é Cloud, o desafiante?

    Virando o rosto, o Strife se deparou com um homem vestindo terno e gravata, com longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor.

    ? Sim ? respondeu meio hesitante pelo "desafiante", mas imaginando o que aquilo significava.

    ? Me siga, por favor. Irei orientá-lo ? e, virando, o homem se pôs a andar na direção daquela porta que havia na arena, que jazia fechada. Abrindo-a, virou-se para Cloud, chamando-o com a mão. O rapaz acenou, caminhando a passos largos até lá e entrando.

    ? Muito bem, lhes peço um minuto de silêncio. ? diante do pedido do homem de cabelos longos todos os espectadores na plateia da arena se calaram, atentos. ? Como todos já devem saber, ocorrerá agora o início de uma avaliação para entrar no Grupo FF, algo sem aviso prévio e sem planejamento. O desafiante foi julgado e foi decidido que sua avaliação ocorreria sem que ele pudesse ter algum tipo de treinamento?

    Enquanto o homem explicava, em um lugar de destaque na arquibancada, onde cinco cadeiras estavam postas, cinco homens se sentavam. Quatro dos cinco assentos eram negros, sendo, da direita para a esquerda, um maior que o outro, e o último, em vermelho, com um estofado felpudo e bonito, era maior que todos os outros.

    ? E nós poderemos assistir o duelo? ? perguntou uma voz do meio dos soldados quando o homem de olhos castanhos terminou seu discurso inicial.

    ? Essa resposta nós ouviremos agora do General? ? informou, virando na direção de Sephiroth e prestando continência.

    Imediatamente todos se levantaram, se postando na posição de respeito. Com um aceno com a mão, o General ordenou que eles sentassem, e apoiando o cotovelo no braço da poltrona, encostando a cabeça na mão e com voz de tédio, se pôs a falar:

    ? Foi decidido por nós que esta avaliação será aberta ao público, que serão vocês, por isso, se mantenham na arquibancada inferior por motivos de ordem ? respondeu assistindo a comemoração dos membros do Grupo, fazia um bom tempo que não viam uma luta.

    ? Muito bem, então os participantes podem entrar ? anunciou, voltando sua atenção para a plateia ?, eu, Tseng, serei o juiz desta avaliação.

    Da entrada da arena entrou um rapaz de cabelos cinzentos e curtos, caminhando a passos firmes até o centro da arena, ficando ao lado de Tseng. Da cintura para baixo vestia a farda do Grupo, na cor azul-marinho, e as botas, já a parte de cima estava nua, deixando exposto seus músculos não muito desenvolvidos e sua pele com algumas feridas pequenas e já curadas.

    ? Como todos sabem, esse é o secretário pessoal do Coronel Vincent, Kadaj. Ele foi designado pelo General para treinar os candidatos a entrar no Grupo. Sua habilidade com a katana só perde para a do General e a do Coronel ? explicou Tseng formalmente, como normalmente era feito.

    ? Por que ele tem que ficar seminu para avaliar o candidato? ? sussurrou Vincent para Sephiroth, incomodado.

    ? Porque isso facilita os movimentos dele ? respondeu o General casualmente.

    ? Mas assim ele fica exposto aos ataques! ? rebateu o Valentine, fazendo uma veia na testa do outro se estufar. Suspirando, se manteve quieto, voltando seus olhos para o amante. ? Esquece? ? murmurou se redimindo.

    ? Agora que entre o desafiante! ? chamou Tseng, fazendo todos ficarem alertas, curiosos sobre a tal pessoa.

    A única porta fora a de entrada da arena se abre, e lentamente o corpo magro e de porte pequeno para um soldado aparece. Vestido igual Kadaj, nu da cintura para cima, Cloud caminhou lentamente até o centro da arena. O sol quente fazia seus fios loiros chamarem ainda mais a atenção, e em sua cintura duas katanas, uma de cada lado, jaziam.

    ? Esse é o desafiante? ? questionou Zack em tom de zombaria, se calando ao ouvir o pigarrear do General. ? Você sabe, ele não vai durar dois minutos em uma luta direta com o Kadaj ? comentou maliciosamente, mas aquilo era algo que todos ali temiam, inclusive Sephiroth.

    ? Ele não precisa vencê-lo, só precisa mostrar que pode entrar no Grupo ? murmurou o General dando de ombros.

    ? E então você irá treiná-lo? ? perguntou o Major sorrindo de lado, imaginando o que o outro faria.

    ? Treiná-lo-ei em todos os sentidos ? respondeu malicioso, lambendo os lábios só de pensar na possibilidade, fazendo o outro rir.

    ? Você não tem jeito mesmo ? comentou balançando a cabeça negativamente, encarando o espetáculo que se passava ali.

    O juiz, Tseng, estava afastado do centro da arena, em sua posição, enquanto os dois adversários se mantinham mais no meio, um afastado do outro, fitando-se intensamente e friamente.

    ? As regras são básicas: sem mortes ou arrancar membros, ferimentos profundos que não causem risco de vida serão aceitos. Vence quem fizer o outro dizer que se rende ou se o outro perder a consciência, não há limite de tempo de luta e o limite da arena são as paredes que a cercam; se um dos participantes cair na arquibancada, automaticamente perdeu, até o limite das paredes é dentro. Estão aptos? ? explicou Tseng.

    ? Sim ? responderam Kadaj e Cloud, os dois juntos.

    ? Não vai lhe desejar boa sorte, General? ? perguntou Reno preocupado.

    ? Ele não precisa de sorte para vencer o Kadaj ? respondeu Sephiroth, indiferente.

    ? Está dizendo que Kadaj vai perder? ? perguntou Vincent irritado.

    ? Estou dizendo que sorte não o ajudará em nada nesse momento, só o que lhe salvará é a sua experiência e habilidade ? explicou suspirando, seu amigo era tão instável quando o assunto era o amante?

    ? E quais são as habilidades dele, General? ? questionou Cid interessado.

    ? Eu não sei, o que quer que ele mostrar aqui, será novidade até para mim ?respondeu dando de ombros.

    ? E você não teme que ele não tenha nenhuma e não possa ficar aqui? ? indagou Zack, conhecedor de que, se o rapaz não tivesse habilidade alguma, teria que se retirar dali.

    ? Estou pagando para ver do que ele é capaz? ? respondeu finalizando o assunto, ouvindo o barulho de apito que anunciava o início do duelo.

    Aquela cena o fazia se lembrar daquele chuvoso dia, onde foi testado com seu pescoço valendo um dinheiro alto. Não era simplesmente vencer, era sobreviver, não se deixar vencer para poder viver; era mais que lutar, era colocar toda a sua alma naquilo.

    As cenas daquela perseguição o fizeram perder o foco, e Cloud ficou lá, encarando seu inimigo sem realmente vê-lo. Lembrava-se das fugas, dos esconderijos, da tremulação que provinha do receio de ser achado, da adrenalina ao lutar para se manter vivo, do ódio em suas veias pela pessoa que o havia causado tudo aquilo.

    Amargura, ódio, dor, aflição, esquecimento, vulnerabilidade, mal, angústia, e, por fim, medo.

    Toda a mistura daqueles sentimentos fê-lo ver quando Kadaj deu um passo em sua direção, logo correndo para lhe alcançar. Então ele atacaria, hum? Não havia mal, seria interessante brincar um pouco?

    A lâmina que vinha em sua direção era certeira, e Cloud sentia o quanto o outro era bom. Qualquer outra pessoa em seu lugar teria tremido diante dele, mas não Cloud, não seu corpo já acostumado com a sensação que a katana causava ou sua mente já imune aos sentimentos sufocantes.

    Levando a mão à cintura, retirou com um único movimento a espada com a bainha e se protegeu, impedindo que o fio afiado lhe cortasse. Força contra força, quem imaginaria que dois homens com porte tão inferior ao padrão de soldados de Grupos de cidades-Estados poderiam ser tão fortes?

    Melhor: quem imaginava que o rapaz novato bloquearia o ex-secretário do General sem qualquer hesitação?

    Vacilando para trás, Cloud se livrou da pressão de Kadaj, mantendo-se ereto, com os olhos baixos. Sua franja loira impedia que seus olhos fossem vistos, impedindo assim que todos vissem o brilho assassino neles.

    Não, não queria que todas aquelas sensações voltassem, não podiam voltar. Por isso não retiraria a espada da bainha, mesmo que isso o fizesse não conseguir se manter no Grupo FF, era melhor evitar a matança, ou a decepção de ter que ser impedido pelo General lhe sufocaria a alma.

    Mas a situação não estava ao seu lado, e Kadaj, correndo na direção de seu desafiante, sorrindo ao ver que ele não daria o braço a torcer, apenas piorava sua situação.

    A lâmina da katana vinha em sua direção com agilidade, mas, apesar de tudo, o Strife podia ver claramente os movimentos do outro, e, por isso, querendo apimentar tudo aquilo, vacilando em manter seu lado insano controlado, desviou minimamente do corte certeiro, recebendo apenas uma ferida, que logo sangrou, na bochecha.

    De onde estava, Sephiroth franziu o cenho. Aquela luta estava lenta demais, Kadaj acertava Cloud, mas o outro não se machucava verdadeiramente. Fora que não atacava, e recebia os golpes como se não os temesse.

    Suspirou semicerrando os olhos, não era possível que Kadaj estivesse errando o alvo, mas não conseguia ver os movimentos de Cloud, e o rapaz insistia em não retirar a espada da bainha, o que lhe dava certa insegurança, o que estava acontecendo ali naquela arena?

    Quando, já irritado com aquela brincadeira de gato e rato, de atacar o outro e ele apenas se defender, Kadaj decidiu dar um basta, tudo aconteceu muito rápido. Com movimentos precisos cortou do chão ao céu com força e precisão, fazendo Cloud voar longe, na direção da parede limite da arena.

    Se vendo em uma situação sem saída, o Strife virou o corpo, aproveitando o impulso do ataque para voltar um ataque contra seu inimigo. Apoiou os pés na parede e tomou impulso, pulando e indo na direção de Kadaj. A bainha foi posta na cintura, e, no meio do ataque, as katanas foram sacadas.

    Tudo, dessa vez, aconteceu mais rápido do que no golpe anterior. Em um segundo Cloud iria colidir com a parede da arena, no outro, estava parado atrás de Kadaj, com as duas espadas desembainhadas apoiadas no chão, e segundos depois o outro caía de joelhos, apoiado em sua katana.

    Surpresos e confusos, todos os espectadores se mantiveram em silêncio, enquanto Sephiroth batia os dedos no braço de sua poltrona, pensando no que vira. Sem dúvida aquela velocidade era impressionante, e não queria confessar, mas o rapaz era realmente bom, por isso tamanha frieza diante de Kadaj: as habilidades do outro não eram nada para si.

    Pior: conseguia ver o quanto Cloud estava se segurando, a ferida que causara em seu desafiante com certeza não era nada perto do real estrago que poderia ter causado nele.

    Quando Tseng deu um passo, pronto para socorrer Kadaj, estancou, vendo a bainha passar a centímetros de seu rosto, engoliu em seco ? bainha essa lançada por Cloud. Levantando apoiado em sua arma, o Subtenente limpou o sangue que escorria dos lábios com as costas das mãos, sorrindo estarrecido ao fitar o outro.

    ? Eu nem sei o que te dizer? ? comentou verdadeiramente. ? Se você não houvesse usado o outro lado da lâmina eu teria recebido um ferimento feio?

    E, sem se importar com mais nada, Kadaj correu na direção do outro, fazendo as espadas criarem um tilintar que preencheu toda a arena ao se chocarem. Ninguém conseguia acreditar no que via. Quem era aquele novato? Como ele havia conseguido fazer algo que ninguém fora os quatro maiores conseguiram: acertar Kadaj?

    A mistura de espanto e admiração fez todos, inclusive os cinco sentados na outra parte da arquibancada, assistirem àquela luta atentamente, observando tudo impressionados.

    Mas quando Cloud sumiu, e lentamente a areia da arena criou um círculo em volta de Kadaj, tudo se tornou muito confuso. Aquela poeira ia subindo, encurralando o Subtenente. Um som metálico, o barulho de um ataque sendo desferido, a impossibilidade em se ver o que se passava, tudo fez com que aqueles poucos segundos fossem uma eternidade.

    Aos poucos todos os olhos viam, e rapidamente se arregalavam. No chão estava Kadaj, inconsciente, e do outro lado estava Cloud, em posição de finalização de ataque, imóvel. Vincent, preocupado, pulou de onde estava e entrou na arena, indo socorrer o amante, juntamente com Tseng, que, por obrigação, precisava ver se a luta acabara.

    ? Com Kadaj impossibilitado de lutar, o vencedor desse duelo é Cloud ? anunciou erguendo a mão, decretando o resultado da batalha.

    Um longo silêncio preencheu o espaçoso campo de treinamento, todos surpresos pelo resultado, aquilo era uma novidade, algo que não acontecia todo dia. Mas tal sentimento se foi conforme os minutos passavam, e quando Cloud ergueu suas katanas na direção da arquibancada, todos engoliram em seco.

    Aquele rapaz seria um inimigo temível demais para viver livremente.

    Os três balançar das lâminas, o erguer delas ao céu e o mantra angelical em forma de canto fizeram Sephiroth erguer-se de sua poltrona em um movimento brusco. Conhecia aquele movimento e aquela reza. Mais afoito do que impressionado, se pôs a agir, sumindo e aparecendo atrás do Strife, segurando-lhe os pulsos, barrando-o. Abaixou-se, sussurrando no ouvido dele:

    ? Desfaça a invocação Cloud ? mandou sério.

    ? E por que eu te obedeceria? ? sua voz indiferente demonstrava o quão alterado ele estava.

    ? Porque a possibilidade de que eu seja seu novo líder é alta, então, desfaça a invocação ? reforçou, começando a temer que o outro não obedecesse. Segundo seus conhecimentos, mais uma linha e estava concluído o feitiço.

    ? E-Eu? não consigo ? sussurrou Cloud, segurando os dois pulsos com apenas uma mão, Sephiroth virou o rosto bonito para si, fitando os olhos azuis intensamente. O brilho frio da morte reinando sobre eles. Sorriu entendedor, dando um leve selinho nos lábios entreabertos.

    ? Tudo bem, você já pode voltar a dormir, o perigo já passou, eu estou aqui? ? o General sussurrou por vários minutos doces palavras para o outro, tentando fazê-lo voltar a si.

    Com certo custo conseguiu, e cancelando a invocação, Cloud desmaiou nos braços de Sephiroth, voltando segundos depois à consciência, seus olhos azuis brilhando inocentes.

    ? Foi o suficiente? ? questionou o General para todos ouvirem. ? O que mais Cloud precisará fazer para ser aceito aqui?

    E diante do silêncio de todos, o General confiscou as katanas e as bainhas, se retirando para o local de onde havia vindo antes. Vincent seguiu-o, carregando em seus braços Kadaj, logo depois Zack, Reno e Cid também se foram, deixando para trás um silêncio mortífero e um Cloud confuso.

    ? Bem ? iniciou Tseng ?, vamos cuidar das suas feridas e vesti-lo novamente, eles irão discutir e decidir se você entrará ou não no grupo. ? explicou prestativo. ? Eu acredito que a chance é alta de você ser aceito, e eu soube que será treinado diretamente pelo General, então não haverá problemas? O único medo será se o pessoal do Grupo conseguirá lidar com um novato com poderes excepcionais?

    E, caminhando na direção da pequena porta que havia na arena, Tseng encerrou o assunto, sendo seguido de longe por Cloud.


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