No capítulo anterior:
Ciel havia demorado um pouco para chegar ao centro de Londres, afinal, ele estava indo de sua mansão até seu destino à pé, o que não era de seu costume.
Ao chegar na cidade, Ciel se surpreende com a presença de uma certa pessoa na sua frente.
? Você? - Foi a única coisa que conseguiu dizer no momento.
Neste capítulo:
? Você? - Ciel disse com a surpresa que acabara de ter ao ver certa pessoa a sua frente.
? Hãn? Então é você, pirralho? E o Sebastian? Onde está o meu Sebastian? - Disse fazendo uma de suas poses mais tradicionais.
? Bem, na verdade era isso o que eu iria te perguntar agora... Por acaso você sabe algo do Sebastian? Sabe pelo menos se ele ainda está vivo? - Disse Ciel meio desanimado com a provável resposta que receberia.
? Mas como? Por que eu saberia dele? Ele é o seu mordomo certo? E aliás há tempos que não o vejo...
? Humf... - Ciel disse dando as costas para Grell
? Ei seu pirralho!! Espere!! Onde está o Sebas-tian? - Disse correndo atrás de Ciel procurando alguma explicação para aquilo que acabara de ouvir. " Como assim onde está o Sebastian? " Ele não era o seu mordomo leal? Que iria segui-lo até o fim? Por que diabos Ciel estaria fazendo esta pergunta? E logo a mim... por acaso eu tenho cara de que sei o que o Sebastian faz da vida? Embora eu quizesse... mas ele sempre me esnobou. Hum, e aliás que papo era aquele " Sabe pelo menos se ele ainda está vivo? " Mas o que está acontecendo aqui? Eu tenho que tirar satisfações com esse pirralho.
? Ei volte aqui!!
? O que foi? - Disse Ciel enquanto direcionava um olhar frio e sem vida a Grell.
? Que história é essa? Onde está o Sebas-tian?
? Eu não sei e só te procurei para saber se você havia tido alguma contato com Sebastian nesse últimos dias... Mas parece que eu perdi o meu tempo. - Disse sem expressão alguma no rosto, mas que parecia estar pensantivo sobre algo, que Grell estranhou aquela reação vinda de Ciel. Tudo bem que ele nunca fora de falar muito, e sempre estava muito sério apenas concentrado em seu objetivo, mas aquele olhar e expressão que Ciel transmitia, de alguma forma, incomodava Grell, com a impressão de que algo sério havia acontecido.
? Me desculpe, mas não sei nada sobre o Sebastian, mas se descobir algo por favor, gostaria que me informasse, afinal eu também me importo e muito com o meu Sebby. - Disse enquanto dando um de seus sorriso estravagantes, mas mesmo assim muito confuso com tal fato.
? Que seja. - Foi apenas o que Ciel disse antes de voltar a andar pela cidade, deixado um Grell muito pensativo para trás, mas que logo voltou ao seu estado normal, andando pela cidade, enquanto lembraças vinham à toa em sua mente.
(...)
? O que foi Papai? - Elizabeth disse com uma cara de entediada.
? Eu a vi chorando, o que houve?
? Está tudo bem papai, não foi nada. - Disse tentando se livrar de mais perguntas de seu pai, que na verdade era a última coisa que queria naquele momento...
? Não fale assim comigo menina!! Não percebe que me preocupo com você?
? Até parece...
? Como? - Disse se levantando de sua poltrona para encarar Elizabeth.
? Não é nada pai, não se preocupe eu estou bem. - Disse forçando um sorriso.
? Hum, é bom mesmo, e não se esqueça que logo, logo o conde muito importante de Paris virá aqui, então faça o favor de se comportar, isso é muito importante para minha campanha política.
? Sim papai, não se preocupe eu não lhe causarei nenhum problema. Agora eu posso me retirar?
? Sim, sim, pode ir, mas antes, como vai Ciel? Faz tempo que não o vejo...
? Está tudo bem com ele pai, é que ele anda um bom tempo em casa, evitando sair muito, já que pegou uma gripe, mas não há nada com o que se preocupar!
? Bom, se é assim... Diga a ele que breve farei uma visita a ele, afinal ele é seu noivo, meu genro e tenho a obrigação de fazer isso.
? Não precisa pai, e aliás ele não quer lhe incomodar...
? Ta bom, ta bom!
? Se o senhor não quer mais nada eu vou me retirar para o meu quarto. Com licença.
? Hai, hai. Pode ir.
? Obrigado. Vamos Paula.
? Sim senhorita!! - Disse logo em seguida indo atrás de Elizabeth, que caminhava até seu quarto.
(...)
?Mas que droga!
? O que foi senhorita?
? Quem o meu pai pensa que é para falar dessa maneira comigo? Ele só liga para essa campanha idiota, e essa sua " preocupação" comigo é só faixada, porque assim ele pode manter a boa imagem diante do povo.
? Mas não acho que ele faria isso com a senhorita. Eu acho que ele realmente se importa...
? Mas é claro que não!! Meu pai não liga para mim, nunca ligou... Está sendo muito difícil para mim, ainda mais depois que minha mãe teve que ir a essa viajem... Pelo menos ela me entende, não é como o meu pai.
? Senhorita...
? E ele ainda fica insistindo em fazer uma visita à Ciel, droga!! Ele nunca fez questão de saber como andava o meu noivado com ele, mas por que isso agora?
? Senhoria, acho que está fazendo uma tempestade no copo d'água! Por que não o conta logo a verdade sobre seu noivado?
? Você não entende Paula? Se eu disser isso, meu pai vai me chamar de imprestável, que a culpa disso ter acontecido é minha. E ele é bem capaz de arrumar outra pessoa para que seja o meu noivo... E eu não quero isso agora, Paula. é bem capaz dele chamar aquele velho rabujento que é o tão famoso Conde de Paris como meu noivo, e não quero que isso aconteça!
? Como assim senhorita? Acha que ele seria capaz de uma crueldade dessa?
? Até parece que você não o conhece né? Ele é capaz de tudo por fama, dinheiro e manter a sua boa imagem.
? A senhorita tem razão... mas não parece que essa é a sua única preocupação... O que está lhe incomodando?
? Não é nada...
? Por favor, a senhorita pode confiar em mim.
? Por causa de um certo alguém...
? Quem?
? Ora Paula, quem mais? O Ciel é claro!
? Já devia ter adivinhado.
? Sabe Paula? Não consigo mais esquecer e nem parar de pensar nele. Estou fazendo o máximo que posso, mas isso é como algo impossível para mim... - Disse enquanto começava a chorar novamente.
? Senhorita... Me desculpe, eu não sei o que dizer...
? Viu Paula? Ninguém me entende e nunca realmente vai me entender...
? Mas...
? Por favor Paula me deixe sozinha, preciso pensar e não conte nada ao meu pai sobre isso... é melhor que ele ainda não saiba.
? H-hai. - Disse enquanto se retirava imediatamente do quarto de Elizabeth.
(...)
Ciel continuava a andar pela cidade, pensando em tudo que acontecera em sua vida durante esse tempo. E principalmente, quem dominava seus pensamentos era o seu querido e amado mordomo. " Ah Sebastian... Onde diabos você se meteu?" era a pergunta que martelava em sua mente, mas como sempre sem nenhuma resposta. Ele já não tinha mais forças para continuar assim, não tinha mais como suportar a sua ausência, precisa vê-lo novamente, sentir a segurança que sentia sempre quando Sebastian estava lá, ao seu lado o seguindo bravamente, mesmo que toda a sua atenção por ele seja apenas por causa de um contrato, ele precisa dele ali, consigo. Voltava a se lembrar daquele maldito dia em que o perdera, com aquelas lembranças que se recusavam em sair de sua mente. " Droga!" Pensava Ciel. Não conseguia mais esquecê-lo e fingir que nada aconteceu. Mas o que faria? Sebastian estava morto, pelo menos era o que ele pensava. Só se lamentava por não ter conseguido declarar o seu amor por ele a tempo. " Ah se eu pudesse voltar atrás..."
Ciel já estava cansado de tanto caminhar. Voltou em caminho de sua casa sem pressa, afinal nada a para ele importava mais. Não havia porquê ter pressa.