Purple Devil

  • Srta7x
  • Capitulos 1
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    A dança.

    Álcool, Adultério, Drogas, Estupro, Hentai, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    É irônico, a coisa que eu nunca pensei que fosse acontecer comigo estava bem acontecendo. No exato momento onde eu queria gritar por socorro, mas eu saberia que ninguém me ouviria, enquanto aquela mão passeava pela minha coxa nua. As unhas pintadas de roxo dele arranhavam minha pele a ponto de fazer uma leve ferida. Os lábios dele contra meu pescoço me davam náuseas, passar por tudo aquilo só me fazia querer fazer uma coisa. Vomitar.

    Era o meu castigo.

    A boca dele chupava um de meus seios enquanto ele apertava o outro sem delicadeza, nossos corpos roçavam suados e a mão livre de Kamui prendia meus pulsos fortemente, me deixando completamente imóvel.

    Como eu estava ali?Transando com Kamui Gakupo como eu estava deixando ele me penetrar daquele jeito. Logo por ele?

    Aquele que desgraçou a minha família.

    Uma semana antes.

    Já estávamos prontas, juntamente com as dançarinas que animariam o baile da realeza no palácio de Londres, os murmúrios eram ouvidos das moças enquanto eu subia a meia calça marrom, seria muito bem disfarçada por causa da cor de minha pele que era mulata.

    -Meninas, pronta?-Madame Megurine surgiu, esta tinha cabelos loiros, um longo vestido vermelho com detalhes dourados e belos adornos que enfeitavam seu belo rosto, brincos de ouro com rubis, colares, pulseiras e os sapatos de salto preto que combinavam com o vestido. Esta era uma das organizadoras do baile.

    -Estamos senhora.

    Nos aprontamos, estávamos prestes a dançar para um bando de senhores pervertidos, que provavelmente mentiriam para sua esposa e filhos dentro de casa, inventando que iriam trabalhar até mais tarde e o que é estranho, já que a festa é num grande palácio e as mulheres desses homens não sabem disso?É esquisito, risível no meu conceito.

    As mulheres saiam com o rosto coberto por um véu vermelho, com roupas vermelhas de odaliscas, do salão ouvia-se uma música egípcia.

    -Azura ainda não. ?Madame Megurine me parou. ?Você entrará depois das moças.

    -Sim senhora. ?Respondi.

    Madame Megurine me deixou a sós, pela fresta da porta eu via muito pouco, mas conseguia ver os rapazes passando a mão nas dançarinas e pensar que logo seria eu quem estaria ali. Me dava arrepios, sentir as mãos daqueles velhos pervertidos na minha coxa, na minha bunda. Onde eu fui me meter?Ha, como se eu tivesse escolha. De repente a porta começou a se mover e eu recuei um pouco, a luz do salão me iluminava cada vez mais forte no tom dourado do imenso lustre pendurado no teto. Ajeitei o meu top dourado discretamente para que não saísse do lugar.

    Os aplausos dos homens daquele salão estavam cada vez mais fortes, e lá estava eu em cima do palco com a minha roupa de odalisca branca e dourada, coberta com véus brancos assim como no meu rosto. A música egípcia, em mãos eu tinha uma grande manta branca na qual eu me enrolei e me movimentava devagar, com graça e tranqüilidade mexendo apenas os braços, levantei os dois deixando a manta branca cair no chão, não revelando ainda a minha fantasia de odalisca coberta por sete véus, meu corpo estava coberto por um véu cor de branco.

    Num novo movimento eu mexia apenas os braços e também rebolava um pouco, pondo o pé na frente e mexendo os quadris na lateral dei um giro, segurando o véus desprendendo-o aos poucos até tê-lo em minhas mãos. Rodei com ele, andando pra frente e pra trás rodando novamente, movimentando até os lados o estendi levemente e dei mais um giro o deixando no chão juntamente com a manta. Madame Lefevre observava juntamente com os rapazes que pararam pra prestar atenção, com as dançarinas os paparicando, servindo vinhos e dando frutas em suas bocas.

    -É uma bela moça. ?Comentou um dos rapazes que estavam perto do palco, este estava ao lado de Madame Megurine.

    -Megurine. ?Chamou um rapaz, este tinha cabelos roxos e longos presos num rabo de cavalo. Seu vestuário consistia num roxo verde com detalhes brancos, uma gravata de babados branca com uma grande jóia roxa pendurada, calça branca e botas pretas. A senhora olhava encantada para o rapaz que parecia conversar com ela. Não deu pra ouvir, pois a música estava ficando mais alta.

    De joelhos, passei as mãos lentamente sobre meu corpo até levantar os braços, os abrindo me levantei mexendo novamente os braços junto com os meus quadris, levantei os braços novamente, os abaixando rapidamente e jogando meu corpo pra trás me virando de costas em seguida, desprendendo mais um dos véus branco e já com ele em minha mão dei dois passos pra frente peguei a outra ponta. Rodando com o véu que esvoaçava atrás de mim, levei os braços para o lado esquerdo juntamente com o tecido branco seguindo para o lado direito, dando três passos novamente fui para o lado esquerdo levando o véu junto rodando em seguida. Eu movimentava os braços de forma leve, os abri e levantei segurando o tecido branco. Minha roupa de odalisca estava começando a aparecer, rebolei os quadris abaixando os braços e girando o véu, estendendo os braços levantei uma das pernas repeti os mesmos movimentos, seguido de um giro, depois reversivo aqueles movimentos eram apenas giros. Não eram problema pra mim.

    Cobri meu corpo com o véu, os braços cruzados os seguravam com firmeza, uns passos foram dados para um lado, depois para o outro até eu descruzar os braços aos poucos abrindo ao tecido branco mexi os braços enquanto os abria, juntamente com os quadris no qual eu já rebolava um pouco mais solta. Levantei os braços novamente juntamente com o véu o soltando em seguida, mas não caiu no chão, pois estava preso nas minhas costas e já levei as mãos até lá o desprendendo até estar em minhas mãos, me ajoelhei estendendo o véu sobre os outros dois tecidos. Mexi os braços em uma típica dança egípcia me levantei, levantando os braços em seguida me virei de costas, repousando as mãos sobre a cintura rebolei os quadris e a minha bunda coberta pelos véus restante, meus cabelos castanhos longos e ondulados caiam sobre minhas costas.

    Tirei as mãos da cintura devagar, já segurava dois véus ambos presos nas laterais os revelando batendo com eles no ar, joguei meu corpo pra trás rodei novamente com os dois tecidos em mãos, depois para o outro e continuei a repetir ao movimento até parar perto dos outros véus caídos no chão, girei um braço e em seguida o outro me virei de lado andando para frente enquanto girava os braços levando os véus junto. Parei por um momento e comecei a andar para trás ainda girando os braços juntamente com os véus, levantei uma das pernas girando os braços pra trás trazendo os tecidos para frente. Novamente repeti o movimento de rodar até parar perto dos véus caídos me agachando um pouco, repousando os dois tecidos sobre os outros levemente rapidamente fui para trás já com os braços levantados.

    A fumaça dos charutos dos senhores de lá já tomava conta do ambiente, as dançarinas também dançavam para eles enquanto que outra abanava com um leque, isso é claro valia apenas para os rapazes que tinham duas dançarinas. O que não era o caso daquele rapaz de cabelos roxos, este estava cercado por várias, passando a mão pelo peito e pelas coxas cobertas pelo tecido, mas este apesar de ter belas moças em volta estava atento a apresentação.

    -Tsc. ?Apenas estalei a língua, despreocupada por alguém ver. Apesar da transparência do véu, ninguém perceberia porque eu estava no palco, longe o suficiente para ter tais expressões.

    Mexi o braço para o lado esquerdo levando junto o quadril, rebolei enquanto levava o braço pra frente passando a mão levemente pelos cabelos dando um pequeno pulo pra trás, andei para o lado com um pequeno rebolado levei as mãos até a mais um dos véus brancos, abri os braços esticando o tecido atrás de mim, o trouxe pra frente rodei pressionando um pouco o salto alto dourado. Repeti os movimentos da coreografia girando para o lado reverso junto com o tecido branco, o abri completamente jogando-o pra trás abri os braços os levantando rebolando os quadris, andando para frente. Levantei uma das pernas sensualmente e girei com o véu perto dos outros caídos rodando para trás e depois pra frente, o pondo sobre cuidado em cima das outras camadas de tecido me levantando enquanto sacudia os ombros.

    Andei para trás enquanto rebolava os quadris, passando as mãos pelos cabelos sensualmente ficando de costas para os rapazes, andei para frente até me aproximar um pouco da parede enquanto segurava meus cabelos castanhos soltando-os sem deixar de rebolar, levantei o véu até retirá-lo, me virei revelando meu rosto finalizando a dança com uma reverência enquanto ouvia o aplauso dos senhores da platéia, recolhi os véus do chão e agradeci mais uma vez saindo do palco.

    -Azura. ?Madame Megurine veio me procurar em seguida. ?Foi uma bela apresentação.

    -Obrigada senhora. ?Agradeci sentando um pouco pra descansar.

    -É bom estar disposta, porque eu tenho um serviço pra você. ?Me avisou a madame. ?As empregadas irão te preparar para servir ao lorde Gakupo.

    -Sim senhora. ?Resolvi não questionar, apesar de saber da reputação de Lorde Gakupo.

    Kamui Gakupo... O demônio de cabelo roxo, só de ouvir esse nome as lembranças ruins me vem a cabeça, lembranças onde toda a minha família é destruída. Por causa desse sujeito, as imagens tão reais como as lágrimas que marejam meus olhos, que não me deixam dormir a noite. Os gritos desesperados, o choro da noite, os últimos em que ouvi de minha irmã.

    Parece ter sido muito recente aquele dia chuvoso, aquela ponte alta de onde eu implorei inutilmente para a minha irmã não se atirar, carregando o filho daquele demônio no ventre. E estava eu ali, pronta pra servir aquele filho de uma puta?Não faço isso porque quero e sim porque eu preciso muito.

    As empregadas tomavam todo cuidado comigo, passando um pano molhado sobre minha pele pra secar o suor da apresentação, a maquiagem era feita novamente e eu era banhada pelo perfume de rosas. Minhas roupas de odalisca foram trocadas por uma nova e escolhida por Madame Megurine, uma de cor vermelha com detalhes pratas e tecido vermelho longo aberto nos lados, meu cabelo estava solto e enfeitados pela tiara prateada, eu me olhava no espelho perguntando a mim mesmo como eu tinha coragem pra fazer tal coisa, mas eu tinha que ter. Mesmo que fosse contra minha consciência.

    -Lorde Gakupo lhe espera. ?Uma das empregadas avisou fazendo sinal para que eu acompanhasse, o salão principal do palácio estava vazio então eu subi as escadas sem encarar os senhores pervertidos, que agarravam as dançarinas ali mesmo. Umas eram prensadas contra a parede e agarradas de maneira mais ousada, continuei a seguir a empregada, o nojo de mim mesma tomava conta da minha mente. ?É aqui.

    Paramos em frente a uma imensa porta de madeira entalhada com detalhes dourados, ela abriu de leve a porta o suficiente para que eu entrasse e o quarto fosse fechado.

    -Por que essa cara?-Lorde Gakupo perguntou me observando, este já estava nu sobre os lençóis. ?Parece que está com medo.

    -Impressão sua. ?Respondi, disfarçando um pouco.

    Não era medo, era ódio.

    -Sei. Não precisava ter trocado de roupa. ?Comentou ele. ?Venha, deite-se aqui comigo.

    -Não.

    -O que?

    -Antes eu quero esquentar um pouco as coisas. ?Dos meus lábios brotou um sorriso. ?Pra tudo ficar perfeito para o Lorde.

    -Pretende me agradar com uma dança?-Logo o mesmo sorriso brotou dos lábios de Lorde Gakupo. ?Você é uma jovem bem interessante, pena não ter nenhuma música aqui.

    -Não precisa de música. ?Com um tecido vermelho que eu havia levado comecei a movimentar juntamente com meus braços e meu corpo. ?Só precisa de mim.

    Os movimentos de meus braços, o rodopiar e o rebolado estavam mais ousados, mais rápidos e mais insinuantes do que a apresentação da dança dos sete véus, esta era a dança do ventre. A dança escolhida especialmente para Lorde Gakupo. O rodopiar do véu enquanto ele era jogado para frente e para trás eu levava o meu corpo me deixando perder nos movimentos, ele apenas observava atentamente, agradar um cara bonito não era fácil. Era um filho da puta, mas era bonito e isso eu não nego.

    -Sabe que você tem razão. ?Continuava ele a observar com um sorriso satisfeito nos lábios. ?Mas faça mais perto, senão eu vou te buscar aí.

    -E por que não vem?-Me virei rebolando de costas girando o tecido. ?Não tem medo que eu fuja?

    -Por que?-Ele me agarrou por trás rapidamente com as mãos em meus quadris, movimentando os dele junto com os meus. ?Você fugiria de mim?

    -Eu estou em seus braços, porque eu fugiria?-Continuei a rebolar, só que dessa vez eu roçava minha bunda no pênis dele, a fim de deixá-lo excitado e o que estava dando certo já sentindo o membro dele duro cutucar, me virei subindo a perna passando-a pela lateral de seu corpo e abaixando-a rapidamente. Lorde Gakupo a levantou rapidamente prendendo-a ali com a mão, mas eu o empurrei disfarçadamente conseguindo me soltar, passando o pé sobre a virilha até chegar ao membro, o fazendo gemer enquanto ele sentia meu pé ali o acariciando daquela maneira.

    Passei o pé sobre o tórax e o pousei no chão, dando um giro soltando o tecido vermelho passando as mãos pelos meus fios castanhos, continuei a rebolar sensualmente enquanto ainda passava as mãos pelo cabelo segurando-o com uma das mãos, a outra passeava pelo meu próprio corpo até o seio o apertando acariciando-o.

    -Q-Quer me deixar louco é? -O olhar desejoso vinha em minha direção, caminhei até as roupas dele tirando a espada da bainha.

    O meu sorriso não foi desfeito, de costas com a espada em mãos me virei para ele ainda rebolando, dei uma rodada em seguida girava a espada na mão enquanto acariciava o cabelo com a outra, passando-a rapidamente para a outra mão levantando e dobrando a perna um pouco batendo fracamente a lâmina em minha coxa levantei a espada, apoiando em meu ombro. Chutei de leve o peito de Lorde Gakupo que caiu na cama e eu fiquei por cima dele o prendendo com as minhas pernas.

    -Finalmente resolveu agir é?

    -Resolvi. ?Respondi, o meu sorriso havia se transformado em uma careta gélida e assustadora. Amarrei um dos véus nos pulsos dele o prendendo na cama.

    -Que brincadeira é essa?-Mesmo com o sorriso dava pra ver por trás a expressão assustada dele.

    -Uma brincadeira nova chamada, vingança. ?Respondi apontando a espada em seu peito.

    Só de olhar aos olhos dele os fantasmas do meu passado me atormentavam novamente, minha mãe morta no incêndio, meu pai fuzilado e minha irmã pulando da ponte. Por carregar o filho desse demônio no ventre, lembranças que não me fizeram medir esforços para voltar atrás. O perfurei com a lâmina fazendo jorrar um jato imenso de sangue que sujou o meu corpo e meu rosto de vermelho carmesim.

    Maldito, ele segurou a lâmina.


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