Road to Nowhere

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 3

    Caso perdido

    Sam e Dean Winchester.

    Pois bem, os irmãos Winchester são filhos de, nada mais nada menos que um dos maiores caçadores de todos os tempos; John Winchester. Sam, o mais novo, é o mais inteligente e, como posso explicar, é diferente das outras pessoas. Sam foi ?poluído? com sangue de demônio quando ainda era um bebê e desde então passou a adquirir um de seus dons; a vidência. Sam tem premonições com a morte das pessoas e pode prever o que vai acontecer de importante com elas mesmo sem conhecê-las. Dean, por outro lado, é o mais velho e mulherengo. A coisa mais importante em sua vida é a segurança de seu irmão, em primeiro lugar. Ele já foi para o inferno algumas vezes e de uma coisa todos tem absoluta certeza; Dean Winchester nunca vai parar de morrer.

    Os dois irmãos perderam a mãe, Mary Winchester, quando ainda crianças em um incêndio suspeito que ocorreu em sua casa. Sete anos atraz, houve a morte de seu pai, John Winchester, foi quando Sam e Dean passaram há levar um pouco mais a sério o lance de ser um hunter.

    Não sabia de todas essas informações sobre eles por que andei bisbilhotando nem por que sou vidente. Sabia por que a vida dos Winchester não é segredo para ninguém que tenha boa audição.

    Os dois trocaram olhares e pela cara que fizeram eu pude ter absoluta certeza; eram mesmo Sam e Dean.

    - Olha só! Os irmãos Winchester em carne e osso na minha frente. ? abaixei a arma e pus a mão na cintura ? Finalmente conheci vocês pessoalmente. Já estava começando a achar que eram apenas mito. ? ri

    Estava muito surpresa de, com tentos caçadores no mundo, fomos cruzar justo com os Winchester!

    - Como assim? ? perguntou Bryan ainda meio confuso ? São mesmo os Winchester? Tipo, ?Os irmãos Winchester??

    Dean olhou um tanto quanto surpreso para Sam, que não conseguiu deixar de retribuir o olhar.

    - Como sabe quem somos? ? Sam, com a arma ainda aposta, deu um passo à frente e parou ao lado de Dean.

    Abri a boca para responder, mas Bryan foi mais rápido.

    - Por que nós somos caçadores assim como vocês. Quer dizer, não tão bons e famosos como...

    Dei um empurrão no braço de Bryan. Apenas forte o suficiente para que ele calasse a boca.

    - Então quer dizer que os ?amigos? de Paul na verdade são caçadores? ? disse Dean. Sua arma também ainda estava aposta, com uma mira certeira para a minha testa.

    - Me responda você essa pergunta.

    Dean e eu ficamos frente a frente nos encarando, enquanto Bryan e Sam apenas olhavam e tentavam compreender o que estava acontecendo ali.

    - Hum! ? pigarreou Bryan tentando chamar a nossa atenção.

    - Okay, garotos, - disse - já podem guardar as armas. ? guardei a minha.

    Sam e Dean olharam para mim ainda meio desconfiados, mas acabaram concordando.

    - Então, vieram investigar o caso de Paul? ? perguntou Sam.

    - Sim.E vocês?

    - Também.

    - Estão indo adiante com a investigação?

    - Bem ...

    Quando Sam ia responder, Dean o interrompeu.

    - Será que vocês nos dão licença um pouquinho?

    - Claro. - concordei.

    Eles se afastaram.

    Por Sam Winchester:

    Dean puxou-me para longe deles e quando achou que já estávamos a uma distância razoável, começou então a falar.

    - Você está maluco Sam?! ? lá vem o sermão... ? Não podemos confiar neles. A garota me ameaçou!

    - Ah! Como se você também não a tivesse ameaçado! ? cruzei os braços.

    - Está defendendo ela Sam?

    - Não! ? demorei um pouco á responder.

    A verdade é que eu gostei um pouco da garota. Quer dizer, ela tem potencial e é uma ótima caçadora, como não poderia ter gostado? E além do mais, ela desafiou Dean. Essa garota ganhou o meu respeito e admiração.

    - Mas o que é que está acontecendo com você Sammy?

    - Nada Dean! ? respondi, com o tom de voz alterado ? Por que me chamou até aqui?

    - A questão é que não podemos confiar neles!

    - Dean me escuta só um pouco! ? respirei fundo ? Olha, eles tem informações, e é só o que precisamos.

    - Está insinuando que devemos virar ?amigos? deles para obter as informações? ? Dean fez uma cara que dizia ?Que droga Sam!?.

    - Não amigos. Só temos que arrumar um jeito de obter as informações.

    - Algum plano, Sherlock?

    Simplesmente detestava o modo de Dean fazer suas piadinhas sem graça em qualquer ocasião.

    - Apenas confie em mim... Ah! E não diga nada.

    Dean concordou com a cabeça.

    Por Tracy:

    Em questão de minutos os dois estavam de volta a nossa frente.

    - O que vocês acham de passarem no nosso hotel mais tarde? ? perguntou Sam - Podemos trocar uma ideia sobre o caso de Paul.

    O que? Até parece! Sam Winchester convidando outro caçador para entrar no caso em que estão? É claro que não vamos aceitar. Tudo bem que são ?Os Winchester?, mas não aceitamos trocas de informações com outros...

    - Mas é claro!

    ... caçadores.

    - Bryan! ? não consegui me controlar. Quando percebi já havia dito em voz alta.

    Como ele podia! Ir aceitando assim o convite de dois estranhos! E o pior de tudo, dois estranhos que poderiam nos matar!

    Dean deu uma risada um tanto quanto irônica e passou a mão no cabelo.

    - Tudo bem senhorita ?sou boa demais para trocar informações com outros caçadores?. Só estávamos querendo ajudar vocês.

    - E quem disse que precisamos da sua ajuda? ? contra-ataquei ? Afinal ? acrescentei ? estamos sozinhos nesse ramo já há muitos anos e nunca precisamos da ajuda de ninguém para resolver os casos!

    - Ah! Então você acha que sabe mais que a gente?

    - Dean... ? Sam falou enquanto tossia.

    - Acho! ? disse alto-confiante.

    - Aposto que são amadores!

    - Não provoca Dean... ? avisou Sam.

    - 15 anos! ? respondi orgulhosa por ter sido tão seca e grossa com ele.

    Sam pôs a mão no ombro de Dean e olhou fundo em seus olhos.

    - Dean, admita. Você perdeu. Eles já estão no ramo há 15 anos, não são amadores.

    Chamei então Bryan e antes de ir embora me virei para Dean e disse:

    - Se isso serve de consolo, quando eu era menor, me inspirava no pai de vocês como um ?modelo de vida? e sonhava em conhecer pessoalmente a família Winchester. ? houve uma pausa ? Sinto muito pelo que aconteceu com John.

    Os dois abaixaram a cabeça e a balançaram positivamente. Após alguns segundos, Dean então disse:

    - Pois é. ? ele abriu os braços como se fosse dar um abraço em alguém e sorriu ? Aqui estamos. Em carne e osso.

    - Pois é, ? repeti ? mas agora eu cresci, não sou mais uma garotinha e aquele era apenas um sonho de criança.

    Fui até o carro ? que estava há mais ou menos um metro de nós ? e abri a porta. Bryan fez o mesmo.

    - Até outro dia. ? e entrei.

    Sam acenou. Enquanto Dean apenas nos olhava com uma cara confusa.

    Por Dean Winchester:

    O que é que aconteceu agora?! Ela simplesmente se virou e foi embora! Ninguém faz isso comigo, muito menos uma mulher!

    - Valeu aí senhor estraga tudo. ? o empurrei ? ?Apenas confie em mim blábláblá! ? disse o imitando.

    - Ah é assim Dean? Você estraga tudo e depois coloca a culpa em mim?

    - Eu estraguei tudo nada! Foi você quem...

    Sam disse ?Shhhh!? e me interrompeu perguntando:

    - Espera um pouco. O que é aquilo? ? ele apontou para o espaço onde estava o carro da garota ? se é que aquilo pode ser chamada de ?garota?.

    Chegamos mais perto do local e encontramos um cartãozinho escrito ?Motel Rosa do Campo*? e atrás Lexington, Kentucky.

    - Acho que estamos com sorte hoje. ? disse Sam, sorrindo.

    Concordei com a cabeça.

    - Vamos atrás deles então? ? perguntei, ainda não muito animado com a ideia de Sam.

    - Tem outra sugestão? ? houve um silêncio ? Era o que eu imaginava.

    Partimos então para o Baby, - meu carro. Um Chevrolet Impala 67 preto que eu amo mais do que tudo na vida. Mais até que o meu próprio irmão se duvidar - rumo á Lexington..

    * Nome fictício.


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