Sam e Dean Winchester.
Pois bem, os irmãos Winchester são filhos de, nada mais nada menos que um dos maiores caçadores de todos os tempos; John Winchester. Sam, o mais novo, é o mais inteligente e, como posso explicar, é diferente das outras pessoas. Sam foi ?poluído? com sangue de demônio quando ainda era um bebê e desde então passou a adquirir um de seus dons; a vidência. Sam tem premonições com a morte das pessoas e pode prever o que vai acontecer de importante com elas mesmo sem conhecê-las. Dean, por outro lado, é o mais velho e mulherengo. A coisa mais importante em sua vida é a segurança de seu irmão, em primeiro lugar. Ele já foi para o inferno algumas vezes e de uma coisa todos tem absoluta certeza; Dean Winchester nunca vai parar de morrer.
Os dois irmãos perderam a mãe, Mary Winchester, quando ainda crianças em um incêndio suspeito que ocorreu em sua casa. Sete anos atraz, houve a morte de seu pai, John Winchester, foi quando Sam e Dean passaram há levar um pouco mais a sério o lance de ser um hunter.
Não sabia de todas essas informações sobre eles por que andei bisbilhotando nem por que sou vidente. Sabia por que a vida dos Winchester não é segredo para ninguém que tenha boa audição.
Os dois trocaram olhares e pela cara que fizeram eu pude ter absoluta certeza; eram mesmo Sam e Dean.
- Olha só! Os irmãos Winchester em carne e osso na minha frente. ? abaixei a arma e pus a mão na cintura ? Finalmente conheci vocês pessoalmente. Já estava começando a achar que eram apenas mito. ? ri
Estava muito surpresa de, com tentos caçadores no mundo, fomos cruzar justo com os Winchester!
- Como assim? ? perguntou Bryan ainda meio confuso ? São mesmo os Winchester? Tipo, ?Os irmãos Winchester??
Dean olhou um tanto quanto surpreso para Sam, que não conseguiu deixar de retribuir o olhar.
- Como sabe quem somos? ? Sam, com a arma ainda aposta, deu um passo à frente e parou ao lado de Dean.
Abri a boca para responder, mas Bryan foi mais rápido.
- Por que nós somos caçadores assim como vocês. Quer dizer, não tão bons e famosos como...
Dei um empurrão no braço de Bryan. Apenas forte o suficiente para que ele calasse a boca.
- Então quer dizer que os ?amigos? de Paul na verdade são caçadores? ? disse Dean. Sua arma também ainda estava aposta, com uma mira certeira para a minha testa.
- Me responda você essa pergunta.
Dean e eu ficamos frente a frente nos encarando, enquanto Bryan e Sam apenas olhavam e tentavam compreender o que estava acontecendo ali.
- Hum! ? pigarreou Bryan tentando chamar a nossa atenção.
- Okay, garotos, - disse - já podem guardar as armas. ? guardei a minha.
Sam e Dean olharam para mim ainda meio desconfiados, mas acabaram concordando.
- Então, vieram investigar o caso de Paul? ? perguntou Sam.
- Sim.E vocês?
- Também.
- Estão indo adiante com a investigação?
- Bem ...
Quando Sam ia responder, Dean o interrompeu.
- Será que vocês nos dão licença um pouquinho?
- Claro. - concordei.
Eles se afastaram.
Por Sam Winchester:
Dean puxou-me para longe deles e quando achou que já estávamos a uma distância razoável, começou então a falar.
- Você está maluco Sam?! ? lá vem o sermão... ? Não podemos confiar neles. A garota me ameaçou!
- Ah! Como se você também não a tivesse ameaçado! ? cruzei os braços.
- Está defendendo ela Sam?
- Não! ? demorei um pouco á responder.
A verdade é que eu gostei um pouco da garota. Quer dizer, ela tem potencial e é uma ótima caçadora, como não poderia ter gostado? E além do mais, ela desafiou Dean. Essa garota ganhou o meu respeito e admiração.
- Mas o que é que está acontecendo com você Sammy?
- Nada Dean! ? respondi, com o tom de voz alterado ? Por que me chamou até aqui?
- A questão é que não podemos confiar neles!
- Dean me escuta só um pouco! ? respirei fundo ? Olha, eles tem informações, e é só o que precisamos.
- Está insinuando que devemos virar ?amigos? deles para obter as informações? ? Dean fez uma cara que dizia ?Que droga Sam!?.
- Não amigos. Só temos que arrumar um jeito de obter as informações.
- Algum plano, Sherlock?
Simplesmente detestava o modo de Dean fazer suas piadinhas sem graça em qualquer ocasião.
- Apenas confie em mim... Ah! E não diga nada.
Dean concordou com a cabeça.
Por Tracy:
Em questão de minutos os dois estavam de volta a nossa frente.
- O que vocês acham de passarem no nosso hotel mais tarde? ? perguntou Sam - Podemos trocar uma ideia sobre o caso de Paul.
O que? Até parece! Sam Winchester convidando outro caçador para entrar no caso em que estão? É claro que não vamos aceitar. Tudo bem que são ?Os Winchester?, mas não aceitamos trocas de informações com outros...
- Mas é claro!
... caçadores.
- Bryan! ? não consegui me controlar. Quando percebi já havia dito em voz alta.
Como ele podia! Ir aceitando assim o convite de dois estranhos! E o pior de tudo, dois estranhos que poderiam nos matar!
Dean deu uma risada um tanto quanto irônica e passou a mão no cabelo.
- Tudo bem senhorita ?sou boa demais para trocar informações com outros caçadores?. Só estávamos querendo ajudar vocês.
- E quem disse que precisamos da sua ajuda? ? contra-ataquei ? Afinal ? acrescentei ? estamos sozinhos nesse ramo já há muitos anos e nunca precisamos da ajuda de ninguém para resolver os casos!
- Ah! Então você acha que sabe mais que a gente?
- Dean... ? Sam falou enquanto tossia.
- Acho! ? disse alto-confiante.
- Aposto que são amadores!
- Não provoca Dean... ? avisou Sam.
- 15 anos! ? respondi orgulhosa por ter sido tão seca e grossa com ele.
Sam pôs a mão no ombro de Dean e olhou fundo em seus olhos.
- Dean, admita. Você perdeu. Eles já estão no ramo há 15 anos, não são amadores.
Chamei então Bryan e antes de ir embora me virei para Dean e disse:
- Se isso serve de consolo, quando eu era menor, me inspirava no pai de vocês como um ?modelo de vida? e sonhava em conhecer pessoalmente a família Winchester. ? houve uma pausa ? Sinto muito pelo que aconteceu com John.
Os dois abaixaram a cabeça e a balançaram positivamente. Após alguns segundos, Dean então disse:
- Pois é. ? ele abriu os braços como se fosse dar um abraço em alguém e sorriu ? Aqui estamos. Em carne e osso.
- Pois é, ? repeti ? mas agora eu cresci, não sou mais uma garotinha e aquele era apenas um sonho de criança.
Fui até o carro ? que estava há mais ou menos um metro de nós ? e abri a porta. Bryan fez o mesmo.
- Até outro dia. ? e entrei.
Sam acenou. Enquanto Dean apenas nos olhava com uma cara confusa.
Por Dean Winchester:
O que é que aconteceu agora?! Ela simplesmente se virou e foi embora! Ninguém faz isso comigo, muito menos uma mulher!
- Valeu aí senhor estraga tudo. ? o empurrei ? ?Apenas confie em mim blábláblá! ? disse o imitando.
- Ah é assim Dean? Você estraga tudo e depois coloca a culpa em mim?
- Eu estraguei tudo nada! Foi você quem...
Sam disse ?Shhhh!? e me interrompeu perguntando:
- Espera um pouco. O que é aquilo? ? ele apontou para o espaço onde estava o carro da garota ? se é que aquilo pode ser chamada de ?garota?.
Chegamos mais perto do local e encontramos um cartãozinho escrito ?Motel Rosa do Campo*? e atrás Lexington, Kentucky.
- Acho que estamos com sorte hoje. ? disse Sam, sorrindo.
Concordei com a cabeça.
- Vamos atrás deles então? ? perguntei, ainda não muito animado com a ideia de Sam.
- Tem outra sugestão? ? houve um silêncio ? Era o que eu imaginava.
Partimos então para o Baby, - meu carro. Um Chevrolet Impala 67 preto que eu amo mais do que tudo na vida. Mais até que o meu próprio irmão se duvidar - rumo á Lexington..
* Nome fictício.