Esse causo que lhes contarei a seguir é veridico:
"Meu tio Antônio conta que uma vez ele foi trabalhar para o cunhado dele, Seu Valdir, numa fazenda dele lá pras bandas de Tomé-açu. Nessa fazenda havia um casal de trabalhadores japoneses com seus filhos japinhas. (Meu tio - assim como eu - é leigo em japonês, ou seja, não sabe nada de nada ¬¬").
Com mais ou menos uns 2 meses trabalhando lá, o Seu Valdir e meu tio Antônio foram convidados pelo japa pra almoçar (só o japa entre todos da família sabia português) na casa deles...
Eles chegaram perto do meio-dia. Foram convidados à sentarem-se na sala pelo anfitrião pra esperar o almoço aprontar, a japa estava preparando o almoço na cozinha, e as crianças japas estavam brincando no quarto. De repente um japinha sai do quarto chorando e gritando:
- Kaa-chan!!! Buáá!! Kaa-chan!!! Buáá!!!
O japa foi ver o que tinha acontecido... E eles (Antônio e Valdir) ficaram só observando e ouvindo todo acontecimento na casa sem falar nada...
Passada meia hora depois do acontecido o almoço estava pronto e a mesa estava servida. A japa chamou o marido e ele por sua vez foi chamar meu tio e Seu Valdir pra se sentar à mesa para o almoço.
Quando meu tio chegou à mesa, olha a surpresa: Ao invés de colher, garfo e faca havia dois ?pauzinhos?... Que situação.
Bom até aí nada de interessante...
Eles se sentaram e o japa disse para eles se servirem.
Todos se serviram e começaram a comer, menos meu tio. No começo ele ficou observando pra ver como era essa arte de comer com os ?pauzinhos? (risos). Ele olhou, olhou, olhou... E resolveu tentar comer com os ?pauzinhos?. Toda vez que ele pegava a comida para levar à boca ela caia dos ?pauzinhos?. Ele ficou nessa luta por uns três minutos e já tava bem aborrecido... (também pudera ô coisa difícil é comer com os ?pauzinhos? *risos*)
Antônio já desesperado de fome e impaciente se virou pra japa e pediu:
- Dona "Catiene"... A senhora poderia me dar uma colher?
A japa arregalou os olhos (essa é uma história verídica, meio estranha, mas é verdade)
O japa e o seu Valdir ficaram ¬¬" ... Depois caíram na gargalhada... Meu tio ficou envergonhado, pois não sabia o que estava acontecendo. O que ele havia dito de tão engraçado?
Quando seu Valdir se recuperou do acesso de riso ele explicou :
- O nome dela não é "Catiene". *risos*
Antônio - *risos* Então por que os filhos dela ficaram a chamando de "Catiene"!?
O japa - No meu pais é uma maneira de se chamar pela mãe de forma carinhosa!
Titio ficou ¬¬" sem saber o que dizer:
- ...*Risos* - E começou a rir junto.
E o almoço...? Ah! Sei lá... Depois dessa nem quiseram mais comer.
Bom galera essa foi uma das histórias das andanças do tio Antônio pelo meu Pará.
Quando ouvi pela primeira vez quase que não paro de rir. *risos*
Espero que tenham gostado, porque eu adorei... *risos*