Re-descobrindo um Amor

-Kagome?? Kagome, acorda, Kagome!!! ? Disse Inuyasha, enquanto subia a escadaria do templo veloz, e fazendo um grande barulho, acordando todos, fazendo-os ir até a sala, ver o que houve.

-Inuyasha, o que... O que houve com a Kagome??? ? Disse a mãe de Kagome, desesperada com a visão da filha desmaiada.

-Ela desmaiou, no meio do caminho quando estávamos voltando. O que devo fazer?

-Leve-a ao hospital! Inuyasha, onde você a visitava quando ela estava muito mal. A torre, do relógio! ? Dizia Souta, preocupado com a irmã.

-A torre... ? Inuyasha rapidamente se lembrou onde ficava o hospital. Saiu do templo como um raio, e num instante, já estava no hospital. Um pouco depois, chegaram a mãe, o avô de Kagome e Souta.

-Cadê a Kagome, Inuyasha? ? Disse Souta que foi até Inuyasha, que estava sentado num banco.

-Foi para aquele quarto. Aquele homem disse que faria um tal de exame... ? Inuyasha estava soando. Alguns minutos depois, o médico que havia atendido Kagome da primeira vez viera falar com eles.

-Bom, parece que ela teve uma recaída... Pelo o que Inuyasha me descreveu, ela tem tido os flashs de memória, não é?

-Sim, e são muitos. ? Disse a senhora Higurashi.

-E são muito seguidos?

-Sim, ela tem muitas lembranças, e as lembranças quase sempre fazem ela parar completamente o que estava fazendo. Como se fosse um curto. ? Disse o avô de Kagome.

-Ela devia estar muito confusa. Inuyasha, quantas vezes você presenciou isso?

-Umas sete vezes.. É...

-Kagome está se lembrando de tudo rápido demais. Minha expectativa fosse de que ela não lembrasse de nem ¼ de seu passado. Isso nunca aconteceu antes. O que vocês devem fazer e retardar um pouco esse procedimento. Ela não pode se lembrar de tantas coisas em um período tão curto de tempo. Ela pode acabar rejeitando vocês ou até desenvolver alguma doença mais grave. Tomem cuidado... Inuyasha, ela está te esperando. - Inuyasha foi em disparada até o quarto em que Kagome se encontrava entrou e fechou a porta. Ela estava tomando soro.

-Acho que não foi o seu melhor aniversário... ? Disse Inuyasha se aproximando da cama onde ela se encontrava.

-Não, foi o melhor! Apesar de me lembrar vagamente dos outros, esse foi o melhor de todos! ? Disse Kagome forçando um sorriso. Inuyasha percebeu que ela estava angustiada com alguma coisa. Sem pensar, perguntou...

-Kagome, tem alguma coisa que queira falar?

-Bom... Na verdade, sim...

-Pode falar.

-Sabe, quando aquele garoto, tal de Kougra se apresentou, e você ficou... Não sei bem o que houve com você, parecia ciúmes. ? Aquilo enrubecera Inuyasha.

-Bom.. Er...

-E então, vieram imagens na minha cabeça, nós, uma raposinha, uma garota e um... monge... Então apareceu do nada, um garoto com roupas de lobo e ele era exatamente igual ao tal Kougra. Ele fez a mesma coisa comigo quando se apresentou, mas você entrou na minha frente, começou a xingá-lo, e os dois brigavam...

-Você... se lembra? ? Disse Inuyasha em voz baixa, mas não o bastante para Kagome deixar de ouvir.

-Então... É verdade? Tudo que eu vi aquela hora, tudo envolvido com você... É verdade? ? Agora as coisas ficaram meio críticas. Inuyasha não sabia o que fazer. Se seguia os conselhos do médico, ou se contava tudo sobre ele. Não queria deixar Kagome sem saber de nada, mas se ela soubesse, talvez a perderia. Esse era um risco que não queria correr.

-Kagome... Olha, tudo tem seu tempo, certo? No tempo certo, você vai saber o que foi isso. Talvez tenha sido... Só imaginação... ? Disse Inuyasha, indignado de Ter que mentir para Kagome, que no momento estava confusa e prejudicada. Alguns minutos depois, o médico entra na sala. Todos os familiares de Kagome ficam ali um pouco, até umas duas da manhã, depois vão embora. Inuyasha passou a noite com Kagome. Ele havia chegado com Kagome no templo, quando ela desmaiou mais ou menos meia-noite. No outro dia, Kagome já estava bem melhor, e saiu do hospital no fim da tarde. Eles estavam em casa, tranqüilos, na sala, mas algumas imagens que vieram a mente de Kagome no dia anterior ainda a assombravam.

-Inuyasha... Você já teve alguém?

-Como?

-Alguém... Que amasse... ? Perguntou ela, desanimada, temia saber a resposta.

-Sim. Eu a amei por muito tempo, mas agora não amo mais. Agora eu amo outra pessoa.

-Quem é ela? A que você ama agora? ? Inuyasha ficou sem resposta.

-...

-Tudo bem, não precisa me dizer. Eu vou descansar um pouco. ? Disse ela, indo em direção ao seu quarto. Algumas horas depois que todos foram dormir, Inuyasha fora o que restou na casa acordado. Resolveu ir dormir. Foi sem fazer o mínimo barulho, para não acordar ninguém. Quando entrou no quarto, sentiu um forte cheiro de lágrimas. Kagome havia chorado até dormir. Se encontrava segurando um porta retrato. Inuyasha pegou o objeto e o olhou com surpresa. Era uma foto dos dois, juntos, na outra era. Kagome em suas costas, segurando suas orelhinhas, e ele de cara emburrada. Mas por que razão Kagome havia chorado? Será que foi por causa de...

-Kikyou... Maldição, ela se lembrou da Kikyou... ? Ele apenas se deitou no seu colchão, que Kagome havia arrumado e dormiu, preocupado.

No dia seguinte, Kagome estava meio abatida. Todos perguntavam se ela estava bem. Estava, mas o sonho que tinha toda noite, desde que voltara para casa, estava a atormentando mais do que o normal. Sonhara com o de sempre, estava se despedindo de Inuyasha, mas logo após de ir embora, ele aparecia se beijando com outra, uma garota extremamente parecida com ela, e que guardava um grande rancor dentro de si. Aquele sonho lhe perturbava agora. Tinha medo de que Inuyasha não a amasse. Mas porque tinha medo disso? Não sentia nada por ele... Nada... Ele era apenas um lindo garoto de cabelos prateados, olhos cor de âmbar, tinha orelhinhas kawwai, um pouco reclamão, mas porém, carinhoso e ciúmento. Ele era realmente... Perfeito...

-Kagome? Kagome, está me ouvindo? ? O avô de Kagome a gritava de perto do telefone, vendo que ela novamente "entrara em curto".

-Sim vovô?

-O que houve? Parecia mal.

-Nada... Não houve nada... ? Sim, estava amando... e justamente Inuyasha. Porque ele? Porque não outro? Tinha que ser ele... Mas ela tinha que esquecê-lo. Não podia continuar com aquilo por muito tempo...

-Mamãe, vou sair! ? Ela terminou de lavar a louça, colocou uma roupa qualquer e já ia descer as escadas do templo, mas foi empedida.

-Onde você vai sozinha? Está mal, você voltou pra casa ontem! ? Disse Inuyasha, a segurando pelo braço.

-Vou organizar as idéias... Me deixa ir, Inuyasha! ? Disse ela arrancando a mão de Inuyasha de seu braço, e descendo as escadas do templo rapidamente.

-Mas Kagome...

-ME DEIXA! ? Disse ela correndo, em direção a praça principal. Aquela ação deixou Inuyasha amargurado, incerto. Tinha que segui-la. Ele seguiu o cheiro dela, mas uma hora acabou se perdendo, pois se confundiu, até re-encontrar o cheiro de Kagome. Mas naquela hora, ele não acreditou no que estava vendo. Ela e o tal desconhecido, tal de Kougra, se beijando. Ele imediatamente, pensou em ir lá, mas depois, ele se lembrou, de quantas vezes Kagome já havia flagrado ele e Kikyou. O quanto ele a despontara. Mas no dia anterior, ela mesma disse várias coisas daquele sujeito... Foi embora, fazendo um pouco de barulho.

 

-O que acha que está fazendo? Você é retardado ou o que? Me agarrar e me beijar a força?

-Mas você gostou, pode dizer!

-Seu idiota, não bastou o que eu lhe disse ontem? Olha, deve ser por isso que nenhuma garota gosta de você! Além de arrogante e metido, você ainda é cabeça-oca! Quer um conselho? Seja mais gentil, e deixe de ser metido! Quem sabe assim, realmente, alguma garota se apaixone por você! ? Disse Kagome, correndo e deixando Kougra para trás, tocado com todas aquelas palavras. Ela voltou ao templo, não conseguiria mais ficar na rua, e além disso, já estava escurecendo e tinha que se desculpar com Inuyasha pelo modo como o tratou naquela tarde. Ela olhou no jardim, mas ele não estava lá. Subiu e o encontrou no quarto, encostado numa parede, olhando para um chaveiro da Shikon, com semblante triste.

-Inuyasha, olha, eu queria me desculpar por Ter gritado com você hoje, antes de sair, eu...

-Você não é mais a antiga Kagome... Ela nunca mais vai voltar... Ela se foi, naquele dia em que me deixou, no momento em que pulou no poço... Aquele maldito poço...

-O que?

-Você nunca mais vai ser a mesma... Aquela Kagome... A minha Kagome... ? Dizia ele, sem o seu brilho nos olhos, olhando pro nada.

-Inuyasha, eu sou Kagome, lembra? Que história é essa de...

-Não, você não e aquela Kagome... Nunca será...

-Mas Inuyasha... ? Kagome estava se assustando.

-A Kagome que eu conhecia já se foi... A muito tempo... Ela não vai voltar... ? Kagome se lembrou, que quando foi agarrada por Kouga, um tempinho depois ouviu um barulho.

-Então você....

-Eu vi, Kagome... Você se esqueceu completamente de mim...

-Não, Inuyasha, aquilo não... Eu não fiz por querer... Ele chegou e me agarrou.

-Você se lembrou apenas dos outros... Eu fiquei pra trás...

-Não, Inuyasha... ? Kagome havia se ajoelhado em frente a Inuyasha, que estava como alguém sem alma, como se tivessem arrancado a vontade de viver dele.

-Você se esqueceu...

-Inuyasha...

-Você esqueceu de mim...

-Inuyasha, me ouve!

-Você não se lem... ? Inuyasha não terminou a frase, pois Kagome o calou com um beijo. Um beijo terno e carinhoso, que fez Inuyasha acordar de seu desespero. Ele respondeu, e aprofundou mais o beijo. Nenhum dos dois saiu do quarto novamente aquela noite.