Arrumei as malas apressado. A cada muda de roupa um sentimento diferente. Não parecia estar acontecendo o mesmo com Sophie. Ela estava banhada em tristeza. O namorado é um criminoso? Quem se importava? Eu havia sonhado que fui despedaçado e até aí nada me dava mais calafrios. Swat receberia uma nova chance? Ótimo estava louco para interrogá- lo.
Depois da demorada e tediosa arrumação corri para o chalé de Poseidon. Quíron havia errado, haviam três campistas contando com Swat. Sophie ficou refletindo. Abri a porta. Não havia nada. Apenas escuridão. Vasculhei as coisas de Swat e encontrei uma carta, sem remetente ou mesmo destinatário. E também um rolo de pergaminho. No chalé Sophie até havia mencionado algo sobre pergaminhos mas pensei que Swat havia devolvido a Quíron. O safado fugiu? O destino não me deu tempo para ler a carta, quando um estrondo oviu- se, próximo. Guardei a carta e o rolo no bolso, grande o bastante.
Corri para o meu chalé. O barulho originava- se dele. Tudo que encontrei foi mais e mais escuridão. Mas havia algo estranho. Como uma rachadura na madeira do meu lado. Pressionei minha mão sobre o chão e uma fenda surgiu. Levantei- me. Aquilo era estranho. Águas do que parecia um rio corriam, calmas. Ouvi um rangido da porta de abrindo. Fechou- se logo depois com um estrondo que me fez caí. Eu já era. O rio Estige provavelmente me derreteria. Fechei os olhos aguardando o fim, não só de minha vida, como de minha existência. Senti uma dor no nariz misturada com um cheiro de terra úmida. Mas o que??
***
Me surpreendi. O garoto de Poseidon, Swat conseguira suspender o rio sem se cansar.
? Pena que não salvei minhas calças- disse- Nem a carta, nem o pergaminho...
? Tudo bem- Swat falava em um tom tranquilizador.
? NÃO ESTA NADA BEM!- berrei de repente- chegou a hora de esclarecer algumas coisas...