Acordei, o chalé de Hades sombrio como sempre.
O ar doce e úmido me tranquilizava e resolvi não levantar. Gotas escorriam por minha face tornando tudo mais calmo. Logo, minha cama estava ensopada. Impossível. O chalé não tinha janelas. Durante todo o dia ficava coberto por escuridão. O quarto era apenas iluminado por uma vela.
Olhei para o lado à procura de consolo. A porta pelo qual se acessava a ala feminina do chalé estava fechada. O porque da divisão não sabia, já que apenas eu e minha irmã habitávamos o chalé. Sophie, era seu nome, mais nova que eu, porém bem mais esperta.
Passei os olhos pelo quarto. Um livro estava em uma cômoda ao lado de minha cama. Os de terror sempre foram meus favoritos. Livro era o que não faltava na imensa estante do meu quarto.
Tentei permanecer calmo. Era apenas um quebra cabeça a ser montado. O teto sumiu. As paredes pegavam fogo... Das órbitas da caveira que pendia da porta ( típico de Hades) saltava fumaça laranja... Estava bêbado ou oque?!
Levantei- me agilmente. Cambaleando. Aquela fumaça me induzia a um estado sonolento. Escorreguei e bati a cara no chão. Minha testa sangrava. Arrastei- me tentando respirar o que estava bem difícil. A porta explodiu repentinamente a minha frente, me enchendo de ferpas. A caveira agora segura a minha mão Parecia me encarar. Tonto, deslizei pelo meu sangue e bati a nuca no chão.
Como se tudo não bastasse uma fenda se abriu sob o chão e caí planando por segundos. Os acontecimentos irreais me deixavam lúcido aos poucos. Senti minha cabeça explodir em meio a sangue.
Novamente acordado, desta vez livre do pesadelo horripilante estava em uma posição nada confortável. Um filho de Morfeu punha a mão sobre minha cabeça. Minha irmã estava amarrada a meu lado.