Kikyou, eu preciso ficar um pouco sozinho, por favor, entenda que eu amo você, mas Kagome significou muito para mim ? Inu Yasha andava á passos largos, se afastando rapidamente de uma confusa Kikyou.
Vá Inu Yasha, vá, não tenho outra opção mesmo, terei de esperar você meu hanyou. ? Kikyou deu meia volta e voltou ao vilarejo, percebeu que estava com fome, agora ela era humana, voltaria a desfrutar dos prazeres que pertenciam ao humanos.
Inu Yasha caminhou e entrou na densa floresta, começou a caminhar para esfriar a cabeça e poder aceitar que Kagome havia o abandonado de vez, mas algo em seu peito fez ele voltar ao poço e tentar passar, porem quando ele tenta atravessar, percebe que a passagem fechou, e se ele não conseguiu, significava que Kagome também não, ela estaria em algum lugar, provavelmente esperando por ele e ele saiu correndo de volta em direção á floresta. Correu rápido, por horas, chegando no meio da floresta, percebeu que havia um cheiro fraco da Kagome, ela estivera ali, era só seguir.
Correu seguindo o cheiro dela, mas subitamente o cheiro desapareceu, como se ela desaparecesse, caiu desolado, depois de um tempo se obrigou a voltar para o vilarejo, teria que voltar a procurá-la, mas não agora, teria que voltar para Kikyou, que de repente aquele grande amor pareceu enfraquecer.
Kagome abriu seus olhos lentamente, estava quente e aconchegada, aquela cama macia era tudo que precisava... Kagome levantou em um pulo, como ela poderia estar em uma cama macia se ela estava na floresta? Olhou em volta que notou que estava em um grande quarto ricamente decorado. Notou também que vestia um kimono de seda, e tinha mais alguns em uma poltrona de frente para a cama, levantou-se e quando chegou até a porta, ouviu uma batida.
P-pode entrar... ? Ela estava assustada, quando uma senhora youkai entrou em seu quarto.
Kagome-sama deseja banhar-se? ? Ela parecia bondosa, e segurava um grande balde com água quente.
Ah.. sim, por favor... ? Ela seguiu a senhora ao banheiro, que era enorme e tinha uma grande banheira banhada a ouro no centro.
Como sabe meu nome, e aonde estou? ? Kagome falou enquanto se despia.
Kagome-sama se encontra no castelo de Seshoumaru-sama, ele encontrou-a desmaiada em uma floresta, e a trouxe para esse castelo, pediu que nós cuidássemos de você, minha criança. ? Ela passava um pano com água morna pelas costas de Kagome, enquanto Kagome banhava-se na grande banheira. Mas ao escutar o nome do meio-irmão de Inu Yasha, Kagome levanta-se abruptamente.
O que? O Sesshoumaru me salvou? Ele não odeia humanos? ? Kagome estava atônita, e não podia entender o que acontecia.
Odiava, mas o coração puro da menina Rin o mudou, ele é um youkai impassível, mas muito tolerável com tudo á sua volta. Irei me retirar senhora, Sesshoumaru-sama te aguarda no salão principal. - A senhora youkai retirou-se do quarto e Kagome se secou, ao entrar no quarto novamente, foi escolher um kimono para se vestir, se sentiu constrangida, todos os kimonos eram tão finos e pareciam ser tão caros, Kagome pegou o mais simples, e com a ajuda de uma serva, foi ao salão principal.
Sesshoumaru-sama! Sesshoumaru-sama! ? Gritada uma alegre garotinha no centro do salão.
O que foi, Rin? ? Sesshoumaru estava lá, impassível e imponente como sempre, sentado de olhos fechados.
Rin quer ir colher flores para aquela moça, para alegrá-la! Rin pode ir ao jardim? ? A garotinha começou a pular ansiosamente.
Vá, Rin! ? Sesshoumaru levantou e abriu a porta para a garotinha, quando este virou os olhos para Kagome.
Se sente bem, miko? ? Ele caminhava em sua direção, e Kagome sentiu as pernas ficarem tremulas.
S-sim, obrigada, Seshoumaru. ? Kagome não sabia de onde surgiu forças para falar, e com a aproximação de Sesshoumaru, ela deu um passo involuntário para traz.
Não irei te machucar, miko, onde esteve o imprestável do meu meio-irmão, que não te protegeu? ? Seshoumaru guiou Kagome para os fútons.
Kagome permaneceu quieta, estava prestes á abrir seu coração, seu precioso baú do tesouro para o youkai que desde que o conheceu, tenta matar Inu Yasha, mas seus pensamentos foram cortados por Seshoumaru.
Conte-me miko, quem sabe poderei ajudá-la. ? Sesshoumaru sentou-se ao lado de Kagome, ela nunca esteve tão perto desse temível youkai, e a ultima vez que eles se encontraram foi na temível batalha final, que antes dessa começar, Sesshoumaru tentou matar Inu Yasha.
Kagome contou, contou tudo, desde quando percebera que amava o hanyou, até o momento que ela descobre que apenas era uma substituta, uma simples detectora de fragmentos que perdeu o lugar quando Kikyou começou os acompanhar, e que já não podia mais voltar para sua Era.
Seshoumaru escutava tudo, ele sequer piscou, estava atento e seus olhos permaneciam frios, não demonstrou nenhuma emoção quando Kagome chorou, apenas esperou esta terminar e se acalmar. Kagome terminou de contar e abaixou a cabeça esperando suas lagrimas terminarem de escapar, não queria olhar para Sesshoumaru, mas este segurou a face da garota e ergueu-a, fazendo ela olhar diretamente nos olhos dele.
Miko, você não deseja mais voltar ao Inu Yasha, este Seshoumaru está correto? ?
Eu nunca mais quero vê-lo, nem que eu morra, eu não quero vê-lo. ? Kagome estava amargurada, e antes que outras lagrimas pudessem brotar, Seshoumaru solta-a e passa seu braço pelo corpo da garota e a traz mais próxima a si.
Miko, assim como Rin, você ira morar aqui nesse castelo comigo, seu quarto será ao lado do meu, caso precise de algo, você será minha protegida e minha aprendiz, ajudarei á aumentar seu poder. ? Terminando de falar, simplesmente levantou e saiu, ao chegar na porta, este vira-se e encara Kagome.
Agora vá, descanse, coma algo, e poderá apreciar sua casa, amanha quero te encontrar aqui nesse salão para podermos começar o seu treinamento. ? Virou-se e saiu, deixando uma Kagome atônita sentada no fúton.
Kagome levantou-se e foi conhecer o castelo, pensando em tudo que aconteceu, sentindo saudades da família, que ela nunca mais veria, sentindo raiva do Inu Yasha, e sentindo algo pelo Seshoumaru que ela não sabia explicar, quando sua mão tocou seu rosto, sentiu a pele fria em contraste com sua pele quente, e sentiu um fogo arder onde suas peles se encontraram.
Chegou ao jardim, e encontrou a pequena Rin deitada na grama olhando as nuvens.
Rin ergueu-se e quando notou que Kagome a olhava com um doce sorriso, abriu um sorriso grande e correu para abraçá-la.