Naoko no shi

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    Capítulo 3

    Despedida

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Suicídio, Violência

    "Era um fim de tarde e o tempo da saída estava para bater, o tempo estava nublado com as nuvens bem escuras. Havia alguém atrás das árvores do pátio, estava usando um sobretudo cinza com um capuz que mal dava para ver seu rosto, se apoiava com uma das mãos na árvore e estava de luvas pretas também. Ao prestar mais atenção percebia-se que ele ou ela estava com uma máscara... Uma máscara de palhaço? Sim, mas não era um palhaço qualquer, ele não era agradável. Era uma máscara horrível e demoníaca. Então vocês devem ter uma ideia de quem seja... Era o meu assassino."

    - Então... É ela. - Dizia o assassino olhando para a janela da enfermaria - Qual o nome dela? Onde ela vive? Como ela soube do Caso Naoko e por que se interessou? - O assassino perguntava

    - O nome dela é Aiko Nakami, foi transferida há pouco tempo pois seu pai veio para cá por causa do trabalho, só tem pai pois a mãe morreu logo que ela nasceu, mora a duas quadras daqui, soube do caso porque ouviu duas meninas conversando sobre e se interessou porque gosta de mistérios. - Uma voz estranha falava. Era meio grossa e rouca lembrava-me de alguém do submundo

    - Obrigado Korumu! - Agradecia o assassino ainda concentrado na janela da enfermaria.

    - Por nada mestre - Korumu concordava com a cabeça

    "Korumu era um shinigami. Ele tinha corpo de gente... Quero dizer... Apenas dois braços e duas pernas. Era todo vermelho e laranja da cor de fogo. Tinha grandes chifres nas laterais de sua cabeça, tinha duas asas grandes de dragão, era forte, tinha garras gigantes nas mãos, presas pequenas na boca porém assustadoras, olhos amarelos e na pupila não era um círculo como o normal, era uma cruz do anti-cristo. Preso na cabeça, tinha uma espécie de cruz cravada em sua carne. Em volta de seu tronco e membros haviam correntes que terminavam em sua costa que na ponta tinham duas foices. Vivia andando com o assassino, por isso o assassino era tão bem informado. Todas as pessoas que o assassino mata imediatamente têm suas almas ceifadas por Korumu. Bom, ele ceifou minha alma também."

    "Enquanto isso na enfermaria Aiko acordava na maca com bastante dor de cabeça."

    - Aiko, você deve tomar cuidado com o assassino. Ele é bem informado e matou alguém da sua escola como aviso... - Eu estava tentando ajudar, estava no corpo da enfermeira.

    "Eu disse que não conseguia escapar do submundo, certo? Mas na verdade tem algumas condições que dá para escapar por alguns minutos. E uma delas é quando uma pessoa está fraca espiritualmente. Uma alma do purgatório pode dominar a pessoa, mas ao contrário das outras almas que fazem isso para o mal, eu só queria ajudar Aiko. Por sorte a enfermeira da escola estava fraca em uma hora conveniente para mim, então não perdi a oportunidade."

    - O que? Do que você está falando enfermeira? - Aiko dizia meio sentada na maca, com os olhos fechados e com a mão direita mexendo na cabeça pois ainda estava com bastante dor.

    "O tempo passou muito rápido e eu só pude dizer aquilo, espero que tenha ajudado."

    - Enfermeira? - Aiko abriu os olhos e a enfermeira estava pegando alguns medicamentos - O que você disse? - Aiko perguntou confusa

    - Nada Senhorita Nakami, está se sentindo bem? A última coisa que eu falei foi que já havia comunicado seu pai de sua situação. Ele já deve estar chegando então vou para o outro compartimento para não atrapalhar vocês. - A enfermeira dizia já indo embora

    - Que estranho... Mas eu tenho certeza do que ouvi. - Aiko pensava

    "Enquanto isso seu pai estava chegando na frente do colégio e Korumu avistou-o e falou para o seu mestre:"

    - Mestre, preciso voltar para o submundo agora, tenho uns assuntos para resolver. - Dizia Korumu com um sorriso para o lado de ironia.

    - Vá Korumu, eu já vou embora daqui a pouco e nos encontramos depois. - O assassino dizia sem mesmo olhar para trás.

    "Então Korumu sumiu e apareceu atrás do pai de Aiko que estava entrando na emfermaria. Korumu o acompanhou, estava voando de braços cruzados."

    - Filha! Você já está bem? - Senhor Nakami entrava rapidamente com preocupação.

    - Estou sim pai - Aiko já sorria

    - Seu tempo está acabando Senhor Nakami. Você tem algumas horas de vida. Aproveite hahaha - Korumu dizia no ouvido de Senhor Nakami e dava aquela risada maléfica.

    "Senhor Nakami não podia ver o shinigami, mas podia ouvir sua voz. Perdeu o ar e ficou em estado de choque."

    - Pai, você está bem? - Aiko perguntou percebendo a rápida mudança de humor do pai.

    - Estou sim minha filha. Aliás, sabe o que eu acho que seria bom? Um jantar em família! Eu e você... Hoje à noite para comemorar sua recuperação. - Senhor Nakami sentia sua vida indo embora e queria aproveitar as últimas horas com a filha

    - Ah... Mas pai, eu só desmaiei. - Aiko estava surpresa e achando estranho a atitude do pai, geralmente ele não ligaria muito para esse tipo de coisa de família.

    - Mas temos que aproveitar né filha... Nunca se sabe o dia de amanhã. - Senhor Nakami dizia meio nervoso

    - Credo pai, você falando assim até parece que são seus últimos dia na terra. - Aiko começou a rir pois não sabia de que se tratava de um fato.

    "Então, depois de algumas horas, Aiko e seu pai já estavam em casa. Aiko estava descansando no quarto enquanto seu pai preparava o jantar."

    - Ai ai, nada de bom para assistir na tv... - Aiko trocava de canal quando viu uma reportagem sobre o assassinato de Yuri.

    - O jovem chamado Yuri Takameda foi encontrado esquartejado ontem à noite em uma rua perto de onde morava. Seu rosto só foi identificado nessa manhã do dia 15 de Agosto. Alguns estão dizendo que nunca mais em 17 anos ocorreram mortes brutais desse tipo... - A reportagem continuava enquanto Nakami pensava

    - Em 17 anos... Agora tudo faz sentido! O que eu pesquisei ontem, a morte de Naoko de 1979, há 17 anos atrás... A morte brutal de Yuri... O que a enfermeira me disse... - Agora tudo fazia sentido para Aiko, as peças se encaixavam lentamente - Então o assassino é burro... Nunca mais ouvia-se falar de mortes assim... É da natureza dele mortes trágicas... Logo eu iria desconfiar que seria o mesmo assassino de Naoko... Mas pensando bem, ele pode ter feito de propósito para ser um aviso como a enfermeira disse - Aiko pensava sozinha em seu quarto quando seu pai interrompeu seus pensamentos.

    - Aiko! O jantar está pronto, desça e venha comer! - O pai de Aiko chamava.

    "Então Aiko desceu as escadas e viu a mesa de jantar, estava linda como nunca, tudo estava impecável e as comidas pareciam delicosas."

    - Nossa pai, você... Isso aqui está perfeito! Não precisava. - Aiko falava surpresa e emocionada, nem acreditava que aquilo tudo era só para ela.

    - Você gostou? Gostou mesmo? - O pai tentava agradar a filha ao máximo.

    - Claro pai, obrigada - Dizia Aiko, enquanto abraçava o pai.

    - Por nada filha. - O pai segurava as lágrimas enquanto abraçava a filha. - Agora vamos comer. - O pai puxava Aiko para a mesa pois não queria perder tempo até porque já tinha pouco.

    "Então sentaram, se serviram e começaram a comer e conversar."

    - Filha, sei que você deve se sentir meio sozinha... Eu tenho sido um pai muito ausente... Mas eu queria trabalhar para te dar um vida melhor... Mas vi que isso não adiantaria se você se sentisse sozinha. Sabe filha, é difícil para mim também. Desde que sua mãe morreu, eu me esforço ao máximo para te agradar e não deixar faltar nada, mas percebi que eu deixava faltar o amor e esse não se compra. - O pai falava cabisbaixo enquanto olhava para o prato cheio de comida.... Já perdera a fome.

    - Tudo bem pai, eu sei de tudo isso... Não precisa se culpar tanto. - Aiko esticava o braço sobre a mesa para alcançar a mão de seu pai.

    "Então Korumu aparece atrás do pai de Aiko e começa a rir."

    - Aproveite Senhor Nakami, aproveite. Seu tempo está acabando... Só tem mais poucas horas de vida. - Korumu estava sussurrando no ouvido de pai de Aiko enquanto estava de braços cruzados e rindo.

    - Aiko, eu amo você e nunca se esqueça disso. - O pai de aiko dizia desesperado.

    - Tudo bem pai, eu também amo você - Aiko foi abraçar o pai ao mesmo tempo que achava estranha aquela conversa tão de repente.

    "O jantar continuava mesmo depois daquele clima ruim... E a hora do Senhor Nakami estava para chegar..."


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