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Ele me beijou, CREDO eu estava beijando meu irmão?! Eu realmente não acreditava no que estava fazendo, claro ele não era meu irmão de sangue mas... como eu cheguei a esse ponto, e eu estava lá ele segurava meus pulsos, eu tentava desviar, e logo ele chegou mais perto, eu não podia acreditar que estava acontecendo, que diabos, não é que ele beijava bem! Depois eu estava mais calma, ele soltou meus pulsos, acabei me deixando levar, quando dei por mim já estava correspondendo ao beijo dele, sua mão desceu sobre minha cintura a outra sobre minha nuca, depois que percebi o que eu estava fazendo, eu o empurrei com força e desci as escadas correndo, ele não tentou me parar, corri até a floresta, pensei em ir para o lago, mas ele saberia que eu estava lá, fui então para uma clareira perto da cachoeira, chegando ao topo da cachoeira, eu simplesmente me joguei o impacto na água criou algumas ondas e eu não lutei para voltar a superfície, eu fui afundando, não havia barulho nem vozes, e estava escuro com o tempo nublado ficava mais escuro ainda, eu me odiava por ter feito as besteiras que fiz, mas ali não havia pressão, barulho, será que morrer era assim?! É tão mais fácil do que permanecer viva.
A queimação no meu peito começou a me incomodar, eu necessitava de ar, ignorei minha mente e apenas afundei apesar de conseguir ficar muito tempo sem ar, eu também respirava afinal de contas meu pai era humano, eu tinha necessidades como os tais, a inconciência me rodeou e acabei perdendo completamente a consciência.
Acordei na minha cama, ao meu lado estava a Sam, será que eu estava morta?
_Sam? - Eu disse meio desconfiada.
_Mary, oh que bom que você acordou. - Fiquei sem entender.
_O.. que você está fazendo aqui? - Eu disse meio tonta.
_Na verdade eu queria fazer uma surpresa, mas você, que acabou pregando uma em mim. - Ela disse pausadamente.
Depois que falei com você no telefone fiquei preocupada e decidi vir correndo, digo não exatamente correndo fui para o aeroporto comprei uma passagem e vim o mais rápido, seu irmão me disse que você tinha ido em direção a floresta, lembrei da pulseira que temos, lembra aquela de amigas, então apenas fui seguindo com ela quando eu ia chegando mais perto a pedra brilhava.
_Eu havia me esquecido deveria ter tirado ela quando saí. - Eu disse olhando seriamente para ela.
_Você está louca?! O que aconteceu?
_Ele não contou?
_Quem e o quê? - Ele deveria estar com vergonha do que fez.
_O Gustavo, me beijou.
_Hã?
_Pois é - Contei a ela tudo, até que havia correspondido.
_Mary você não teve culpa, mas que diabos deu nele, que estranho ele é...tipo seu irmão.
_Eu sei Sam eu não quero vê-lo.
_Eu quero ir embora.
_Mary pense direito, sua tia ficaria chateada.
_Aqui e não fico mais, ele passou dos limites.
_Ok ok fique calma você ainda está fraca.
_Sam eu não quero vê-lo por favor fique aqui comigo.
_Ok Mary. - Logo depois o telefone tocou, pedi que a Sam atendesse.
_Alô.
_A Mary está?
_Sim, quem deseja?
_É a Amanda - Sam tampou o telefone e disse que era Amanda.
_Pode me passar.
_Amanda? O que foi? - Perguntei.
_Por que você não foi?
_Eu tive um problema.
_Entendo. - Ela disse duvidando.
_Mas você vai amanhã, para a escola? - Ela disse finalmente.
_Eu não sei.
_Nossa é tão grave assim?!
_Um pouco.
_Então se você for, te conto o que rolou na festa.
_Ok Amanda, agora tenho que desligar.
_Ok tchau, Mary.
_Tchau.
Eu realmente não sabia o que fazer, eu estava confusa.
_Você vai para minha casa?- Sam me perguntou.
_Eu não queria ir assim, parece que fiz algo errado, minha vida está uma bagunça.
_Mary eu vou ficar aqui, até que você decida.
_Agradeço Sam.
_Ele tem que valer o esforço. - Ela disse com uma espressão vazia, olhando para o chão.
_Quem?
_Esse humano, ah Mary qual é ele tem que ser bonito, você está se ferrando toda por causa dele, espero que ele...
_Ai Sam, não fale besteira.
_Mary pensa, você já fez muita burrada, já que está no fundo do poço vai até o fim agora! - Olhei para ela com descrença, ela estava louca, mas vindo de Sam, tudo era possível.
_UAL que bela amiga você é: poço, ferrada, burrada, você faz qualquer um se sentir como um dos dançarinos do triller. - Eu disse zombando dela.
_Ah, admita eu estou certa.- Eu não respondi, apenas a olhei, era tão irritante ela estar certa.
_Que diabos Mary, pegue o telefone, e ligue pra ele. - Ela tirou o telefone do gancho e passou para mim.
_Você está fazendo isso pra me animar?!
_Talvez, você gosta dele não é?! Você passou anos sem ninguém, está na hora de viver não acha?!- Logo me levantei em um pulo.
_Vai ligar?- ela me perguntou.
_Não sei, Sam deixa eu pensar tá?!
_Ok.
_Aliás amanhã ele vai para a escola. - Eu disse.
_Ele, e mais uns quinhentos alunos né?!
_Nossa como você é alto astral!- Eu disse sendo sarcastica.
_Só digo a verdade.- Ela rebateu minha resposta.
_É acho que, eu é que não estava preparada, para ouvir a verdade - Eu admiti, vendo que sam estava com razão.
Fiquei no quarto umas duas horas conversando com a Sam, eu estava com tanta saudade dela, acho que o Gustavo não estava em casa, minha tia devia estar na cidade e provavelmente já devia saber de tudo.