Kakashi... Minha Tentação

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 19

    Não tenha medo

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    - Preciso desligar... - Dessa vez o tom de voz dele estava diferente, mais sério e ríspido... e eu podia jurar que ouvira uma voz feminina de fundo. - Depois a gente conversa.

    - Kakashi... o que está acontecendo? Quem tá aí? - Eu estava a ponto de explodir. Não, não, não... ele não teria coragem de fazer isso comigo. Ele ficou em silêncio. - Kakashi?!... Kakashi?!... - Ele não respondeu. - Se você ainda estiver me ouvindo... me esquece!!! - Gritei. Sem me importar se dessa vez alguém ouviria. Depois disso não voltei a dormir pelo que pareceu um longo tempo.

    ***S2***

    Cap 19

    Não foram dias muito bons. Digo isso por que mal falei com o Kakashi... Na verdade, eu não falei com ele nenhum dia, dessas duas semanas que passou. E não foi por que ele não me ligou... ele fez isso todos os dias, fui eu que não atendi a nenhuma das ligações. Ainda estou com muita raiva dele. Aquela voz de mulher que ouvi do outro lado da linha... me enfurece toda vez que lembro disso. Só quero ver qual será a explicação dele, para isso.

    Mas a noticia boa é que passei na prova. É, eu sei, foi um milagre. Não foi a nota mais alta da classe, mas também não foi a mais baixa. Tudo graças ao meu melhor amigo e milagre, Itachi. Não deixou de ir um dia na minha casa, para me ajudar. Um verdadeiro príncipe. Passamos essas duas semanas juntos... nos tornamos quase que inseparáveis.

    Fomos a piscina quase todos os dias... só deixamos de ir nos dias que choveu. Mas não deixávamos de nos ver nos dias de chuva... muito pelo contrario, nesses dias, ficávamos na minha casa ou na dele, assistindo filme, jogando vídeo-game, contando um pouco da vida de cada um.

    Ele me disse que uma vez, mandou fazer uma identidade falsa dele só pra entrar numa boate. Mas acabou sendo descoberto mesmo antes de entrar no local. Voltou para casa dentro do carro da policia. Os pais dele o deixou de castigo seis meses. Também com aquela cara de bebê fofo, quem vai acreditar que ele tem mais de 18 anos? Aquele ali só tem corpo de homem. E que corpo. Ele me deu a ideia de fazer a mesma coisa... meu Kami, já foi uma tortura duas semanas de castigo, imagine seis meses. Falei para ele que estava bem, curtindo só dentro de casa.

    Mas não ficamos só dentro de casa, não. Passeamos no shopping, pela cidade... Ele me mostrou os lugares que mais gosta e que frequenta todo final de semana, inclusive a boate que ele tentou entrar, mas só vimos pelo lado de fora. Todos os lugares shows. Ele também me ensinou a andar de Skate, eu caí demais, me ralei inteira, ainda estou com uns arranhões, nas pernas e nos braços. Mais o importante foi que me divertir e aprendi. Conheci a galera dele, que por sinal é muito louca. Todos pensaram que éramos namorados. Se eu não namorasse o irmão dele, quem sabe.

    Por falar em namorados, hoje é o dia. 14 de fevereiro, sábado, Valentine's Day. O bom disso é que dormir até tarde. Só levantei, por que não aguentava mais ficar deitada, nem as cortinas escuras que eu coloquei no quarto, davam conta de impedir que a claridade do sol entrasse. Fui tomar um banho, bem demorado, para poder acordar de vez. Quando saí, demorei quase 1 hora para escolher a roupa. Nem sei por que demorei tanto, meu namorado não ia estar aqui mesmo.

    Então peguei um vestido verde água básico e vesti. E calcei minha sapatilha preta, penteie o cabelo, joguei a toalha dentro do cesto de roupa suja e saí do quarto. Quando cheguei na cozinha, para tomar café, não encontrei uma alma viva, e em nenhum lugar da casa. Dias dos namorados, lembrei a mim mesma.

    Quem é que fica em casa, numa data dessas? Só quem não tem namorado, no meu caso eu tenho, só que agora ele está lá do outro lado do mundo. Sabe-se lá com quem. Que raiva! Acabei perdendo a fome ao pensar nisso. Ficar sozinha em pleno sábado, é foda. Todo mundo tinha saído para comemorar esse dia. Até o Itachi deve ter aceitado o convite da menina do terceiro ano... por que até agora ele não apareceu.

    Eu preciso confessar que senti uma pontada de ciúmes, quando ele me contou... mas o que eu posso fazer? Ele é livre e desimpedido. E eu quero que ele seja feliz, tanto quanto eu.

    Olhei para o relógio da cozinha, já eram duas horas da tarde. Como não tinha nada para fazer dentro de casa, e não tinha mesmo, resolvi sair para dar uma volta pelo condomínio. Quem sabe eu não encontrava alguém nas mesmas condições que eu. Sozinha. Assim que passei pela porta e me virei para seguir meu caminho, quase tive um ataque do coração. Fechei os olhos bem apertados e os abri em seguida, visualizando bem a imagem à minha frente.

    Levei a mão até o peito, meu coração pareceu querer saltar para fora, quando o vi, encostado naquela moto vermelha reluzente. Fiquei parada em frente da porta da minha casa por longos minutos, até me dar conta de que aquilo era real. Eu desviei meu olhar do dele... eu não queria chorar, eu não queria dar um passo se quer na direção dele... eu só queria voltar para dentro da minha casa e me trancar no meu quarto.

    Mas acabei fazendo tudo ao contrário. Me derramei em lágrimas ao encontrar com o olhar dele, e pior ainda, saí correndo na direção dele, e entrelacei meus braços em seu pescoço. Era maravilhoso sentir o cheiro dele, seus braços em torno da minha cintura, me apertando contra seu corpo quente.

    Essas duas semanas pareceram séculos longe dele. Abri a boca para falar, mais acabei engasgando com as palavras. Queria xingá-lo de tudo quanto é nome, dizer o quanto eu estava com raiva dele, que até cogitei em terminar com ele. Mas tudo o que eu disse, foi... - Senti sua falta, tentação. - Minha voz falhou, saiu baixa demais, eu gaguejei.

    - Não precisa mais chorar. Eu tô aqui. - Ele disse, enquanto acariciava minhas costas. Eu não sei o que me deu, só sei que me soltei dos braços dele e saí andando em direção a minha casa. A raiva tinha voltado. Acabei me lembrando da voz, que tinha ouvido quando ele me ligou naquela noite. - Mari não faz isso. - Percebi que ele estava vindo atrás de mim.

    Eu parei no meio do caminho e me virei para olhá-lo. Eu tremia de tanta raiva. - Você diz que não preciso mais chorar?! Não preciso mais chorar, Kakashi?! Como não?! - Eu gritava com ele. - Você viaja, não me avisa, fico sabendo por terceiros... me liga de madrugada, como se nada tivesse acontecido... de repente fica mudo no telefone, me deixando falar sozinha. E pede pra mim não chorar?! É brincadeira mesmo. - Eu desembestei a falar que nem uma doida.

    Mas eu precisava fazer isso, dizer tudo que estava entalado na minha garganta. Semanas que eu não consegui dormir em paz, por causa dele. Ele mantinha a cabeça baixa como se não encontrasse argumentos para justificar tudo que eu estava falando. Eu fechei os olhos e respirei fundo. Dei as costas novamente para ele e entrei para casa, e ele novamente me seguiu, entrando comigo.

    - Mari... é complicado. - Ele disse, e se aproximou de mim com a mão erguida para tocar meu rosto. Mas eu não deixei, segurei o braço dele e o afastei de mim. - Não faz isso, pequena.

    - Eu fiquei péssima, Kakashi. - Eu disse. Me escorei na parede, e soltei um longo suspiro.

    - Péssima, Mari? Tem certeza?! - O tom de voz dele, tinha acabado de mudar. Ficou mais sério, frio. Me perguntei por que ele estava falando assim. Fiquei encarando-o, esperando que ele continuasse. - Acho que você estava muito bem... bem não... ocupada por que não atendeu nenhuma das minhas ligações. E toda vez que eu ligava aqui na sua casa, sua mãe, seu pai, o Naruto, diziam que você tinha saído com o Itachi. Acho que você não ficou tão péssima assim.

    Eu balancei a cabeça completamente indignada com o que ele tinha acabado de falar. O que ele imaginou que eu estivesse fazendo com o Itachi? - Você não tem o direito de falar de mim. Eu e o seu irmão somos amigos. Você sabe muito bem disso. Nunca rolou, e nunca vai rolar nada entre nós dois. E você, Kakashi, não pode falar nada de mim... Quem era a vadia que estava com você lá no Japão? - O semblante dele mudou na hora. Como se tivesse sido pego de surpresa... sim, ele estava surpreso. E sim, tinha alguém com ele. Eu comecei a chorar novamente e a gritar com ele. - Vai embora, Kakashi!! Vai embora!! Some da minha vida!!! - Eu sentei no sofá e me perguntei por quê tudo isso estava acontecendo. Achei que ia ser mais feliz quando mudasse para cá. Mas parecia que estava dando tudo errado. Primeiro descubro que meu namorado está envolvido em alguma coisa muita perigosa e que não pode me contar. Meu pai trabalha numa das maiores empresas dos EUA, ganha muito bem, mais corre risco de vida estando lá dentro.

    - Eu não vou embora, Mari... Eu não posso viver longe de você. - Ele disse enquanto caminhava, devagar, até o sofá. Sentou do meu lado, cauteloso. Senti sua mão acariciar meu cabelo, e depois seus braços me envolveram. Ele roçou a ponta do nariz na minha bochecha, cheirando-me. Me arrepiei da cabeça aos pés com o toque dele. - Como eu senti falta do seu cheiro, do seu corpo, da sua voz, dos seus olhos azuis... - Eu olhei para ele, e tinha estampado em seu rosto aquele sorriso de canto perfeito... eu não resistir e sorri para ele também. - ... desse seu olhar de menina inocente... mas que de inocente não tem nada, não é? - Eu não conseguia parar de olhar para a boca dele, enquanto ele falava. E me odiava por isso, por que eu não conseguia ficar zangada com ele por muito tempo.

    Foi aí que eu lembrei, que não tinha beijado ele ainda. Era um total desperdício de tempo, ficar discutindo... sendo que agora eu podia estar me deliciando com os beijos de tirar o folego dele. Não perdi mais tempo, sentei no colo dele, de frente para ele, entrelacei meus braços em seu pescoço e o beijei. Ele colocou as mãos no meu bumbum e levantou, rapidamente, prendi as pernas na cintura dele.

    Ele seguiu em direção a escada e subiu. Entrou no meu quarto e, comigo ainda no colo, trancou a porta. - Você não vai me soltar? - Perguntei.

    - Não. Esqueceu que você é minha prisioneira? - Ele disse.

    - Não, não esqueci. - Como poderia me esquecer. Eu tinha cada segundo, de cada momento que passamos juntos, guardados em minha mente. - Quem era ela? - Perguntei. Eu não consegui deixar de ficar triste ao perguntar. Não era o meu jeito, agir assim, tão tranquilamente. Mas eu não queria mais brigar com ele. Eu só queria uma resposta e que ele não me escondesse mais nada.

    - Era só a secretária do meu tio. - Ele disse. - Ele me pediu que eu não ligasse pra ninguém enquanto estivéssemos em reunião. E bem na hora que eu estava falando com você, eles entraram na sala. - Acho que eu nunca me daria bem com o tio dele, Fugaku Uchiha. Sentia calafrios só de pensar no nome dele.

    - Achei que você estivesse me traindo. - Eu disse, mas mantendo um semblante sereno e calma. Tentando levar na brincadeira.

    - Eu nunca te trairia, pequena. - Fiquei olhando para ele, que nem uma boba. Eu ainda não acreditava que merecia tanta sorte... eu tinha o namorado mais perfeito de todos, apesar dos segredos obscuros dele. - Ah... esqueci. Eu trouxe algo do Japão para você. - Ele disse, acordando-me de meus devaneios.

    - E o que é?! - Perguntei, curiosa e ansiosa, para saber logo o que era. Ele colocou uma mão dentro do bolso da calça, não sei como ele conseguia me segurar só com uma mão, e tirou de dentro uma caixinha vermelha de veludo. Comecei a rir que nem uma boba, já imaginado o que podia ser. Mas não me entusiasmei demais, poderia ser só uma correntinha ou uma pulseira.

    Ele não disse nada, eu também fiquei em silêncio. Ele caminhou até a cama e sentou, em seguida abriu a caixinha. Meus olhos se enxeram de lágrimas, ao constatar que era mesmo o que eu estava pensando. Um par de alianças prateadas, lindas. Levei a mão até a boca, que com certeza sairia um grito, se eu não tivesse feito isso. - Você gostou? - Eu o abracei tão forte, que ele caiu na cama. - Vou considerar isso como um "sim". - Ele disse, retribuindo o abraço.

    Só depois de quase matar ele, sufocado, de tanto abraçar, que fui olhar as alianças melhor. - São perfeitas. - Eu disse, chorando. Eu olhei para ele e pousei uma das mãos em seu rosto. - Eu não sabia que era possível amar alguém, assim, tão rápido. - Ele passou o dorso da mão em meu rosto, enxugando minhas lágrimas, em seguida beijou-me na testa. - Eu olho para os meus pais e vejo o quanto eles se amam... antes eu me perguntava se um dia eu também encontraria alguém para amar dessa maneira... Acabei encontrando mais cedo do que eu esperava. - Ele me olhava fascinado. Seus olhos até brilhavam, era como se fosse a primeira vez que ele ouvia isso.

    - Eu também pensava da mesma forma. Eu te amo, pequena. - Eu sorri. Eu me sentia a garota mais feliz do mundo. Dei um selinho nele, e saltei da cama indo em direção a porta da sacada. Abri e fiz como todas as vezes, fiquei ali, parada, por uns dez minutos com os olhos fechados... eu considerava isso como um ritual, me relaxava. Senti ele me abraçar pela costas e apoiar o queixo na minha cabeça. Mais uma vez abri a caixinha das alianças e as tirei de dentro. Tinha até nossos nomes gravados, ainda por cima em japonês. Ele me soltou e se escorou na grade da sacada. Entreguei minha aliança para ele e estendi minha mão direita. Ele a colocou e depois beijou. Copiei os movimentos dele. - Agora estamos oficialmente compromissados. - Ele disse, com aquele sorriso torto lindo no rosto. Me derreti inteira.

    - Agora só falta o beijo, tentação.

    - É verdade. - Ele pousou a mão na minha cintura e me puxou, colando-me ao corpo dele, segurou firme na minha nuca e me beijou. Nossos lábios se moviam, rápido, de uma lado para o outro. Em alguns momentos, durante o beijo, ele mordia meu lábio inferior como se quisesse devorá-lo. Assim que o beijo cessou, me apoiei na grade ao lado dele, eu estava com a respiração acelerada, ofegante. Olhei para ele... que me olhava de canto de olho. - Desacostumou com meus beijos, foi?

    - É claro que não seu bobo. - Eu disse e voltei para dentro do quarto. Ele me seguiu. - O que vamos fazer hoje? - Perguntei.

    - Bom, a gente pode sair ou... - Ele fez uma pausa, enquanto vinha na minha direção com um sorriso para lá de malicioso. - ... ou podemos ficar aqui... - Ele me abraçou e encostou a boca de leve no meu ouvido. - ... fazendo amor. - Eu senti todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

    Eu não sabia como ia dizer para ele, que eu não estava afim de fazer amor. Eu não queria mágoa-lo, haviam duas semanas que não nos víamos, e eu podia imaginar o quanto ele queria. - Amor, eu... hoje eu queria ficar quietinha com você... assistindo, ouvindo musica conversando. Você vai ficar bravo comigo?

    - É claro que não meu amor. Então eu só vou em casa rapidinho e já volto. - Antes que ele desse um passo até a porta, eu pulei na frente dele.

    - Não. Você não sai daqui hoje. - Eu tinha medo que ele saísse e não voltasse mais. - Fica aqui. Dormi comigo hoje. Não vai embora. Eu não quero ficar mais nenhum minuto longe de você.

    - Mas e seus pais, Mari? - Tinha me esquecido disso. Mais eu daria um jeito. Ele não ia sair da minha casa hoje.

    - Você não sai daqui hoje. - Eu disse auto e claro. Meu sorriso ia de orelha a orelha. Mas para mim ficar ainda mais feliz eu só precisava ouvir que ele ficaria.

    Ele me fitava, meio duvidoso. Depois de longos minutos ele falou. - Eu fico. Qualquer coisa pra ver esse seu sorriso lindo.

    Ficamos a tarde toda dentro do meu quarto. Só saí para pegar algumas coisas para comermos e bebermos. Dei muita risada com as piadas sem graças dele. Nos divertimos bastante. Só teve um momento não muito agradável, que ele contou como os pais dele morreram. Foi muita crueldade, e por uma coisa tão banal. Foi a primeira vez que o vi chorando. Eu não conseguia imaginar o quanto ele sofria, e o quanto doí perder os pais. Eu sabia que não poderia preencher o vazio que ele sentia com essa perda... Mas eu faria de tudo para fazê-lo feliz. Ele sempre teria a mim. Não ficamos muito tempo nesse assunto. - Porquê esses machucados nos seus braços e nas suas pernas? - Ele perguntou.

    Eu fiquei muda por um tempo, sem saber o que responder. Mas não mentiria. - Foi andando de Skate com seu irmão. - Esperei pela bronca. Mas o que eu ouvi foi bem diferente.

    - Dá próxima vez tenta não se machucar tanto. - Eu ri. Fiquei aliviada por ele não brigar comigo, eu queria que ele entendesse, que apesar de eu achar o Itachi lindo, uma pessoa super legal, um ótimo amigo, não aconteceria nada entre a gente. Era só amizade e seria assim mesmo que não ficássemos juntos. - Tem outra coisa diferente em você também. - Ele disse.

    - Deve ser o meu cabelo. Eu cortei. Você gostou? - Fiz uma carinha de sugestão. Ele me olhava avaliando.

    - Ficou linda. Só não quero que você pinte de outra cor ou deixe muito curto.

    - Pode deixar, amor. Eu gosto da cor do meu cabelo. - Conversamos mais um pouco, depois eu fui até o quarto do Naruto pegar uma roupa dele para o Kakashi. Ia ficar pequena mais era melhor que ele não amassasse a que ele estava. Só que ele não quis, preferiu ficar sem camisa e de samba canção. Eu gostei. Só precisava me segurar... resistir na verdade. Ele deitou na minha cama, e ficou assistindo tevê. E eu fiquei paralisada, observando ele.

    - Vem deitar comigo, amor. - Deitei ao lado dele, e o abracei o mais forte que pude.

    Assim que deu umas seis e meia o Naruto chegou. Ele nem deu importância quando eu falei que o Kakashi ia dormir em casa. Só me alertou para tomar cuidado, para o meu pai e minha mãe não descobrirem. Quando estava perto das oito horas eu desci para esperar meus pais. Não demorou muito e eles chegaram. Meu pai entrou em casa carregando minha mãe no colo. Me assustei, percebi que minha mãe estava pálida e com o rosto abatido. - O que aconteceu, otou-san? - Perguntei. Meu pai a colocou deitada no sofá, e se ajoelhou ao lado dela.

    - Não foi nada, querida. - Ele disse. - Sua mãe só passou mal.

    - Então precisamos levar ela no médico. - Eu me ajoelhei ao lado do meu pai, e fiquei acariciando o rosto da minha mãe.

    - O que a mamãe tem? - Naruto perguntou, assim que entrou na sala. - Okaa-san, você tá pálida.

    - Por que você passou mal? - Perguntei.

    Eles olhava para mim e para o Naruto, um tanto apreensivos. Não entendi muito bem, aqueles olhares, só pedia a Kami que minha mãe não estivesse com nada de grave. - Crianças... temos uma notícia para dar a vocês. - Minha mãe disse. Eu e o Naruto nos olhamos, tensos.

    - Que noticia? - Falamos ao mesmo tempo, e voltamos o olhar para os nossos pais.

    Kakashi Pov's On...

    Eu continuei deitado, depois que ela saiu. Eu não suportava mais mentir para ela. Mas eu tinha prometido ao meu tio, que não contaria nada a ela. Se eu quisesse protege-la teria que continuar escondendo quem realmente eu era. Eu vi o jeito que ela ficou quando contei da morte dos meus pais, detalhadamente.

    Imagine se eu contasse o que eu fazia. Minha decisão estava tomada, jamais contaria a ela sobre mim. Ela já tinha a resposta da pergunta que ela me fez um dia... Se eu era um assassino, mercenário, justiceiro... É, eu estava encaixado em todas essas categorias.

    Cruzei os braços atrás da cabeça. Minha mente fervilhava, eu não tinha certeza se conseguiria manter meu segredo guardado por muito tempo. A Mari era esperta, aquele dia que ela rasgou o poster do meu guarda roupa, não tenho dúvidas de que ela estava procurando alguma coisa... e minha carteira também estava remexida, como o as gavetas da comoda. Ela suspeitava de alguma coisa. Mas eu teria que deixar a situação assim, por enquanto.

    Um dia ela me questionaria, e quando esse dia chegar... vou ter que estar preparado para quebrar a promessa que fiz ao meu tio e sofrer as consequências desse ato. Dane-se, eu não me importava com mais nada disso. Meu único objetivo agora é pegar o assassino dos meus pais e proteger minha pequena.

    E era nisso que eu tentava me apegar, no dia que ela descobrisse a verdade... eu diria que tudo que fiz foi para protege-la.

    Ouvi três batidas na porta... combinamos que quando ela voltasse faria isso. Ela entrou com uma bandeja na mão e a colocou em cima da escrivaninha, ela olhou para mim e não pude deixar de notar que minha pequena estava chorando. Saí da cama e a abracei. - Que foi meu amor? Por que você está chorando? - Perguntei, preocupado. Afastei ela alguns centímetro de mim e ergui o queixo dele para olhá-la.

    - Você não vai acreditar. - Ela disse. Logo me veio a mente que os pais dela descobriram que eu estava aqui. Eu estava ferrado. - Minha mãe... - Continuei em silêncio ela abriu a boca, então deixei que continuasse. - ... Minha mãe tá grávida! - Ela sorria. Soltei um suspiro de alivio. Então não era lágrimas de tristezas e sim de alegria. - Kakashi eu vou ter um irmãozinho.

    - Que bom, meu amor. Achei que você estava chorando de tristeza.

    - Não... é de alegria mesmo. Só que... - Ela coçou a testa, pensativa. - ... minha mãe teve algumas complicações na gravidez do Naruto. Ele acabou nascendo prematuro e ficou muito tempo no hospital. Por causa dessas complicações os médicos disseram que ela não poderia ter mais filhos, por que ela poderia correr os mesmos riscos, e o bebê também. - Ela começou a chorar mais. - Mas eu sei que Kami vai cuidar do meu nii-chan e ele vai nascer lindo e saudável.

    - Não fica pensando nessas coisas, pequena. Vai ficar tudo bem. Você vai ver, daqui alguns meses ele vai estar correndo por essa casa, e mexendo nas suas coisas e te enchendo que nem o Naruto faz. - Eu a beijei e pude contemplar o sorriso mais lindo de todos. - O que você trouxe pra gente comer?

    - Pizza. - Ela disse. Comemos, quer dizer, eu comi, ela mal tocou na pizza. Ela devia estar mesmo preocupada. Eu tinha que fazer algo para ela esquecer um pouco isso, eu não tinha ideia do que faria... mas surgiria alguma ideia. Não gostava nenhum um pouco de vê-la triste. Quando deu umas 23:00 horas, ela entrou no banheiro e começou a tirar a roupa. Santo Deus... precisava me controlar. Ela parou na porta e olhou para mim. - Você não vem?! - Ela perguntou. Incapaz de dizer alguma coisa, eu apenas levantei da cama e tirei minha samba canção. Não tinha como me controlar, não.

    Entramos debaixo do chuveiro juntos. Meu membro começou a tomar forma e ela, é claro, percebeu. Minha pequena não disse nada, apenas ficou na ponta dos pés e me beijou. Ela arranhava minhas costas, e seus seios roçavam no meu peitoral. Não, não tinha como resistir. A agarrei pela cintura e a peguei no colo. Ela gargalhou, parecia se deliciar com aquilo. E eu ficava satisfeito em vê-la assim. - Mari, eu não vou aguentar. - Ela enroscou os dedos em meu cabelo, em seguida mordeu a ponta da minha orelha. - Pequena, você me chama de tentação... mas a tentação aqui é você. - Eu não ia aguentar, a intimidade dela estava muito próxima do meu membro, quase se tocando, e eu podia sentir o quão quente ela estava.

    - Eu quero. - Ela disse bem baixinho no meu ouvido. Era o que eu precisava ouvir. Endireitei ela no meu colo e a penetrei bem devagar. Senti ela morder o meu ombro quando enfim a penetrei por completo. O gemido dela saiu baixo e abafado. - Ahhh... Que delicia amor. - Eu que o diga, não tinha coisa melhor que fazer amor com ela. Me apoiei na parede, para ficar mais confortável. Não era uma posição nada fácil, mas que era gostosa, isso era.

    - Olha pra mim, amor. - Ela olhou, e encostou a testa na minha. As expressões que ela fazia me deixavam ainda mais louco. Ela não escondia o prazer que sentia, e muito menos sentia vergonha disso. O olhar dela, nessas horas ficavam ainda mais intenso, e isso me instigava. E para me provocar ainda mais, ela tirou uma das mãos do meu cabelo e levou até a própria intimidade, e sem pudor algum começou a se masturbar. - Mari, Mari, desse jeito eu...

    - Não, aguenta mais um pouco. - Ela disse, me interrompendo. Fechei os olhos e respirei fundo. Acho que dava para aguentar mais alguns minutinhos. Comecei a penetrá-la mais rápido. E ela se masturbava no mesmo ritmo. - Ka... Ka-kashi... Ahhhh... mais rá-rápido ainnn... - Os gemidos dela fazia meu tesão aumentar ainda mais. Não dava mais.

    - M... Ma-ri, eu vou... - Antes mesmo de terminar de falar eu gozei. Minha respiração estava mais descompassada que a dela. Deitei a cabeça no ombro da minha pequena e deixei que a água quente caísse nas minhas costas. Aquilo era prazeroso demais. Meu membro ainda latejava dentro dela. Fui tirando ele aos poucos, até isso era bom. Desci ela do meu colo, e novamente me apoiei na parede. - Cansei. - Eu disse. Ela começou a rir da minha cara.

    - Háhá... nem parece o meu Kakashi da ultima vez que transamos. - Impossível de esquecer. Disse coisas para ela nada puritanas. Mas entre quatro paredes vale tanto dizer, como fazer de tudo.

    - Não é isso, pequena. É que eu estou cansado mesmo. Não foi uma viagem nada fácil. - Ela me olhou com uma carinha triste. Eu acariciei o rosto dela e disse que estava tudo bem. Saí do Japão brigado com o meu tio. Ainda não era o dia de voltarmos, mais eu não ia passar o dia dos namorados longe dela. Estou sem dormir três dias diretos. Acho que a hora que eu deitar na cama dela para dormir mesmo, acordo só na segunda.

    Assim que terminamos nosso banho, saímos para fora do box e nos enrolamos nas toalhas. Ela só colocou uma calcinha e o roupão, mas só para fechar a porta da sacada, depois ela o tirou. Eu vesti a bermuda que ela trouxe do irmão dela. Ele ia me matar depois. Eu deitei e esperei ela secar o cabelo com o secador.

    Quando ela terminou, deitou do meu lado... eu a aninhei em meus braços, bem apertado. Senti alguma coisa molhar meu braço... ela estava chorando de novo. - Amor...

    - Pode falar, pequena. Ainda não dormir. - Eu disse, e fiquei acariciado o cabelo dela, que exalava um cheiro maravilhoso.

    - Eu estou com um mal pressentimento. - Ela não ia se acalmar de jeito nenhum. Ela realmente estava preocupada com a gravidez. - Eu estou com medo.

    - Não precisa ter medo - Eu disse. - Agora dorme, pequena. Eu estou aqui com você. Não precisa ter medo de nada. - Não demorou muito, e ela já estava dormindo. Levantei bem devagar, para não acordá-la, e peguei meu celular dentro do bolso da calça. Entrei no banheiro e fechei a porta. Disquei o numero e depois de alguns segundos pude ouvir a voz do outro lado da linha. - Como vão as coisas aí? - Perguntei.

    - Eu te falei Kakashi, pra você não ir embora antes de resolvermos tudo.

    - O que aconteceu, tio? - Eu sabia que coisa boa não era.

    - Aonde você tá? - Ele perguntou.

    - Na casa da Mari. Mas os pais dela não sabem que eu tô aqui. Então não diga nada. - Já o alertei. Eu conhecia Fugaku Uchiha melhor do que ninguém.

    - Então, logo, logo você vai ficar sabendo. Diz respeito a garota também. - Eu não duvido nada que ele estava com aquele sorriso irônico na cara. - As consequências de sua irresponsabilidade já estão atingindo essa garota. Eu disse pra você não se envolver. Eu só quero ver como e quando você vai dar um jeito nisso. Eu só espero meu filho, que não seja tarde demais. Se você realmente ama essa garota, deixe-a. Ela vai ficar bem melhor sem você. - Não deu tempo de dizer nada, ele desligou.

    Voltei para o quarto, e deitei de novo ao lado dela. Pensei, pense e pensei, no que poderia ter acontecido. Mas nada vinha na minha mente. Acho que meu tio tinha razão. Ela ia ficar melhor sem mim. Só de pensar nisso, meu coração doía. Eu pensaria em algo amanhã. Hoje, eu só queria ficar com ela.


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