Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Primeiro ato ? General Sephiroth

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Xeque-mate, a virada

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    Primeiro ato ? General Sephiroth

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    ? Como estão as coisas na fronteira Oeste, Capitão? ? perguntou casualmente ao encontrar, sem querer, com o homem.

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    ? General Sephiroth ? cumprimentou Cid, prestando continência ao seu superior enquanto pedia silenciosamente permissão para falar, que foi concedida com um leve acenar de cabeça ?, a situação na fronteira 18-B com o Estado vizinho já foi regularizada. Os invasores bateram em retirada ao notar que estavam em menor número.

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    ? Perfeito ? comentou o outro, sorrindo de lado satisfeito, aqueles cães não mereciam um segundo de seu tempo, por isso nem se dera ao trabalho de ir até a fronteira, mandando um pequeno número de homens apenas para espantar os incômodos.

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    Seu exército era o melhor, deveria confessar, e ficava satisfeito em saber de tal fato, assim como se orgulhara em receber o selo de melhor, não só como General, mas também como líder do Grupo FF por três anos consecutivos ? o que irritava os outros grupos.

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    ? Ca-Capitão! ? a voz eufórica de Kadaj se fez ouvir, mas ao ver quem acompanhava o mais velho, logo se endireitou, prestando seus devidos cumprimentos. ? Ge-General, permissão para falar?

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    ? Permissão concedida ? murmurou Sephiroth com pouco caso, observando o Subtenente assentir.

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    O jovem de cabelos alvos e olhos verdes se pôs a sussurrar algo no ouvido do outro presente, que lhe ouvia com cuidado, fazendo algumas caretas de tempos em tempos, mas sem atrapalhar seu discurso.

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    Parecia ser algo importante. Talvez houvesse acontecido algo na ida à fronteira.

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    ? Certo, eu já estou indo resolver isso, mas decerto que iremos enforcá-lo na frente de todos, é só uma questão de tempo, mas será ainda hoje ? essa fora a resposta que o Capitão dera, recebendo um aceno afirmativo.

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    Agora as suspeitas de Sephiroth receberam um pingo de curiosidade. Enforcar? Quem? E por que ninguém havia lhe comunicado? O que estava havendo?

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    ? Cid Highwind ? chamou o General, vendo com satisfação o outro endurecer, o líder só se diria a alguém pelo nome completo quando algo acontecia ?, há algo que você queira dividir comigo?

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    E aquele "queira" soava mais como um "deve", "vai" e até "tem a obrigação". O outro hesitou em erguer os olhos, mas sabendo do temperamento explosivo do líder, encarou-o engolindo em seco.

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    ? Se-Senhor? ? começou, medindo cuidadosamente suas palavras. ? Enquanto patrulhávamos a fronteira, para ter certeza de que os invasores haviam se retirado, encontramos um corpo ? soltou, apreensivo.

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    ? Prossiga ? ordenou o albino, de certo modo, interessado.

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    ? Trouxemo-lo para cá e o questionamos, mas ele se recusa a ditar qualquer palavra, nem seu nome revela. Foi decidido, em uma reunião, por palpitação do Tenente-Coronel, que o enforquemos e penduremos o corpo na fronteira para que os inimigos vejam que não estamos brincando ? a voz firme carregava um leve toque de receio, não queria ser o mensageiro das novas ao líder, que já matara alguns mensageiros em seus momentos de estresse acumulado ? e ele não sabia quando o outro não estava estressado, ninguém sabia.

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    ? E planejam fazer isso sem me questionar? ? os olhos verdes se cerraram ameaçadores.

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    ? E-Eu disse isso ao Tenente-Coronel, mas ele disse que não incomodássemos o Senhor com futilidades ? respondeu temendo que a culpa caísse sobre si.

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    ? Pois bem ? e quando Cid suspirou aliviado, sorrindo maldoso, Sephiroth lhe mandou a frase terminal ?, quero que escolte a tal pessoa e a leve até meu aposento, deixando-a lá, e fique esperando do lado de fora até que eu volte. Irei interrogá-lo eu mesmo ? decretou, recebendo um aceno aflito do outro.

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    ? Peço permissão para me retirar, Senhor ? o Capitão soou meio perdido em pensamentos; virando o rosto, o General encarou Kadaj friamente.

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    ? Seu último trabalho como meu secretário pessoal será avisar, do Sargento para cima, que convoco-os para uma reunião esta noite; estão dispensados ? e, sem esperar resposta, se pôs a andar, passando ao lado dos dois que apenas abaixaram os olhos.

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    Todos temiam Sephiroth não por ele ser mau, mas porque o outro era rígido e exigente, queria que todos dessem o máximo de si como ele mesmo fazia, sendo recompensado com um grupo excelente e forte.

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    Acima do temor, havia a admiração. Praticamente todo o pessoal do Grupo FF e até de outros admirava a destreza e a força do General, que não se dava por vencido com nada menos que o rótulo de "melhor".

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    ? Vincent, onde você estava!? ? a voz de trovão cortou o corredor em fúria, o Coronel sorriu divertido ao ver o líder e melhor amigo.

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    ? Estive o tempo todo na base ? respondeu, sem temer a ira nos olhos de gelo esverdeado.

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    ? Sim, esteve. Eu estava esperando que fôssemos discutir aquele assunto ? o incômodo na voz fez o outro girar os olhos.

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    ? Nós já não conversamos? ? e Vincent não pôde evitar de desviar os olhos.

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    ? Eu? dispensei ele ? o comentário vago fez o Coronel erguer os olhos carmesim, arregalando-os.

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    ? Como? ? a pergunta vaga refletia sua surpresa.

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    ? Você está surdo ou o quê? ? questionou irritado. ? Estou dizendo que Kadaj não é mais meu secretário pessoal?

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    ? Por quê? Por que fez isso? ? e embora a voz estivesse surpresa, os olhos refletiam a alegria de sua alma.

    ? Porque ele é seu amante? ? o tugido foi acompanhado de um biquinho de lado mal-humorado, enquanto os olhos fitavam a parede, fazendo Vincent rir levemente.

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    ? Obrigado Sephiroth, você é um ótimo amigo ? agradeceu, sabia que o outro era, no fundo, uma pessoa muito gentil, mas seu cargo não lhe permitia transmitir gratuitamente essa gentileza.

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    Acenando positivamente, o General se pôs a andar, acompanhado do amigo, na direção de seu dormitório, que era na ala Norte da enorme base onde residiam ? e estavam exatamente no Sudeste naquele momento.

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    ? Escuta? ? chamou o mais novo, recebendo a atenção do outro que sorriu minimamente. ? Por que? você não me contou antes?

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    ? Eu não via necessidade ? a resposta era sincera, e os olhos vermelhos fitaram o teto branco ?, estar com ele é só o que me importa, protegê-lo e fazê-lo feliz é o suficiente.

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    ? E se eu tivesse investido sobre ele? ? a pergunta surpreendeu o outro, que mordeu o lábio inferior temeroso, já havia pensado no assunto.

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    ? Eu? teria que aceitar ? sim, porque a amizade deles era importante demais, e se Kadaj preferisse o líder, nada poderia fazer contra, só queria vê-lo feliz ?, mas eu sabia que isso não aconteceria ? o tom divertido fez Sephiroth suspirar.

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    Nunca seria capaz de trair Vincent. O outro era como um irmão para si, haviam crescido juntos e ambos, para se manterem lado a lado, herdaram os cargos de seus pais, General e Coronel do mesmo Grupo, o FF ? e fora pelos cargos dos pais que se conheceram, em reuniões e festas na casa um do outro.

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    Sephiroth podia afirmar que Vincent sabia tudo sobre si, todo e qualquer segredo. Não sabia dizer se a cumplicidade era recíproca, acreditava que sim, pois depois de descobrir, por Kadaj, que seu amigo era enamorado com o Subtenente, brigaram feio, chegando a sacarem suas armas e se ameaçarem, mas no fim o Coronel prometera que não mais lhe esconderia nada.

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    Aquele havia sido o único segredo que Vincent escondera.

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    Viraram um corredor, e ao ver Cid na porta do quarto principal da mansão, que era feita de base pelo Grupo, Sephiroth cerrou os olhos e torceu o nariz, lembrando de uma das perguntas que tinha para fazer ao outro, mas que havia esquecido.

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    ? Falando nisso, por que não me contou que um corpo foi achado na fronteira? ? mas, ao contrário do que imaginava, o outro apenas esboçou surpresa.

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    ? É? Um corpo foi achado? ? a voz elevada fez o albino apertar os dentes, sorrindo sem graça, Vincent se redimiu ao abaixar o tom. ? Eu não estava sabendo?

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    ? General, Coronel ? murmurou Cid altivamente, prestando continência aos superiores assim que avistou ambos.

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    ? Fez o que eu solicitei? ? a voz fria fez Vincent erguer uma sobrancelha, receoso do que acontecia ali.

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    ? Sim Senhor, o Tenente-Coronel me barrou, mas com a confirmação por parte de Kadaj, eu consegui trazê-lo. Peço, gentilmente, que confirme com Reno que a ordem veio do Senhor ? o humilde Capitão ditava tudo de cabeça erguida, fitando respeitosamente o líder, que assentiu agradecido.

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    ? Está dispensado, assumiremos a situação daqui em diante ? e com uma mesura Cid se retirou, deixando a vigilância da porta como lhe fora ordenado.

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    Suspirando, Sephiroth se preparou mentalmente para o que quer que fosse acontecer dentro daquele quarto, na presença da pessoa achada perdida. Não sabia o que estava por vir, mas não ligava.

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    Sua curiosidade fora atiçada, e esperava que a criatura cooperasse, não queria ter que passar por mais dor de cabeça por nada. Já tinha muito com o que se preocupar, ser o líder de um grupo como o seu não era fácil, se estressava facilmente.

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    E não havia nada que lhe ajudasse a desestressar, o que era extremamente frustrante. Já pensara várias vezes em como resolver o problema, mas simplesmente não podia ir lá e selecionar qualquer pessoa.

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    Precisava ser a pessoa. Sabia que não era fácil lidar com isso, e com o tempo qualquer um se tornaria submisso, fora que não podia vacilar ou destruiria todo o seu esforço para colocar seu Grupo onde estava.

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    Precisava ser alguém de confiança, que não se deixasse levar por qualquer coisa, que lhe respeitasse e que estivesse disposto e preparado para dividir uma vida consigo, com suas manias, seus defeitos, seus altos e baixos. E principalmente preparado para ser "a vadia do General", já que era assim que apelidavam os homens que se tornavam companheiros de homens como ele.

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    E, sim, tinha que ser um homem. Não podia trazer mulheres à base, não podia confiar em mulheres e não sabia se elas eram capazes de aguentar por muito tempo sua natureza selvagem.

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    Precisava de alguém disposto a lhe dar prazer quando bem quisesse, alguém com personalidade para estar consigo e que não fosse ofuscado por sua imagem, nem sabia se conseguiria ao menos alguém naquele fim de mundo, imagina alguém "perfeito"?

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    ? Sephiroth ? chamou Vincent o amigo, que estava de costas para si, com a mão sobre a maçaneta da porta de seu dormitório ?, assumiremos que situação? ? perguntou curioso e receoso.

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    ? Essa aqui ? respondeu abrindo a porta e entrando, sendo seguido pelo outro.

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    O quarto estava tão silencioso quanto quando saíra, e Sephiroth duvidou se havia alguém ali.

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    ? Ei, você está bem? ? a voz do Coronel invadiu o quarto chamando a atenção do outro, que ao virar o rosto, contemplou seu "visitante".

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    E a imagem que via nada lhe agradava, o que havia acontecido com ele?

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    Vincent se aproximou do rapaz para ajudá-lo, e ao tentar lhe tocar, foi surpreendido com um tapa furioso em sua mão. O garoto parecia um animal acanhado, e levantando, se espremeu no canto do quarto contra a parede, encarando com ódio o Coronel.

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    ? N-Não me toque! ? a voz era baixa e irritadiça, o que fez o General sorrir de lado. Hum, aquele garoto lhe interessara?

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    ? Qual o seu nome, rapaz? ? a voz exigente e forte preencheu o cômodo e causou um calafrio no visitante.

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    ? E por que eu o diria a alguém como você? ? as palavras foram cuspidas com nojo e raiva.

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    ? Ei, olha como você dirige a palavra a ele? ? Vincent começou, mas foi parado por Sephiroth, que passando por ele, se aproximava como um felino do rapaz, que se acanhava com medo, encarando os próprios pés. ? Tome cuidado!

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    ? Você devia olhar para a pessoa quando conversa com ela? ? maldade exalava de cada palavra, e o General tomou o queixo masculino com sua mão, fazendo o jovem lhe fitar insistentemente.

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    Ele era? perfeito. Sua pele era branca como a porcelana, seus cabelos claros eram loiros como o ouro e seus olhos pareciam o céu diurno, quão azuis, puros e imensos.

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    E embora estivesse machucado e sujo, Sephiroth se encantou pelo menino de um modo completamente anormal. Sentiu com estranheza a leve fisgada em seu baixo-ventre, estava excitado?

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    Os olhos surpresos lhe encaravam desafiadoramente, e seus dedos involuntariamente deslizaram pela pele lisa, seu polegar se encaminhando aos lábios, esfregando o local com calma e delicadeza, seus olhos acompanhando o movimento com intenso interesse.

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    ? Vincent! ? chamou sem encarar o outro. ? Traga algumas roupas de Kadaj para mim, de preferência pretas e azul-escuras.

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    ? O que pretende fazer, Sephiroth? ? o Coronel questionou surpreso.

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    ? Vou cuidar dessa criança, eu a quero para mim! ? foi a resposta possessiva do General, assustando o visitante. ? Agora! ? ordenou irritado.

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    ? O-Ok ? respondeu o mais velho se retirando pensativo.

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    Suspirando, Sephiroth fitou o corte no lábio superior do rapaz com incômodo. Tocou com o indicador o machucado, contemplando o gemido de dor que saiu dos lábios rosados.

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    Queria amassá-los fortemente, ouvindo o gemido contra sua boca e sentindo o suspirar contra sua pele, mas, ao invés disso, dedicou-se a fazer algo que jamais fizera com alguém: se abaixou ficando na altura do rapaz e tocou seus lábios nos dele, deslizando suavemente como se pudessem se partir em mil pedaços se não fosse cuidadoso.

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    E tudo o que o outro pôde fazer foi ficar imóvel onde estava, surpreso pelo beijo dado com tanto carinho e zelo.

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    ? Dizem que beijar um machucado fá-lo curar-se mais rápido. ? comentou o General se afastando. ? Venha, você precisa de um banho.

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    E o jovem não entendia o que estava acontecendo ali, mas sentindo que deveria obedecer àquele homem, que emanava uma áurea de liderança. deu um passo pensando em segui-lo, mas seu corpo vacilou, e logo sentia a gravidade lhe puxar para baixo.

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    Mas Sephiroth não o deixaria cair, não se pudesse evitar, e mesmo se não pudesse, daria um jeito de conseguir.

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    Pegou o rapaz em seus braços e caminhou na direção do banheiro, sorrindo malicioso ao fitar as bochechas coradas e envergonhadas.

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    O local era branco e arejado, e embora não fosse nada chique, ainda sim possuía um box, um chuveiro duplo e uma espaçosa e limpa banheira, era um banheiro agradável.

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    ? Todos os funcionários têm acesso a banheiros assim, dignos ? comentou o General sentando o visitante sobre a enorme pia branca, de costas para o grande espelho, e caminhando na direção da banheira, abrindo a torneira e deixando a água cair em abundância.

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    ? O que pretende fazer? ? perguntou o jovem ao vê-lo começar a abrir a farda negra e jogá-la em algum canto, desabotoando os primeiros botões de cima de sua camisa social branca e erguendo as mangas até o cotovelo.

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    ? Vou lhe dar um banho, oras ? respondeu como se fosse óbvio, virando de frente para o outro enquanto erguia os braços atrás da cabeça e ficava na posição estranha por alguns minutos, logo virando para pegar um pote ? que parecia sais ? e jogar seu conteúdo na banheira branca.

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    Os longos cabelos alvos se encontravam presos em uma extensa trança, então era isso o que ele fazia com os braços erguidos? O rapaz pensou que ele parecia ter prática em fazer tranças.

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    Observou o corpo forte que se movimentava com destreza pelo local, como se conhecesse o lugar há muito tempo. Surpreendeu-se quando os olhos verdes se focaram em si, mas não mais que quando o outro se aproximara muito de si.

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    Sephiroth, sem qualquer hesitação, empecilho ou vergonha, se pôs a retirar as roupas sujas e rasgadas do rapaz ali consigo. Notara que ele estava envergonhado, mas isso não importava para si, logo o outro estaria acostumado ? garantiria que se acostumasse a estar nu em sua presença.

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    ? Você precisa tirar toda a minha roupa para me matar? Não acha que é muito trabalho e uma enorme perca de tempo? ? a voz baixa era sarcástica, mas o General ignorou.

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    ? Minha intenção não é matá-lo e sim lhe dar um banho. Se você cooperar será ainda mais fácil ? o tom sereno não era característico de Sephiroth, mas o rapaz não sabia de tal detalhe.

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    ? Vai me dar um banho? ? o riso de escárnio invadiu todo o banheiro. ? O que está planejando, maldito?

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    E devemos concordar que o vocabulário e a intenção não combinavam em nada com a voz calma e suave, cujas palavras pronunciadas poderiam ser confundidas com lindas melodias.

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    Retirando toda a roupa do menor, Sephiroth pôde fitar por completo o corpo pequeno e alvo ? nem tanto por causa da sujeira.

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    A pele estava judiada, o peito e dorso com marcas de espancamento recém-feitos. O General não pôde evitar franzir o cenho e, desconfiado, se ajoelhou na frente da pia, o rapaz em sua frente corou fortemente, tampando suas partes íntimas com as pequenas mãos.

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    ? O-O que pensa que está fazendo? Seu pervertido! ? e a exclamação apenas fez o mais velho sorrir maliciosamente.

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    ? Fique quieto ou irei forçá-lo a calar-se! ? foi a resposta mal-humorada dada.

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    Se mantendo quieto, resignado, o rapaz permitiu que o estranho fizesse sua tenção.

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    Sephiroth separou as pernas do mais novo, deixando-o completamente aberto a si e confirmou suas suspeitas a respeito da lastimável situação do rapaz.

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    Suspirou levantando, fitou-o calmamente. As bochechas coradas e os olhos azuis e inocentes davam um ar doce àquele menino, e sem conseguir se conter, o General se abaixou levemente, beijando os lábios rosados com suavidade, um leve selinho.

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    ? Venha, vou te ajudar a tomar o banho. ? chamou, pegando os braços do rapaz e incentivando-o a abraçá-lo pelo pescoço, o que ele hesitou prontamente em fazer. ? Escuta: eu sou a única pessoa que pode te ajudar por aqui. Se qualquer outra pessoa te pegar, irão enforcá-lo ? o mais velho tentava persuadi-lo a fazer o que dizia.

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    ? E qual garantia eu tenho de que você não irá deixar que eles me matem? ? a voz suave desafiou, mas a reação do mais velho foi diferente da que o rapaz esperava.

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    ? Deixe-me colocá-lo na banheira que lhe mostrarei a garantia ? o sorriso de lado causou certo desconforto no outro, mas, assentindo levemente, o rapaz se deixou levar, abraçando o General pelo pescoço e sendo carregado até a banheira.

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    O corpo delicado foi colocado com cuidado dentro da água, e um gemido alto de dor escapou dos lábios rosados ao sentir o contato da água morna com seus ferimentos recentes e abertos.

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    Trincou os dentes, apertando fortemente os ombros do outro, que ainda o segurava, mas agora dentro da água, arrumando-o acomodado na enorme banheira.

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    ? Veja ? chamou Sephiroth, e vencendo a vontade de continuar com os olhos fechados por causa da dor, o rapaz os abriu ?, esse pingente é a prova de que ninguém poderá encostar um dedo em você. Significa que você é meu protegido.

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    O belo cristal era verde como os olhos de gelo do General, e embora o outro desconfiasse, não foi capaz de deter o mais velho de colocar o belo colar em seu pescoço.

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    ? Po-Por que está fazendo isso? ? questionou acanhado, sentindo as mãos grandes deslizarem por suas costas, espalhando a água e começando a limpá-lo.

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    ? Você não escutou o que eu disse ao Vincent? ? não era bem uma pergunta. ? Você é meu, eu irei protegê-lo a partir de agora. ? anunciou Sephiroth sem receio ou rodeios. ? Mas me conte: qual o seu nome?

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    Um longo silêncio se prolongou, onde a única coisa que se ouvia era o som da água e a respiração afoita do rapaz.

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    ? Me chame de Cloud ? a voz suave era apenas um sussurro, mas Sephiroth ouviu, e não conseguiu evitar sorrir.

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    Não sabia se aquele era o nome do rapaz ou se ele apenas inventara para se livrar de sua pergunta, talvez ele previra que não descansaria até que ele contasse.

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    Por hora, aceitaria. Forçá-lo não resolveria nada.


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