Um Sorvete Acompanhado de um Sorriso Gentil.

CAPITULO I ? Um Sorvete Acompanhado de um Sorriso Gentil.

Um prédio com uma complexa estrutura de 70 andares, arquitetura moderna, decoração luxuosa e infinitos funcionários vestidos com trajes sociais, cujo dono e presidente era um jovem de cabelos e orbes escuros, pele branquíssima e um físico invejável, seu nome Uchiha Sasuke, com apenas 22 anos já era muito bem sucedido, e responsável pelos suspiros de 97 das mulheres que trabalhavam em sua gigantesca empresa.

E os outros 3?

Eram mulheres de meia-idade ou bem casadas.

Para a maioria ele possuía um aspecto frio e um pouco arrogante, mas que para as mulheres isso o tornava ainda mais sensual. Vestindo sempre os mais belos ternos, não deixava de esbanjar também nos carros, possuía vários. A imensidão de sua Mansão era incontestável, um exagero, diga-se de passagem, mas extremamente linda. A herança que seus pais haviam deixado após a morte ele simplesmente multiplicou, tornando sua empresa umas das mais influentes do seu país por méritos próprios.

Mas essa não foi a única herança que seus pais haviam deixado, com exatamente seis aninhos Uchiha Ayumi, sua irmãzinha que sobreviveu ao acidente que matou seus pais, na época era recém nascida, um milagre como diziam todos. A partir daí Sasuke com apenas 16 anos contou com a ajuda de sua governanta para cuidar de sua pequena irmã, mas infelizmente a mais ou menos um ano atrás a tal governanta se aposentou, neste período Sasuke mandou que contratassem alguém para cuidar exclusivamente da menina, desde então várias e várias se passaram pela sua casa, porém eram garotas interessadas nele, e para isso bajulavam a menina de todas as formas, mas Uchiha Ayumi apesar dos seis aninhos era muito inteligente e logo percebia as intenções das tais garotas, e imediatamente contava a Sasuke, que acabava demitindo-as;

Estava realmente muito difícil encontrar alguém que ocupasse o cargo, decidiu então desta vez acompanhar as entrevistas com as candidatas, mas apenas acompanhar, enquanto a mulher da agência faria as devidas perguntas, sob seu olhar critico poderia analisar alguém definitivo, as candidatas anteriores foram escolhidas pela agência e ele só as conheciam quando chegavam a sua casa, mas como já estava cansado de nunca dar certo, resolveu ele mesmo analisar uma a uma, mesmo que tivesse que desmarcar uma porção de reuniões no dia da entrevista, quando se tratava do bem estar de Uchiha Ayumi os negócios ficavam para depois.

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Chegando ao seu destino o metro vai freando devagar até parar, o movimento de pessoas era constante no local, carregando duas mala uma jovem de 22 anos, movimenta-se para sair daquele tumulto, sobe uma escadaria com dificuldade, devida o peso da mala, ao visualizar melhor a avenida se surpreende ainda mais, a infinita quantidade de carros, os imensos prédios e outdoors espalhados por toda parte. Aquilo tudo parecia ser uma loucura, para quem não estava acostumado é claro, sair de uma cidade do interior direto para a capital é sem dúvidas um grande choque.

Observa pela vigésima vez o papel em sua mão, com os seus orbes verdes fita a avenida em busca do que procura, logo encontra e segue em direção ao táxi.

- Posso ajudá-la senhorita?

- Sim. Eu queria que me levasse a esse endereço, tem como?

- Ah sim com certeza, me deixe colocar suas mala no porta-malas.

- Obrigado, meu braços já estavam doendo.

- Pronto. Podemos ir se a senhorita desejar.

- Então vamos logo.

Em frente ao endereço marcado no papel, subiu as escadarias chegando a um corredor com várias portas, o lugar era simples, cada porta possuía um pequeno apartamento. Apertou a campainha e logo foi atendida:

- Bom dia, eu sou Haruno Sakura.

- Ah bom dia Sakura, já limpei um dos apartamentos para você, aqui estão as chaves é o número 7, fica no fim desse corredor.

- Ah ótimo, então aqui esta o aluguel dos 3 meses adiantado.

- Obrigado, se precisar de ajuda com alguma coisa é só me chamar, eu moro aqui mesmo.

- Ahh quando falei com a senhora, no telefone, me disse algo sobre uma agência de empregos, você pode me dar o cartão?, È que eu quero arrumar um trabalho o quanto antes.

- Está aqui.

- Muito obrigado, vou indo ajeitar minhas coisas, Até mais.

- Até mais.

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Ao chegar em seu pequeno apartamento, ajeitou seus pertences, deixando o ambiente mais aconchegante, sorriu satisfeita, o que para olhos de muitos aquele lugar era simples, aos olhos dela era simplesmente perfeito e acolhedor. Sala e cozinha junto, com uma pequena varanda, quarto e um banheiro.

- Ok, já está tudo certo por aqui, agora vou ligar logo para essa tal agência (disse para si mesma, enquanto discava o número em seu celular)

- Agência de Empregos Tóquio.Em que posso ajudá-lo?

- Olá. Meu nome é Haruno Sakura, estou em busca de um emprego.

- Bom Haruno Sakura, Quantos anos você têm ?

- 22.

- Tem preferência em algum setor ?

- Não, estou disposta a qualquer cargo, que não exija experiência e especialização.

- Bom Sakura, vai haver uma entrevista amanhã cedo aqui, é para uma vaga de babá, vai estar bem concorrido, porque é um cliente muito especial que esta solicitando, mas como eu já disse para todas que ligaram, não custa tentar né? Você está disposta?

- Hai.

- Então esteja aqui amanhã ás 08:30 e traga seus documentos.

- Arigato gozaimasu. Até amanhã.

- Até.

Sakura: Hum, porque será que uma vaga de babá vai estar bem concorrida ? (perguntou-se confusa)

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Haruno Sakura era uma garota de 22 anos, cabelos róseos na altura dos ombros, seu olhos esverdeados e expressivos, um corpo invejável, porém sempre vestia roupas que o escondiam, um tanto quanto deslocada, mal tinha amigos, vivia pra si mesma, veio para capital tentar ganhar a vida, desde quando seu pai morrera, a vida da garota se tornou um caos, sua mãe casou-se novamente e teve outra filha, seu suposto padrasto não a aceitava e sempre deixava isso muito claro, sua irmã era sempre muito egoísta e excluía Sakura da família praticamente o tempo todo, com o tempo sua mãe havia se tornado fria com ela, ao olhar de sua própria mãe ela havia se tornado um estorvo, foi então que Sakura decidiu juntar o pouco de dinheiro que tinha e se mudar definitivamente de casa e de cidade, já não agüentava mais as humilhações que tinha que passar todos os dias, Raiva? Não Sakura era incapaz desse sentimento, apesar de tudo amava muito sua mãe, e sentia-se extremamente triste com o fato da mãe tratá-la tão mal, chegou na cidade com intuito de começar vida nova. Mas mesmo mudando de cidade, Sakura terá que lidar com uma outra história de seu passado, talvez a mais dolorosa que possuía.

Envolto de um círculo social cheio de glamour e gente bonita, Uchiha Sasuke não tinha o que reclamar da vida, tinha absolutamente tudo o que queria, toda sexta feira depois do longo dia de trabalho era sagrado reunião com seus amigos íntimos, se encontravam em sua casa, ou em um restaurante, sempre em um local diferente, o grupo de amigos era o mesmo desde o colegial. Ao término dos estudos todos eles se reencontraram na grande capital, desde então costumavam sempre se reunirem. Hyuuga Neji , Gaara, Shikamaru, Temari , Karin, e Yamanaka Ino atual namorada de Sasuke, todos jovem da alta sociedade, ricos e mimados. Nessas reuniões Uchiha Sasuke, de vez em quando levava Uchiha Ayumi, mas a garota não gostava muito, principalmente por causa de Ino, a garotinha simplesmente não gostava da namorada do irmão, mas como fora criada com uma fina educação, nunca deixava transparecer diante dos demais.

Uchiha Ayumi era uma linda garotinha de 6 anos, cabelos na altura dos ombros, com uma franjinha que dava um ar gracioso na menina, os cabelos escuros e lisos como o do irmão, orbes grandes e amendoados. Sasuke era praticamente um pai para ela, tratava da garota com todo cuidado possível e sempre se rendia as vontades da mesma. Na volta do trabalho, duas vezes por semana, ao entardecer fazia questão de buscá-la na escola de piano.

Hoje era um dia desses em que ele passava para buscá-la, Sasuke dirigia o carro e Ayumi se encontrava no banco traseiro, tagarelando, não parava de falar um só momento e Sasuke apenas ouvia o relato da garota de como fora seu dia.

- Maninho eu quero sorvete.

- Já esta perto do jantar, se você comer sorvete agora, não vai comer direito depois.

- Ahhhhhh, por favor maninho, só um pequeninho assim ó, eu prometo que vou comer depois. (insistia a menina)

- Humpft ! Ok, ok ... mais tem que prometer que vai comer mesmo.

- Sim, sim eu prometo, eu juro maninho ! (dizia empolgada)

Chegaram no estacionamento da sorveteria.

- Aqui está o dinheiro, vou te esperar aqui no carro, não demora viu.

- Hai.

A pequena entrou na sorveteria que por sinal estava meio vazia, pediu seu sabor preferido, o de morango, Porque? Era rosa. Saindo da sorveteria, tropeçou em algo e o querido sorvete foi direto para o chão, ficou ali parada olhando o sorvete derreter, com um bico enorme, até que uma garota de cabelos róseos se aproximou e se agachou perto dela, sem a menina perceber.

- Hum, isso sempre acontece comigo também. (a voz doce ecoou em seus ouvidos)

A garotinha que até então não havia percebido a presença de Sakura, virou-se para ver de quem era aquela voz, tão doce. Ficou atônita quando olhou para Sakura, aqueles cabelos róseos prenderam completamente sua atenção, os olhos esverdeados, e um sorriso muito amigável, parecia uma de suas bonecas.

- Seu cabelo é rosinha. (sussurrou Ayumi)

- Hahaha, sim ela é rosa, você gosta?

- Sim, muito, é igual a cor do meu sorvete.

- Hum, por falar em sorvete o seu caiu né.

- È. (disse desanimada)

- Vem vou comprar outro pra você (disse Sakura, puxando a menina pela mão)

- Tá. (disse alegre)

- Aqui está. Agora vou indo, ah tome cuidado para não tropeçar em mais nada viu? Ah como é seu nome?

- Ayumi. Meu maninho ta no carro, vamo la daí ele pode te paga.

- Ah que nome lindo você tem, não precisa me pagar, é um presente ok ?(disse piscando para a menina)

- Ok.

- Foi um prazer Ayumi. Já ne (disse se despedindo e voltando a fazer seu trajeto, deixando para trás uma menininha, que não desgrudou os olhos dela, até que virasse a esquina e sumisse, havia algo em Sakura que a fascinava, talvez fosse os cabelos róseos, por ser criança, aquela cor a atraia, mais havia também o sorriso gentil, a voz doce, e o principal motivo talvez fosse porque ela se aproximou por livre espontânea vontade, sem nenhum interesse, como a maioria fazia)

- O que você esta fazendo ai parada? Sua sapeca. (disse Sasuke a abraçando e levantando-a em seu colo, repentinamente)

- Niisan, que susto.

- Você demorou, estava preocupado. O que faz parada aqui?

- Eu vi uma menina, ela tinha o cabelo da cor do meu sorvete. Era rosinha niisan.

- È e cadê ela? (perguntou sem interesse)

- Foi embora.

- Então acho que nós deveríamos ir também.

- Tá.

- Niisan?

- Hum?

- Eu queria uma babá com cabelo rosinha.

- Hãn?

- Se você encontrar uma você promete chamá-la pra ser minha babá?

- Hai, Hai Ayumi. (disse Sasuke não dando muito atenção, afinal esse era só mais um dos pedidos esquisitos que sua irmã fazia todos os dias).

-- Fim do Capitulo I --