O final

O mistério ainda ficava ele não sabia como ia derrotar o garoto, o que fazer? Como fazer? Como ganhar sem habilidade alguma? Perguntas que qualquer um se faria naquele momento de desespero. Tudo parecia perdido pois Drew já estaria cansado por culpa das plantas que teve que cortar para chegar até ali, enquanto Makoto parecia muito bem e aguentaria muito mais já que quase nenhum golpe tinha sido atingido. Estava perdido se continuasse assim, não teria mais como rever seus amigos ou ter sua vida normal e assim teria que aceitar sua derrota ficando preso ali mesmo sem saber o poderiam fazer com ele ali fraco e cansado.

Sua esperança estava indo embora até que consegue escutar a mesma musica que teria escutado quando estava na janela de sua casa, fazendo-o ficar ainda mais preocupado só que dessa vez com um pouco mais de esperanças e vontades; era aquilo que ele queria, não é?

– Você acha que eu não consigo te derrotar? Deve estar brincando – provocou Drew, talvez não teria sido um plano muito legal já que ele estaria perdendo mas teria que tentar ainda mais para fazer algo melhor.

– Suas palavras não me atingem – Makoto deu um pequeno sorriso confiante – Ande! Me ataque se tiver coragem, ou vai deixar sua princesa para trás e deixa-la morrer? – aquelas palavras saíram como provocação mas ao mesmo tempo uma maneira de encoraja-lo para que pudesse se divertir ainda mais com o sofrimento do garoto que sabia que não seria nada fácil derrota-lo.

– Ela não é minha namorada! – afirmou, Drew se irritou com o comentário de Makoto, não era hora para se importar com isso e ele sabia. Sua raiva fez com que ele atacasse sem pensar fazendo com que Makoto adore a maneira como ele agia por impulso desviando de todos os ataques que foi lançado – Fique parado! – ordenou.

– Continue pensando que vou deixar você vencer – comentou Makoto, sabendo que era uma coisa meio obvia mas que Drew não tinha se tocado muito sobre isso.

Drew se irrita ainda mais percebendo que ele tinha razão sobre as palavras que tinham acabado de sair de si mesmo e com isso começa a atacar Makoto da maneira qualquer fazendo com que o mesmo use sua espada de defesa e faça o mesmo só que com ataques calculados pelos movimentos que já tinham sido dados por Drew. Todos eles o garoto conseguiu desviar mas, claro, com um pouco de dificuldade.

Enquanto isso, May tinha acabado de despertar e estava totalmente assustada, com certeza tinha acabado de ter um pesadelo e para todos os pesadelos pareciam reais demais para que uma pessoa não assuste tanto assim ou tentasse ignorar.

– O que aconteceu? – perguntava a voz feminina preocupada.

– Nada, só foi um sonho – ela se levantou com os pensamentos naquele pesadelo que tinha acabado de ter, percebendo que ainda estava naquele castelo que para ela estava sendo apenas aquele quarto que não tinha entrada e nem saída para que ela pudesse sair.

– Que bom – falou aliviada.

– É mesmo, mas... – ela vai em direção a uma janela grande e fica observando a cidade que teria uma bela vista de lá de cima, seu olhar rapidamente ficou distante – Tenho saudades de algumas pessoas – mesmo ela sabendo que poderia nunca admitir sentiria falta de sua família até mesmo de seus amigos que sempre lhes protegeu e ajudou, isso incluía Drew.

– Você não acha aqui muito melhor do que lá? – perguntou, ela desejava uma resposta com um pouco de esperança mas no fundo saiba que não seria essa a resposta.

– Hum – balançando a cabeça fazendo um sinal negativo e voltava os olhos para aquilo que estava tanto observando – Eu prefiro lá, porque há muitas pessoas que me ama e que eu também amo. Aqui é um pouco... Solitário; não é como eu imaginei.

May continua pensando naquele seu sonho, “Drew lutava com um garoto” era a única coisa que se lembrava; esse garoto, para ela não era familiar mas poderia ser alguém que conheceria depois ou talvez não. Quando percebeu que iria começar a chover, se afastou da janela e voltou para a cama com os pensamentos longes.

Drew teria acabado de distrair Makoto e conseguido o derrotar, por sorte e não habilidade mesmo que ele queira dizer que seja por ser bom no assunto. Passando pelas escadas que estariam logo a frente em espiral, ele começa a subir sem desistir, estava totalmente confiante de que iria encontrar May.

Enquanto a garota continuaria na cama longe de si, sem que a mesma percebesse, uma bruxa teria aparecido ao seu lado, uma mulher jovem e bonita mas com umas roupas estranhas, fazendo com que May durma um pouco e acabe por se hipnotizar formando um campo de força protegendo a mesma. Drew consegue destruir a passagem que teria por estar trancada e não permitiria que o mesmo passasse.

Quando entre no quarto, começa a correr até May percebendo o campo de força que a protegia, não entendia o que tinha acontecido e nem como faria aquilo. Ele simplesmente se aproximou relando no campo de força devagar para que não fizesse mal ao garoto que já estaria todo cansado, sua mão teria conseguido passar um pouco mas choques davam nele. Drew começou a resistir os choques que poderiam fazer mal ao seu corpo, o campo de força o puxava e assim ele conseguiu abraça-la, mesmo sem saber o que fazer ele a beija delicadamente pois suposto tinha adivinhado isso poderia ser a maneira como ela devia ser acordada. Tudo começou a sumir com o beijo, a maldição devia ter sido quebrada deixando os dois flutuando mas para voltar ao chão sem se machucarem, assim como outras crianças também que teriam desaparecido tinha voltado mas sem acreditar que isso realmente teria acontecido. Ao se separarem do beijo, percebem o que tinha acontecido há minutos atrás, May apenas lembraria do beijo ao contrario de Drew que estranhou até mesmo do campo de força que protegia sua amiga, se é que agora é ainda apenas uma amiga.

– Ah? – May estava toda corada e ainda sem saber o que dizer, não acreditaria no que tinha acabado de acontecer.

– Desculpe – ele saia de cima de May e aparece uma garota perto deles, ela usava o mesmo vestido que May e tinha cabelos cumpridos e loiros, a mesma que estaria no livro que May tanto lia.

– Obrigada por liberem-me, a maldição nunca mais voltará. Obrigada.

Ambos se distraiam com a pequena princesa que estaria diante deles sumindo deixando apenas alguns brilhos que logo se dirigiam pouco a pouco ao céu. May parecia feliz pois sempre se lembraria que a historia tinha sido modificada o final para que as pessoas não se assustassem com o castelo mas que também teria passado por algo que ninguém poderia ter passado e ainda mais porque Drew teria salvado a mesmo sabendo que ele não iria admitir que teria vindo por ela. Aquele doce e delicado beijo, parecia ser tudo o que ela queria e o que sentiram juntos.

Todos tinham voltado para seus lares e Drew assim pode explicar para ambas as famílias o que teria ocorrido e May também poderia dar sua versão ainda pedindo desculpas por ter feito algo desse tipo mesmo Drew brigando com ela por querer fazer algo perigoso.

– Tudo estava bem, quando acaba bem, é o que sempre dizem, não é Drew? – perguntou May olhando para ele com um sorriso enorme em seu rosto.

– Sim – concordou.