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Era tarde da noite, a chuva caía pesadamente ofuscando o brilho fraco do velho lampião da rua. O vento forte chicoteava a pequena casinha de madeira construída á pelo menos oitenta anos, que rangia fracamente em protesto.
Uma luz se ascendeu dentro da casa revelando uma silueta feminina. Os cabelos rosados e úmidos chegavam até sua fina cintura escondida por uma pequena camisola de cetim negro. Os olhos verdes assustados.
Era noite de lua cheia. Mesmo que as nuvens obscuras da tempestade a escondessem, a esfera ainda estaria lá.
E ele viria.
Ele sempre vem.
Mesmo com a perigosa chance de se formar um tornado lá fora.
Ele a enfrentaria.
Um uivo estridente se fez presente entre os tenebrosos ruídos da tempestade. Com passos apressados ela correu para a escadaria e foi em direção de seu quarto a tempo de ouvir um pequeno baque surdo seguido de outro que fez as tábuas do chão oscilarem.
Sua mão tremeu ao girar a maçaneta antiga lentamente. A garganta seca, o coração batendo tão forte como se logo fosse saltar de seu peito. A porta se abriu com um guincho agudo e bateu fortemente contra parede quando um misto de vento frio e quente a atingiu.
E ele estava lá, de pé em frente à janela aberta. Uma grande presença em seu pequeno quarto. Não ousou ligar a luz para vê-lo melhor, não precisava. Sabia o que encontraria. Cabelos ruivos molhados embelezando sua pele fracamente queimada pelo sol, sem pêlos. Olhos castanhos e selvagens sedentos por ela. As orelhas levemente afinadas nas pontas. Caninos afiados, mas não muito longos parcialmente escondidos por seus lábios masculinos. A boca suavemente aberta.
O peitoral não muito definido por onde gotas da chuva deixavam rastros para logo evaporarem e seus braços um tanto musculosos cheios de prováveis arranhões de lutas. As mãos e os pés com unhas compridas. A calça jeans rasgada nos tornozelos.
Um perfeito lobisomem.
Ele deu um passo cuidadoso como se estivesse verificando se era seguro. E foi de passo em passo que ele se aproximou dela. Dando todas as oportunidades para a garota fugir, mas ela ficou. Ele estava tão perto que podia sentir o bafo quente bater contra seu rosto, queimando e deixando-a desejosa ao sentir o perfume amadeirado que se desprendia do corpo masculino.
As mãos nada delicadas a puxaram contra ele pela cintura aproximando os corpos. As bocas a centímetros uma da outra, mas elas não se encontraram em um beijo selvagem como geralmente acontecia para logo culminarem o ato sexual ali contra a parede ou no chão frio. Ele a pegou no colo e sem muito esforço a jogou de costas na cama que protestou em resposta. Um pequeno filete de sangue escorreu por seus lábios feridos por seus próprios dentes.
Mais rápido do que seus olhos podiam ver ele estava em cima dela. As garras rasgando o cetim desesperadamente, revelando a falta de langerie. Um joelho separando as pernas delicadas e firmes. Os olhos verdes encontrar os castanhos e viu o desejo neles. E então ele a beijou.
Os lábios quentes se chocaram contra os dela desprovidos de qualquer delicadeza. A língua pedindo passagem impacientemente. Ela sem demora ou forças para protestar lhe deu passagem e Oh! Kami... Sentiu seu ponto secreto se umedecer ao sentir a língua selvagem e sensual ao encontro da sua.
Ao seu lado escutou o som de algo sendo rasgado e tardiamente percebeu que ele inconscientemente rasgara um de seus travesseiros e que uma de suas mãos se afundaram no colchão servindo de apoio. A outra a segurou por uma de suas nádegas trazendo-a de encontro à si. Suas pernas enlaçaram fortemente o quadril dele fazendo sua intimidade tocar a dele através do jeans totalmente ereta e pulsante.
Faminto ele libertou sua boca e desceu para o pescoço cheio de marcas antigas, mordidas que ele mesmo fizera. Ela arfou. E ele continuou descendo, raspando seus caninos na pele suave e vendo-a se arrepiar. Parou quando chegou ao seu objetivo, os seios firmes completamente excitados. Passou a língua fervente entorno do bico rígido para vê-la gemer alto enquanto arqueava-se para trás.
E então ele se afastou. Ficou de pé ao lado da cama, seus olhos acompanharam a face frustrada e desejosa da mulher e passaram para seu lábio inferior com um pequeno corte. Os seios intumescidos pelo desejo, sua barriga plana e alva. E então seus olhos seguiram e se detiveram em sua intimidade exposta. Os joelhos caídos para lados opostos.
Urrou fazendo as paredes tremeram e rasgou sua própria calça como se fosse o mais fino papel. Expondo seu corpo perfeito para a escuridão. E no momento seguinte estava em cima dela, a orgulhosa e desejosa ereção alinhada á sua feminilidade. E com uma firme arremetida de quadril, ele a penetrou arqueando-se para trás e soltando um rugido bestial ao mesmo tempo em que ela gritara. O quadril feminino erguendo-se para receber melhor a grande intrusão. Suas pernas o cercaram pelo quadril fazendo o contato entre as duas intimidades serem mais próximas. O ruivo enterrou seu rosto na curvatura do pescoço delicado que cheirava a algum óleo de banho que sem sombra de dúvidas ele não conhecia.
Ela o sentiu retirar bruscamente o membro de dentro de si para logo voltar a se enterrar em sua carne tenra e também pulsante. O que estava fazendo era proibido, ela sabia. Mas o que fazer quando um ser másculo aparece de surpresa em seu quarto no meio da noite com os olhos faiscantes de desejo, e com cada célula do seu corpo emanando o que ele procurava: Sexo. A aparência selvagem e perigosa não significava nada perto da intensidade em a excitação a atingiu. Se sua mente não estivesse nublada pela paixão, com certeza agora ela estaria divagando para o dia em que o vira pela primeira vez, no cubículo pequeno onde estavam agora. A urgência, o desejo, a sensualidade no silêncio... Não sabia o que a levara a fazer sexo no chão frio e desconfortável.
Só sabia uma coisa.
Não suportaria sua ausência...
Não mais.
Continua...