Never Angel

Tempo estimado de leitura: 17 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    um pacto de sangue

    Muitas mortes súbitas e violentas andavam ocorrendo pela cidade, segundo a polícia e imprensa, cerca de 23 assassinatos em apenas 2 semanas. Era óbvio que algo muito maior que mortes aleatórias andavam acontecendo, os detalhes eram ocultos da imprensa, o único rumor, era de que era atividade de algum vírus super desenvolvido. Claro que não.

    Nio acabara de mudar de colégio na mesma cidade, a última em que esteve fora incendiada inexplicavelmente. Ele sempre ia pelo caminho mais curto, poupava de ter que pegar carona com seu padrasto pé no saco. Sua rotina nunca mudava, e foi em um desses dias que ele imaginou ser mais um dia, que deu de encontro com um cão completamente negro ao virar uma esquina, ambos encararam-se de um modo estranho, Nio nunca tinha visto esse cão, não pertencia a vizinhança e tampouco parecia ser um cachorro largado de rua. Quando ele deu um passo, o cão correu em disparada e sumiu.

    Ele já tinha ouvido falar uns rumores que não ganharam tanta força sobre um cão que mora na floresta e atacava os desavisados, alguns até diziam que ele era o responsável pelas mortes na cidade.

    Na sala de aula, as mesma lenga lenga de sempre quando um novo aluno entra na classe. Depois disso, Nio foi imediatamente para a cadeira do fundo ao lado da janela, na fila ao seu lado, na penúltima cadeira, estava sentada uma garota, que olhava fixamente para a janela como se enxergasse algo que ninguém mais via, ela usava uma jaqueta preta e tinha o chamativo detalhe de apenas uma unha de suas mãos estar pintada de preto. Nio observou-a um tempo, mas sua atenção foi desviada imediatamente para o garoto que o chamou.

    - Ei novato, se eu fosse vc não ficava encarando a Amaya, ela é sinistra, conversa sozinha.

    Nesse momento, o caderno de Nio cai da sua mochila que ele pensou estar muito bem fechada.

    - Cuidado aí.

    - Foi mal, estranho, pensei que estivesse dentro da mochila.

    - *risos* Meu nome é Katashi Saito.

    - Ah...o meu é Nio. Nio Yoshida. Bom te conhecer...

    - Ah tá né. Vamos ver se agora vc sobrevive aki.

    Mais tarde, depois de lá umas poucas conversas com o muito animado Saito, como Nio já tinha notado, a aula acaba, ele sai do colégio, pronto para pegar o mesmo cminho de sempre para voltar para casa. O celular começa a tocar no momento em que o sinal da faixa de pedestres fica verde. Nio vê apenas o nome de seu padrasto e imediatamente ignora ao mesmo tempo que começa a andar. Mas tem uma coisa errada. TUDO em sua volta parou completamente, apenas ele se movia, como se o tempo ao redor tivesse parado...mas não era TUDO de fato que estava imóvel, ele somente notou isso quando viu a figura de uma garota de cabeos azuis e um chapéu engraçado com um guizo no pescoço, mas o que chamou especialmente sua atenção foi o cão negro que tinha encontrado pela manhã bem do lado dela. A garota começa a andar na direção dele, que está confuso, e com um sorriso meio do mal, começa a falar:

    - Interessante. Sabe qual é a diferença entre você, e todas essas pessoas ao ser redor?

    - ....O que aconteceu?!...porque...isso é um truque?!...porque eu...QUEM E VOCE?

    - Haha, adoro truques, que tipo de shinigami não gosta de truques né? Oh, vc parece bastante assustado. Porque? Shinigamis não são como vocês costumam descrever, e vejo que você não acredita no sobrenatural...se não acredita em nós, significa que não acredita na morte...

    - *riso nervoso* ahhh...isso só pode ser brincadeira...tudo bem, shinigami, como você vai fazer eu ficar convencido de que isso não é só uma pegadinha?

    - O carro a sua direita vai te atropelar. Sua percepção da realidade e a sua vida vão mudar se você aceitar minha proposta. Um pacto. Se você não quiser, tudo bem, vai poder morrer.

    - Que pacto é esse?

    - Um pacto que vai te salvar, e quem sabe salva mais várias vidas.

    Nio não entendeu a última parte, mas ele não iria querer ficar preso a aquele sonho idiota que era MUITO real.

    - Tudo bem, se for para eu acordar logo de uma vez e acabar com essa baboseira toda, aceito o pacto.

    - Baboseira, hah. Humanos mesmo. Aperte minha mão, solte quando esteiver pronto para ser atropelado. Mas você vai viver.

    Nio apertou, hesitante. Mas no final quem soltou a mão foi ela.

    *batida*


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