Come on!! We have to save this magic!

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    Capítulos:

    Capítulo 7

    Aprendendo magia

    A tarde findava mesmo com ajuda de James carregar aqueles livros velhos era uma tarefa completamente chata. Ouviam-se cigarras cantando nas árvores, o sol estava começando a se pôr. Ao chegar a casa Amy entrou primeiro para checar se havia alguém. Felizmente a casa estava vazia, o que facilitou que ela e James entrassem pela porta da sala sem problemas. Caminharam juntos até o quarto onde o garoto colocou os livros no chão.

    - Precisamos de espaço – exclamou o garoto olhando para a cama.

    - Nós podemos arrumar um lugar maior se quiser – respondeu Amy tentando resolver o problema.

    - Vai aqui mesmo – continuou James tirando o colchão da cama e jogando próximo ao armário. Sentou-se no chão e começou a desmontar a cama.

    - Ei, meus pais podem chegar a qualquer momento – disse a garota enquanto observava o sol sumir.

    - Quer aprender ou não? – perguntou o garoto.

    - Sim – Amy respondeu sem ênfase.

    - Feche a janela e não me questione – ordenou James se levantando e trancando a porta.

    Apesar de odiar seguir ordens a garota fechou a janela e fez questão de ter seus ataques de fúria, arremessando seu sapato contra James, que se abaixou. Logo James abriu sua bolsa escolar tirando um estranho pó que ele espalhou pelo quarto. Após esse ritual e pegou um livro cor musgo completamente empoeirado que portava um enorme pentagrama estampado em sua grossa e espessa capa. Levantou-se e indelicadamente arrancou um fio de cabelo de a Amy, logo após lançou o mesmo sobre o chão do quarto.

    - Shi ao Uhh Itie Sho!!! – gritou James enquanto observava atentamente aquele fio de cabelo abandonado sobre o chão empoeirado de pó mágico.

    Logo surgiu um feixe de luz do teto fazendo iluminar o quarto todo. Logo no chão formou-se um pentagrama dentro de um triangulo, com três círculos, um circulo estava o livro, outro James.

    - Caminhe para o circulo Amy, começarei agora, eu serei seu professor – disse James calmamente.

    A garota posicionou-se no circulo restante. Nesse momento subiu um vento fazendo com que as páginas do livro fossem redefinidas. O livro ainda um pouco empoeirado começou a flutuar, e dentro de si saiu uma pequena esfera vermelha radiante. Em um movimento involuntário a mão de Amy levantou-se , e a pequena esfera posou em sua mão tomando a forma de um escudo.

    - Começaremos as aulas com feitiços de defesa – disse James caminhando ao encontro da garota.

    - Certo! – disse Amu confiante.

    Amy sentia seus próprios batimentos, tudo parecia ser um sonho, aquele pó com cheiro estranho e brilhante espalhado pelo seu quarto. James a segurou pelos ombros colocou sua mão direita abaixo do queixo de Amy, sorriu.

    - Boa sorte – o garoto sussurrou com uma voz meiga.

    - Sem frescuras – gritou Amy dando um leve tapa na mão de James.

    Logo a mãe de Amy começou a bater na porta.

    - Bebê abra a porta, precisamos conversar, por que tantos gritos? E essa voz masculina? Abra logo – gritou Jolie batendo na porta freneticamente.

    Logo foi a vez de Ikuto bater e fazer escândalo. Amy fitou seu quarto completamente bagunçado, cama desmontada, pó estranho para todos os lados. Logo olhou para James que agora olhava com despreocupado. Com maior preguiça James pegou todos os livros, cancelou o ritual entro no armário, abriu uma fresta, olhou e fechou novamente.

    - Não tem um homem no seu quarto – disse James com sua voz abafada pelo armário.

    Amy saiu do quarto cuidadosamente sem abrir muito a porta. Jantou com sua família que não tinha parado de questionar quando a mesma alegou estar no telefone com seu colega de classe, e estava usando o modo viva voz para poder arrumar sua cama de lugar. Após permanecer um pouco com sua família Amy decidiu voltar para seu quarto.

    - Vou fazer minha lição de casa e depois irei dormir – disse a garota abandonando a sala onde toda família jogava Hyakunin isshu*.

    Subiu as escadas analisando se não havia ninguém lhe seguindo, abriu a porta do quarto entrou correndo e trancou-se novamente. Ao virar-se para observar o quarto, levou um susto com James a observando perto demais.

    - Pare com isso, é estranho – sussurrou Amy completamente corada.

    - Senta aqui, vamos estudar as magias na teoria e depois na prática – disse James sentando no chão.

    - E o circulo? E o pentagrama? E Tudo? Não vai invocar? – continuou a garota olhando para James completamente tranquilo no chão.

    - Já Fizemos o contrato, agora seria inútil, e alias, me arrume uma vassoura depois – continuou o garoto enquanto folheava um livro.

    - Você me irrita – Amy tentou arremessar um livro, mas foi vencida pelo peso do mesmo.

    Juntos sentaram e estudaram palavras e magias a noite inteira.

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    * é um estilo de antologia tradicional de compilação de poesia japonesa waka onde cada contribuinte escreve um poema para a antologia. Literalmente significa "cem pessoas, um poema [cada]". Também se refere ao jogo de cartas uta-garuta que usa um baralho composto de poemas deste tipo de antologia


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