The legend of Zero

  • Finalizada
  • Sora Chan
  • Capitulos 17
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

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    Capítulos:

    Capítulo 12

    Deterius.

    Meus braços doíam muito. Fora pega de surpresa em meus aposentos, quando alguém me pegou por trás, e logo que acordara, vi-me pendurada naquela imensa criatura alada. Meus trajes não haviam sido trocados, mas, sentia que estes estavam um pouco mais sujos.

    - Bom dia. - o rapaz falava, com sua voz estranhamente ampliada. - Noto que já deram por falta de sua governanta... - o tom era cordial.

    - Por que está fazendo isso?! - reconheci a voz de meu cavaleiro, Ukyo, gritando enfurecido da terra - Você não passa de um pirralho mimado!

    - Sim, é verdade - Não podia vê-lo mas, sabia que estava andando. - Não passo de um pirralho mimado... Eu o ultrapasso, bastardo.

    Abaixei um pouco a cabeça, tentando localizar Ukyo na multidão que aparecera, mas, era impossível.

    - Ora, seu... - A voz dele surgiu de novo, mas, foi interrompida pelas chamas negras cuspidas da boca do dragão, que atingiram a igreja local. Pessoas gritavam.

    - Infelizmente, não estou com tempo para você agora, ilegítimo. Só vim aqui para fazer certo comunicado. - A voz dele se suavizou - Estou declarando guerra, a vocês da tal chamada realeza, e seus camponeses. - Zero disse, calmo. - E aquilo, é só o começo. - ele provavelmente indicava a igreja em chamas. - E se você quiser isso... - ouvi seus passos pelo couro da criatura, e logo, as mãos dele acariciaram subitamente as minhas, amarradas - Vai ter que vir buscar.

    E lançada sua provocação, o animal bateu asas, voando para longe.

    - Supernatet me, ferreo canis exprimamus - aquela voz disse, e meu corpo foi erguido devagar, enquanto a corda se destruía. Aquela energia que me movia, era abaladora. Sentia medo de viver, e simplesmente queria que tudo terminasse logo. Sem avisos, tudo se dissipou, e caí ao lado de meu sequestrador. - Como foi experimentar a depressão, indesejável?

    A sensação já passara, mas, mesmo assim, o trauma ficava. Eu tremia... Como ele podia saber que eu era ''indesejável''? Fora mantido em segredo sigiloso, que meus pais não desejavam uma criança, mas, claro, se não houvesse ninguém vendo, eles não faziam nenhuma cerimônia para demonstrar o quanto eu era um erro.

    - Teus pecado de existência hei de condenar-te um dia... - eu disse, tentando me acalmar, começando a me ajoelhar. Ele não podia saber de meus pais, provavelmente estava só tentando me ofender.

    - Assim como você. Como eles diziam mesmo...? ''Ah, Lâmia, mulher cobra, leva está criança daqui... Leva...'', ou estou enganado? - Zero falara pausadamente, e fazendo gestos pequenos com as mãos; Demorei a notar que aqueles gestos levavam a névoa de antes para perto de mim.

    - Não... Não, você não... Não sabe... - meu corpo cedia de novo, e ia caindo sobre a pele do monstro. - Não...

    O ar estava abafado, e ele se aproximava de mim, parando a minha frente, apertando minha cabeça contra o ''chão''. Como ele sabia?

    - Mulheres como você, cheias de insegurança e medos, deviam desistir desses sorrisos enganadores, e simplesmente se aproveitar desses corpos que tem. Talvez... - senti suas mãos gélidas abaixarem as alças de minha vestimenta. - Eu me aproveite de você depois.

    O vestido escorregava suavemente, e eu já não podia levantar a cabeça. O dragão pousava, e antes de desmaiar, pude ouvir aquela voz feminina que eu conhecia há tanto tempo:

    - A espada já está guardada em seus aposentos, meu senhor Deterius. E, as mulheres que o senhor me pediu que arranjasse estão no lugar que pediu, embora eu preferisse que o senhor usasse a mim... - Allexandria dizia com malícia, enquanto se curvava diante daquele, pior que o diabo, Zero.


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