ps: Olhem as notas do autor para saber as musicas.
Os passos guinchados de seus tênis novos a estavam deixando nervosa. Parou para olhar em volta no barulhento, cheio e acinzentado saguão do aeroporto pela milésima vez, à procura da tonta da sua irmã. Infelizmente, tudo o que via eram estranhos, mais estranhos e muito estranhos e as incômodas paredes brancas, combinando com o encerado chão cinza claro. Oras, era dezembro! Pleno Vinte e cinco de dezembro: Natal! Onde estavam as guirlandas e papais noéis... noéus... sei lá! Qualquer coisa colorida servia... Querendo ou não o único alívio para seus olhos sedentos por cor eram os anúncios e propagandas e mesmo assim eram meio sem graça, com não mais que um ocasional vermelho pra destacar as palavras na frente daquela gente sorrindo. Os melhores eram os de comida, mas, pro seu azar, foram reduzidos às paredes de seus respectivos quiosques. Algo a ver com a poluição visual. Eles não percebiam que sujeira é cinza? Por que banir logo as outras cores, o que elas fizeram de errado?!
Nossa, pensou consigo mesma, sua mente ia tão longe quando ficava nervosa.
Bufou, coçando o nariz com a manga do moletom marrom. Onde é que ela foi?! A loira insistira em ?ir até ali? tomar um café antes de seguirem até o ponto de encontro enunca mais voltou. Sentiu falta do som dos passos guinchados. Gostava de ouvir os tênis novos cantando. Ela os comprara especialmente para aquele dia, afinal. Decidiu voltar a andar pra não passar mal de nervosismo. Não que houvesse tanta necessidade de alarde... era só um aeroporto... cheio pessoas que ela não conhecia... grande demais para avistar aquela cabeleira loira disfarçada de gente em qualquer parte.
E ela estava agora... sozinha.
À sua esquerda, nos longos bancos de madeira, sentados, aguardando sabe-se lá o quê um coco dividia espaço com um zumbi. Bom, quase isso. O sujeito pálido com sorriso de formol, provavelmente um mochileiro, havia acabado de pousar a comprida mala de camping no chão, deixando pra cima da altura do banco apenas o suficiente para lhe servir de travesseiro, enquanto se esticava sobre todo o banco, apoiando uma toalha no rosto. Ele dormiu tranquilamente, deixando não mais que o espaço de uma nádega, uma magra nádega, para o pobre sujeito de camisa floral verde e cabeça de coco (era o cabelo, tinha quase certeza, mas ainda podia ser um chapéu) sentar. Aquilo parece não tê-lo incomodado, porque o sujeito decidiu que testaria quanto tempo conseguiria ficar na posição de sentado sem ter algo real para apoiar-se. Claro que ela só soube que era isso que ele estava fazendo porque o rapaz o anunciara em alta voz, fazendo alguns outros perdidos se achegarem pra fazer apostas e tirar fotos.
Pessoas fazem coisas estranhas em aeroportos...
Pessoas em aeroportos são estranhas. Tinha aquela faxineira novinha (pelo menos da sua idade) que não fizera nada além de mexer no celular apoiada naquele cestão de rodinhas. A vassoura e o esfregão novinhos estavam intactos. De dois em dois minutos alguém anunciava a necessidade de limpeza no corredor Y, poça de água da chuva no saguão Z, mas lá estava ela, inabalada, mudando de posição bem ocasionalmente, só quando precisava ajeitar os óculos sobre o rosto, mandando mensagens com a seriedade de, bom... de alguém sério. Não conhecia muita gente séria. Não gostava de gente assim. Ah! E tinha aquele pedinte! O pedinte era ótimo. Não era um mendigo porque não parecia ser de rua, mas usava roupas desleixadas, tênis velhos, tudo coberto por um lençol desgastado que o rapaz arrastava de lanchonete em lanchonete, sacudindo o cabelo loiro e arrepiado de tempo em tempo, feito criança que overdose de açúcar e ele pedia um lanche pra cada indivíduo que se aproximasse do quiosque. Quando não tinha ninguém, ainda fazia questão de atormentar a menina dos lanches com sua fome interminável. Ela o mandava vazar, mas depois se arrependia e deixava um prato com um salgado no canto, atraindo-o como se atrai um cão perdido.
Cão. Tinha um enorme lá. Não sabia onde estava, se dentro ou fora do aeroporto, se preso ou solto, mas o bicho latia que fazia o teto tremer. Quando chegaram, antes de sua irmã desaparecer, elas viram um cara lindo, de blazer cinza bem ajustado, blusa preta, jeans escuro e all-stars pretos (Ino o achara lindo. Ela achara muito... monocromático) ralhando com um outro sujeito, um rapaz moreno de moletom marrom GAP (olha, era igual ao dela! Quase. As letras do dela eram rosa. As do dele... não.) a respeito do bicho, dizendo qualquer coisa como não poderem entrar por culpa dele. Dele, o dono, ou dele, o cachorro, não importava.
Pegou seu celular pra conferir as horas. Faltava pouco. Seu coração disparou, ainda não estava nem perto do ponto de encontro. E se perdesse a chance? Talvez devesse pegar um carrinho pra pôr as malas e esperar na fila do check-in que nem a maioria, mas aquilo seria meio inútil sem a bagagem da mais nova. Quero dizer, e se a fila anda e chega na vez dela e a atendente pergunta algo que ela não saiba responder e...
?Atenção! Atenção, por favor! A Hokage Airlines anuncia a partida do vôo...? e o resto não a interessava mais. A voz feminina dos autofalantes logo terminou de dar seu recado, fazendo-a soltar todo o ar de uma vez, aliviada. Por um instante pensara que perdera a hora. Resolveu andar mais rápido.
Ajeitou o capuz por sobre a cabeça, tentando mantê-lo próximo às bochechas. Era frio lá dentro, muito mais do que havia imaginado meses antes, quando resolveram aceitar a proposta do K.B.
?K.Bee!? Corrigiria Ino se estivesse por perto, ainda que a pronúncia fosse exatamente a mesma. ?De Killer Bee! Se vamos conhecer o astro, temos que pelo menos saber pronunciar o nome!?
?Ah, vai chafurdar, Porca!?
E porque sua mochila estava tão pesada? O que Ino colocara ali?
Uma menina passou disparada na frente dela, deslizando pelo restante do corredor até marcar o chão durante uns três metros. A faxineira soltou um palavrão tão feio que a criança virou o rosto e arregalou os grandes olhos perolados em slowmotion. Foi engraçado. Assim que os pais chegaram, a zangada moça finalmente guarda o celular, põe a redinha no cabelo ruivo e começa a limpar freneticamente o chão, como se fosse a faxineira mais eficiente do mundo e ninguém pudesse dizer o contrário. Espantados olhos rosados se escondiam atrás dos óculos. Parecia até que estava com medo dos pais da menina.
Outro anuncio pipocou dos autofalantes. Dessa vez o susto a fez dar um pulinho. Outra voz feminina informando algo que não a interessava.
Café.
Precisava de um café. Agora.
Caminhou até a lanchonete mais próxima de si e mais afastada do loiro mendiguento. Pediu café com leite grande. Arrependeu-se segundos depois, quando abriu a carteira e teve que dar o tudo o que estava dentro. Agora estava nervosa em dobro. Nervosa de ansiosa e nervosa de brava. Não gostava de sentir o dinheiro sair. Dinheiro devia entrar e ficar. Que nem tinta de cabelo. Porque a tinta sai?!
O despertador que programara no celular o fez vibrar. Seu tempo acabara. Ela teria que ir, Deus a perdoe, sem a Ino. Talvez fosse sensato escrever um testamento antes.
Mas primeiro... informações.
? Com licença, mas onde fica a Bomboniere?
A moça da lanchonete parou estática, abrindo e fechando a boca sem nada dizer, como se ela tivesse acabado de perguntar ?Isso é um assalto, pode passar a grana??
? Não se preocupe, é tinta... ? disse, abaixando o capuz. ? Todos acham que é natural, mas é que eu escolho a cor muito bem.
? O que te faz pensar que ela se assustou com seu... - então um monocromático rapaz de blazer cinza, blusa preta e jeans escuro (sim, o mesmo que Ino achara gato), sentado ali ao lado, se virou e arregalou os olhos. ? ...cabelo... rosa.
? Muito rosa ? acrescentou e sorriu.
? Muito rosa. ? concordou estendendo a mão. Não conseguia evitar pensar que aquele cabelo liso e arrepiado atrás ficaria tão melhor de vermelho, ou azul ou... bom, qualquer coisa menos preto. ? Primeira vez no aeroporto...?
? Sakura Haruno.
? Prazer. Uchiha. Sasuke Uchiha. ? e os olhos eram mais pretos ainda! E a pele branca! Como pode uma única pessoa viva ver tão sem graça?!
? Sim, primeira vez no... aeroporto. Você é alguém importante? Ou filho de alguém importante?
? Mais ou menos. Por quê?
? Você me deu primeiro o sobrenome. Só gente que se acha importante faz isso por aqui.
? Ok, você já deixou claro que não sou importante. Sem ressentimentos.
Ele riu. Era até simpático. Pra um... monocromático. Mal podia esperar pra ver a cara da Ino quando ela ouvisse que...que... Que som era aquele...?
?No matter if you?re wrong
No matter if you?re right
No matter if you?re down
I?ll be by your side?
Música.
Os tectectec das plaquetas cessavam. O barulho de digitação e conversa do check-in diminuia. O volume foi aumentando, permitindo uma batida ecoar por todo o saguão. Sakura e Sasuke se levantaram e até as meninas das lanchonetes saíram para ver. E bem ali no meio do liso chão, uma moça bonita, de pele clara, longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo alto, a franja cobrindo uma testa tão grande quanto a de Sakura e olhos azuis (os olhos salvavam ela) dançava em pleno aeroporto.
?Crazy love, crazy you
Hold me like you never do
Take me easy, take me slow
Don?t you ever let me go?
Era alta, com uns vinte anos, e a cada passo de dança, brincava com suas roupas. Retirou a mochila, jogando-a para debaixo dos bancos de madeira. Depois a echarpe, girando o comprido tecido ao redor do corpo feito uma ginasta. Então a jogou pra longe que nem a mochila, dando passos de um lado pro outro, ambas as mãos na cabeça e rebolando, os cabelos voando ao movimento.
?Crazy love, crazy you
Hold me like you never do
Take me easy, take me slow
Don?t you ever let me go?
Dois seguranças apareceram, pedindo aos passageiros que abrissem caminho. A garota jogava os braços para cima, mexendo os quadris com a batida, girando e mexendo os longos cabelos de um lado pro outro a cada ?Low, low, low, low? cantado. Os dois fizeram menção de tocá-la no ombro quando...
Dum... dum... dum... dum... a música pára, muda... Ta. Ta. Ta. Ta. Ta. Ta...
?If this was the last dance of the night
Will you join me ?til the morning light?
Dance the night away cause it feels right
You can't stop me, no-o-o?
?If this was the last dance of the night
Will you join me til the morning light?
Dance the night away cause it feels right
You can't stop me, no-o-o?
E os braços dos três: doida dançante e seguranças começam a se mexer como ondas ao som, começando do meio da menina e viajando por seus braços, até passar ás mãos dos seguranças, o resto deles. Então, Dum!
Os três erguem os braços e marcham pelo saguão, jogando o punho pra direita, pra esquerda, ajoelhando e tocando no chão, então levantando, agitando braços e pernas, cada movimento tão sincronizado que poucos ali acreditariam que não haviam treinado juntos.
Só havia uma explicação para aquilo.
Flashmob.
Ou melhor... FlashmoBee!
Sakura pegou seu celular e começou a filmar. Sasuke fez o mesmo. A maioria que não correra pra pegar o próximo vôo já batia palmas e gritava/cantava enquanto umas vinte pessoas, muitas no meio, outras espalhadas pelo saguão e entre os cidadãos comuns, dançavam frenética e sincronizadamente.
Os comuns começavam a abrir caminho e a puxar seus pertences para mais perto de si. Qualquer um podia ser parte daquilo. Havia uma movimentação vinda das filas do check-in e das lanchonetes. As luzes de lá piscavam com as palmas, como na balada e em quem eles tocavam, fosse velho, novo, bem vestido ou discreto, começava a dançar a coreografia como se aquilo fosse mais um dia de férias: Acordar, tomar o café, dançar no aeroporto e seguir viagem.
A menininha que sujara o chão surgiu correndo e pegou a redinha de cabelo da faxineira que a perseguiu por metade do saguão enquanto a criança fuigia. O cara com cabeça de coco começou a ficar sem atenção para seu recorde de quase dez minutos na posição de sentado sem ter banco pra se apoiar. Então ele descruzou os braços e começou a balançar a cabeça. Ele socou os pés do mochileiro zumbi para fora do banco, acordando-o, e se levantou, andando na direção da moça dançante e dos seguranças. A menininha e a faxineira estavam se aproximando rápido. O mochileiro foi até ele irritado, prestes a socá-lo quando, Bum! A música mudava, entrando em slowmotion, assim como todos ali, dançarinos, turista, mochileiro, menina e faxineira, todos balançando todo o corpo para trás, pegando impulso e acelerando com o retorno do ritmo, todos os que estavam dançando jogaram a onda para frente, fazendo os quatro estressados pularem pra trás como se tivessem recebido um impacto e então...
?Everybody..
Rock you body?
Cada um parou em uma pose diferente, mas todos estalavam os dedos. Andando e desviando dos dançarinos como Sakura desviava de sua mobília em casa, o pedinte loiro seguiu tranquilamente até o meio do saguão, onde a menina se mantinha de braços cruzados, na pose de gangster. Pegando seu lençol e jogando em cima dela, ele estala os dedos e os seguranças que haviam dançado com ela retiram-na de lá. Na segunda frase, a maioria das pessoas do centro se abaixou, deixando não mais que o loiro, o coco, o abacaxi, um gorducho e cara do moletom GAP igual ao dela.
?Everybody
Rock your body right??
? Oh, céus, essa não... ? disse Sasuke
? Essa sim! ? Sakura começou a soltar aqueles gritos agudos, imitando as mulheres do andar de cima, que assistiam a tudo de camarote.
?Backstreet's back alright!?
E num salto, todos os dançarinos se colocaram de pé, e mais uma dúzia de pessoas que estavam misturadas com os civis entraram para a coreografia, marchando onde estavam com o punho direito no meio da testa. Lá no saguão, três garotas e dois homens começam a se mexer, seguindo os mesmos movimentos dos seguranças. Eles chegam dançando até o meio, de hora em hora mexendo os braços em onda e tocando em alguém aleatório, fazendo-o começar a se mexer até entrar na coreografia.
Já estava na casa das centenas a quantidade de dançarinos ali disfarçados e eles começavam a fazer a coreografia nas escadas, o que indicava que logo, logo, o andar de cima seria o próximo.
? Ai que nervoso! ? exclamou uma moça perto de Sasuke. ? A gente nunca sabe quem vai começar a dançar, não é querido?!
E o homem ao lado dela ri alto, ajeitando o terno e passando a mão pela juba branca que mantinha presa em um rabo de cavalo.
? Sabe o que mais, querida? Às vezes a gente sabe.
E o sujeito começou a dançar, arrancando gritos histéricos da mulher e de suas amigas, ensurdecendo-os do lado esquerdo. Sakura também as imitou ensurdecendo o lado direito. O tal Uchiha deu um salto com o susto. Ela riu. Onde quer que esteja uma Fangirl gritando histéricamente, lá estará a Haruno imitando-a pelo puro prazer de ser capaz de gritar mais alto e mais agudo. O homem de juba branca estende a mão para a menina do quiosque, a que Sakura assustou, e logo ficou claro o porquê dela não saber responder perguntas sobre o aeroporto... todos os outros também formavam duplas.
? Jirayaaaa!!! ? gritavam as mulheres enquanto todos os dançarinos se dividiam em duplas, prosseguindo com a dança agora um de frente pro outro.
E cada dupla completava os movimentos um do outro à medida que o remix intensificava, revelando a próxima trilha. Quando se pensava que iam ouvir ?Backstreet?s back, alright!? uma última vez a música muda para ?Where Have You Been?, da Rihanna e, muito convenientemente, sem querer, mas também bem aliviada, Sakura avistou uma Ino acenando freneticamente pra ela do andar de cima.
?I've been everywhere, man
Looking for someone
Someone who can please me
Love me all night long
I've been everywhere, man
Looking for you, baby
Looking for you, baby
Searching for you, baby?
? Ei, me faz um favor! ? pediu Sakura entregando o celular para o monocromático. ? filma pra mim?'
"Where have you been?"
? Claro, por quê?
"'Cause I never see you out
Are you hiding from me, yeah?"
? Não é óbvio? ? riu a Haruno. ? Eu faço parte do flash!
?Somewhere in the crowd?
E a Haruno arregaçou as mangas, puxando o capuz para cima dos cabelos róseos com um giro dos ombros e entrando na coreografia com a facilidade de quem completa a frase do professor do jardim. Era talvez a parte mais legal do Flash, com muitos movimentos em bem pouco tempo. Sakura abriu os braços e afastou a perna direita, girou o tronco e as mãos por cima da cabeça encapuzada, dobrou e esticou braços e perna várias vezes ao ritmo e tudo com seu novo amigo filmando bem de perto.
?Where have you been?
All my life, all my li-i-i-i-ife...?
? Ótimo! - e eis que o Uchiha se aproximava. Diferente dos outros, que se afastaram para lhe dar espaço quando ela começou, ele chegava mais perto, e, depois de filmar um pouco com ambas as câmeras, as guardou no bolso do blazer e o entregou para alguém, pedindo para que guardasse. ? Eu também.
E ambos giraram o braço por sobre a cabeça, batendo o calcanhar no chão ao som de música, gritos e muitas, muitas pessoas dançando junto. Jogaram ambos os braços para a esquerda duas vezes, depois por cima da cabeça enquanto se abaixavam, também duas vezes, e chegando ao chão, afastaram perna e braço direitos, trouxeram de volta, depois perna e braço esquerdos, Deus, aquela era sua parte favorita, se levantaram, duas palmas jogando o quadril pra direita, duas jogando pra esquerda, rebolar enquanto erguem os braços, poses, e então iam pra frente, empurrando os braços e sacudindo os joelhos. Ela fizera aquilo tantas vezes com Ino que quase enlouquecera. Ela e sua irmã tinham facilidade, sim. Mas o Uchiha tinha mais. A diferença entre ligeiras crianças como elas, que sabem completar as frases, o Uchiha, dançando com a facilidade de um professor que larga uma frase para as criancinhas.
E enquanto as pessoas, riam, tiravam fotos, filmavam e se atrasavam e a batida continuava...
?Hey, yo, homens e mulheres prestes, ou não, a embarcaaar!? gritava a voz masculina nos auto-falantes sem abalar os dançarinos ?Hoje, 25 de dezembro, a Kage International Airport orgulhosamente lhes presenteia com FlashmoBee! O Evento surpresa tradição desta querida cidade, perita em atrapalhar seu dia a dia com tanto estilo que você gosta! Yooooo!
E todos começaram a aplaudir, mas ainda não havia acabado.
?Vamos ver se nossos dançarinos fizeram bom proveito de seu tempo pra treinar suas equipes! Com vocês...? e todos reconhecem o som de ?I?m Sexy and I Know it?. ?Os líderes!?
E enquanto a maioria se abaixava por todo o saguão, sacudindo as mãos acima da cabeça numa reverência, não permanecendo mais que dez pessoas de pé, posando para fotos como os próprios Redfoo e SkyBlu no videoclipe. Sakura reconheceu a menina que dançou primeiro, Fuun dos Hime, O velho executivo, Jiraya, dos V.E. (Velhos Executivos, sim é ridículo, mas muito autêntico) e mais à frente, próximo à tal Bomboniere, dançando com bochechas tão ou mais rosas que seu próprio cabelo, a garota dos Ko.Yotes (Konoha Yotes. Não, ninguém sabe o que são ?yotes?). Porque ela sempre pulava tanto?
continua...