N/A: DESCULLLPEMMMM! sei que demorei MUIIIIITOOO, mas pelo menos postei.
Seus olhos se abriram mostrando os belos orbes cerúleos demonstravam uma exaustão enorme e sofrida. Piscou lentamente tentando se acostumar à claridade daquele local, olhou para todos os lados em que seus olhos conseguiam percorrem sem sequer mexer o rosto, pois não tinha força para tal. Podia ver a grande luminária que continha milhares de lâmpadas brancas que focavam em si. Seus olhos se arregalaram ao ver seu suposto reflexo no vidro da luminária. Seu corpo estava nu e amarrado nos tornozelos e pulsos por correntes de ferro puro, seu corpo frágil e esquelético estava todo machucado, marcas recheadas, em alguns locais sua pele estava queimada e feridas extensas completamente abertas ainda sangravam abundantemente, assim o sangue minidavam a maca que estava acorrentado e pingava no chão já criando poças do lÍquido escurecido. Ele tentou mexer o corpo, mas foi em vão. Estava quase que petrificado e não sentia o corpo, pelo menos não sentiria dor.
O barulho de uma porta sendo aberta quebrou o silencio sepulcral da sala, ouviu passos que se aproximavam lentamente ate que viu um rosto aparecer repentinamente à frente do seu. Era um homem, pelo menos parecia, tinha cabelos negros e lisos, pele extremamente pálida e grandes olheiras abaixo dos olhos estranhamente amarelos. O menino sentiu um arrepio percorrer seu corpo antes dormente, ao olhar nos olhos do homem.
-Kukuku, já acordado pequeno? ? disse sarcástico enquanto descia o olhar para o corpo desnudo e judiado do loiro, o homem lambeu os próprios lábios causando um arrepio de medo no menino. Aquele olhar era malicioso e ao mesmo tempo psicopata. ? Disseram-me que você era forte... E realmente você me surpreendeu número 566.
Ele viu o homem apalpar-lhe as coxas, felizmente nada sentia, nada alem de nojo.
-Fizeram um ótimo trabalho em você, deve estar cansado... ? o loirinho continuava a encara-lo. ? Vou mandar que o levem ao seu quarto, precisa de repouso... ? quando terminou de falar se abaixou e lambeu uma ferida profunda ainda aberta no abdômen. O pequeno gemeu de dor. Ah, como essa sensação já era conhecida. ? Acho que já está pronto, logo se tornará uma arma perfeita.
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-O que fizeram com você?- o moreno questionou sentado na cama ao lado da outra que o loirinho repousava, agora vestido com uma calça e com o corpo tampado por um lençol. ? Responda!
O pequeno se remexeu desconfortável na cama, mas fez uma cara de dor por causa dos ferimentos.
-N-nada 389, nada... ? murmurou. O moreno fechou a cara e se levantou, cruzando o pequeno caminho até a cama de seu amigo e puxou num rompante o lençol.
-Isso não é nada?! ? disse depois de olhar o corpo deformado do loiro. ? 566, por que eles fazem isso com você? ? agora com um tom que transparecia a dó e pena pelo sofrimento do amigo levou a mão até um arroxeado perto do local onde devia estar o coração do loiro, o massageando delicadamente.
-Não sei... ? mentiu o pequeno, pois sabia muito bem que ali, era um experimento, uma cobaia. O maior se deu por vencido sabia que faziam aquilo somente com seu amigo, mas nunca entendeu o porque. Ainda sim não desistiria de descobrir o motivo de tal barbaridade.
-Os ouvi dizer algo sobre um demônio que vão invocar. ? confidenciou o moreno recolocou o lençol sobre o corpo do menor. ? Acho bem estranho fazerem isso, afinal um demônio pode destruir tudo né.
Não foi uma pergunta.
-Hai...
?...logo se tornara uma arma perfeita.? O loirinho arregalou os olhos.
-Uma arma...
-Hã? ? o moreno que antes olhava pela janela voltou o olhar ao menor. ? Arma?
-Nada.
-Hum. ? voltou a olhar pela janela pensativo.
A mente do loiro trabalhava a mil, ligando os pontos em comum, afinal fora treinado para ter uma inteligência superior, e aquele era o momento para utiliza-la.
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Seus passos eram rápidos e ao mesmo tempo hesitantes tentava ser sorrateiro, mas sabia que mesmo se empenhando ao máximo se quisessem encontra-lo o fariam sem problemas. Tinha que chegar lá e ter certeza do que sua conclusão era verdadeira. Havia uma única pessoa que podia lhe dar as respostas.
Chegou à frente da porta e hesitou a bater a porta, mas com duas batidas discretas a porta segundos após a mesma foi aberta revelando um adolescente na faixa dos dezesseis, albino de olhos lilás que lhe olhou duvidoso.
-566, o que faz aqui? ? disse dando espaço para que o menor entrasse, o pequeno entrou rapidamente e se sentou, mesmo sem ser convidado, na cama.
-Conversar.
-Sobre?
-Demônios.
-E?
-Você sabe, invocações.
O adolescente passou a mão pelos cabelos grisalhos e perfeitamente arrumados nervosamente, sabia que se abrisse o bico seria morto, além de que já tinha ideia que o loiro descobrira sobre os planos de seus superiores.
-Faremos um acordo. ? disse escorando na porta fechada.
-Qual?
-Te dou respostas e você me da um pouco de seu sangue.
-Tem um monte de amostras de meu sangue no laboratório, pegue lá. ? disse desconfiado.
-Não posso e não serve. Quero fresco.
O menor deu de ombros, pois já sabia que não arrancaria mais nada do mais velho.
-Feito. ? o albino sorriu e caminhou até uma cômoda, abriu a primeira gaveta e começou a remexer nas coisas que ali estavam.
-Demônios... Que tipo?
-Não sei, talvez os que podem ser invocados e depois de serem invocado o que fazem com eles?
-Existem muitos tipos de demônios e todos podem ser invocados, você tem que saber qual você quer e o Deus que ir pedir, e também o tipo certo de ritual. E depois que eles estão livres tem que ter um portador humano, um jinchuuriki.
-Por quê?
-Demônios são uma massa sem forma, somente um monte de energia ruim e força descomunal.
-Hum... ? o albino pegou uma seringa, fechou a gaveta e virou para o menor.
-Só?
-O que é um jinchuuriki?
- É a pessoa em que é selado o demônio. ?murmurou como se estivesse falando com um débil mental, logo sussurrando algo como: ?Curioso da porra.?
-Certo... Anda pega quanto sangue quiser. ? disse esticando o braço direito de maneira que mostrava as veias esverdeadas de sua pele pálida e cheia de cicatrizes. O maior se aproximou e enfiou a seringa logo puxando o líquido tão precioso que dava a vida ao menor. Retirou a seringa e olhou para o líquido, a seringa estava na metade o que já era o suficiente.
-Perfeito. ? murmurou pensativo.
-Até mais, Hidan-san. ? o loirinho disse já saindo, mas mantendo um dedo pressionado acima da veia perfurada.
Agora tinha as informações e tudo se ligava perfeitamente assim como havia deduzido. Ele estava sendo testado todo aquele tempo para ser uma ?arma perfeita?, o jinchuuriki de algum demônio.
Precisava avisar seus padrinhos antes que seja tarde.