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Por Vanessa Carter
Entramos no Impala do Dean, Sam e ele iam na frente, eu a Sabrina e Sammy íamos atrás. Eu ia sentada no meio, pelo fato da Sabrina não se dar muito com a Sammy. Ela ia em silêncio, Olhava pela janela, e eu sentia que ela queria chorar, eu também. Ryan era meu irmão, mas eles passavam tanto tempo juntos que parecia que um dependia do outro para viver. O silencio foi quebrado quando Dean colocou uma musica do AC/DC. Sabrina deu pulo e pediu para o Dean colocar a todo volume, vi ele dando um riso de lado e vi a careta que o Sam fez. Sammy revirou os olhos e trancou mais a cara. Sabrina começou a cantarolar e Dean a acompanhou. Fomos assim ate chegar em casa, chegamos e a Sammy foi a primeira a abrir a porta do carro e fechar com toda a força, e isso fez com que gerasse uma confusão.
- Não tem geladeira na sua casa não? ? Dean disse irritado.
A Sammy nem olhou pra ele e saiu andando. Ela ia pra casa dela que ficava a dois quarteirões da nossa. Então vi Sam gritar pra ela:
- Hey... Sammy, aonde você vai?
Ela nem se quer olhou pra ele e seguiu seu rumo.
- Essa garota tem problemas ? Disse a Sabrina e o Dean juntos.
Os dois sorriram, mas Sam saiu correndo atrás de Sammy e a segurou de leve nos braços.
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Por Sam Winchester
Eu saí correndo atrás da Sammy, ela tava triste e eu sentia isso. Peguei de leve em seu braço e perguntei:
- Sammy, aonde você vai?
Ela não me respondeu e continuou andando. Parei em sua frente, ela tentou desviar, mas fiquei de novo em sua frente.
- O que você quer? ? perguntou com raiva.
- Ajudar você! ? disse sereno.
- Não quero sua ajuda... Agora saia da minha frente.
- Não vou sair. Volte comigo.
- Não vou voltar pra nenhum lugar com você. Sai da minha frente agora.
- Ou o que? ? desafiei.
Fui surpreendido por um chute no meio das minhas pernas. Cai de dor no chão e ela seguiu rumo a sua casa. Vi Dean correr ate mim e perguntar o que havia acontecido. Eu não respondi por que ainda estava sem ar. Vi Dean reclamar e depois veio me ajudar. Eu me levantei e ainda sim fui atrás daquela doida. Sei la, parecia que éramos parecidos de alguma forma. Dean me brigou e disse pra eu não ir atrás dela, mas mesmo assim eu fui.
Arrombei a porta da casa dela e a vi descer correndo as escadas.
- Mas o que? ? ela disse irritada.
- Não vou deixar você sozinha aqui.
- Cara, já disse que não preciso de você. Sai daqui agora.
- Não vou sair. Ou você vai comigo ou eu fico aqui com você.
- Cara, sai da minha casa, eu nem te conheço.
- Eu sei o que esta passando. Já senti isso.
- Você não sabe de nada. Não me conhece e sai daqui agora.
Ela abriu a porta, mas eu fui e fechei.
- Não vou sair sem você. Por favor, venha comigo. É mais seguro.
- Seguro? ? foi sarcástica
- É. A cidade ta cheia de vampiros, eles podem atacar você.
- Eu não to nem ai.
- Mas eu estou. Não vou deixar gente inocente morrer. Olha, eu sei que não vai acreditar, mas eu já passei por isso. Uma coisa também matou minha namorada.
- Ah, não vem com esse papo furado não. ? ela disse não acreditando em mim.
- É serio. Vou contar a historia a você.
Comecei a contar tudo sobre a Jessica. Vi que os olhos dela marejaram, mas ela limpou as lagrimas antes que caíssem. Então eu disse:
- Acha que menti sobre isso?
Ela demorou a responder e a vi acenar a cabeça em sentido negativo. Sinal de que ela acreditava em mim. Então pedi:
- Vamos, por favor.
- Ta bom. Só me deixa pegar algumas roupas.
Ela subiu e 15 minutos depois voltou com uma mala cheia de roupa. A ajudei e fomos para a casa da Sabrina.
Batemos na porta e Dean veio abrir. Ele e Sammy trocaram um olhar fuzilante e ela entrou. Eu ri daquilo. Vanessa pegou no braço da Sammy e a levou para se acomodar em um quarto. Ficamos eu, Dean e a Sabrina na sala. Eu a olhei e ela também me olhou. Vi Dean da um risinho e saiu andando.
Eu fiquei envergonhado e corei por um segundo. A Sabrina começou a rir, se levantou do sofá e subiu as escadas. Eu fui atrás do Dean e ele me perguntou:
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Por Dean Winchester
- Sam, seu taradão, já ta de flerte com a menina né? ? Eu disse brincando com Sam e eu o vi corar. Ri que nem louco daquilo.
- Pára Dean, já vai começar com essas coisas sem graças que você fala? ? ele disse irritado.
- Qual é Sammy? Pode flertar a vontade com a garota.
- Haha, muito engraçado Dean. ? Disse Sam ? O que vamos fazer agora?
- Não sei. Acho que vamos sair da cidade amanha.
- Hum. Ok. Vamos ficar vigiando as garotas? ? perguntou
- Seu safadão. ? eu disse lhe lançando um olhar malicioso.
Sam fechou a cara e saiu andando pra sala. Era a minha hora de dar o troco no Sam e eu iria perturbá-lo a noite inteira.
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Por Sabrina Carter
Cara, aquele Sam era muito gostoso. Todo grandão, pirei quando vi ele. Quis flertar com ele lhe retribuindo o olhar, mas ele ficou envergonhado e aquilo me deixou profundamente excitada. Eu quero o Sam e vou fazer de tudo para conquistá-lo. Dean era muito engraçado e bastante parecido comigo. Gostávamos das mesmas musicas e aquilo me deixava bastante feliz. Já que a Vanessa não curtia minhas musicas e sempre ficava reclamando. E a Sammy ein? Ela tava fazendo doce, querendo mexer com o Sam, o meu Sam. Eu sei que ela ta triste e tal pelo Ryan, mas ela tem que superar. Não ficar bancando a garota rebelde.
Fui atrás da Vanessa porque queria conversar com ela. Entrei no quarto dela e não a vi. Fui no meu e ela também não tava la. Fui ate o quarto do Ryan e ela estava la junto a Sammy.
A Sammy tava abraçada com uma blusa do Ryan, mas estava em silencio. Ela não expressava nenhum tipo de sentimento. Olhei pra Vanessa e ela entendeu que eu queria falar com ela. Então ela foi ate a Sammy e disse:
- Tudo bem se eu deixar você aqui?
A Sammy acenou com a cabeça e falou:
- Se importa se eu me trancar no quarto do Ryan? Sei la... preciso ficar sozinha um pouco com as coisas dele.
- Promete que não vai tentar se matar? ? Disse a Vanessa lhe lançando um olhar interrogativo.
- Não. Eu só quero ficar sozinha ok?
- Ta bem. Qualquer coisa é só me chamar ok?
Minha irmã era tão boazinha. Ela era mais velha que eu 4 anos, ela era o meu oposto. Ela sempre conquistava as pessoas com seu jeito meigo. Ela era muito bondosa.
A peguei pela mão e a levei ate o meu quarto. Comecei a falar que eu tava interessada no Sam e que tentaria conquistá-lo. Ela disse que tinha se encantado com o Dean, mas meio que ficou com um pé atrás sobre eles. Não sabia que eram, e como nos acharam. Aquilo apenas me deixava mais excitada. O fato de eles serem misteriosos me intrigava um pouquinho.
Conversamos um tempão então eu desci para beber um copo de água. Dean tava sentado num sofá e o Sam no outro. Passei por eles e fui até a cozinha. Abrir a geladeira e meio que me assustei quando ouvi o Dean dizer:
- Então você gosta de rock?
- Adoooooooooro.
- Ó, eu só vim aqui para avisar que amanha sairemos da cidade ok? Avise pra sua irmã e pra aquela outra doida.
Eu ri do Dean ter chamado a Sammy de doida. Ele pensava justamente como meu. Perguntei:
- Vocês não vão descansar?
- Sim, eu vou dormi um pouco e o Sam vai ficar reparando. Depois eu acordo e ele descansa.
- Hum... ta bem então. Boa noite cara.
- Boa noite. ? Dean respondeu.
Antes que eu saísse da cozinha o ouvi perguntar:
- Sabrina você poderia me responder uma coisa?
- Sim ? disse meio intrigada.
- A Vanessa... ela.. er... ela tem... namorado?
Ri do Dean e ele ficou me olhando me achando doida. Eu disse:
- Você já quer flertar com a minha maninha?
- Não, é que... ? Dean começou a gaguejar e saiu andando.
Dei outra gargalhada e subi para meu quarto. Fui ate a Vanessa e avisei que iríamos sair de manha. Ela avisou a Sammy e eu fui dormir.
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Por Sammy Wolker
Eu estava triste demais com a morte do Ryan. Eu o amava demais. Vê-lo morrer no meu lugar foi a pior coisa que já me aconteceu. Eu me sentia culpada por isso. Talvez se eu não tivesse brigado com ele e saído que nem um a doida, ele ainda poderia ta vivo. Eu prometi que ia me vingar e é o que eu vou fazer. Ainda lembro da cara daquele desgraçado que matou meu Ryan. Confesso que tentei me matar, mas a única coisa que me mantinha ligada a vida era a vingança. Assim que eu me vingasse, eu cortaria os meus pulsos ou me enforcaria. Eu precisava dele para viver. É como se uma parte de mim tivesse morrido com ele. Resolvi descer e beber um pouco de água. Eu não comia a dias e a única coisa que me mantinha hidratada era água. Desci e vi os olhares de Dean e Sam me seguirem. Nem liguei, fui a cozinha e quando me virei uma coisa apareceu do nada na minha frente. (depois do que aconteceu com o Ryan, eu não sentia medo de nada). Minha reação foi da um passo pra trás. Acabei batendo na garrafa de vidro que caiu e se espatifou no chão. Dean e Sam vieram correndo. Mas de certa forma eu sentia que não devia ter medo daquilo.
Era um homem. A única coisa que reparei nele foi que vestia um sobretudo e seus olhos... seus olhos eram tão lindos. Um azul que... quase me perco dentro deles. Ele ficou me encarando e eu tava tão perdida naqueles olhos que só quebrei meu campo de visão com ele quando ouvi o Dean falar:
- Castiel, que bom que esta aqui. Precisamos da sua ajuda.
Ele continuava olhando pra mim então num gesto de rebeldia eu disse:
- Que foi? Nunca viu não? Sua mãe não te ensinou que encarar as pessoas é falta de educação?
Ele olhou pra baixo e desculpou-se.
Nossa, a voz dele era tão... tão... sexy.
Mas o que diabos estava acontecendo comigo?
Ele olhou para o Dean e falou:
- Precisamos tirar elas daqui. Eu descobri o ninho deles e eles estão pretendendo atacar amanha.
- Ótimo. ? pronunciei e todos me olharam.
- Como assim ?ótimo?? ? perguntou Dean franzindo o cenho.
- Vamos enfrentar eles ora. ? Falei como se aquilo parecesse a coisa mais obvia do mundo.
- Você não vai a lugar nenhum ? Disse Dean.
- Ah é? E quem foi que disse que eu preciso da sua autorização ein? ? desafiei.
Dean ia dizer alguma coisa, mas foi interrompido por Sam:
- Você não pode ir la. É perigoso. Você pode morrer.
- E quem disse que eu to ligando para a droga da minha vida? Eu já perdi os meus pais, e agora perdi a pessoa mais importante e valiosa que eu tinha. Acha que eu ainda tenho motivos para viver?
- Todos nós temos um motivo para viver. ? disse o tal Castiel. ? Cada pessoa tem um papel importante na terra. Deus escreve certo...
Eu o interrompi:
- Se disser certo por linhas tortas mato você. E nem me vem com esse papo furado de deus não que eu to passando longe disso.
Castiel mais uma vez abaixou a cabeça e falou:
- Você só precisar ter fé.
Me revoltei com aquilo e comecei a gritar que nem uma doida:
- TER FÉ? EU PRECISO TER FÉ? FÉ EM QUEM? ME DIZ... VOCÊ DISSE QUE DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS. MEU QUERIDO, SE REALMENTE É ASSIM, ELE TA FAZENDO UM BORRÃO DA MINHA PAGINA. ELE ESTRAGOU A MINHA VIDA. PRIMEIRO MEU PAI MORREU, DEPOIS MINHA MÃE E AGORA O MEU NAMORADO. NA BOA, NÃO VEM ME FALAR EM FÉ NÃO. SEU DEUS FEZ ISSO COM A GENTE. ELE NOS CONDENOU A MORTE E EU, QUER VOCÊS QUEIRAM QUER NÃO, VOU ENFRENTAR AQUELES DESGRAÇADOS QUE MATARAM O RYAN. EU VOU ME VINGAR E EU QUERO SABER QUEM VAI SER O IDIOTA QUE VAI ME IMPEDIR. ? Disse aquilo e ouvi as vozes da Vanessa e da Sabrina.
- Mas o que esta acontecendo aqui? E quem é você? ? perguntou Vanessa apontando para Castiel.
Ele mesmo se apresentou:
- Eu me chamo Castiel e sou um anjo do senhor.
- Haha. Essa é boa, um anjo do senhor ? ironizei.
- Como assim? ? perguntou Sabrina incrédula.
- Ele é um anjo caído. ? disse Sam.
- Fala sério. Se você é um ?anjo do senhor? ? disse fazendo menção as aspas - mesmo, cadê as suas asas? ? o desafiei.
- Menina, mais respeito comigo. Eu te conheço e sei que não era assim.
- Se me conhece sabe muito bem o que posso fazer se vocês tentarem me impedir de ir nessa caçada. ? disse encarando Castiel.
- Você não ousaria. ? disse ele
- Tentem me impedir e todo mundo aqui morre. ? Disse encerrando a conversa e correndo pro quarto do Ryan.