Mais que um mero conto de natal

  • Finalizada
  • Lady S2
  • Capitulos 4
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 30 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 4

    A verdadeira historia da garota Cradle of Filth

    Álcool, Drogas, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    A elegante dama se arrumou na cadeira se sentindo desconfortável com o pedido do médico.

    -Bem doutor, antes de tudo, tenho de te contar alguns fatos, no ano de 2006, no ponto de ônibus em frente minha casa uma garota que havia acabado de se mudar para o bairro foi violentada e morta naquele ponto, ela foi encontrada quase sem roupas apenas com uma camiseta da banda Cradle of Filth, meu filho não tinha conhecimento desse fato, mas eu precisava lhe contar esta historia para você entender o resto. No ano de 2008 meu filho chegou em casa com o CD da tal banda Cradle of Filth, antes disso ele era um garoto normal como todos os outros, adorava esportes e ficar com a família, mas a partir desse momento ele começou a se fechar em seu próprio mundo, não saia mais com os amigos, ficava trancado no quarto, aos poucos seu guarda-roupas começava a morrer com ele, só usava preto, evitava o convívio com a família, até que resolvi perguntar quem lhe dera aquele CD, ele simplesmente respondeu que não sabia e que havia o encontrado no ponto de ônibus e continuou a ouvir a tal banda. 2 anos dedicado a essa banda, 2 anos da sua vida perdidos, até que no ano de 2010, exatamente no natal ele saiu dizendo que iria comprar os presentes, eu pedi para que ele tomasse cuidado e não demorasse, ele ficou o dia inteiro na rua e voltou com as sacolas e um sorriso nos lábios, achei que o meu filho tinha voltado a ser o mesmo. Fiquei tão contente, vi que era loucura o que eu estava pensando, que não precisava tratar meu filho como um louco, um demente, que ele estava voltando a ser o rapaz de antes. Então ele foi para seu quarto para tomar um banho e depois voltou para jantar conosco, conversamos alegremente como nos velhos tempos. Após o jantar TV e depois cama. No dia seguinte, como era de costume, fui acordar meus filhos para o café e meu filho não se encontrava no quarto e me deu um desespero na mesma hora, desci a cozinha já pensando em ligar pra seus amigos, afinal, eu tinha uma ceia para preparar e esse moleque some, eu não podia me dar ao luxo de procurá-lo, meu marido era um homem de negócios e receberia alguns investidores essa noite no natal, quando cheguei à cozinha lá estava ele com a maior cara de taxo ?Onde você dormiu moleque?? ?Na casinha mãe? ?Você acha que tem 11 anos para fazer esse tipo de coisa comigo? Estava preocupada? ele não me disse nada, começou a subir as escadas para seu quarto só que a certo momento ele voltou para a sala então ele voltou até mim e me perguntou ?Mãe, posso convidar uma pessoa para ceiar com a gente?? ?Quem é meu filho? Alguma namoradinha?? ?Pode se dizer que sim mãe? ?Mas ela não vai ceiar com a família?? ?Os pais dela morreram, ela não tem com quem comemorar o natal? ?Então pode meu filho? Meu filho saiu de perto de mim e eu comecei a pensar que ele não tinha nenhum problema psicológico, só estava bancando o adolescente normal com sua rebeldia, então eu ouvi ele falar com alguém no telefone ?Oi, Brenda, é o Erik, lembra de mim?? depois de algum tempo ele disse ?Eu estava pensando em convidar você para ceiar com a gente hoje, você aceita?? ai depois de mais um tempo ele disse ?Combinado? ele voltou até mim e disse que eles iriam ver ascender as luzes da grande arvore de natal e depois voltariam para ceiar e disse que iria tomar um banho depois voltaria para me ajudar com os preparativos, após um certo tempo meu filho voltou para me ajudar, enquanto preparávamos a ceia e conversávamos eu pensava foi bom manter-me alarmada, feito escândalo, exposto meu filho a um tratamento psicológico e pior, expor minha família ao ridículo, afinal, somos uma família de classe alta, não podíamos manchar nossa imagem dessa maneira e quem sabe essa namorada devolvesse meu filho a suas verdadeiras atitudes. Quando foi 7 da noite meu filho subiu para se arrumar para seu encontro, estava ansiosa para conhecer a namorada dele. Enquanto ele saiu mais ou menos as 9 da noite os convidados de meu marido chegaram, os recebi e fiz sala para eles, estava tudo perfeito, quando mais ou menos as 11 da noite, quase horário de servir a ceia me ligaram, era da unidade policial do World Trade Center, disseram que meu filho havia tido um surto psicótico e gritava que uma garota inexistente havia se matado com um tiro. Eu e meu marido corremos para o local, para buscá-lo, ele estava de fato desesperado e gritava que a namoradinha dele havia se matado, perguntei da tal garota, todos me disseram que meu filho havia chegado ao local sozinho. Imagina doutor, a reação de uma mãe, a saber, que seu filho é louco, pois bem foi essa a minha reação, eu surtei, com que cara devia encarar as minhas amigas do clube e a alta sociedade nova yorkina com um filho louco.

    -Bom, senhora, agora me de algumas explicações de alguns fatos que seu filho relatou.

    -Quais fatos doutor?

    -O sangue da tal primeira vez dos dois.

    -Doutor, não existe sangue nenhum, se você quiser conferir o colchão da casinha na árvore

    A elegante senhora tirou uma pasta de sua bolsa e encarou seriamente o doutor

    -Tenho que relatar alguns fatos que estão todos registrados nesta pasta, primeiro, o dia que meu filho saiu para comprar os presentes um coveiro dissera que ele passara o dia inteiro lá, sentado num determinado túmulo, segundo fato, eu liguei para o número que ele havia discado no dia do surto perguntando pela tal Brenda, um senhor me atendeu e eu falei ?Alô? ele respondeu ?Quem fala?? ?Aqui é Sarah Jersey, gostaria de falar com a Brenda? o senhor grosseiramente respondeu doutor ?Olha minha senhora, eu não sei de que canal a senhora é, de qual documentário a senhora esta querendo fazer, mas eu já disse e cansei de dizer para várias emissoras que não vou dar nenhum depoimento sobre o assassinato de minha sobrinha, já fazem 4 anos e vocês ficam querendo desenterrar essa historia? na hora me desesperei então contei a ele o que havia acontecido e depois de muita insistência ele resolveu me encontrar e para provar que a sobrinha estava morta, resolvemos nos encontrar no cemitério, no túmulo da mesma. Quando cheguei ao local, não acreditei no que vi, três túmulos pretos de mármore e o do meio tinha a foto de uma linda garota de olhos negros e longos cabelos pretos ondulados e na placa estava escrito ?Brenda Brelly 01/07/1989-23/12/2006? Me surpreendi com o que vi, o seu tio começou a contar a historia, disse que os pais da garota eram botânicos e que morreram em um acidente de carro quando ela tinha apenas 5 anos. Brenda cresceu uma garota tímida e calada, em 2006, quando voltava da escola ela foi brutalmente assassinada e violentada no ponto de ônibus perto da minha casa, seu caso ficou conhecido como ?A Garota Cradle of Filth? por ter sido encontrada apenas usando uma camiseta da banda.

    A elegante senhora entregou a pasta para o doutor que após examinar deu seu laudo

    -Minha senhora tanto a displicência sua quanto a de seu marido fizeram com que a esquizofrenia de seu filho chegasse a esse nível, quanto a esse caso creio que seja apenas coincidência, vocês acreditam em Deus? Bem, isso não é da minha conta, mas se acreditam, rezem, pois ao nível em que esta a esquizofrenia do filho de vocês só um milagre para fazer com que o tratamento de certo.

    Após mais algumas palavras com o doutor o casal saiu do consultório do mesmo se dirigindo para sua casa e o doutor ficou em seu escritório pensando uma maneira de ajudar o pobre rapaz.

    E eu quem sou? Sou apenas uma alma que pela maneira brutal ao qual fui assassinada vagava entre os dois mundos, mas a inocência desse rapaz me fez com que eu pudesse descansar em paz. Se eu o amo? Sim, esperá-lo-ei eternamente até que a morte dê seu abraço amigo e o traga para mim. O que vivemos não foi um sonho, ou um delírio esquizofrênico por parte dele, só foi algo tão intenso que nenhum ser humano vivo saberia explicar e aqui ficarei, vigiando cada segundo da vida dele, pois quando ele disse que me amava o meu coração gélido mortal e amargurado pelas brutalidades cometidas se aqueceram um pouco mais. Meu nome? Brenda Brelly.


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