Sem saída
Eu só sabia que corria
Corria naquela noite fria,
Naquela floresta escura e densa,
Fugindo de algo que eu não conhecia.
Um sentimento forte me abatia.
Ele queimava meu consciente,
E embrulhava meu estômago,
Mas eu não o conhecia.
Minha vista se tornava turva,
Minhas lágrimas a me perturbar.
A dor que me sustentava.
Eu nem sabia em quem pensar.
Corria para meu destino,
Mas que destino ei de ter?
Uma alma imunda como a minha,
Para onde poderia correr?
O som de vozes na mente,
O choro de uma criança,
O cricrilar dos grilos,
O desejo de vingança.
Para onde ei de correr,
Oh lua majestosa?
Onde poderia me esconder,
Nesta noite tão ardilosa?
A dor mais forte e o som do vento.
Meus pés traíras me causam um tropeço.
Na corrente gélida da vida,
Eu vejo o espelho dos acontecimentos.
Minha vida passa em meus olhos.
A vida que eu não queria ter,
O destino que não me foi traçado,
Do qual eu não poderia correr.
Meu subconsciente grita:
? Não! Fique comigo!
E eu sorrindo aceno,
? Adeus, meu bom amigo.