Ciúmes e Rivalidade

  • Fedesa
  • Capitulos 24
  • Gêneros Colegial

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    10
    Capítulos:

    Capítulo 16

    O Domingo sem Hinata.

    Linguagem Imprópria

    Normalmente eu acordaria tarde em um domingo, muito tarde, ainda mais em um domingo chuvoso. A questão é que eu só poderia acordar se eu tivesse dormido e o caso é que isso não havia acontecido.

    Acho que isso se deve ao fato de eu estar muito agitado ou talvez então eu estivesse com a cabeça muito cheia, porém o que realmente me intrigava era o fato de Hinata não sair mais de meu pensamento. Toda vez em que eu fechava os olhos, em uma tentativa de dormir, a imagem de nosso encontro vinha em minha mente, o sorriso dela me deixava... estranho. Até pensei que estava delirando, afinal nunca fui muito de falar com a Hinata, mas em nosso encontro ela se mostrou tão comunicativa, tão carinhosa e gentil, me confortando na roda-gigante.

    É isso!! O problema todo estava na roda-gigante. Se eu soubesse que teria tanto medo daquele brinquedo nunca teria a incentivado a irmos nele. Foi ele quem me fez aproximar-me tanto de Hinata e agora, por culpa dele, não consigo tirá-la da cabeça. Seu sorriso tímido parecia estar gravado em minha mente e eu não consegui mais pensar em nada a não ser nela.

    Afundei minha cabeça no travesseiro em uma tentativa inútil de esquecê-la. Não sei quando, mas só percebi que havia dormido quando feixes de luz, muito fracos, atravessaram a cortina de minha janela, podendo assim tocar em minha pele e fazendo com que eu acordasse. A manhã chuvosa agora dava lugar, ao poucos, ao sol deixando o dia um pouco mais aconchegante.

    A primeira coisa que fiz foi me perguntar se tudo o que acontecera no dia anterior havia realmente acontecido e quando finalmente me dei conta de não havia sido mesmo um sonho, meus lábios se curvaram, sem minha permissão, me deixando assim com um sorriso, certamente bobo, em meu rosto.

    Me perguntava o porque de eu estar tão feliz com um simples encontro. Pensei na hipótese de ser por causa de Hinata e a maneira como ela havia sido legal no dia anterior. Mas decidi acreditar que era pelo fato de minha vingança ter a capacidade de êxito, já que o encontro havia sido realmente divertido. Agora eu só teria de arranjar um jeito de Sasuke ficar sabendo deste fato.

    Já sei!! Eu iria contar a Sakura. Já que agora ela estava namorando o Sasuke, fato que realmente me deixava furioso, ela poderia acabar deixado escapar que eu lhe disse que tive um encontro com Hinata e também, já fazia um tempo que eu não conversava com ela, o fato de ela agora estar com meu melhor amigo me magoara muito.

    Se tudo ocorresse bem eu teria grandes possibilidades de acabar com esse namoro, que nem devia ter começado, e de sobra ficaria com a Sakura, a garota que eu sempre gostei. Havia a possibilidade de que se Sakura contasse a Sasuke sobre Hinata e eu, ele ficasse com muita raiva e começasse a descontar nela que ficaria muito magoada e terminaria o namoro e eu como amigo que sou seria seu ombro amigo e quando chegasse a hora me declararia para ela.

    Também havia a possibilidade de Sasuke se sentir ameaçado e começar a conversar com Hinata, o que não me alegraria muito admito, e então Sakura ficaria com ciúmes, eles acabaria brigando e consequentemente terminado e lá estaria eu de novo como seu ombro amigo e assim novamente aproveitaria a oportunidade de me declarar para ela.

    Porém algo me intrigava. No final de tudo isso Hinata poderia acabar saindo machucada e assim eu estaria quebrando a promessa que fiz a mim mesmo, se bem que foi ela quem se voluntariou a me ajudar a conquistar uma suposta garota, mas mesmo assim vê-la triste estava fora de cogitação. Eu teria de esperar mais um pouco, porém eu com certeza falaria de nosso encontro para Sakura, quem sabe, com sorte, ela ficasse com ciúmes de mim? Bom não custa tentar, não é? Como dizem, a esperança é a última que morre.

    Fui tomar meu costumeiro café da manhã. Minha cabeça trabalhava a mil por hora só pensando no próximo passo de minha vingança. Bem, para começar eu tinha de arranjar outra desculpa para me encontrar com Hinata novamente, mas o que poderia ser?

    Eu estava mal em matemática, corria risco até de reprovar na matéria, será que ela poderia me ajudar? Assim eu estaria matando dois coelhos em uma só cajadada. Até porque seria muito prazeroso poder conversar tão abertamente com ela novamente. No sábado percebi que Hinata não era tão tímida como parecia, ela só gostava mesmo era de ficar na dela, mas era uma pessoa bastante alegre e uma ótima companhia.

    Estava decidido. Eu definitivamente pediria para ela me dar uma mãozinha nos estudos, ela não suspeitaria de absolutamente nada sobre minhas segundas intensões, não suspeitaria de minha vingança. Hinata era pura e ingênua demais, esse era mais um motivo para no fim de tudo isso eu acabar encontrando um jeito de não magoá-la.

    Aos poucos voltava a chover, então fui em direção à sala e escolhi algum filme, aleatoriamente, para assistir. Antes de o filme começar fui em direção ao meu quarto pegar um cobertor para poder me cobrir enquanto estava vendo TV.

    Quando voltei, pus o filme para começar. De repente senti uma sensação nostálgica, não sei por que e nem se tinha algo a ver com o filme que eu havia escolhido, mas do nada comecei a pensar que estar ali com Hinata não seria nada mau, ter ela envolta de meus braços enquanto assistíamos a um filme juntos, podendo sentir sua pela, certamente macia. Isso deveria ser muito bom.

    Lá estava eu novamente pensando em coisas impossíveis e que nunca aconteceriam, não porque eu não quisesse, mas porque não era mesmo para acontecer, eu estava certo de que no futuro a pessoa que estaria ali comigo assistindo a um filme envolta em meus braços não seria Hinata e sim Sakura, minha querida rosada, embora os olhos de Hinata fossem tão encantadores quanto a cor dos cabelos de Sakura, Sakura ainda era minha amada, eu estava fazendo de tudo, sendo uma pessoa que eu não costumava ser, por sua causa. Para no fim poder ficar junto dela, como um casal apaixonado e realmente feliz. Eu só queria isso. Só queria estar junto de alguém que gostasse de mim. Isso era pedir muito?

    Acho que todo ser humano tem o direito de ser feliz e, como todos, esse era o meu maior desejo. Desde a primeira vez em que vi Sakura me admirei por sua beleza, fiquei completamente encantado. Estava certo de que em algum dia nós dois certamente ficaríamos juntos, então quando ela veio falar comigo pela primeira vez, vi que isso realmente poderia acontecer, então comecei a querer chamar a sua atenção, porém ela sempre só ficava falando do Sasuke.

    Na época eu não entendia o que isso significava ou o que poderia significar, mas mais tarde percebi que Sakura era completamente apaixonada por Sasuke, acho que foi a aí que comecei a competir com ele em tudo, foram aí que os apelidos começaram. Pensei que um dia eu poderia ter uma chance com ela. É só isso que eu quero, apenas uma chance e eu tentarei de tudo para dar certo entre nós, sei que poderia fazê-la muito feliz.

    Mas agora isso não parecia mais tão certo assim. De algum jeito tudo parecia errado e só o que me acalmava era um sorriso, um sorriso lindamente tímido de um anjo. Foi pensando nesse sorriso que acabei adormecendo durante o filme, em uma tarde chuvosa de um domingo chuvoso e tudo o que eu sabia é que estava tendo um sonho muito bom.


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