Europa - Yami kara no Tenshi 闇からの天使

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    Capítulo 2

    E começam os planos.

    Álcool, Adultério, Drogas, Linguagem Imprópria, Mutilação, Suicídio, Violência

    As duas saíram da sala e mantiveram-se em silêncio. Ao chegar em uma sala toda branca, com classes e cadeiras brancas. Já haviam outras garotas sentadas em suas devidas classes, a inspetora apontou a de Francesca que foi até ela em silencio.

    Depois de sentar-se, a inspetora foi até um pequeno palanque que se encontrava em frente ao quadro negro e começou a falar.

    ? Bem vindas à Petrivier. Todas vocês. Nossa instituição resume em ensinar com rigor e fibra. Assim sendo, vocês poderão ser pessoas bem sucedidas pelo resto de suas vidas. Saíram com vinte anos, formadas e bem preparadas para a vida. ? falou a mulher com uma vontade não maior que o tamanho do nariz dela. ? Começarei com as penas regras que todas terão de obedecer. Se assim fizerem, nada acontecerá a não ser a fartura. ? ela andou até o quadro e escreveu a palavra: ?DISCIPLINA? ? Bem, nossa escola é baseada em uma disciplina rígida e bem elaborada... ? depois de dez minutos falando nas matérias e horários de aula ela enfim, começou a falar nas regras. ? Vocês devem estar em seus quartos quando o terceiro sinal soar. Caso ao contrário, quem ser pego andando pelos corredores depois do sinal será devidamente punido. Durante as aulas, deve ser feito todos os exercícios cobrados, e também, quem quiser ir ao banheiro ou a qualquer lugar, terá de ir antes do sinal para entrar para a aula soar, caso contrário, atividades particulares serão dadas como desrespeito as regras e a aluna será devidamente punida. Qualquer bem material a não serem roupas, está PROIBIDO! ? disse a inspetora em tom grave. Depois de ditar todas as regras ela disse: ? Senhorita Mcfitz permaneça comigo, as demais estão liberadas. Hoje não haverá aulas, somente um tempo livre para que vocês se estabilizem.

    Todas as meninas levantaram e saíram. Francesca permaneceu sentada. A inspetora não tirou os olhos dela.

    ? Me acompanhe. ? Francesca levantou. As duas saíram da sala de aula. A inspetora a acompanhou até uma cantina ampla. ? Aqui é a cantina, onde todas as alunas almoçam, aqui, alunas de outros anos se encontram, mas nas horas de estudo, primeiro ano, segundo ano e terceiro ano, tem uma ala assim como os dormitórios. ? Elas voltaram e pararam em frente a uma grande janela de vidro. ? Lá é o nosso jardim interno. ? a mulher virou e apontou para uma porta de ferro. ? Ali são os banheiros e chuveiros. Todos coletivos. E ali... ? ela mostrou uma grande porta com um cadeado de ferro. ? Bem, ali é apenas uma sala da qual você ainda não precisa saber. O que eu lhe mostrei foi o básico, com o tempo descobrirá as coisas sozinha. Vou lhe acompanhar até seu quarto.

    ?Não vou mesmo ficar presa aqui!? ? Pensou Francesca.

    Ao chegarem a um grande corredor com várias portar, Francesca perguntou:

    ? E se a noite eu quiser ir ao banheiro? Como faço?

    ? Tente não ser pega por mim e pelas minhas outras cinco colegas. Se assim for, você poderá usar o banheiro, mas se for pega, pagará com castigos escolhidos por mim. ? Francesca riu baixinho. A mulher inspirou e mostrou o quarto 46 com o dedo indicador. ? Este será o seu quarto, dividirá com uma menina.

    ? Você já pode ir, eu sei abrir a porta. ? Anetta ficou com o olhar fixo em Francesca por alguns segundos, depois se virou e desapareceu dobrando no corredor. No final do corredor ficava uma janela comprida de vidro que se estendia do teto até a metade da parede. Francesca correu até lá, havia moitas embaixo, mas era alto de qualquer forma. Ela ouviu passos e correu para a porta de seu quarto. Entrou e a fechou. Escorou-se na porta, estava ofegante.

    ? Eu preciso sair daqui. ? sussurrou para si mesma. Finalmente viu que não estava só. Uma menina estava sentada com os joelhos dobrados e os segurava. Ela estava encolhida e lágrimas saiam de seus olhos. Francesca a fitou. A menina parecia assustada. ? Não está chorando por minha causa, está?

    ? Por favor, me tire daqui.

    ? Também quero sair. ? Francesca aproximou-se e agachou-se, tirou os cabelos molhados do rosto da menina e sorriu. ? Me chamo Francesca.

    ? Esme.

    ? Esme. Bonito nome. Você é nova aqui também, Esme?

    ? Sim.

    ? E porque está aqui?

    ? Minha mãe é alcoólatra e meu pai morreu quando eu era criança, meu tio tem a minha guarda... Ele não queria que eu ficasse em casa, ele sempre levava mulheres para lá, mas eu... Eu não atrapalhava em nada, cozinhava todos os dias, limpava... E mesmo assim... Mesmo assim ele me jogou aqui.

    ? Meus pais estão mortos, minhas tias velhas têm minha guarda, mas eu não posso ficar aqui... Eu preciso sair. Eu VOU sair!

    ? Quando você pretende fazer isso?

    ? O mais rápido possível e se quiser sair terá de me ajudar. Nossas ?famílias? mandam dinheiro todo o mês, eu acho que se juntarmos nossas economias, conseguimos alguma coisa. Em pelo menos três meses estou fora daqui. ? Um sinal estrondoso soou.

    ? Nós temos que deitar. Apagaram a luz e uma inspetora verifica se estamos na cama todos os dias.

    ? Inferno! ? Francesca vestiu a roupa de dormir e entrou para baixo dos lençóis.

    Ela ficou a noite toda pensando. Não pregou os olhos um segundo se quer. Analisou o quão boas eram as informações que ela tinha. Se conseguisse fazer com que todas as inspetoras se reunissem em um único lugar, ela conseguiria, pelo menos, chegar até o portão dos fundos, que foi pelo qual ela entrou. Mas ainda era cedo para tomar decisões precipitadas. Ela tinha uma colega de quarto a seu favor, isso talvez a ajudasse na fuga, mas se fizesse algo rápido de mais e desse errado, certamente a segurança iria redobrar e isso era o que ela menos queria.

    Francesca estava com os olhos doloridos de passar a noite acordada, o sinal monstruoso voltou a soar. Ela levantou-se rápido e trocou-se. Esme levantou-se em seguida com menos pressa.

    ? Você não dormiu?

    ? Nem um minuto.

    ? Sua cara está horrível.

    ? Desconfiei. Agora vamos para o banheiro, certo?

    ? Sim, mas somos acompanhadas pela inspetora chefe. Temos de esperar do lado de fora de nossos quartos até ela chegar.

    ? Aquela vadia com cabelo lambido. Desculpe pelas palavras.

    ? Não me importo.

    ? Apresse-se, quero que quando entrar no banheiro, você olhe todas as saídas e também o modo como a inspetora nos guia, se ela fica de olho o tempo todo. Você é boa em alguma coisa em especial?

    ? Como assim?

    ? Não sei, tem afinidade com alguma coisa, como analisar, descobrir, não sei.

    ? Eu encontro coisas perdidas... Quando meu tio perdia as chaves de casa eu as achava sempre. Também tenho boas mãos, quando eu tentei fugir de casa peguei as chaves dele enquanto dormia, mas no final de contas esbarrei em uma cadeira e ele acordou.

    ? Mãos rápidas. Isso pode ser bom mais para frente. Por agora, apenas fique atenta em como ela age. Quais meninas ela olha mais, para qual direção ela mais olha. Entendeu?

    ? Sim.

    ? Vamos então. ? as meninas saíram do quarto. Várias outras esperavam bocejando em frente às portas de seus quartos. Uma menina baixinha penteava os cabelos com os dedos, ela parecia uma vegetal, seus olhos olhavam a esmo e ela estava tão pálida quanto papel. Olheiras rodeavam seus olhos azuis.

    A inspetora Anetta chegou e olhou para as meninas.

    ? Bom dia. Nosso primeiro dia de aula? Anetta foi interrompida pela menina pálida que correu pelo corredor. Anetta levou a mão para o cinto e alcançou o cassetete. Com um puxão o cassetete pulou do cinto para sua mão e com uma expressão bárbara, Anetta golpeou as pernas da menina que caiu de joelhos com um grito. Anetta a puxou pelo braço e a colocou de pé. Puxou o walk talk* do bolso da camisa e falou russo com outra pessoa que respondeu igualmente russo. Francesca mordeu o lábio inferior de raiva e bufou. Anetta a olhou com uma expressão de vitória, como quem diz: ?Você poderá tentar, mas não vai conseguir.?

    ? Isso foi por interromper sua superior quando a mesma fala. Isso será por correr pelos corredores. ? do mesmo cinto, Anetta tirou uma arma de choque. Esticou a mão da menina e apertou a arma de choque na palma da mão da mesma que gritou e começou a chorar. ? Espero que essa menina levada fique de lição para as demais. ? Francesca percebeu que ela a olhava de mais. ? E enfim, por tentar fugir, ficará em seu quarto com uma inspetora durante todo o dia. Sem mesmo comer. ? Uma mulher com o uniforme todo verde chegou e segurou a menina pelo braço a arrastando aos prantos para o quarto. ? As demais me acompanhem.

    Elas caminharam até o banheiro, todas ganharam escovas de dente. Francesca tentou não olhar muito para Anetta que parecia uma pedra parada na porta do banheiro. Existiam três cabines fechadas com privadas, mas os chuveiros eram todos abertos. Francesca esperou sua vez e entrou no banheiro. Olhou por baixo das portas, mas não havia como passar por ali. Quando saiu foi escovar os dentes, pegou a pia do fundo, uma pequena janela ficava no alto da parede, mas certamente, uma pessoa passava por lá. Uma pessoa magra pelo menos. Francesca quis olhar, mas Anetta estava a olhando toda vez que ela olhava.

    Uma menina de cabelos loiros sorriu para Anetta que permaneceu intacta. A menina disse:

    ? Inspetora, o que acontece se alguma aluna presenciar uma... Bem, um descumprimento das regras?

    ? Essa deve constatar imediatamente a mim ou a uma de minhas colegas.

    ? Pois bem, minha colega de quarto guarda uma carta de um namorado em baixo do travesseiro. Vi ela tocando-se enquanto lia. ? Uma menina com cabelos longos até a cintura arregalou os olhos e fechou as mãos em punhos.

    ? I-isso é mentira! ? a inspetora olhou para a menina rapidamente e apertou os lábios. Ela piscou rápida e falou sutilmente.

    ? Faremos algo quanto a isso. Todas estão devidamente lavadas? ? manteve-se silêncio. ? Vamos. Temos uma aula agora. ? Outra inspetora esperava do lado de fora do banheiro. Anetta puxou a mulher de canto e cochichou alguma coisa, novamente em russo. Francesca percebeu quando a mulher segurou a menina da carta pelo braço e a puxou para outra direção.

    Enquanto todas se dirigiam para a sala de aula, a menina que havia entregado a colega de quarto caminhou ao lado de Francesca. Ela olhou para Francesca e sorriu.

    ? Prazer, sou Olga. ? Francesca seguiu em frente e não falou nada. ? Já vi que você é uma garota problemática.

    ? Todas que estão aqui são. Se não, porque os queridos pais as colocariam em tal tipo de instituição? ? O olho esquerdo de Olga começou a piscar. Ela devia estar nervosa. Ela sorriu novamente e disse entre dentes.

    ? Claro. ? Olga seguiu em frente aumentando o passo. Depois de entrarem na sala de aula, todas sentaram nas classes por dupla. Colega de quarto junto com colega de quarto. Olga permaneceu sozinha até o segundo sinal soar. Quando o sinal soou, a menina da carta entrou na sala acompanhada por uma inspetora. A professora não parou de falar nem por um segundo. Continuou ela ditando a matéria e escrevendo rapidamente no quadro. A menina da carta, que antes tinha os cabelos até a cintura, estava sem nenhum rico fio de cabelo. Francesca sentiu vontade de chorar, mas não se deixou levar pelas emoções. A menina sentou-se ao lado de Olga que estava se segurando para não rir.

    Mais tarde, depois do almoço, quando as aulas estavam quase no fim, Francesca escreveu em um pedaço de folha de caderno: ?Não fico nem um mês aqui.? E entregou á Esme que respondeu: ?Já pensou em alguma forma de sair?? Francesca olhou para Esme e balançou a cabeça em forma negativa.

    Depois das aulas, as meninas foram levadas para seus quartos.

    ? Agora, todas se banharão. Levaremos de Seis em seis meninas para os chuveiros. Primeiro o quarto... ? e assim foi. Francesca e Esme foram as ultimas. Junto com a menina da carta, Olga e mais duas meninas.

    Ao entrarem no banheiro, a inspetora ficou parada como pedra no mesmo lugar de sempre. As seis meninas tiraram a roupa. Francesca ficou com vergonha no inicio, mas a deixou de lado. Começou a esfregar-se. Depois de lavar os cabelos, desligou o chuveiro e enrolou-se em uma toalha branca. O vento que entrava da janela era frio. E ela imaginou o quão alto ela seria do chão.

    As meninas secaram-se e vestiram-se. Foram acompanhadas até o quarto. Tinham duas horas livres até desligarem as luzes.

    Ao chegarem ao quarto. Esme e Francesca sentaram-se ao chão. As duas de pernas cruzadas.

    ? O que foi aquilo, Esme?

    ? Você diz da menina que rasparam a cabeça?

    ? Sim. Quanta brutalidade! Mas o que me deu mais raiva foi aquela idiota da colega de quarto dela, a Olga.

    ? Como você sabe o nome dela?

    ? Eu sei por que hoje cedo, logo depois de ela fofocar sobre a outra, ela quis puxar assunto comigo, mas eu não dei chances.

    ? Ela foi terrível.

    ? Sim eu sei.

    ? Mas o que vamos fazer Francesca?

    ? Me chame só de Franky. E eu estive pensando em uma coisa, mas terei de ter a confiança daquela inspetora chefe. Ela não pode suspeitar de mim. Andarei na linha por alguns dias. Fez o que eu lhe pedi?


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