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Os personagens de Saint Seiya são do tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Se fossem meus, Shiryu e Shunrei já teriam uns dez filhos...
SIMPLICIDADE
Chiisana Hana
Beta-reader: Nina Neviani
"Se eu pudesse voar, eu iria vê-lo onde quer que você estivesse
Eu me deitaria ao seu lado enquanto você estivesse dormindo
E simplesmente passaria um pouco de tempo
Só um pouquinho de tempo com você.
Simplesmente ouviria sua respiração,
Ouviria seu coração bater.
Eu estaria tão perto, nós afastaríamos o medo.
Eu veria todas as suas lágrimas,
Eu veria ver todos os seus sorrisos
Com olhos de borboleta".(1)
Ele tentou ler. Desceu até a cozinha e tomou um copo de leite morno. Contou trilhões de carneirinhos e mesmo assim o sono não veio. Rendeu-se e resolveu ir ao jardim. O sol já começava a surgir no horizonte e a vida se agitava com o dia que surgia. Os passarinhos voejavam de um lado para o outro, alegres com a manhã de sol que nascia. Não era ali que devia estar, ele pensou com gravidade ao observar os bichinhos, porque a muitos quilômetros de distância ela estaria acordando sem ele. Desejou estar com ela. Desejou ser um daqueles passarinhos, para voltar ao seu ninho. Fechou os olhos e respirou o mais fundo que pôde e foi como se sentisse as asas despontarem e se abrirem. Respirou fundo outra vez e deixou sua mente viajar. Como num filme, viu-se sobrevoando a mansão onde estava, a cidade e logo vislumbrou o oceano. Em pouco tempo, deparou-se com as montanhas da terra onde fora criado e localizou a pequena casa de telhado vermelho onde vivia. Entrou pela janela aberta e foi direto ao quarto dela. Ainda conservava o costume de dormir daquele jeito quase infantil, com uma das mãos ternamente posta embaixo do rosto. Pousou na cabeceira da cama e ficou velando-lhe o sono.
Ele acordou quando o sol lhe esquentou a face. Tinha cochilado ali mesmo no desconfortável banco de metal do jardim. Enquanto repassava mentalmente o sonho que teve, viu uma borboleta solitária pousar sobre uma exuberante touceira de glicínias. O gracioso inseto, cujas asas eram de um azul intenso, arrancou-lhe um sorriso quando levantou voo e veio pousar em seu braço direito. Em seu íntimo, ele sentiu que não se tratava de um mero acaso. Era o sinal de que sua amada também tinha sonhado com ele. Ele sabia, com certeza matemática, que ela tinha.
FIM