O Fim da Espera

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    Capítulo 1

    Capítulo Único

    O Fim da Espera

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

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    Ai, quem me dera percorrer estrelas

    Ter nascido anjo e ver brotar a flor

    Ai, quem me dera uma manhã feliz

    Ai, quem me dera uma estação de amor

    (Toquinho/Vinicius de Moraes)

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    Dia de Natal.

    Para Minu, apenas um dia como qualquer outro. Acordar cedo, dar as ordens na cozinha do orfanato, acordar as crianças, levá-las para o banho, ajudar os menores a se vestirem. Eiri também já estava acordada e realizava as mesmas tarefas com o grupo que era de sua responsabilidade.

    Pouco tempo depois, o refeitório já estava cheio e uma algazarra se podia notar ao longe. As crianças tomavam café com avidez, antes de irem para o ginásio. Passariam o dia lá, junto com recreadores da Fundação. Quando enfim saíram, Minu e Eiri sentaram-se no sofá por alguns poucos minutos, antes de recomeçarem o trabalho.

    - Ufa! Quando eles saem dá um alívio, não? - Eiri perguntou, passando a mão sobre a testa.

    - Dá sim. Mas só por alguns minutos! Ainda temos muita coisa pra fazer. - respondeu Minu, já se levantando. - Eu vou dar uma arrumada na sala e depois temos que sair para fazer as compras para a ceia de Natal das crianças. Tatsumi já trouxe o dinheiro.

    - Ah, sim. Essa parte é boa! Adoro ir ao mercado. Será que podemos pedir a algum dos cavaleiros de bronze para ir conosco? Eles estão lá na mansão Kido.

    - Você quer dizer "pedir ao Hyoga para ir conosco", né?

    - Ah, por que não? Ele não faz nada mesmo. Podíamos chamar o Seiya também.

    - Não. - Minu respondeu enfática. - Nada de Seiya.

    - Ué? O que foi? Até dias atrás você se derretia por ele!

    - Passou. ? ela disse.

    - Amor não passa assim.

    - Eu cansei de esperar por ele, entendeu? Cansei. Não quero mais.

    - Está bem, está bem. Mas vou chamar o Hyoga! ? Eiri disse e saiu correndo para perto do telefone.

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    Na Mansão Kido, Seiya, Hyoga, Shiryu e Shun jogavam dominó. Ikki observava tudo de um canto.

    - Tem certeza de que não quer jogar? - perguntou Shiryu. - Daqui a pouco vou sair com Shunrei e vai ficar faltando um.

    - Huuuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmm! - Seiya exclamou, deixando Shiryu vermelho.

    - Dominó é um jogo para idiotas. - Ikki disse.

    - Não é não. É o jogo dos sábios. Nos mosteiros chineses é utilizado para desenvolver a capacidade de raciocínio dos monges.

    - Que monge o quê? Os monges também são uns idiotas. Qualquer um que faça votos de castidade é.

    - Você está mais azedo que o normal hoje. O que é que há? - Shiryu perguntou e ficou sem resposta.

    Tatsumi se aproximou, trazendo o telefone para Hyoga.

    - É a senhorita Eiri. ? disse o mordomo.

    - Olha a patroa do Hyoga! - bradou Seiya.

    - Cala a boca! A sua "patroa" é muito mais mandona que a minha.

    - Poxa... pior é que é verdade... ? consolou-se o cavaleiro de Pégasus.

    Hyoga se afastou um pouco e conversou com Eiri. Logo depois, retornou à mesa.

    - Ela nos chamou para ir ao mercado.

    - Como assim "nos chamou"? Ela não é sua namorada?

    - É, mas sei lá, parece que ela e Minu querem ajuda com as coisas da ceia das crianças.

    - Eu não posso. Já disse que vou sair com a Shunrei. ? Shiryu apressou-se em dizer.

    - É, eu também não. ? Shun também disse. ? A June ficou de vir para cá. Desculpa, Hyoga.

    - A Saori disse para eu não sair... ? Seiya também se esquivou.

    - Você vem, Ikki? - perguntou Hyoga.

    - Odeio supermercado...

    - Eu nem sei porque ainda pergunto e...

    - Mas eu vou.

    - Quê?

    - Isso mesmo. Estou precisando comprar umas coisas.

    - Você está estranho...

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    Hyoga e Ikki foram até o orfanato. Lá, Minu e Eiri já estavam esperando.

    - Que demora, hein? - Minu comentou com Eiri. - Você tinha que chamar seu namorado?

    - Está dizendo isso porque o Seiya não veio? Ainda diz que não gosta dele.

    - E não gosto mesmo. Achei ótimo ele não ter vindo.

    - É, mas o Ikki veio. ? Eiri insinuou travessa.

    - Aff. Esse chato!

    Hyoga se aproximou de Eiri e a beijou. Minu olhou o beijo com um pouquinho de inveja.

    - Vamos? - ela disse, interrompendo o beijo.

    Depois que Seiya começara a namorar Saori, Minu tinha passado por uma fase de sofrimento intenso e aparentemente irremediável. Isso até o dia do aniversário de Shun, quando todos foram jantar fora e Ikki se sentou defronte a ela na enorme mesa. Só então ela percebeu como era bonito o cavaleiro de Fênix. Aquela cicatriz na testa era inevitavelmente charmosa. Inegáveis também eram sua personalidade extremamente forte e o mau humor galopante. Mesmo assim, era um homem interessantíssimo. Lembrou-se da conversa que tiveram no restaurante aquele dia.

    - Então, Ikki, está gostando da comida? - ela tentou puxar assunto.

    - É cara e sem gosto. Prefiro os petiscos da feirinha de artesanato.

    - Ah, os petiscos são bons, mas de vez em quando faz bem comer algo diferente.

    - Não gosto de coisas diferentes.

    - Ai, custa ser um pouco menos intragável? - indagou Minu, já impaciente com tamanho mau humor.

    - Problema seu se não gosta.

    Ao lembrar essa passagem no restaurante, Minu pensou:

    "Não. Ikki não! Nunca! Jamais! Ele pode ser lindo, charmoso, alto, forte, pode ter essa voz sensual, mas não vale a pena! Não vale! Esqueça esse sujeito."

    - Minu!

    - Quê? ? ela respondou, balançando a cabeça.

    - Já chamei você cinco vezes! - Eiri exclamou, puxando a amiga pelo braço. - Está no mundo da Lua? Vamos, garota!

    - Ah, vamos. Vamos. Não precisa me puxar.

    Eiri e Hyoga foram na frente, sempre de mãos dadas, deixando Ikki e Minu para trás. Distraída, Minu tropeçou e quase caiu.

    - Melhor prestar atenção senão vai acabar quebrando os dentes.

    - Argh! Você é tãããão gentil, Ikki!

    - Essa é uma das minhas muitas qualidades. ? ele riu.

    - Qualidades? Aff.

    O restante do caminho até o supermercado foi feito em silêncio. Um silêncio emburrado e constrangedor. Para Minu, claro. Ikki pensava no que faria depois da droga da ceia de Natal. Odiava o Natal. Não era católico, achava Papai Noel um retardado que só sabia falar "Ho!Ho!Ho!" e achava que todas as árvores de Natal, com aqueles penduricalhos horrorosos, dariam uma bela fogueira. A única coisa que valia a pena era a comida que faziam. Por isso, participaria da ceia do orfanato e depois, com certeza, desapareceria, como já era de costume. No supermercado, deu logo um jeito de desgarrar-se do grupo.

    - Aquele imprestável não veio nos ajudar? Por que sumiu? - Minu se perguntou, irritada.

    - Ele é assim mesmo. Quando dá na veneta, ele some. - explicou Hyoga.

    - Aff. Esse seu amigo, hein, Hyoga? Ninguém merece.

    Quando as compras já estão quase terminadas, Ikki aparece.

    - Vamos? - ele disse com um sorriso cínico estampado na face.

    - Por que sumiu? - Minu perguntou.

    - Porque eu quis. Você é chata, hein?

    - E você é grosso!

    - Sou mesmo. Eu vim pra ajudar a carregar as compras, não para pagar a conta. E dê-se por muito satisfeita por eu ter vindo.

    - Satisfeita? Era melhor que não viesse. Vamos logo, Eiri! Pare de chamegos com o Hyoga! - Minu bufou e saiu pisando duro, carregando algumas sacolas. Eiri e Hyoga seguiram-na e Ikki, por sua vez, seguiu os três. Quando chegaram ao orfanato, Ikki não perdeu a chance de perturbar Minu mais uma vez.

    - Cuidado para não estragar a comida com essa sua cara de limão azedo.

    - Em primeiro lugar, não sou eu quem vai fazer a comida. Em segundo, cara de limão azedo tem você.

    - Pára, Ikki. Você perturba demais a Minu. Desse jeito fica parecendo que quer alguma coisa com ela. - brinca Hyoga.

    - Eu e essa doida? Ainda tenho algum juízo.

    Minu, que não saíra realmente da sala, acabou ouvindo o comentário de Ikki.

    - Eu acho que ele gosta de você! - Eiri disse, tocando o ombro de Minu.

    - Gosta nada. Esse idiota não gosta de ninguém. E vamos logo arrumar levar as coisas para a cozinha.

    - E você gosta dele! Você não me engana!

    - Pára!

    - Gosta, sim!

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    Mais tarde, durante o almoço na mansão Kido, Ikki manteve o semblante fechado.

    - Que bicho mordeu você nessas compras? - perguntou Shun, estranhando a cara de poucos amigos do irmão.

    - Bicho nenhum. Fica na sua. - retrucou Ikki, pensativo e seco.

    - Não foi um bicho, Shun. Foi a Minu. - comentou Hyoga, rindo maliciosamente. Ikki se levantou da cadeira e fez menção de avançar sobre o louro. Shiryu também se levantou e segurou o cavaleiro de Fênix.

    - Calma, cara. - Shiryu disse, segurando Ikki.

    - Se eu realmente quisesse quebrar a cara desse pato, você não me impediria.

    - Eu sei que não, mas fica calmo.

    - Perdi a fome. - ele disse, antes de sair derrubando a cadeira no chão.

    - Apaixonou-se por ela. Está mais do que na cara. - Hyoga disse. - Só não sei por que essa relutância em admitir uma coisa tão simples.

    - Pra ele não é simples, Hyoga. - Shun tentou explicar.

    - Eu sei melhor do que ele o que é perder uma pessoa querida, mas estou aqui, levando minha vida, não estou?

    - Já chega. Não vamos ficar fofocando sobre a vida do Ikki. Ele sabe o que faz. - Shiryu encerrou o assunto.

    No jardim da mansão, Ikki sentou-se sob a sombra de uma árvore.

    - Quem diria que eu me apaixonaria por aquela maluca? Gosto de mexer com ela, mas pensei que ia ficar só nisso. - ele disse para si mesmo, enquanto lembrava de todos os momentos em que perturbou a jovem. Assustou-se ao perceber que lembra dela com carinho. - É, eu gosto mesmo dela. Aquela doida me pegou. - conteve as próprias palavras ao lembrar de Esmeralda. Sempre que cogitava a possibilidade de se envolver com alguém, lembrava da menina que tinha sido seu primeiro amor. - Acho que ela gostaria de me ver feliz. Eu não posso continuar assim. Vou passar a vida inteira sozinho? Isso vai mudar. E vai ser hoje...

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    À noite, no orfanato.

    - Tudo pronto, mesa posta, crianças arrumadas, só faltam os rapazes chegarem. - Eiri disse, olhando Minu tentar distrair os pequenos.

    - É, mas não quer vir me ajudar aqui? ? Minu berrou. ? Eles estão indóceis! Querem atacar a comida antes da hora.

    - Deixa que eu resolvo. Criançadaaaaaaa!! Olha a bala!! - a loira disse, balançando um pacote de balas. As crianças esqueceramm o jantar e correram até Eiri.

    - Bala, Eiri? - Minu censurou a colega, colocando as mãos na cintura. - Vai tirar o apetite deles!

    - Vai nada! Eles gostam!

    - Deixa as crianças em paz. - uma voz disse, atrás de Minu. - Você devia aceitar uma bala também. Quem sabe adoçaria a sua vida?

    - Ikki? Achei que não viesse. - surpreendeu-se Minu ao ver o cavaleiro.

    - Tive vontade de vontade de vir.

    - E os outros?

    - Ainda estão se arrumando. Parecem moças! Só para pentear aquele cabelão Shiryu leva meia hora.

    - Você, pelo visto, arrumou-se muito rápido. - Minu disse, irônica.

    - Claro. Meu charme é natural, não preciso me arrumar.

    - Sei... Olha, por favor, não estou a fim de brigar na noite de Natal. Então, sente, fique quietinho e se comporte até seu irmão chegar para tomar conta de você.

    - Não me trate como uma de suas crianças! Eu não sou o Seiya.

    - O que tem o Seiya?

    - Acha que eu não sei que gostava dele?

    - É, mas eu não gosto mais. E isso não é da sua conta.

    - Acha que eu também não sei que é de mim que você gosta?

    - Pára com isso!

    Ele segurou o braço dela com firmeza suficiente para não deixá-la escapar, sem machucá-la, entretanto. Olhando-a nos olhos, Ikki aproximou o rosto do dela.

    - Se me beijar aqui dentro eu te mato. - ela disse, incisiva.

    - Hum... se for em outro lugar não me mata?

    - Mato de qualquer jeito! Experimente!

    - Você é quem manda. - e beijou-a intensamente. Ela não resistiu e correspondeu ao beijo. A trilha sonora foi um "oooooooooooooooh" emitido pelas crianças, quando perceberam a cena.

    - Ué? A tia não gostava do Seiya?? - Akira perguntou a Makoto.

    - Mudou, né? - Makoto respondeu. - O Fênix é mais forte.

    - É nada! O mais forte é o Seiya! ? Akira retrucou.

    - Ih... esse Ikki é ousado... - admirou-se Eiri.

    - Poxa, ainda estão beijando! ? Mimiko olhava com curiosidade.

    - Eca. Nunca vou fazer isso. É nojento. - outra criança disse, esfregando a boca com uma das mãos.

    - Todo mundo faz isso quando cresce... - Mimiko explicou.

    - Ehr... crianças, a tia Eiri vai jogar mais balas! - Eiri disse, tentando desviar a atenção das crianças.

    - Que bala o quê, tia? A gente está vendo o beijo! - Makoto gritou.

    Ikki separou seus lábios dos de Minu sorrindo vitorioso. Ela, por sua vez, não sabia se ardia de raiva, de vergonha ou de amor.

    - Vai me dizer que não gostou? - ele perguntou, olhando-a nos olhos.

    - Odiei. - respondeu Minu, respirando fundo.

    - Você não sabe mentir.

    - Eu não gostei mesmo. Além do mais, olha a vergonha que estou passando... como é que vou encarar as crianças depois disso?

    - Eu resolvo o problema. Seguinte, galerinha, a tia Minu está namorando o tio Ikki!

    Um outro "ooooooooooooooh" ecoou, junto com aplausos efusivos. Eiri olhava para Minu incrédula.

    - Não é nada disso!! - bradou Minu, batendo no peito de Ikki. - Eu não estou namorando esse animal!

    - Não é o que parece. - Eiri disse.

    - Eiri!! Não complica mais as coisas.

    - Ela é tímida, galerinha. Claro que estamos namorando, Minu. Pode falar.

    - Nãoooo!!

    - Vamos ver se não. - e Ikki a tomou mais uma vez nos braços e beijou-a com ainda mais ardor.

    As crianças vibraram. Nesse momento, os demais convidados para a ceia de Natal chegaram ao orfanato.

    - Opa... chegamos bem na hora do show! - Seiya disse.

    - Será que o Ikki está bem? - preocupa-se Shun. - Ele não é de fazer essas coisas assim na frente de todo mundo?

    - Ele está ótimo, Shun. Passou a manhã enchendo o saco da Minu. Sabia que ia dar nisso. - explicou Hyoga.

    - Bom pra ele! Não tem nada melhor que amar alguém. - Shiryu disse, e olhou ternamente para Shunrei.

    - E então? Estamos namorando ou não estamos? - Ikki perguntou a Minu. - Vou ter que repetir a dose?

    - Estamos. - admitiu Minu, vencida pelos beijos do cavaleiro.

    - Ótimo. - e ele a beijou outra vez.

    As crianças aplaudiram euforicamente. Os amigos comemoraram por Ikki finalmente ter encontrado alguém a quem amar, mesmo que o namoro tivesse começado de forma tão inusitada. Durante a ceia, o novo casal foi o assunto da vez, mas logo deram uma escapulida para o pátio do orfanato.

    - Isso é sério mesmo? - Minu perguntou enquanto segurava a mão de Ikki.

    - Muito. Eu não pensei que fosse dizer isso a alguém que não fosse a Esmeralda, mas... eu te amo, Minu. - ele disse, calma e firmemente.

    - Eu também te amo. - ela respondeu com a mesma certeza. E os dois ficaram ali, abraçados, sentados no banquinho do pátio. O frio intenso não os incomodava. Vez ou outra trocavam beijos apaixonados.

    - Somos o assunto da semana. - riu Ikki.

    - Pois é, e a culpa é sua. Quem mandou me pedir em namoro daquele jeito?

    - Você bem que gostou.

    - É... gostei... foi impetuoso... - ela admitiu, a contragosto.

    - Eu sou impetuoso.

    - Espero que seja só comigo. Sou ciumenta! Estou avisando.

    - Eu imaginei que fosse. Ah, já estava esquecendo. - ele disse.

    - O quê?

    - Odeio Natal, Papai Noel e todas essas bobagens... mas Feliz Natal, Minu.

    - Feliz Natal, meu amor. - ela respondeu, abraçando-o.

    Do lado de dentro do orfanato, crianças e adultos espremiam-se nas janelas para observá-los.

    - Eles combinam, não acham? - Hyoga questionou.

    - Combinam, sim. - Seiya respondeu. - Fico feliz que ela tenha encontrado um amor.

    - Mais que por ela, fico feliz pelo meu irmão. Finalmente ele vai conseguir começar a viver... - Shun disse, com os olhos marejados.

    - É. Finalmente. - concordou Shiryu.

    FIM


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