Cinco Momentos

  • Finalizada
  • Chiisanahana
  • Capitulos 21
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Capítulo V

    Homossexualidade

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

    Setsuna pertence a Nina Neviani.

    CINCO MOMENTOS

    (QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    PARTE 2

    O BEIJO

    Venha dar uma volta no lado selvagem

    Deixe-me beijá-lo intensamente sob a chuva torrencial (1)

    Capítulo V

    ? Shun, você nunca tocou essa música para nós ? Shunrei disse.

    ? Nem vou tocar, gente! É uma coisa só minha e do Oga.

    ? Aaaaaaaaaaah! ? lamentaram-se as moças.

    ? É melhor não tocar mesmo ? disse Ikki. ? Já imagino o tipo de coisa melosa que deve ser.

    ? Pode imaginar o que quiser, mano. Você nunca vai chegar perto de saber como realmente é essa música e várias outras que eu compus.

    ? É, tudo isso é muito fofo ? Minu disse ?, mas o momento crucial é o primeiro beijo. Esse momento é que define tudo, porque se o primeiro beijo for ruim não tem jeito, o romance não decola.

    ? Não é bem assim ? discordou Hyoga. ? Às vezes o primeiro beijo pode ser traumático...

    ? E depois as coisas mudam ? Shun completou. ? Eu bem sei disso.

    ? Nós sabemos ? Hyoga concordou e segurou carinhosamente a mão do namorado. ? Nós sabemos...

    Três anos antes...

    ? Droga! Estou atrasadíssimo! ? Shun bradou ao sair de casa arrumado, bem penteado e metido dentro de um fraque acinzentado. Um temporal desabava sobre a cidade e ele correu para entrar logo no táxi que o esperava.

    ? Graças a Deus. Vamos rápido, moço.

    O motorista apressou-se tanto quanto pôde, com toda a chuva e o engarrafamento monstruoso que se formou. No meio do caminho, o celular de Shun tocou.

    ? Alô ? ele atendeu.

    ? Shun! ? uma moça gritou, realmente irritada. ? Onde você se meteu? Já devia ter chegado aqui há tempos!

    ? Desculpa, eu me atrasei por causa da chuva ? mentiu o rapaz. Tinha passado o dia encolhido na cama, chorando e só decidira se arrumar no último minuto.

    ?Meu bem, se apresse! O pessoal já está todo aqui, eu já estou esperando em frente à igreja e o padre disse que se você não chegar em meia hora ele vai embora e não tem mais casamento!

    ? Eu sei, eu sei. Eu...eu já estou no táxi. Chegarei em poucos minutos.

    ? Táxi, Shun? O combinado não foi você vir no seu carro?

    ? É, mas eu... eu não estou em condições de dirigir.

    ? Acho lindo você estar emocionado a esse ponto, querido, mas é melhor você chegar logo nessa bendita igreja! ? ela disse e desligou o telefone.

    ? Vai se casar? ? o motorista do táxi perguntou.

    ? Acho que sim ? ele respondeu, hesitante.

    O motorista estranhou a resposta.

    ? Acha?

    ? É... Depende de uma coisa... uma coisa que eu devia ter feito antes.

    Shun discou alguns números no celular. Pouco depois, alguém atendeu.

    ? Hyoga! Hyoga, não diz para ninguém que sou eu.

    ? Hã? Que mistério ? sussurrou o outro, afastando-se dos amigos para falar mais tranquilamente.

    ? Por favor! Não fala nada, não deixa ninguém perceber. Eu estou chegando à igreja. Me espera por perto, em algum lugar que não seja fácil de me verem! Faz isso, por favor!

    ? Você está estranho...

    ? Só diga que vai.

    ? Tá, eu vou.

    Minutos depois, o táxi se aproximou da igreja. Logo Shun viu Hyoga esperando-o um pouco afastado, sob um guarda-chuva, e telefonou para ele outra vez.

    ? Hyoga! Estou no táxi. Vem aqui, por favor.

    O russo correu até o carro.

    ? Entra ? Shun ordenou.

    ? O quê? Shun, não é você quem deveria descer do táxi? A June está furiosa! Daqui a pouco vai ter um assassinato dentro da igreja.

    ? Entra, Hyoga! É importante.

    Hyoga cedeu aos apelos do amigo e entrou no carro.

    ? Moço, vai mais adiante e para em qualquer lugar tranquilo ? Shun disse ao motorista, sob o olhar perplexo de Hyoga.

    ? Que diabos você está fazendo? A igreja está lotada, o padre já ameaçou ir embora, o Ikki já ameaçou bater no padre se ele for, e sua noiva está praticamente arrancando os cabelos!

    ? Eu sei, eu sei, mas confie em mim, é importante. É decisivo.

    ? Não estou entendendo nada. O que está acontecendo com você, cara? É o dia do seu casamento! Tá, eu notei que você não estava lá muito entusiasmado, mas pensei que fosse só medo.

    ? Aqui está bom, senhor? ? o motorista perguntou ao passarem por uma praça, vazia àquela hora, principalmente por causa da tempestade.

    ? Sim, está. Pode parar. Espere um pouco aí ? Shun disse ao motorista. ? Vem comigo, Hyoga.

    ? Um lugar cheio de árvores! Ótimo, Shun! Vai cair um raio bem em cima de nós! E aí, ao invés do casamento, vamos ter dois enterros!

    Shun deu de ombros, desceu do carro e completou:

    ? O que eu vou fazer é pior do que um raio ? disse, depois ordenou com voz firme: ? Vem!

    O outro o acompanhou, sentindo-se intimidado pelo anormal tom incisivo que o amigo usava. Shun, que sempre fora o mais tranqüilo da turma, parecia transtornado e Hyoga não conseguia imaginar o que passava pela cabeça dele ou o que ele estava prestes a fazer.

    Correram até uma pequena parte coberta onde havia um belo altar de orações para a deusa Amaterasu(2).

    ? Então, vai explicar o que deu em você? ? Hyoga perguntou, um tanto impaciente.

    ? Sim ? Shun respondeu num suspiro sôfrego e continuou: ? Estou dependendo de você para me casar ou não.

    ? De mim? O que eu tenho a ver com isso?

    ? Tudo ? disse e engoliu em seco, buscando coragem para continuar. ? Hyoga, eu devia ter feito isso há muito, muito tempo, mas fui fraco. Agora as coisas chegaram a esse ponto e eu não posso deixar que elas passem daqui.

    ? Não estou entendendo.

    ? Você vai entender... ? Shun disse e deu um sorriso nervoso. Depois segurou o rosto de Hyoga e pousou os lábios sobre os dele. Beijaram-se febrilmente, mas quando separaram os lábios, o loiro desferiu um soco em Shun.

    Pasmado, Hyoga esfregou a manga do paletó na boca e, antes de sair correndo pela praça, disparou:

    ? Nunca mais faça isso!

    Apesar da reação de Hyoga, Shun se sentia em êxtase.

    ? Ele correspondeu ? murmurou, sorrindo. ? Ele também me beijou!

    Deu uma gargalhada histérica e saiu andando em direção ao táxi, cantarolando e ensaiando uns passinhos de dança, sem se importar com a chuva. Estava decidido: não haveria mais casamento.

    Continua...


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